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    O pátio da academia estava transformado em um campo de batalha caótico, dominado pelo som ensurdecedor da água correndo violentamente por todos os lados. Elizabeth, com sua armadura de água reluzente, enfrentava a aterrorizante Milt, a maga das trevas que havia renascido pelo poder das águas. Cada movimento era crucial, cada decisão determinante, pois ambas as combatentes sabiam que apenas uma delas sairia vitoriosa daquela luta.

    Milt, com sua pele escamosa e aparência quase alienígena, avançou novamente, seus olhos escuros fixos em Elizabeth. “Você acha que pode me vencer, garota?” A voz de Milt ecoava pelo pátio, reverberando como se viesse das profundezas do oceano. “Eu sou a personificação das águas sombrias, a força primordial que molda e destrói! Você é só uma criança brincando de ser forte.”

    Elizabeth manteve a compostura, sabendo que não podia deixar as provocações de Milt a desconcentrarem. Ela ergueu suas mãos, e a água ao redor dela começou a girar em um redemoinho controlado, criando um escudo protetor. As correntes giravam com uma velocidade impressionante, refletindo a luz em todas as direções, enquanto Elizabeth se preparava para o próximo ataque.

    Milt sorriu maliciosamente e estendeu suas garras, convocando uma gigantesca onda que se ergueu sobre as duas, ameaçando engolir Elizabeth e tudo ao redor. A água carregava um poder destrutivo imenso, uma força esmagadora que parecia impossível de parar. Mas Elizabeth, em vez de recuar, canalizou sua magia em sua armadura e lançou seu próprio ataque.

    Com um grito de esforço, Elizabeth comandou a água ao seu redor a se concentrar em um único ponto, criando uma lança de água comprimida que brilhou com uma intensidade feroz. Ela a lançou contra a onda de Milt com toda a força que conseguiu reunir. As duas forças colidiram no ar, gerando uma explosão de vapor que obscureceu o pátio inteiro por um momento.

    Quando a névoa começou a dissipar, Elizabeth sentiu uma pontada de exaustão. Manter aquela defesa havia drenado uma parte significativa de sua energia, mas ela não podia se dar ao luxo de hesitar. Antes que pudesse recuperar o fôlego, Milt surgiu da névoa com uma velocidade impressionante, investindo contra ela com garras afiadas, prontas para rasgar sua armadura e perfurar sua carne.

    Elizabeth rapidamente ergueu um escudo de água, mas Milt era implacável. A maga das trevas rasgou através do escudo com uma força brutal, quase alcançando Elizabeth. Com um movimento ágil, Elizabeth saltou para trás, mas não foi rápida o suficiente. Milt conseguiu acertar um golpe em seu braço, cortando sua armadura e deixando uma marca sangrenta em sua pele.

    “Você é forte, mas não forte o suficiente,” disse Milt com um sorriso triunfante, lambendo o sangue das garras. “Logo, você estará submersa nas águas da escuridão.”

    Elizabeth mordeu o lábio para não gritar de dor. Ela sabia que estava ficando sem tempo e energia, mas não podia desistir. Inspirando profundamente, ela se concentrou em Rayka, a fonte de sua força e determinação. A água ao redor dela respondeu ao seu chamado, brilhando com uma luz azulada e começando a girar ao seu redor em espirais elegantes.

    “Eu não vou deixar você vencer,” declarou Elizabeth com firmeza, suas palavras carregadas de convicção. “Eu luto por meus amigos, por esta academia, e por tudo o que é bom e justo. Você não passará!”

    Com um esforço final, Elizabeth concentrou todo o seu poder em um único ataque. Ela estendeu as mãos, e a água ao redor dela se condensou em milhares de pequenas lâminas afiadas como vidro. Cada lâmina brilhava com uma intensidade cristalina, pronta para despedaçar qualquer coisa em seu caminho.

    Milt percebeu o que Elizabeth estava prestes a fazer e lançou uma barreira de água em sua frente, tentando se proteger. Mas Elizabeth estava determinada. Com um grito de guerra, ela lançou as lâminas de água em um ataque devastador. Elas voaram em direção a Milt como uma tempestade mortal, cortando através de sua barreira e perfurando sua carne escamosa.

    Milt gritou de dor enquanto as lâminas a atingiam de todos os lados. A água sombria ao seu redor começou a se dissipar, perdendo sua força à medida que Milt perdia o controle sobre sua magia. Ela caiu de joelhos, sua forma se desfazendo lentamente, enquanto tentava desesperadamente manter sua compostura.

    “Como… você ousa…” Milt sibilou, suas palavras carregadas de ódio, mas sua voz estava ficando fraca, quase inaudível. “Eu sou a água… eu sou o poder… eu…”

    Antes que ela pudesse terminar, a última lâmina de água perfurou seu coração, dissipando a escuridão que a envolvia. Milt soltou um último suspiro antes de seu corpo desmoronar em uma poça de água negra, que logo se dissipou completamente, deixando apenas o silêncio.

    Elizabeth caiu de joelhos, ofegante. A vitória havia sido conquistada, mas a um grande custo. Ela estava exausta, mal conseguindo manter-se consciente. A batalha contra Milt havia exigido tudo o que ela tinha, mas ela conseguiu, superando uma das mais poderosas e temíveis adversárias que já enfrentara.

    Com grande esforço, Elizabeth se levantou, observando o pátio destruído ao seu redor. A batalha ainda não havia acabado em outros lugares, e ela sabia que seus amigos ainda precisavam de sua ajuda. Mesmo que estivesse exausta, ela não podia parar. Não agora.

    “Preciso… ajudar os outros…” ela sussurrou para si mesma, enquanto começava a caminhar em direção ao centro da academia. Cada passo era doloroso, cada movimento um lembrete de suas feridas, mas a determinação em seu coração era inabalável. Ela havia vencido uma batalha difícil, mas a guerra ainda estava longe de ser ganha.

    E assim, Elizabeth continuou em frente, sabendo que, embora tivesse triunfado sobre Milt, ainda havia muitas batalhas pela frente. Mas com a coragem e a força que havia demonstrado, ela sabia que poderia enfrentar qualquer desafio que surgisse. Afinal, a luz da água que ela controlava não era apenas uma arma — era um símbolo de sua esperança e determinação inabaláveis.

    Todos estavam dando o seu melhor, lutando com todas as suas forças para proteger não apenas a academia, mas o futuro de seu mundo. E embora a vitória ainda estivesse longe, havia um brilho de esperança, pois cada pequeno triunfo contribuía para a eventual derrota das trevas.

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