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    — E então, ela simplesmente começou a vomitar! — um cara gritou, indignado.

    — Que nojo! — outro respondeu, rindo.

    — Sim, a vadia desmaiou, e o fio acabou enforcando ela. Só precisava me fazer gozar antes de morrer sufocada! A porra da vagabunda nem isso conseguiu fazer!

    — Pois é — disse outro, rindo. — Ela até estava com aquela vibe de ‘morrendo’. Não é isso que você curte?

    — Exatamente! Que merda! — o primeiro gritou, furioso. — Imagina morrer com meu pau dentro de você e não conseguir me fazer gozar assim? Quão patética você tem que ser?

    — Isso é tão ridículo que, se fosse comigo, eu me mataria de vergonha.

    — Por isso tirei o fio. Matar ela seria um favor! — o cara gritou com irritação.

    — Pff, tá com medo dos guardas, isso sim — provocou outro.

    — Cala a porra da boca, David!

    BANG!

    Naquele momento, Nick ouviu o som de um objeto metálico atingindo a parede.

    Neste momento, Nick estava abaixo da sede dos Atacantes Riker, como uma nuvem de névoa.

    Nick não conseguia enxergar o cômodo acima dele, pois os buracos no chão eram muito pequenos, mas podia ouvir tudo.

    O que ele havia escutado até agora o deixou chocado e enojado.

    — Eu matei aquela maldita pirralha que não parava de me incomodar pedindo comida! — gritou o primeiro homem, furioso. — Finalmente consegui matar aquela desgraçada, e a cidade não fez nada comigo! Por que eu teria medo de matar uma inútil que nem sabe engasgar direito com um pau pra salvar a própria vida?!

    — Não fode comigo, pau podre?! — o outro homem respondeu, irritado.

    — Eu faço o que quiser! — desafiou o primeiro.

    Bomp. Bomp.

    Nick ouviu os sons de corpos sendo empurrados de um lado para o outro.

    BANG!

    E o som de um soco.

    — Cala a porra da boca!

    BANG!

    BANG!

    — Eu vou ferrar contigo!

    BANG!

    CRASH!

    — CAAAALEM A BOOOOCA!

    De repente, o cômodo acima de Nick ficou em silêncio. Um grito agudo e agressivo de uma mulher ecoou pelo lugar.

    — O quê? — um dos homens perguntou, com uma mistura de irritação e apreensão na voz.

    Parecia que ele estava intimidado pela pessoa que acabara de entrar no cômodo.

    — Saiam pra brigar com seus paus lá fora! — gritou a mulher, agressiva. — Tem gente aqui que precisa descansar de verdade depois de ganhar o dinheiro que vocês vivem gastando!

    — Cala a boca, Monica! Eu ganho meu próprio dinheiro! — retrucou um dos homens.

    — Ah, é mesmo?! — Nick ouviu a mulher gritar.

    Em seguida, ouviu passos rápidos.

    Slap!

    O som de um tapa.

    — O que você disse, hein?!

    — E-eu…

    Slap!

    — Cala a boca!

    Slap!

    — Tá bom, tá bom, tá bom! — o homem gritou, todo o tom raivoso de sua voz substituído pela submissão.

    — Onde está o meu dinheiro?! — gritou a mulher, furiosa.

    — Eu já te paguei três dias a…

    — Eu pareço alguém que liga pra isso?! Onde está meu dinheiro, desgraçado?! — gritou a mulher.

    — Isso não é justo!

    Slap!

    Dunk!

    Bang!

    Então, Nick ouviu sons de tosse intensa.

    — T-ta bom.

    A voz que disse essa palavra parecia ter mal conseguido pronunciar aquilo antes de desabar.

    — E agora, onde está?! — perguntou a mulher, agressiva.

    O som de algo sendo remexido.

    — O que eu vou fazer com 37 malditos créditos?! — gritou a mulher, revoltada.

    — Me desculpa! Eu vou conseguir mais! — gritou um dos homens.

    Nos dez minutos seguintes, Nick ouviu a mulher humilhar e xingar um dos dois homens.

    — E você! Você estava tão barulhento quanto ele! — disse a mulher, obviamente se referindo ao outro homem no cômodo. — Quero cem créditos em até cinco dias!

    — Claro — respondeu o outro homem, em um tom educado.

    — Ótimo! E agora, calem a boca e fiquem quietos!

    BANG!

    A porta se fechou com força.

    Alguns segundos se passaram.

    — Ela tem muita sorte de ter uma habilidade! — um dos dois sussurrou, com raiva. — Eu daria minha bola esquerda só pra enforcar essa desgraçada com o meu pau!

    — Porra, acho que ela quebrou meu braço!

    Foi a última coisa que Nick ouviu enquanto flutuava pelo teto do esgoto.

    Quando aquela mulher entrou no cômodo e começou a falar sobre dinheiro, Nick soube que havia finalmente encontrado uma pista para o que estava procurando.

    Nick estava ali para descobrir para onde ia todo o dinheiro.

    Embora os Atacantes Riker se concentrassem em espalhar o terror, eles também ganhavam muito dinheiro, que parecia desaparecer sem deixar rastros.

    “Ela pediu muito dinheiro, e pelo jeito, essa não foi a primeira vez que fez isso.”

    “Se ela exige dinheiro de todos os membros principais, é bem provável que seja ela quem faz o dinheiro desaparecer.”

    Nick continuou seguindo os sons de passos.

    Eventualmente, a mulher entrou em um cômodo no final do longo corredor.

    Infelizmente, Nick precisou permanecer sob o chão no corredor.

    O cômodo onde a mulher entrou não tinha buracos no chão.

    Isso significava que tudo abaixo do piso era pura escuridão.

    Entrar na escuridão era sempre extremamente perigoso, e seria ainda mais enquanto Nick estivesse em sua forma de névoa.

    “Esse deve ser o cômodo do Riker”, pensou Nick. “Infelizmente, não consigo ouvir nada.”

    Por enquanto, Nick decidiu esperar em frente ao cômodo até que a mulher saísse novamente.

    Como esperado, cerca de dez minutos depois, a porta se abriu, e a mulher saiu do cômodo.

    “Ela entregou o dinheiro para o Riker?”, Nick pensou.

    Infelizmente, os créditos eram feitos de papel e não faziam muito barulho.

    Por isso, Nick não conseguiu confirmar se a mulher havia entregue os créditos para Riker ou não.

    “No entanto, tenho certeza de que ela é a chave. Se eu continuar seguindo-a, provavelmente descobrirei o que está acontecendo com o dinheiro.”

    “Se eu quiser derrubar Riker, preciso ter certeza de que nenhum Fabricante está envolvido nisso!”

    “E se estiverem…”

    “Vou garantir que o governador saiba disso!”

    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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