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    A batalha estava em pleno andamento. Sofhia, ainda envolta pela armadura de vento da Valquíria da Deusa do Vento, movia-se com uma agilidade e graça sobrenaturais. Rayka, a Rainha dos Espíritos do Vento, fundida ao corpo de Sofhia, amplifica seus poderes, tornando-a um turbilhão de poder e velocidade. Diante dela, os magos das trevas, agora fundidos em uma grotesca criatura amalgamada, rugiam com uma força aterradora. Seus corpos estavam cobertos por sombras pulsantes, e seus olhos brilhavam com um ódio profundo e primitivo.

    Os magos das trevas não eram mais meros humanos; haviam se transformado em um monstro de pura malícia e desespero. Suas formas fundidas, uma massa grotesca de carne e trevas, moviam-se com uma velocidade surpreendente, atacando Sofhia de todos os lados ao mesmo tempo. Braços escuros esticavam-se como serpentes, tentando agarrá-la, enquanto garras afiadas cortavam o ar em direção a ela.

    Sofhia desviava-se com uma destreza quase impossível, os ventos ao seu redor guiando seus movimentos. Ela girava, saltava e recuava com a precisão de uma dançarina, cada movimento seu era seguido por uma rajada de vento cortante. As lâminas de ar que ela invocava cortavam a carne das trevas, mas o monstro regenerava-se quase instantaneamente, seus ferimentos se fechando com uma rapidez alarmante.

    “Rayka, precisamos de mais poder! Eles estão se regenerando rápido demais!” Sofhia gritou, sua voz carregada pela tempestade que girava ao seu redor.

    “Estou dando tudo o que tenho, Sofhia! Mas essa fusão de magos é forte, mais forte do que eu imaginei!” respondeu Rayka, a voz da Rainha dos Espíritos ecoando na mente de Sofhia.

    O monstro das trevas avançou novamente, sua forma distorcida se espalhando como um miasma, tentando envolver Sofhia em sua escuridão. Sofhia girou no ar, invocando uma poderosa tempestade de vento que criou uma barreira ao seu redor, afastando o miasma. Ela sabia que não poderia manter essa defesa por muito tempo; a pressão sobre seus poderes era intensa, e mesmo com Rayka ao seu lado, ela sentia o cansaço começando a pesar.

    “Vamos tentar outra abordagem!” disse Sofhia, determinando-se a acabar com aquela luta de uma vez por todas. “Rayka, concentre-se na velocidade e precisão! Vamos encontrar o núcleo desse monstro e destruí-lo!”

    Rayka assentiu mentalmente, e Sofhia sentiu um aumento repentino de poder. Seus movimentos tornaram-se ainda mais rápidos e ágeis, os ventos ao seu redor transformando-se em lâminas finas e afiadas que cortam a escuridão como uma serra invisível.

    Sofhia avançou, esquivando-se das garras que se estendiam em sua direção e cortando os braços sombrios que tentavam agarrá-la. Cada corte que ela fazia era preciso, mirando nas articulações e pontos vitais da criatura. Mas a cada golpe, o monstro rugia em dor e fúria, e sua regeneração parecia se intensificar.

    “O núcleo… deve estar… ali!” Sofhia pensou, concentrando-se em um ponto específico onde a escuridão parecia mais densa, pulsando com uma energia maligna.

    Ela se lançou em direção ao ponto, reunindo toda a sua força e canalizando o poder de Rayka em um único ataque devastador. Mas, no momento em que ela estava prestes a atacar, a criatura desferiu um golpe surpresa, seus braços se esticando em múltiplas direções, agarrando Sofhia pelo tornozelo e arrastando-a violentamente ao chão.

    O impacto foi brutal. Sofhia sentiu o ar ser expulso de seus pulmões enquanto era lançada contra o chão com força. A armadura de vento ao seu redor estalou sob a pressão, quase se desfazendo. Sofhia lutou para se levantar, mas as sombras a envolviam, restringindo seus movimentos.

    “Sofhia, você precisa se concentrar! Não podemos desistir agora!” gritou Rayka, sua voz cheia de urgência.

    Sofhia mordeu o lábio, sentindo o gosto de sangue, e reuniu todas as suas forças. Com um grito de determinação, ela canalizou todo o poder restante de Rayka em um poderoso ciclone que explodiu ao seu redor, dissipando as sombras que a prendiam e libertando-a da prisão das trevas.

    O monstro das trevas recuou, suas múltiplas cabeças rugindo em fúria. Mas Sofhia não deu tempo para que ele se recuperasse. Com a agilidade de um raio, ela avançou novamente, sua espada de vento brilhando com uma intensidade feroz. Desta vez, ela mirou diretamente no núcleo que havia identificado antes.

    O monstro tentou se defender, mas Sofhia estava determinada. Ela esquivou-se dos golpes com uma habilidade sobre-humana, sua armadura de vento tornando seus movimentos rápidos e fluídos. E então, com um grito de guerra, ela desferiu um golpe mortal, perfurando o núcleo da criatura.

    Por um momento, tudo ficou em silêncio. O monstro congelou, suas múltiplas cabeças se contorcendo enquanto um brilho fraco emanava do ponto onde Sofhia havia atacado. E então, com um rugido ensurdecedor, a criatura explodiu em uma nuvem de trevas, a energia sombria se dissipando no ar como fumaça.

    Sofhia caiu de joelhos, ofegante, enquanto a armadura de vento ao seu redor lentamente se desintegrava. Rayka, exausta, começou a se separar do corpo de Sofhia, retornando à sua forma espiritual.

    “Conseguimos…” murmurou Sofhia, com um sorriso cansado nos lábios. “Conseguimos, Rayka…”

    “Foi por pouco”, respondeu Rayka, sua voz também mostrando sinais de cansaço. “Mas você foi incrível, Sofhia. Lembre-se disso.”

    Sofhia assentiu, olhando para os fragmentos de trevas que ainda flutuavam no ar, desaparecendo lentamente. A batalha havia sido dura, e ela sabia que ainda havia muito a ser feito, mas essa vitória era um pequeno alívio em meio ao caos.

    Ela se levantou, ainda trêmula, mas determinada. A academia ainda estava em perigo, e havia amigos que precisavam dela. Com Rayka ao seu lado, mesmo que exausta, Sofhia sabia que tinha forças para continuar.

    Com um último olhar para o campo de batalha devastado ao seu redor, Sofhia virou-se e correu em direção ao próximo desafio, sabendo que a luta contra as trevas estava longe de terminar, mas também sabendo que, enquanto ela estivesse ali, as trevas não triunfariam facilmente.

    O caos tomava conta dos corredores e pátios da academia. O som de feitiços colidindo e espadas cruzadas ecoava por toda parte, misturado aos gritos de desespero e ao rugido das criaturas das trevas. Alunos e professores lutavam lado a lado, tentando repelir a onda interminável de inimigos que avançava sobre eles. Para muitos, aquela era a primeira vez enfrentando um adversário tão implacável, e o medo estava presente nos olhos de cada um. Mas, mesmo assim, ninguém recuava.

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