Índice de Capítulo

    Nick viajou até a cidade subterrânea.

    A primeira coisa que fez foi apagar as memórias da Donzela do Gelo e da Base Perfurar o Céu da mente de todos, incluindo Samar.

    Depois, desconectou a Base Perfurar o Céu da cidade.

    Após desconectá-la, Nick construiu um gerador de Zephyx e empurrou a cidade subterrânea ainda mais fundo no subsolo.

    Ela precisava estar o mais escondida possível.

    Em seguida, Nick moveu a Base Perfurar o Céu mais próxima da superfície e a levou para bem longe da cidade subterrânea.

    Ela precisava estar relativamente fácil de ser encontrada.

    Se voltasse à sua posição antiga, tão profundamente enterrada, Nick não teria como justificar como a encontrou.

    Quando terminou de mover a base, Nick entrou e apagou todas as evidências da presença humana.

    Também substituiu o gerador de Zephyx por outro com menor produção.

    O Zephyx armazenado havia caído bastante, e Nick precisava fazer parecer que a produção do novo gerador era compatível com o nível atual de energia.

    Por fim, entrou na Unidade de Contenção.

    Quando viu a Donzela do Gelo, seus olhos se estreitaram.

    — Oh, você voltou — disse a Donzela do Gelo.

    BANG!

    Nick avançou como uma explosão e destruiu o corpo dela, deixando apenas o Núcleo de Espectro.

    — Lembra quando nos conhecemos pela primeira vez? — perguntou Nick.

    Nesse momento, Nick percebeu que sua habilidade não estava funcionando.

    A Donzela do Gelo se recusava a permitir que suas memórias fossem apagadas.

    — Se você recusar, vou te matar aqui mesmo — disse Nick. — Lembra quando nos conhecemos?

    Mais uma vez, sua habilidade falhou.

    — Você está disposta a se sacrificar pela humanidade? — perguntou Nick.

    A Donzela do Gelo não podia responder.

    — Então se sacrifique! Estou fazendo isso pela humanidade! Lembra quando nos conhecemos?

    Falhou de novo.

    Nick cerrou os dentes.

    Abriu a Unidade de Contenção e saiu com o Núcleo de Espectro da Donzela do Gelo.

    Finalmente, viajou até a Base Núcleo Profundo e entrou na Unidade de Contenção do Puro.

    Nick jogou o Núcleo de Espectro na Unidade, e a Donzela do Gelo se recuperou.

    — Eu não arriscarei as salvaguardas do Império! — disse a Donzela do Gelo com convicção.

    O Puro olhou para a Donzela do Gelo e suspirou.

    — Estamos fazendo isso pela humanidade — disse ele.

    — Ele também apagou suas memórias? — perguntou ela.

    — Não — disse o Puro. — Essa ideia foi meu plano.

    — Por quê? Por que ele quer que eu esqueça tudo? — perguntou ela.

    O Puro respirou fundo. — A Cuidadora escapou e se recusa a contar qualquer coisa. Ela não acredita mais na humanidade.

    — Um sacrifício é necessário.

    O Puro explicou tudo à Donzela do Gelo.

    Quando ela ouviu, olhou para o chão.

    Esse era um comportamento humano que ela havia internalizado.

    — Então eu vou morrer de qualquer jeito? — perguntou a Donzela do Gelo.

    — Queria que houvesse outra escolha — respondeu o Puro.

    — Se você apenas tivesse colaborado — disse Nick — poderia ter morrido em paz. Nem saberia o que aconteceu.

    — Estou fazendo isso pela humanidade! — acrescentou Nick. — O Puro já sabe tudo sobre engenharia, biologia e energia.

    — Ele será o repositório central de conhecimento.

    A Donzela do Gelo lançou um olhar furioso a Nick.

    — Você está arruinando a esperança do Império!

    — Estou mantendo a esperança do Império viva — respondeu Nick. — Sou o único capaz de se infiltrar no inimigo. Se eu não conseguir e matarmos o Sol, o planeta inteiro será destruído.

    — Cada humano na Terra poderia saber tudo que os Iluminados sabiam. Poderíamos ter cem Extratores nível nove. Cem humanos de nível nove trabalhando com Energia Pura.

    — E isso não faria diferença! — gritou Nick.

    — Destruiríamos o Sol, mataríamos os guerreiros do inimigo, e sabe o que aconteceria depois?

    — Eles lançariam uma arma criada pelos Antigos contra a Terra, matando todos!

    A Donzela do Gelo ainda encarava Nick com raiva. — Você não sabe disso! Nunca viu essa arma!

    — Não, mas tenho certeza de que ela existe. Seria estúpido não terem uma — respondeu Nick.

    — Então como pode ter certeza? — perguntou ela.

    — Eu não posso — disse Nick — mas você está disposta a arriscar? Quer que eu tente me infiltrar na base deles sem conhecimento de manipulação de energia? As chances de ser descoberto são altas demais. Infiltrar cedo demais seria arriscado demais.

    — Precisamos ter certeza absoluta de que nada vai dar errado! Eu não posso correr riscos!

    — O destino da humanidade está sobre meus ombros!

    — Não tenho outra escolha. Você vai morrer! Se se recusar a deixar suas memórias serem apagadas, vou matá-la antes de alertar o Sol!

    — Tudo bem, então faça! — gritou a Donzela do Gelo. — Se você for realmente humano no fundo, isso vai pesar na sua consciência. Você só não quer se sentir culpado por me matar.

    — Isso é incorreto, e você sabe — disse Nick. — Se o Sol te encontrar, o perigo para mim, e por extensão para a Enfermeira Alice, será muito maior. Se eu te matar antes de o Sol descobrir, não terá impacto.

    — E então — disse Nick olhando para o Puro — talvez eu também precise sacrificá-lo.

    — Isso precisa ter um impacto significativo, para que eu não precise sacrificar mais. Cada sacrifício tem que valer a pena!

    A Donzela do Gelo cerrou os dentes.

    — Donzela — disse o Puro. — É pela humanidade.

    A Donzela do Gelo olhou para o chão, relutante.

    — Mas… o Império — disse ela.

    — Vai viver — disse o Puro. — O Império nunca teve chance, porque nunca soube a localização do inimigo. Ele sabe a localização. Ele sabe do que o inimigo é capaz.

    — Mesmo sem nosso conhecimento, as chances dele ainda seriam maiores do que as do Império.

    — Porque o Império nunca teve chance desde o início.

    — É hora de confiar no novo Imperador.

    A Donzela do Gelo desviou o olhar.

    Segundos de silêncio se passaram.

    Então, uma expressão conflitante surgiu em seu rosto.

    — Tudo bem — disse ela.

    — Vá em frente.

    — Vou me sacrificar pelo Império.

    — Não é como se eu tivesse escolha.

    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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