Índice de Capítulo

    — Então, como você lida com situações ruins? — perguntou Nick à pessoa à sua frente.

    À sua frente estava uma mulher no início dos vinte anos.

    Ela tinha cabelos castanhos e usava roupas sujas.

    Obviamente, ela era dos Dregs.

    Nesse momento, Nick a estava entrevistando em seu quarto de hotel.

    A mulher inicialmente estava bastante nervosa por ter uma reunião de emprego dentro do quarto de alguém, mas agora já percebera que Nick não estava tentando machucá-la.

    — Acho que consigo reagir de forma muito calma e deliberada — disse a mulher casualmente.

    Nick assentiu. — Você já viu um Espectro?

    — Eu não tenho uma habilidade, se é isso que você quer saber — respondeu a mulher.

    — Certo, mas você já encontrou um Espectro antes? — Nick repetiu.

    A mulher franziu a testa. — Acho que sim, mas não tenho certeza — disse ela.

    — Ah, é? Por favor, explique — pediu Nick.

    — Bem — começou a mulher —, dizem que o líder dos Atacantes Riker é um Espectro, e eu o conheci uma vez.

    — Ah, essa é nova — disse Nick. — O que te faz pensar que ele é um Espectro?

    — É só uma lenda — disse a mulher. — As pessoas dizem que o Riker deve ser um Espectro. Afinal, os Atacantes Riker são a única gangue que não traz nada de positivo para os Dregs.

    — A Gangue do Seguro pode ter métodos muito diretos, mas eles protegem o dinheiro dos impostos das pessoas.

    — Os Ambulantes podem cobrar preços exorbitantes e não permitir concorrência, mas têm a capacidade de conseguir todos esses bens importantes para os Dregs. Sem eles, muito mais gente morreria.

    — O Centro pode não se importar com moralidade ao aceitar missões, mas também oferece muitos empregos para várias pessoas. Além disso, mantêm as gangues em cheque, já que o Centro pode essencialmente ser contratado por qualquer uma delas.

    — Mas os Atacantes Riker?

    A mulher balançou a cabeça.

    — Os Atacantes Riker apenas roubam, estupram e assassinam.

    — Eles querem dinheiro sem oferecer proteção.

    — Eles matam pessoas secretamente, aparentemente sem motivo.

    — Não há nada de bom neles.

    — Nem um pouco.

    — Que ser humano criaria algo assim? Não é mais fácil liderar um grupo de pessoas dispostas do que tomar seus pertences à força todos os dias?

    — Pelo menos, essa é a explicação — disse a mulher. — Se Riker for um Espectro, essas coisas fariam sentido.

    Nick coçou o queixo, interessado, enquanto olhava para a mulher. — Essa é uma teoria bem interessante. Nunca conheci o Riker pessoalmente, já que trabalhei para o Centro na maior parte do tempo. Você disse que o conheceu?

    A mulher assentiu. — Foi quando três homens me seguiram até minha casa. Eu não sabia se eles queriam só meu dinheiro ou se também pretendiam me estuprar, mas, felizmente, nunca descobri.

    Quando a mulher mencionou a possibilidade de agressão sexual, parecia bastante calma, fria e indiferente, mesmo que algo assim provavelmente aterrorizasse a maioria das pessoas.

    — Naquela época, eu estava em uma missão de longo prazo para o Centro e mostrei meu símbolo como prova.

    — Pela expressão deles, os três não gostaram, mas decidiram me deixar em paz.

    — Isso até o Riker aparecer.

    — Não sei por que ele estava ali, mas pela forma como os três agiram e como o chamaram, eu sabia que era o líder dos Atacantes Riker.

    — Quando viu o que estava acontecendo, ele apenas abriu um sorriso amigável e perguntou desde quando os Atacantes Riker se importavam com o que as outras gangues pensavam deles.

    — Os três se viraram para mim e começaram a avançar.

    — Enquanto isso, eu me virei e fugi.

    — Por sorte, um dos postos avançados do Centro estava bem perto, e consegui entrar e pedir ajuda.

    — Os três homens fugiram, mas um grupo do Centro foi atrás deles.

    — Nunca mais os vi depois disso, e também não ouvi nada sobre o Riker desde então — explicou a mulher.

    Nick assentiu algumas vezes. — Como era o infame Riker?

    — Como ele era? — repetiu a mulher, franzindo as sobrancelhas. — É difícil descrever.

    — Ele parecia bastante charmoso e bonito. Na época, achei que ele parecia repulsivo, mas depois de algumas semanas, posso admitir que ele é muito atraente de uma perspectiva geral.

    — Ele tem essa vibe de playboy, mas também há uma confiança profunda em seu olhar.

    A mulher pareceu desconfortável por alguns segundos.

    — Não sei se isso é relevante — disse ela eventualmente —, mas senti que os olhos dele eram estranhos.

    — Pareciam olhos como os de qualquer outra pessoa, mas quando olhei para eles, senti que estava encarando algum tipo de predador natural meu.

    — Ele parecia muito, muito perigoso.

    — Senti que precisava fugir dele, a qualquer custo.

    No momento seguinte, ela deu uma risada irônica.

    — Ironia suficiente, esse sentimento de ter que fugir foi o que me permitiu reagir rapidamente ao avanço renovado dos homens dele.

    Nick parecia muito intrigado.

    — E se você o encontrasse novamente? — perguntou Nick.

    — Em que sentido? — perguntou a mulher.

    — Sozinha — respondeu Nick. — Só vocês dois.

    Um esgar de desgosto surgiu no rosto da mulher.

    — Adoraria nada mais do que dizer que o mataria, mas provavelmente não tenho força para isso. Não acho que um líder de gangue seja fraco — disse ela.

    Quando Nick ouviu isso, um sorriso brilhante apareceu em seu rosto.

    — Certo, isso soa bem — disse ele.

    A mulher olhou para Nick com uma ansiedade renovada. — Então, tudo correu bem? Sinto que foi bem.

    Nick riu e assentiu. — Sim. Tudo parece ótimo.

    — Então, isso significa que…? — perguntou a mulher.

    Nick assentiu. — Sim, acho que você é a pessoa certa para o trabalho.

    Os olhos da mulher se arregalaram de choque.

    Uma Extratora Zephyx?

    Ela estava prestes a se tornar uma Extratora Zephyx?!

    Ela mal podia acreditar.

    — Seu nome é Jennifer, certo? — perguntou Nick.

    — Sim — respondeu Jennifer. — Por favor, me chame de Jenny.

    — Claro — disse Nick.

    No momento seguinte, Nick se levantou. — Você se importaria de esperar lá fora no hotel por cerca de 15 minutos? Preciso resolver algo primeiro.

    — Depois disso, vou te mostrar onde você vai trabalhar a partir de agora.

    — Claro! Muito obrigada! — disse Jenny com uma voz agradecida.

    Os dois saíram do quarto de Nick.

    Enquanto Jenny saía do hotel, Nick foi para o quarto de Horua.

    Nick precisava verificar Horua antes de ir trabalhar.

    Um pequeno gesto, um grande impacto!

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 90% (2 votos)

    Nota