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    BANG!

    Alguém foi arremessado para trás.

    Ao mesmo tempo, uma Barreira apareceu ao redor dele antes de se estilhaçar em pedaços.

    Todos olharam para a pessoa, e o próprio indivíduo olhou para o próprio abdômen ao cair no chão.

    Sangue.

    Ele havia sido baleado!

    — Você atirou em mim! — gritou com raiva enquanto se levantava rapidamente.

    Toda a adrenalina em seu corpo o deixava cego para a dor lancinante do novo ferimento.

    — Nós te avisamos! — gritou um dos guardas.

    Mais cedo, esse cara havia avançado gritando que iria entrar no prédio e que não havia nada que os guardas pudessem fazer para impedi-lo.

    Mas então, ele levou um tiro.

    Por sorte, era apenas um João, o que significava que seu corpo não dependia de Zetose para sobreviver.

    Ainda assim, o tiro o feriu bastante.

    Pelo menos não atingiu nenhuma área vital. Além disso, o disparo não estava carregado com nenhuma habilidade.

    Embora tenha esvaziado seu Zephyx e aberto um buraco em seu abdômen, nenhum outro efeito foi adicionado.

    Naturalmente, se o Veterano quisesse matar o João, ele já estaria morto.

    — Você atirou nele! — gritou outra pessoa na multidão.

    — Eu vou processar vocês! — gritou o homem, apontando para eles. — Vou pegar todo o chocolate que vocês têm em estoque!

    — Isso, a gente não processa vocês! Só deem o chocolate pra ele! — gritou outro cara.

    Os Extratores da Fabricante apenas fuzilavam o grupo barulhento com os olhos.

    Aquilo estava ficando cada vez mais caótico.

    Agora, mais de cem Extratores se amontoavam em frente aos portões.

    Se todos realmente tentassem invadir à força, os guardas não poderiam fazer muita coisa.

    Felizmente, os Veteranos pareciam manter o autocontrole.

    Nas últimas horas, alguns Joões e Novatos haviam tentado entrar à força no prédio.

    Enquanto os guardas haviam simplesmente expulsado os primeiros, atiraram no último.

    Queriam usar esse João como exemplo.

    No entanto, isso só parecia enfurecer ainda mais a multidão.

    Apesar de os guardas parecerem firmes, por dentro estavam nervosos.

    Aquilo era extremamente perigoso.

    Mas, por enquanto, ainda conseguiam manter a linha.

    Em certo momento, um dos líderes de equipe saiu do prédio, e os guardas imediatamente olharam para ele em busca de orientação.

    O líder de equipe chamou alguns guardas para o lado e disse que iria conversar com outras Fabricantes para buscar ajuda.

    Até que voltasse, eles precisavam segurar a linha.

    Os Extratores estavam preocupados, mas confiavam em seu líder de equipe.

    A multidão percebeu que havia alguém com verdadeira autoridade ali e imediatamente começou a cercá-lo, exigindo explicações.

    BANG!

    No entanto, o líder de equipe apenas saltou sobre a multidão e entrou na rua.

    Naturalmente, as pessoas ficaram bastante irritadas, mas ninguém conseguia alcançar um Veterano no Pináculo.

    Enquanto os guardas continham a multidão, o líder de equipe visitou uma Fabricante mais poderosa.

    Claro, também havia Extratores dessas Fabricantes mais fortes no meio da multidão, mas estavam de folga e não pertenciam aos verdadeiramente poderosos.

    O líder de equipe e os guardas haviam percebido que os Extratores mais poderosos não estavam sendo tão afetados pela falta de chocolate.

    Enquanto isso, os Novatos e Joões pareciam enlouquecer.

    Talvez fosse por causa da Zetose?

    O líder de equipe chegou rapidamente até a terceira Fabricante mais poderosa da cidade.

    Após entrar e pedir uma reunião, foi recebido pelo CEZ.

    Contou o que estava acontecendo e pediu ajuda.

    — Sinto muito, mas não podemos correr o risco de ajudar vocês nesse caso. Estão por conta própria — disse o CEZ.

    O líder de equipe começou a implorar.

    Ofereceu até mesmo a empresa inteira.

    Contanto que os funcionários pudessem continuar trabalhando para aquela Fabricante, eles poderiam ficar com tudo!

    — Sinto muito, mas temos que recusar — disse o CEZ.

    — Por quê? — perguntou o líder de equipe, chocado e horrorizado.

    — Não queremos irritar certas pessoas — disse o CEZ. — Agora, por favor, vá embora. Podemos conversar na próxima semana.

    O líder de equipe quis protestar, mas dois Veteranos no Pináculo o escoltaram para fora rapidamente.

    “Por quê?”, o líder de equipe se perguntou. “Por que estão nos rejeitando?”

    No fim, teve que aceitar e foi até a próxima Fabricante.

    Dessa vez, o líder de equipe já iniciou a conversa oferecendo a empresa inteira.

    Já não se importavam com nenhum tipo de lucro nessa negociação.

    Só queriam sair dessa confusão vivos.

    No entanto, a segunda Fabricante mais poderosa imediatamente o expulsou.

    Nem sequer consideraram a proposta.

    O líder de equipe começou a entrar em pânico.

    Por fim, só restava ir à Fabricante mais poderosa.

    Infelizmente, ele nem conseguiu entrar no prédio.

    Dois Peritos disseram que ele não tinha permissão para entrar e que não iriam repassar sua mensagem.

    Estava por conta própria.

    Era isso.

    O líder de equipe havia chegado ao fim da linha.

    Olhou de volta para os portões distantes do local onde trabalhava.

    Havia ainda mais pessoas presentes, e pareciam estar ainda mais agressivas.

    O líder de equipe mal conseguia acreditar no que haviam feito.

    Ele sabia que o chocolate causava vício, mas não esperava um nível tão insano de dependência.

    Aquelas pessoas já não agiam como pessoas.

    Agiam como animais raivosos!

    No fim, o líder de equipe respirou fundo e olhou na direção da sede da cidade.

    Se houvesse qualquer outro caminho, ele não iria para lá.

    Naturalmente, ir até a sede da cidade provavelmente resolveria o problema, mas a um preço altíssimo.

    Uma investigação.

    Era mais do que óbvio que a Fabricante do líder de equipe havia feito coisas obscuras, e se ele pedisse à cidade para intervir, ela iniciaria uma investigação completa.

    Uma investigação completa levaria à captura e morte de muitos funcionários.

    Provavelmente, ele estaria entre eles.

    Outras Fabricantes escondiam seus podres, mas a cidade não faria o mesmo.

    Por fim, o líder de equipe suspirou e foi até a sede da cidade.

    Assim que chegou, contou aos guardas sobre o incidente.

    Naturalmente, os guardas podiam ver o incidente com os próprios olhos de onde estavam, mas não deviam intervir sem ordens.

    E não haviam recebido tais ordens ainda.

    Um dos guardas levou o líder de equipe para dentro e o conduziu diretamente até o andar mais alto.

    — Pode entrar — disse o guarda, gesticulando levemente para a porta.

    O líder de equipe respirou fundo mais uma vez e empurrou a porta.

    Assim que a porta se abriu, ele foi esmagado por uma enorme pressão.

    A Governadora o encarava com uma expressão fria.

    — Por que está aqui? — perguntou a Governadora com voz neutra.

    — Governadora — disse o líder de equipe com voz pesada —, a Sabor que Dá Felicidade 😉 está desmoronando. Nossos quatro executivos desapareceram sem dizer uma palavra, e encontramos um túnel destruído.

    — A cidade está nos cercando, e não conseguimos mais produzir o chocolate. Se você não intervir, muitas pessoas vão morrer.

    A Governadora apenas o encarou com desinteresse. — Qual é o problema mais urgente? — perguntou.

    — A multidão em frente ao prédio — respondeu ele de imediato.

    — Produzam mais chocolate e entreguem a eles. Isso deve resolver o problema — disse a Governadora.

    — Não podemos — respondeu o líder de equipe.

    — Por que vocês não conseguiriam produzir chocolate? — perguntou a Governadora. — Vocês são os produtores.

    — Porque não sabemos como — disse o líder de equipe.

    — Explique — exigiu a Governadora. — Como não sabem fazer algo que fazem todos os dias?

    — Porque só os quatro executivos sabem como o chocolate é feito — disse o líder de equipe.

    Então, respirou fundo. — E eu acredito que existe a possibilidade de ele nem sequer ser feito dentro do nosso… prédio… sabe…

    A Governadora ergueu uma sobrancelha, cética. — Então, não são vocês que produzem o chocolate?

    — Provavelmente não — disse o líder de equipe.

    A Governadora ficou em silêncio por alguns segundos, olhando para ele com as sobrancelhas franzidas.

    — Você sabe que algo com um poder de vício tão intenso só pode ser feito por um Espectro poderoso, certo? — perguntou.

    O líder de equipe assentiu.

    — E está me dizendo que não sabe de qual Espectro isso está vindo — acrescentou ela.

    O líder de equipe engoliu em seco e assentiu.

    Era exatamente por isso que ele não queria ter vindo até ali.

    — Então, vocês nem podem garantir que o Espectro está contido.

    O líder de equipe desviou o olhar da Governadora.

    — Diga-me — continuou a Governadora —, existe a possibilidade de sua empresa ter sido infiltrada por um Espectro selvagem?

    — T-Talvez. Eu não sei. Só os executivos sabiam, e todos desapareceram — respondeu o líder de equipe rapidamente.

    A Governadora estreitou os olhos.

    — Já que veio por vontade própria, tem permissão para reunir seu pessoal e comparecer em frente à sede da cidade para uma investigação completa até amanhã.

    Então, a Barreira da Governadora se ativou, e uma grande parte da parede se moveu para o lado, revelando uma janela com vista para a cidade.

    — Eu vou lidar com essa situação.

    Em seguida, a Governadora saltou pela janela.

    Alguns segundos depois, o líder de equipe desabou no chão, sentando-se com força.

    Pronto.

    Ele já não tinha mais controle sobre o próprio destino.

    O que tiver que acontecer, acontecerá.

    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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