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    Assim que a localização de uma energia das trevas foi detectada, Leo e um grupo de alunos correram para verificar. A tensão era palpável enquanto atravessavam os corredores da academia. Ao chegarem ao local indicado, encontraram um grupo de alunos conversando normalmente, sem qualquer sinal imediato de perigo.

    “Com licença”, disse Leo, aproximando-se do grupo. “Recebemos informações de que alguém estava mostrando uma pedra negra por aqui. Vocês viram algo suspeito?”

    Um dos alunos, um rapaz com cabelo desgrenhado e olhos curiosos, deu um passo à frente. “Sim, um cara apareceu aqui há poucos minutos. Ele mostrou uma pedra estranha e disse que ela garantia um poder misterioso. Mas ninguém aqui acreditou nele, então ele foi embora.”

    “Para onde ele foi?” perguntou Leo, a urgência evidente em sua voz.

    O aluno apontou na direção da cantina. “Ele foi para lá. Mas com toda a movimentação, pode estar em qualquer lugar agora.”

    Leo trocou um olhar preocupado com os outros. “Vamos atrás dele.”

    Eles seguiram a direção indicada, mas ao chegarem à cantina, foram recebidos por um mar de alunos almoçando e conversando. A quantidade de pessoas tornava impossível uma busca discreta. Se tentassem procurar abertamente, poderiam alarmar o culpado e permitir que ele fugisse.

    “Tem muita gente aqui”, murmurou Leo para os outros. “Não podemos correr o risco de causar pânico ou deixar que ele escape.”

    Com um suspiro frustrado, Leo deu o sinal para voltar. Eles retornaram ao ponto inicial, onde Yuki aguardava ansiosamente por notícias.

    “Vocês encontraram a pessoa com a pedra, Leo?” perguntou Yuki, a esperança brilhando em seus olhos.

    “Não”, respondeu Leo, com um tom desanimado. “Ao chegarmos lá, ele já tinha fugido. Uns alunos disseram que ele mostrou a pedra e logo saiu. Como ele foi para a cantina, onde havia muitos alunos, achamos melhor encerrar por ali. Não queríamos causar uma comoção e deixá-lo escapar.”

    Nesse momento, o diretor Alarik chegou, atraído pela comoção. Sua presença imponente trouxe um silêncio imediato ao grupo. “Yuki, posso saber o que está acontecendo aqui? Houve algum problema com a barreira?” perguntou ele, sua voz carregada de autoridade.

    “Olá, Diretor!” respondeu Yuki, tentando manter a calma. “Não houve nenhum problema com a barreira. Na verdade, tivemos uma ideia para detectar as trevas.”

    Intrigado, Alarik franziu a testa. “Explique-me, Yuki.”

    Yuki então descreveu sua ideia, detalhando como ele havia fundido sua magia de luz com a percepção mágica dos outros magos para criar uma rede de detecção. Explicou como essa rede tinha ajudado a identificar a presença da mana das trevas.

    Alarik ouviu atentamente, seus olhos brilhando com interesse. “Então, você conseguiu fundir suas magias com as de outras pessoas”, repetiu ele, pensativo. “Isso é… impressionante, Yuki.”

    Leo, ainda frustrado pela busca fracassada, não pôde deixar de perguntar: “Diretor, o que faremos agora? Sabemos que há alguém com uma pedra negra por aí, mas não conseguimos encontrá-lo.”

    Alarik, ainda imerso em seus pensamentos, levantou a cabeça com uma expressão resoluta. “Precisamos pensar em uma abordagem diferente. Este método de fundir magias tem potencial, mas precisamos refiná-lo e expandi-lo. Não podemos permitir que essas pedras negras continuem a espalhar sua influência.”

    Ele olhou ao redor, observando cada um dos alunos com uma expressão de determinação. “Devemos estar preparados para agir rapidamente e com precisão. A segurança de todos na academia depende disso.”

    Yuki, ainda sentindo o peso da responsabilidade em seus ombros, assentiu. “Diretor, farei o que for necessário para ajudar. Não podemos deixar que mais alunos sejam corrompidos pelas trevas.”

    Alarik sorriu ligeiramente, um brilho de orgulho em seus olhos. “E faremos isso juntos, Yuki. Todos nós. Agora, preciso conversar com alguns de meus colegas no alto escalão da academia para discutir algumas ideias. Enquanto isso, continuem vigilantes e não hesitem em usar essa rede de detecção sempre que necessário.”

    Com isso, Alarik virou-se e começou a se afastar, deixando os alunos para refletir sobre as próximas etapas. Yuki olhou para Sofhia, que o observava com preocupação e apoio.

    “Vamos conseguir, Yuki”, disse ela suavemente. “Estamos todos juntos nessa.”

    Yuki assentiu, sentindo uma renovada determinação para crescer dentro de si. “Sim, vamos. Não vamos deixar que as trevas vençam.”

    Enquanto o grupo se dispersava, Yuki não pôde deixar de sentir que havia algo mais no plano de Alarik. Algo que o diretor não havia revelado ainda. Mas por agora, ele se concentrou na tarefa imediata: manter a rede de detecção funcionando e proteger seus amigos da ameaça invisível que pairava sobre eles.

    A tensão na sala de reuniões da Academia Arcana era palpável. Todos os professores estavam presentes, incluindo o renomado diretor Alarik. O motivo da reunião era claro: encontrar uma maneira mais eficaz de detectar a presença de alunos corrompidos pelas pedras negras de mana das trevas.

    “Obrigado a todos por estarem aqui”, começou Alarik, sua voz firme ecoando pela sala. “Estamos diante de uma ameaça invisível e insidiosa. Yuki descobriu um método para fundir sua magia de luz com as de outros magos, criando uma rede de detecção. No entanto, precisamos de uma solução mais prática e abrangente para aplicar isso de maneira eficiente.”

    Os professores assentiram, compreendendo a gravidade da situação. Muitos deles tinham expressões sérias e preocupadas, cientes do perigo que as pedras negras representavam para os alunos e para a própria segurança da academia.

    “Yuki nos deu uma ideia promissora”, continuou Alarik, “mas precisamos expandi-la. Precisamos de algo que nos permita identificar rapidamente qualquer aluno que esteja sob a influência das trevas.”

    A discussão começou, com vários professores apresentando suas ideias. Alguns sugeriram métodos tradicionais de vigilância e monitoramento, enquanto outros propuseram o uso de artefatos mágicos específicos para detectar a presença de mana das trevas. No entanto, nenhuma das propostas parecia suficientemente abrangente ou prática.

    Foi então que a professora Maria, uma veterana com vasta experiência em magia militar, se pronunciou. “Eu já fui uma maga militar”, disse ela, sua voz cortando o murmúrio dos outros professores. “E me lembro de usarmos uma magia para detectar inimigos. Geralmente, usamos uma onda de choque na terra e, com os retornos dessas ondas, sabíamos onde os inimigos estariam localizados.”

    Alarik franziu a testa, ponderando a sugestão. “É uma boa tática, professora Maria”, respondeu ele. “No entanto, isso só nos daria a quantidade de alunos que temos e onde eles estão. Não nos ajudaria a identificar quem está corrompido pela mana das trevas.”

    Os professores continuaram a discutir, a sala cheia de murmúrios e ideias sendo trocadas. Várias sugestões foram apresentadas, mas nenhuma parecia resolver completamente o problema.

    Foi então que Ryuta, que até então permanecera em silêncio, levantou a mão. “E se fizermos uma miniatura da academia?” sugeriu ele. “Podemos usar magia de terra para criar um modelo detalhado de toda a academia. Então, utilizamos magia de água para fazer chover sobre essa miniatura, e Yuki poderia infundir sua magia de luz na água. Quando a chuva cair sobre a miniatura, a magia da luz revelaria a presença de mana das trevas em qualquer aluno.”

    A sala ficou em silêncio por um momento, enquanto todos ponderavam a ideia. Alarik finalmente falou, um sorriso começando a se formar em seus lábios. “Essa é uma ideia brilhante, Ryuta. Uma solução inovadora que combina várias disciplinas mágicas. Pode realmente funcionar.”

    Os outros professores começaram a discutir os detalhes técnicos e logísticos da proposta de Ryuta. A ideia de criar uma miniatura da academia parece exequível, especialmente com a habilidade dos magos de terra na equipe. A infusão da magia de luz na água também era algo que poderia ser realizado com a orientação de Yuki.

    “Precisamos garantir que a miniatura seja extremamente detalhada”, disse a professora Elara, uma especialista em magia de terra. “Cada sala, cada corredor, tudo deve ser representado com precisão.”

    “Eu posso cuidar da parte da magia da água,” disse o professor Aiden. “Podemos criar uma chuva artificial que cubra toda a miniatura de forma uniforme. Isso garantirá que a magia de luz de Yuki possa detectar qualquer presença de mana das trevas.”

    Yuki, que havia sido chamado para a reunião para explicar seu método inicial, observava atentamente. Ele sentia um misto de alívio e responsabilidade. Sua capacidade de fundir magia havia inspirado uma nova abordagem, e agora ele teria um papel crucial na implementação dessa ideia.

    “Yuki”, disse Alarik, dirigindo-se a ele. “Você será a chave para o sucesso desse plano. Precisamos que você infunda sua magia de luz na água. Acredita que pode fazer isso?”

    Yuki assentiu, determinado. “Sim, senhor. Se isso ajudar a proteger a academia e meus colegas, farei o que for necessário.”

    Com o plano delineado, os professores começaram a discutir os passos práticos para sua implementação. A professora Elara e sua equipe começaram a trabalhar na criação da miniatura detalhada da academia. O professor Aiden e seus assistentes começaram a preparar o feitiço de chuva, enquanto Yuki se preparava para a tarefa crucial de infundir sua magia de luz na água.

    Horas se passaram enquanto todos trabalhavam em uníssono. A atmosfera na academia estava carregada de uma mistura de ansiedade e esperança. Todos sabiam que estavam em uma corrida contra o tempo, tentando identificar e neutralizar a ameaça das pedras negras antes que mais alunos fossem corrompidos.

    Finalmente, após um esforço conjunto e intenso, a miniatura da academia estava pronta. O modelo era impressionante em sua precisão, uma réplica exata de cada sala e corredor.

    “Estamos prontos”, anunciou Alarik. “Agora, a parte crucial: a infusão de magia de luz.”

    Yuki, com o apoio de seus amigos e professores, se posicionou diante da miniatura. Ele fechou os olhos e começou a concentrar sua magia de luz, sentindo a energia pura e luminosa fluir através de seu corpo. Com cuidado, ele infundiu essa energia na água preparada pelo professor Aiden.

    Quando a água começou a chover sobre a miniatura, um brilho suave e etéreo começou a emanar da miniatura. Todos os presentes observavam com expectativa, esperando que o plano funcionasse.

    “Agora, vamos ver se conseguimos identificar a mana das trevas”, disse Alarik, com os olhos fixos na miniatura.

    A chuva continuou a cair, e lentamente, pontos negros começaram a aparecer na miniatura, indicando a presença de mana das trevas. A sala explodiu em murmúrios e exclamações de surpresa.

    “Conseguimos!” exclamou Ryuta, um sorriso largo no rosto. “Agora podemos ver onde estão os alunos corrompidos.”

    Alarik assentiu, satisfeito. “Bom trabalho, todos. Agora, vamos agir rapidamente e neutralizar essa ameaça. Não podemos permitir que as trevas continuem a se espalhar.”

    Yuki sentiu um alívio profundo, mas também uma determinação renovada. A batalha estava apenas começando, mas com o apoio de seus amigos e professores, ele sabia que poderiam vencer essa guerra contra as trevas.

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