Capítulo 51: O Encontro com a Escuridão.
Yuki ergueu sua espada de energia solar, seu olhar fixo em Mark. A barreira de luz restaurada ao redor da academia brilhava com intensidade, repelindo as trevas e fornecendo a força necessária para os defensores. Yuki sentia a conexão com Apolo pulsar dentro de si, dando-lhe uma confiança renovada.
Mark, tremendo de raiva e medo, lançou um ataque direto, canalizando sua mana das trevas em uma rajada de energia sombria. Yuki, agora com reflexos aprimorados, desviou facilmente do ataque, movendo-se com a agilidade de um raio. Com um movimento fluido, ele cortou o ar com sua espada, liberando uma onda de energia solar que desfez a rajada de trevas de Mark, dissipando-a como névoa sob o sol.
“Você não pode me derrotar, Yuki!” gritou Mark, a voz carregada de desespero e loucura. Ele conjurou uma série de esferas de escuridão, lançando-as rapidamente contra Yuki. Mas Yuki, sentindo cada movimento antes mesmo de ser feito, esquivou-se com graciosidade, suas ações quase coreografadas.
“Mark, isso acaba aqui”, disse Yuki, sua voz firme. Ele avançou, sua espada brilhando ainda mais intensamente, cortando através das esferas de escuridão que tentavam impedi-lo. Cada golpe de sua espada era como uma estrela cadente, iluminando a escuridão ao seu redor.
Mark recuou, seus olhos arregalados de medo. “Isso… isso não pode estar acontecendo!” Ele tentou invocar mais poder das trevas, mas a luz emanada de Yuki parecia absorver e neutralizar seus esforços.
Yuki não parou, avançando implacavelmente. Ele sabia que cada segundo contava, que precisava terminar aquilo antes que mais vidas fossem perdidas. Com um movimento rápido, ele desferiu um golpe preciso, atingindo Mark e fazendo-o cambalear para trás. Mark caiu de joelhos, sua respiração pesada e irregular.
“Yuki, por favor… não faça isso”, implorou Mark, sua voz agora fraca e vacilante. Mas Yuki não se deixou enganar. Ele sabia que havia algo mais sombrio por trás de tudo aquilo, algo que precisava ser enfrentado.
“No final, Mark, você é apenas uma marionete”, disse Yuki, com tristeza em sua voz. “Eu sinto muito por você.”
No momento em que Yuki estava prestes a desferir o golpe final, algo inesperado aconteceu. Uma aura negra começou a emanar do corpo de Mark, envolvendo-o em uma névoa espessa e sombria. Yuki recuou instintivamente, seus olhos arregalados de surpresa.
“Yuki, cuidado!” gritou Sofhia, ainda lutando contra seus próprios adversários. Mas Yuki já podia sentir a presença maligna se manifestando.
Do corpo de Mark, uma figura horrenda começou a emergir. Era um demônio, feito de pura escuridão, suas asas negras e olhos vermelhos brilhando com uma malícia indescritível. A figura se libertou de Mark, flutuando no ar com uma presença avassaladora.
Mark, agora livre da influência direta do demônio, caiu no chão, inconsciente. O demônio, entretanto, riu de forma sinistra, sua voz ecoando como trovão na noite.
“Você realmente pensou que poderia me derrotar tão facilmente?” zombou a criatura, suas palavras impregnadas de veneno. “Eu sou a verdadeira força por trás das trevas. E agora, Yuki, você enfrentará seu verdadeiro inimigo.”
Yuki segurou sua espada com mais firmeza, seus olhos ardendo com determinação. “Então é você o responsável por tudo isso”, disse ele, sua voz calma, mas cheia de convicção. “Eu não vou permitir que continue.”
A batalha estava longe de terminar. O verdadeiro confronto estava apenas começando, e Yuki sabia que precisaria de toda a sua força e coragem para enfrentar aquele demônio. Ele sentiu a energia solar dentro de si aumentar, preparando-se para o que viria a seguir.
Enquanto a figura sombria se erguia diante dele, Yuki respirou fundo, centrando-se. A academia estava contando com ele, e ele não falharia. Com um último olhar para o demônio, Yuki avançou, pronto para enfrentar a escuridão e proteger aqueles que amava.
O demônio, feito de pura escuridão, pairava no ar, seus olhos vermelhos fixos em Yuki. Ele era um fragmento das trevas antigas, um remanescente de um mal que há muito tempo ameaçava a criação de Apolo. Agora, com as memórias de suas vidas passadas parcialmente restauradas, Yuki sabia exatamente com o que estava lidando.
“Você é um remanescente das trevas?” Yuki disse, sua voz cortante. “Embora você seja forte, não é nada comparado à verdadeira escuridão que conheço.”
O demônio estreitou os olhos, a fúria crescendo em seu interior. “Como você sabe das trevas? E como ousa falar sobre sua magnitude e beleza? As trevas dominaram o mundo. Elas sempre existiram e sempre existirão!”
Yuki segurou firmemente sua espada de energia solar, sentindo o calor da luz fluir por seu corpo. “Eu conheço as trevas porque já as enfrentei antes. Mas saiba, elas nunca triunfarão. Eu sou Yuki! Posso ter sido a primeira luz há milhares de anos, mas nesta vida, sou apenas Yuki, e esta será a última vez que vocês assombrarão esta terra.”
O demônio riu, uma risada fria e sinistra que ecoou pela academia. “Você é a primeira vida?” ele questionou, sua voz carregada de surpresa e desdém. Mas logo ele percebeu a seriedade na voz de Yuki e a verdade por trás de suas palavras.
A atmosfera ao redor dos dois começou a mudar, o ar ficou denso, carregado de tensão e poder. Todos ao redor estavam lutando por suas vidas, em batalhas ferozes contra os monstros das trevas, mas a presença dessa batalha central era sentida por todos, mesmo à distância. Era um confronto que determinaria o destino de todos.
Sem mais palavras, Yuki avançou, sua espada brilhando como um sol em miniatura. Ele golpeou o demônio, que se defendeu com suas garras sombrias, gerando faíscas de luz e escuridão que dançavam no ar. O impacto entre os dois foi tão poderoso que fez o chão tremer, fissuras se espalhando por toda a academia.
O demônio contra-atacou com um feixe de energia negra, mas Yuki desviou habilmente, sua espada cortando o ar em direção ao coração da escuridão. A lâmina de luz atravessou a escuridão do demônio, arrancando um grito de dor e raiva de sua garganta.
“Você pode ter sido forte antes, mas o tempo das trevas acabou!” gritou Yuki, avançando com uma série de golpes rápidos e precisos, cada um mais poderoso que o anterior.
A luta era feroz e implacável. O demônio, enfurecido, criou uma tempestade de sombras ao seu redor, tentando envolver Yuki em uma escuridão impenetrável. Mas a luz que irradiava de Yuki era intensa, rompendo a escuridão e forçando o demônio a recuar.
“Ora, ora… Você ainda não viu nada, Yuki!” o demônio rosnou, antes de se dividir em várias sombras, que atacaram Yuki de diferentes direções. O herói se viu cercado, mas com movimentos rápidos, ele dissipou cada uma das sombras, golpeando com precisão letal.
Entretanto, enquanto cada sombra se dissipava, o demônio retornava com mais força, como se estivesse absorvendo o poder de suas projeções destruídas. Yuki percebeu que aquela criatura estava tentando se fortalecer através do próprio confronto, uma técnica perigosa que precisava ser interrompida.
Yuki concentrou sua energia, canalizando a luz através de sua espada, criando uma aura incandescente ao seu redor. Ele sabia que precisava de um golpe decisivo, algo que pudesse quebrar o ciclo de regeneração do demônio.
“Ora, Yuki! Você realmente acha que pode vencer? Eu sou eterno! As trevas são eternas!” gritou o demônio, rindo maniacamente enquanto lançava mais ataques, cada um mais destrutivo que o anterior.
Yuki se esquivava, bloqueava, e contra-atacava com precisão, mas sabia que a luta não poderia continuar assim por muito mais tempo. Ele precisava encontrar uma forma de atacar o núcleo do demônio, o coração de sua escuridão.
Ele se lembrou das palavras de Apolo, de como a luz e as trevas sempre estiveram em constante batalha, mas também de como a luz tinha o poder de purificar.
“Eu não estou aqui apenas para destruir,” Yuki murmurou, enquanto seu corpo começava a brilhar mais intensamente. “Estou aqui para purificar.”
Ele fechou os olhos por um momento, sentindo a luz dentro de si pulsar com ainda mais força. A energia crescia, tornando-se quase insuportável, mas ele sabia que aquele era o caminho. Quando abriu os olhos novamente, eles estavam completamente dourados, refletindo o brilho de um sol que ninguém mais podia ver.
“Mark, eu vou libertar você”, Yuki disse, sua voz carregada de compaixão e determinação.
Com um grito de batalha, ele ergueu sua espada e lançou um feixe de luz diretamente no demônio. A escuridão ao redor do demônio tentou resistir, mas a luz era avassaladora. O demônio urrou, sua forma começando a se distorcer, a escuridão sendo despedaçada pela força purificadora da luz de Yuki.
Por um momento, tudo parecia resolvido. O corpo de Mark, agora separado da influência maligna, caiu no chão, imóvel. Mas, antes que Yuki pudesse se aproximar, um movimento sinistro ocorreu. Da escuridão restante, uma figura ainda mais aterrorizante começou a emergir.
Era o verdadeiro demônio, uma criatura de trevas impuras, com asas gigantescas e chifres que pareciam feitos de pura sombra. Seus olhos eram como abismos, olhando diretamente para a alma de Yuki.
“Você pode ter libertado Mark”, a criatura falou, sua voz ecoando como um trovão distante, “mas eu sou as trevas que restam, e não me renderei tão facilmente.”
Yuki respirou fundo, a tensão no ar era palpável. Ele sabia que o verdadeiro desafio estava apenas começando, e o futuro do mundo dependia do que aconteceria a seguir.
A batalha final contra o demônio estava prestes a começar.
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