Capítulo 920: Esperança da Humanidade

Enfermeira Alice não podia permitir que Nick chamasse o Sol.

Como poderia explicar suas ações?

Ela havia destruído uma base!

Enfermeira Alice continuava perseguindo Nick e atacando sem parar.

Usava habilidades sem fim, mas Nick sempre conseguia se transformar no momento certo.

Quando ela usava habilidades contra Espectros de Força, ele se transformava em um Espectro Físico.

Quando usava ataques voltados para Espectros em geral, ele virava humano.

Era como se Nick fosse todas as categorias de seres vivos ao mesmo tempo, sempre com uma forma de contra-atacar.

Ainda assim, a Enfermeira Alice era mais poderosa que Nick e, apesar do arsenal de armas que ele tinha em seu Santuário, ela estava forçando-o a recuar.

— Acha mesmo que pode me impedir? Desista e me ensine seu conhecimento! — transmitiu Nick.

BOOOM!

Mas a Enfermeira Alice continuava atacando sem dizer nada.

— Tudo bem — disse Nick.

Nick se teleportou novamente.

Dessa vez, a Enfermeira Alice não o seguiu.

A razão era simples.

Nick havia se teleportado para uma altitude de quase 30 quilômetros.

Qualquer ser que chegasse a essa altura seria impiedosamente morto pelo Sol.

De certo modo, Nick estava praticamente ao lado do Sol agora.

— E agora? — transmitiu Nick.

A Enfermeira Alice rangeu os dentes.

Ela tinha feito o melhor que pôde, mas não conseguiu matar Nick a tempo.

Se o Sol não estivesse ali, ela poderia matá-lo.

— Última chance — disse Nick. — Me ensine, ou chamarei o Sol e direi que você destruiu uma base.

A Enfermeira Alice não respondeu.

Todos os caminhos levavam à morte.

— Por que você é tão contra me ensinar? — perguntou Nick. — Sua confiança no meu poder é tão baixa assim?

— Não é você — respondeu finalmente a Enfermeira Alice. — É a humanidade. Como posso colocar minha vida nas mãos da humanidade? A humanidade não pode vencer. Ensinar você será minha destruição!

— Humanidade? — perguntou Nick. — O que acha que eu tenho feito esse tempo todo?

— Se eu puder provar que a humanidade tem uma chance, você finalmente vai ceder?

A Enfermeira Alice permaneceu em silêncio.

Nesse ponto, Nick já havia recuperado totalmente seu Zephyx, e ela sabia que não conseguiria matá-lo a tempo.

Ele podia simplesmente se teleportar de volta para junto do Sol.

Não havia o que fazer.

— Tudo bem, me mostre sua prova — disse a Enfermeira Alice.

Nick franziu as sobrancelhas.

Mais uma vez, teria que arriscar, mas era necessário.

“Ela já sabe o suficiente para me matar. Saber mais não mudará nada.”

“Mesmo que destrua a cidade subterrânea, não será uma grande perda.”

“Essa era nunca deveria ter sucesso.”

“A cidade subterrânea existe para reunir informações.”

“Agora, eu sei como lidar com os Noturnos, e não precisamos mais do Zephyx.”

No momento seguinte, Nick apareceu diante da Enfermeira Alice.

— Venha comigo — disse ele.

A Enfermeira Alice apenas o encarou.

Os dois seguiram para a cidade subterrânea.

“Jamais imaginei que acabaria guiando a Enfermeira Alice diretamente até a cidade subterrânea.”

Assim que chegaram, a Enfermeira Alice percebeu um espaço vazio em sua percepção.

Se não soubesse que algo estava ali, não teria percebido.

Nick abriu a parede, e os dois entraram.

Assim que Nick abriu a parede interna, a Enfermeira Alice viu tudo.

Mais de mil Protetores.

Pessoas vivendo na escuridão.

Pessoas que não usavam Zephyx.

Como aquilo era possível?!

A Enfermeira Alice tinha visto o fracasso do Império.

Por milênios, o Império reuniu poder em segredo antes de atacar.

Com a adição do Pesadelo, essa tática se tornou impossível.

Mesmo que Nick soubesse tudo sobre manipulação de energia, como isso o ajudaria?

A humanidade precisava ser forte o suficiente para enfrentar o inimigo.

O inimigo tinha tantos planos de contingência que Nick jamais poderia lidar com todos eles.

Ele precisava de mais gente.

Não era como se o inimigo atacasse em ondas sucessivas.

Não, o inimigo usaria tudo de uma só vez.

Se o Sol fosse destruído, o inimigo avaliaria o poder de Nick.

Se ele não fosse muito forte, enviariam combatentes para matá-lo.

Mas, se temessem que ele fosse poderoso demais, simplesmente lançariam uma arma capaz de destruir o mundo.

Alternativamente, se Nick destruísse essa arma primeiro, o Sol destruiria toda a vida no planeta.

Talvez até o planeta inteiro.

Nick não podia estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Ele precisaria lidar com a arma, e a humanidade teria que lutar sozinha.

Mas como se tornariam fortes o suficiente para resistir ao inimigo, se não podiam acumular poder em paz?

E ainda assim, ao ver os humanos vivendo na escuridão e seu poder, a Enfermeira Alice começou a acreditar.

Apesar do Pesadelo…

Apesar do Pesquisador Invejoso…

Apesar do Sol…

Apesar do Nulo…

Nick de alguma forma havia criado uma força tão poderosa e tecnologicamente avançada!

— Essa não é a verdadeira arma — disse Nick. — Essa era já está velha demais. Não obteremos o poder necessário para atacar o inimigo durante esta era.

— Tudo isso é apenas preparação.

— Assim que a próxima era começar, criarei uma nova cidade.

— Então, a humanidade terá milhares de anos para avançar.

A Enfermeira Alice permaneceu em silêncio.

A humanidade…

Agora, a humanidade tinha acesso ao conhecimento acumulado dos Iluminados.

Se ela ensinasse a Nick tudo sobre manipulação de energia, o poder total dos Iluminados estaria disponível a todos os humanos.

A Enfermeira Alice ponderou suas chances.

Se tudo ocorresse conforme o plano, talvez a humanidade tivesse uma chance maior de vitória do que ela imaginava.

Naturalmente, também pensou por um momento em destruir a cidade, mas já sabia que não adiantaria.

Nick poderia simplesmente criar outra.

Enquanto Nick estivesse vivo, a humanidade se ergueria de novo, repetidamente.

E infelizmente, ela não tinha poder para matar Nick.

Estava acabado.

Sua vida estava nas mãos de Nick.

Agora, ela acreditava plenamente que Nick realmente se mataria apenas para levá-la junto.

Ele precisava estar disposto a isso.

Se não estivesse, não conseguiria convencê-la — e ela sabia disso.

— Eu vou te ensinar — disse ela.