Capítulo 57: O Confronto Final.
O campo de batalha ao redor da academia estava envolto em caos e desespero. Feitiços explodiram no ar, gritos de dor e de guerra ecoavam por todos os lados, e o céu estava tingido de uma escuridão sinistra, cortada apenas pelas luzes esparsas das magias que rasgavam a noite. No centro de tudo isso, Yuki estava travando uma das batalhas mais difíceis e intensas de sua vida.
Diante dele, o demônio feito de trevas, uma manifestação das forças mais antigas e malignas do universo, rosnava com uma voz que reverberava em todas as direções. Seus olhos, fendas negras e brilhantes, fixaram-se em Yuki com uma mistura de raiva e malícia. O corpo do demônio pulsava com uma energia sombria que fazia o ar ao seu redor parecer denso e pesado, como se a própria atmosfera estivesse sendo corroída pela presença maligna.
Yuki, com sua espada brilhante de energia solar em mãos, avançava com determinação. Ele sabia que essa luta não era apenas por ele, mas por todos que dependiam de sua vitória. Mesmo com o poder que Apolo havia lhe concedido, Yuki sentia o peso da responsabilidade e a dificuldade do confronto. O demônio era poderoso, muito mais do que qualquer outro inimigo que ele já havia enfrentado.
Com um rugido ensurdecedor, o demônio lançou uma rajada de escuridão contra Yuki. A onda negra avançou como uma maré, tentando engolir tudo em seu caminho. Yuki ergueu sua espada e, com um movimento preciso, cortou a rajada ao meio. A energia solar que emanava de sua lâmina desintegrou a escuridão ao contato, mas o esforço necessário fez com que Yuki recuasse um passo.
“Você não é páreo para mim, criatura das trevas”, disse Yuki, sua voz firme, mas seu corpo sentindo o desgaste da batalha.
O demônio riu, um som profundo e gélido que ecoou pelo campo de batalha. “Você, uma simples criatura mortal, ousa desafiar a escuridão eterna? Você não passa de uma faísca que logo se apagará.”
Yuki não se deixou abalar pelas palavras do demônio. Ele sabia que a única maneira de vencer seria se ele mantivesse o foco e usasse cada gota de poder que Apolo lhe havia concedido. Com um grito de guerra, Yuki avançou novamente, sua espada brilhando intensamente enquanto ele desferia um golpe poderoso contra o demônio.
O golpe atingiu o demônio no peito, cortando profundamente. A luz da espada de Yuki penetrou na escuridão do demônio, fazendo com que ele recuasse e soltasse um rugido de dor. No entanto, antes que Yuki pudesse aproveitar a vantagem, o demônio se recuperou com uma rapidez surpreendente, seus ferimentos fechando-se quase instantaneamente.
“Não pode ser…” murmurou Yuki, vendo o poder de regeneração do demônio em ação.
“Eu sou eterno”, rosnou o demônio. “Você não pode me destruir, mortal.”
Com um movimento rápido, o demônio lançou uma série de ataques consecutivos. Cada golpe que desferiu era uma combinação de pura força bruta e energia sombria, destinada a esmagar e consumir qualquer coisa que tocasse. Yuki defendeu-se com tudo o que tinha, usando sua espada para bloquear os ataques enquanto esquivava e recuava. A pressão do confronto era imensa, mas Yuki não podia recuar.
Enquanto isso, em outras partes do campo de batalha, aqueles que conseguiram vencer suas próprias lutas começaram a perceber a situação desesperadora de Yuki. Elizabeth, exausta, mas ainda cheia de determinação, viu o brilho intenso da batalha de Yuki e correu em sua direção. Sofhia, protegida por Rayka, também se lançou para ajudar, sabendo que a luta de Yuki era crucial para o destino de todos eles.
Leo, apesar de sua derrota para Marco, estava determinado a não deixar seus amigos enfrentarem o perigo sozinhos. Mesmo ferido, ele juntou suas últimas forças e começou a correr em direção à batalha central, sentindo que precisava fazer algo, qualquer coisa, para ajudar.
Yuki continuava a lutar, cada movimento seu sendo uma dança entre a vida e a morte. Ele atacava o demônio com tudo o que tinha, mas cada golpe parecia apenas arranhar a superfície da escuridão que o compunha. O demônio, por sua vez, atacava com uma ferocidade inumana, tentando esmagar Yuki a cada oportunidade.
A batalha se intensificou quando Yuki decidiu mudar de tática. Percebendo que ataques diretos não estavam surtindo efeito, ele começou a usar a velocidade e agilidade a seu favor. Ele passou a se mover mais rápido, utilizando a luz de sua espada para cegar o demônio em momentos cruciais e desferir golpes em pontos mais vulneráveis.
“Não importa o quanto você tente, você não pode vencer!” gritou o demônio, furioso por estar sendo desafiado por um simples humano.
“Não estou tentando vencê-lo”, respondeu Yuki, com uma nova determinação em seus olhos. “Estou tentando sobreviver o tempo suficiente para que você perca.”
O demônio ficou confuso por um momento, mas logo entendeu o que Yuki queria dizer. A aura que emanava de Yuki estava mudando, ficando mais intensa, mais pura. O poder de Apolo estava começando a se manifestar de forma mais completa, e isso estava enfraquecendo o demônio lentamente.
Enquanto o demônio lutava para manter seu domínio sobre a batalha, as forças de Yuki foram renovadas pela chegada de seus aliados. Elizabeth lançou um feitiço de cura em Yuki à distância, restaurando parte de sua força. Sofhia, com Rayka ao seu lado, conjurou ventos poderosos que ajudaram a dissipar parte da escuridão ao redor do demônio, deixando-o mais exposto aos ataques de Yuki.
“Agora!” gritou Yuki, vendo a abertura que precisava.
Com um grito de guerra, Yuki concentrou toda a sua energia em um único ataque. Ele avançou com a espada erguida, a lâmina brilhando com a luz do sol e do poder de Apolo. O demônio tentou bloquear, mas a combinação de luz, vento e a força de Yuki era demais para ele.
A espada de Yuki cortou profundamente o demônio, atravessando a escuridão e atingindo o núcleo de sua existência. O demônio soltou um grito horrível, um som que parecia rasgar o próprio tecido da realidade. Seu corpo começou a se desintegrar, pedaços de escuridão caindo como cinzas ao vento.
No entanto, antes que pudesse ser completamente destruído, o demônio se lançou para trás, seus olhos brilhando com uma fúria e desespero que Yuki nunca havia visto antes. De dentro da escuridão que compunha seu corpo, uma nova forma começou a emergir — uma figura ainda mais aterradora, ainda mais poderosa, como se o próprio núcleo das trevas estivesse se manifestando.
Yuki, ofegante e cansado, viu a nova forma do demônio e soube que a luta estava longe de terminar. O demônio, agora em sua forma verdadeira, estava determinado a destruir tudo e todos.
“Isso ainda não acabou!” gritou o demônio, sua voz reverberando como um trovão.
Yuki firmou sua postura, levantando a espada mais uma vez, sabendo que precisaria de toda a ajuda possível para derrotar essa nova forma.
E assim, a batalha continuava, com Yuki e seus aliados enfrentando uma ameaça que parecia insuperável. Mas a determinação deles, a luz de Apolo e a força da amizade os mantinham firmes, prontos para lutar até o fim.
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