Índice de Capítulo

    100 anos depois, Kiran se tornou o primeiro Herói.

    Todos haviam trabalhado juntos para fortalecer um dos Espectros contidos e transformá-lo em um Demônio.

    Sem um Demônio, não poderiam existir Heróis.

    50 anos após Kiran se tornar um Herói, ele conseguiu destrancar a maior porta de toda a cidade.

    O que encontrou do outro lado foi uma máquina colossal.

    O Arquivo.

    Ele encontrou conhecimento sem fim no Arquivo, e o povo imediatamente começou a pesquisá-lo.

    Nos 150 anos seguintes, a sociedade subterrânea deu saltos enormes.

    Já não existia nenhum Espectro capaz de ameaçá-los.

    Qualquer novo Espectro que aparecia na cidade era imediatamente contido.

    O povo vivia em paz.

    Ainda assim, havia mais coisas a serem pesquisadas e mais segredos a serem desvendados.

    Naquele dia, Kiran estava cercado por várias máquinas.

    O povo havia levado anos para fazer essas máquinas funcionarem.

    Ele ativou todas, e, no momento seguinte, uma explosão de Energia Pura entrou em uma pequena esfera.

    Kiran implantou a pequena esfera em sua mão e a ativou.

    Essa foi a primeira Semente.

    Kiran foi oficialmente nomeado Imperador pela autoridade da Semente e da Base Destruidora de Estrelas.

    E bem a tempo.

    Kiran só tinha mais quatro décadas de longevidade, e já era um Herói no Pináculo.

    Ele precisava se tornar um Protetor, mas por mais que trabalhassem com seus Demônios, não conseguiam transformá-los em Caídos.

    Kiran só podia esperar que a Semente tivesse uma resposta para seus problemas.

    Graças à Semente, ele finalmente pôde abrir todas as portas da Base Destruidora de Estrelas.

    Ele encontrou armas extremamente poderosas, máquinas inimaginavelmente avançadas e várias Unidades de Contenção.

    Kiran quase perdeu as esperanças, mas então abriu mais uma porta.

    A porta levava a um longo corredor, e ele o percorreu.

    No fim do corredor havia outra porta, que ele abriu.

    Ao abri-la, seus olhos se arregalaram.

    A porta levava de volta ao lugar onde tudo havia começado.

    A estátua do Portador do Crepúsculo.

    Mas eles podiam entrar ali pela porta da frente, se quisessem ir até lá.

    Aquilo era só outra entrada para o mesmo lugar.

    Kiran suspirou.

    Mais um fracasso.

    — Você não me decepcionou.

    Os olhos de Kiran se arregalaram ao ouvir a voz familiar mais uma vez.

    O Portador do Crepúsculo!

    Ele estava falando com ele!

    A última vez que o Portador do Crepúsculo havia falado com ele foi quando ele acabara de chegar.

    Já se haviam passado 450 anos desde que Kiran chegara à Base Destruidora de Estrelas.

    Ele estava no mesmo local de antes, mas já não era a mesma pessoa.

    Ele havia mudado.

    Ele havia crescido.

    No momento seguinte, lágrimas escorreram pelo rosto de Kiran.

    Era como se toda a pressão que carregara nos ombros tivesse desaparecido.

    Mesmo até o fim, ele ainda duvidava de si mesmo.

    E se estivesse errado?

    E se tivesse cometido um erro?

    Mas ao ouvir aquela voz, todas essas dúvidas desapareceram.

    Ele havia conseguido!

    De repente, Kiran olhou para a esquerda, pois sua percepção captara algo novo.

    Uma pessoa estava ao seu lado.

    E essa pessoa se parecia exatamente com o Portador do Crepúsculo.

    — Você fez bem — disse Nick.

    Kiran olhou para Nick, chocado.

    Naquele momento, sentiu-se exatamente como quando viu o Portador do Crepúsculo pela primeira vez.

    Aquele poder.

    Era infinito!

    Uma pergunta surgiu na mente de Kiran.

    Muitas pessoas já haviam feito essa pergunta a ele.

    E, ainda assim, Kiran não a fazia havia muitos, muitos anos.

    — O que devo fazer agora? — ele perguntou.

    As pessoas sempre vinham a ele em busca de conselhos e ordens.

    Dessa vez, era ele quem pedia por conselhos e ordens.

    — Agora vou lhe mostrar o verdadeiro rosto do inimigo — disse Nick.

    Kiran sentiu muito Zephyx se reunir ao redor dele e, no instante seguinte, desapareceu.

    Quando reapareceu, estava novamente em um mundo de trevas.

    Nick pousou no chão escuro, e Kiran o seguiu.

    Nick caminhava lentamente à frente, e Kiran pôde ver para onde estavam indo com sua percepção.

    Ele viu uma poça de Zephyx puro, com mais de vinte metros de diâmetro.

    E no centro daquela poça havia um cadáver.

    Naturalmente, durante a era passada, a poça de Zephyx era muito maior, mas isso era porque já estavam muito mais adiantados naquela era.

    Esta era ainda estava próxima do início.

    Quando Kiran viu o cadáver, seu coração estremeceu.

    Ele parecia tão poderoso quanto o Portador do Crepúsculo!

    — Este é o Pesadelo — disse Nick.

    — Quero que o observe. Que o investigue. Que o compreenda.

    — E quero que nunca fale sobre seus segredos.

    — Você já aprendeu sobre a lei da informação e sua presença como algo físico.

    — Mantenha isso em mente.

    Kiran caminhou lentamente até o Pesadelo e usou sua poderosa percepção para observá-lo.

    Ao ver a maquinaria complexa ao redor do Sincronizador Zephyx do Pesadelo, ficou chocado.

    Era um Espectro!

    Todos sabiam que o Pesadelo era um Espectro!

    Mas Espectros não possuíam Sincronizadores Zephyx!

    Somente humanos tinham Sincronizadores Zephyx!

    Então por que o Pesadelo tinha um Sincronizador Zephyx? E o que eram aquelas máquinas ao redor dele?!

    — Vida — disse Nick. — Pense nos planetas sobre os quais você aprendeu. No universo. Na história dos Antigos.

    — Junte as pistas e resolva o enigma.

    Kiran investigou o Pesadelo por mais alguns segundos e, por fim, conectou as pistas.

    Os Espectros não eram formas de vida naturais.

    Eram artificiais!

    Eram tão artificiais quanto os Espectros artificiais que eles mesmos podiam criar!

    A diferença era que haviam sido criados por outra entidade!

    O verdadeiro rosto do inimigo.

    Agora, Kiran entendia.

    Os Espectros eram apenas uma ferramenta.

    Havia alguém que criava esses Espectros com um propósito específico.

    Mas então, o Sol não era o verdadeiro inimigo.

    Ele também era apenas uma ferramenta.

    Nick percebeu que Kiran havia compreendido.

    — Três obstáculos — disse Nick.

    — O Sol.

    — Dois guerreiros poderosos.

    — Um laser de antimatéria.

    — Precisamos lidar com essas três coisas.

    A escuridão nublou a mente de Kiran.

    O poder à sua frente fazia-o se sentir sem esperanças.

    — O Sol é o mais fácil de superar — continuou Nick.

    — Eu cuidarei do laser de antimatéria.

    — Quanto aos guerreiros…

    — Esses serão, de longe, o obstáculo mais difícil.

    — A humanidade precisa de guerreiros que consigam ganhar tempo.

    — Ganhar tempo? — perguntou Kiran. — Tempo para quê?

    — Para o Portador do Crepúsculo — disse Nick.

    — Você não é o Portador do Crepúsculo? — perguntou Kiran.

    — Não — respondeu Nick.

    — Eu sou apenas a arma que cuidará do laser de antimatéria.

    — Os dois guerreiros são poderosos demais.

    — Não tenho chance de vencê-los.

    — Nenhum humano na Terra pode vencê-los.

    — Minha única esperança é o Portador do Crepúsculo, a arma que estou desenvolvendo para lidar com eles.

    Nick olhou para Kiran.

    — Trabalhe com o Pesadelo e torne-se um Protetor.

    — Depois disso, contarei o plano a você.

    — Vamos libertar a humanidade.

    — Eu sou o Crepúsculo.

    — Você é a Aurora.

    Um pequeno gesto, um grande impacto!

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