Capítulo 918: Confie no Imperador
Nick viajou até a cidade subterrânea.
A primeira coisa que fez foi apagar as memórias da Donzela do Gelo e da Base Perfurar o Céu da mente de todos, incluindo Samar.
Depois, desconectou a Base Perfurar o Céu da cidade.
Após desconectá-la, Nick construiu um gerador de Zephyx e empurrou a cidade subterrânea ainda mais fundo no subsolo.
Ela precisava estar o mais escondida possível.
Em seguida, Nick moveu a Base Perfurar o Céu mais próxima da superfície e a levou para bem longe da cidade subterrânea.
Ela precisava estar relativamente fácil de ser encontrada.
Se voltasse à sua posição antiga, tão profundamente enterrada, Nick não teria como justificar como a encontrou.
Quando terminou de mover a base, Nick entrou e apagou todas as evidências da presença humana.
Também substituiu o gerador de Zephyx por outro com menor produção.
O Zephyx armazenado havia caído bastante, e Nick precisava fazer parecer que a produção do novo gerador era compatível com o nível atual de energia.
Por fim, entrou na Unidade de Contenção.
Quando viu a Donzela do Gelo, seus olhos se estreitaram.
— Oh, você voltou — disse a Donzela do Gelo.
BANG!
Nick avançou como uma explosão e destruiu o corpo dela, deixando apenas o Núcleo de Espectro.
— Lembra quando nos conhecemos pela primeira vez? — perguntou Nick.
Nesse momento, Nick percebeu que sua habilidade não estava funcionando.
A Donzela do Gelo se recusava a permitir que suas memórias fossem apagadas.
— Se você recusar, vou te matar aqui mesmo — disse Nick. — Lembra quando nos conhecemos?
Mais uma vez, sua habilidade falhou.
— Você está disposta a se sacrificar pela humanidade? — perguntou Nick.
A Donzela do Gelo não podia responder.
— Então se sacrifique! Estou fazendo isso pela humanidade! Lembra quando nos conhecemos?
Falhou de novo.
Nick cerrou os dentes.
Abriu a Unidade de Contenção e saiu com o Núcleo de Espectro da Donzela do Gelo.
Finalmente, viajou até a Base Núcleo Profundo e entrou na Unidade de Contenção do Puro.
Nick jogou o Núcleo de Espectro na Unidade, e a Donzela do Gelo se recuperou.
— Eu não arriscarei as salvaguardas do Império! — disse a Donzela do Gelo com convicção.
O Puro olhou para a Donzela do Gelo e suspirou.
— Estamos fazendo isso pela humanidade — disse ele.
— Ele também apagou suas memórias? — perguntou ela.
— Não — disse o Puro. — Essa ideia foi meu plano.
— Por quê? Por que ele quer que eu esqueça tudo? — perguntou ela.
O Puro respirou fundo. — A Cuidadora escapou e se recusa a contar qualquer coisa. Ela não acredita mais na humanidade.
— Um sacrifício é necessário.
O Puro explicou tudo à Donzela do Gelo.
Quando ela ouviu, olhou para o chão.
Esse era um comportamento humano que ela havia internalizado.
— Então eu vou morrer de qualquer jeito? — perguntou a Donzela do Gelo.
— Queria que houvesse outra escolha — respondeu o Puro.
— Se você apenas tivesse colaborado — disse Nick — poderia ter morrido em paz. Nem saberia o que aconteceu.
— Estou fazendo isso pela humanidade! — acrescentou Nick. — O Puro já sabe tudo sobre engenharia, biologia e energia.
— Ele será o repositório central de conhecimento.
A Donzela do Gelo lançou um olhar furioso a Nick.
— Você está arruinando a esperança do Império!
— Estou mantendo a esperança do Império viva — respondeu Nick. — Sou o único capaz de se infiltrar no inimigo. Se eu não conseguir e matarmos o Sol, o planeta inteiro será destruído.
— Cada humano na Terra poderia saber tudo que os Iluminados sabiam. Poderíamos ter cem Extratores nível nove. Cem humanos de nível nove trabalhando com Energia Pura.
— E isso não faria diferença! — gritou Nick.
— Destruiríamos o Sol, mataríamos os guerreiros do inimigo, e sabe o que aconteceria depois?
— Eles lançariam uma arma criada pelos Antigos contra a Terra, matando todos!
A Donzela do Gelo ainda encarava Nick com raiva. — Você não sabe disso! Nunca viu essa arma!
— Não, mas tenho certeza de que ela existe. Seria estúpido não terem uma — respondeu Nick.
— Então como pode ter certeza? — perguntou ela.
— Eu não posso — disse Nick — mas você está disposta a arriscar? Quer que eu tente me infiltrar na base deles sem conhecimento de manipulação de energia? As chances de ser descoberto são altas demais. Infiltrar cedo demais seria arriscado demais.
— Precisamos ter certeza absoluta de que nada vai dar errado! Eu não posso correr riscos!
— O destino da humanidade está sobre meus ombros!
— Não tenho outra escolha. Você vai morrer! Se se recusar a deixar suas memórias serem apagadas, vou matá-la antes de alertar o Sol!
— Tudo bem, então faça! — gritou a Donzela do Gelo. — Se você for realmente humano no fundo, isso vai pesar na sua consciência. Você só não quer se sentir culpado por me matar.
— Isso é incorreto, e você sabe — disse Nick. — Se o Sol te encontrar, o perigo para mim, e por extensão para a Enfermeira Alice, será muito maior. Se eu te matar antes de o Sol descobrir, não terá impacto.
— E então — disse Nick olhando para o Puro — talvez eu também precise sacrificá-lo.
— Isso precisa ter um impacto significativo, para que eu não precise sacrificar mais. Cada sacrifício tem que valer a pena!
A Donzela do Gelo cerrou os dentes.
— Donzela — disse o Puro. — É pela humanidade.
A Donzela do Gelo olhou para o chão, relutante.
— Mas… o Império — disse ela.
— Vai viver — disse o Puro. — O Império nunca teve chance, porque nunca soube a localização do inimigo. Ele sabe a localização. Ele sabe do que o inimigo é capaz.
— Mesmo sem nosso conhecimento, as chances dele ainda seriam maiores do que as do Império.
— Porque o Império nunca teve chance desde o início.
— É hora de confiar no novo Imperador.
A Donzela do Gelo desviou o olhar.
Segundos de silêncio se passaram.
Então, uma expressão conflitante surgiu em seu rosto.
— Tudo bem — disse ela.
— Vá em frente.
— Vou me sacrificar pelo Império.
— Não é como se eu tivesse escolha.
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