Capítulo 19 – Instinto Selvagem
Na frente do mercado, escorado na Fiorino, Bruno estava enfurecido com o que havia visto dentro. Ele deixou a marreta sobre o capô, puxou o celular do bolso e ligou o som do carro. Conectando-o ao celular, selecionou uma música que parecia refletir sua fúria crescente.
O som no último volume preencheu o ambiente, e End of Me de Ashes To Remain detonou nas caixas. A música mal começou, e já surgiam infectados de todos os lados. Bruno agarrou a marreta e sentiu a fúria tomar conta dele. As veias negras começavam a se espalhar rapidamente pelo corpo, os olhos pegando fogo com uma ira incontrolável. O primeiro infectado se aproximou, e Bruno não hesitou: com um movimento rápido, a marreta desceu com força, quebrando a mandíbula do infeliz em uma explosão de ossos, lançando pedaços de carne para longe. Antes que o corpo caísse, Bruno girou a marreta e acertou a cabeça do infectado, esmagando-a como uma melancia, um impacto que fez o crânio se despedaçar em mil pedaços.
Sem dar tempo para respirar, outro infectado avançou. Bruno, agora completamente tomado pela raiva, pulou para a frente como um predador faminto. A marreta passou por cima da cabeça do infectado em um golpe horizontal, mandando seu pescoço para o lado. Sem perder o ritmo, Bruno usou o impulso para girar, girando a marreta em um arco e acertando o próximo infectado no estômago. O golpe foi tão forte que o estômago do monstro se abriu, e Bruno empurrou o corpo para trás, usando a força do impacto para avançar ainda mais.
Mas foi aí que ele percebeu. Estava tão fácil. Ele não precisaria mais da marreta.
A música se agitou, e Bruno, sem pensar, largou a marreta no chão. A transformação foi imediata. Suas mãos se contorceram, as unhas se alongaram, afiadas como garras. Sua pele se tornou mais pálida, e as veias negras estavam por toda parte, pulsando de um modo quase sobrenatural. Seus olhos, agora totalmente vermelhos, brilhavam com a fúria de um demônio solto da jaula. Com um rugido gutural, ele se lançou contra os infectados.
Os infectados vinham em massa, mas Bruno era como uma tempestade. Ele se abaixava rapidamente para desviar de um golpe, aproveitando a brecha para saltar para trás, esmagando a cabeça de um infectado com o pé. Em um movimento fluido, ele girou para a esquerda, pegou a perna de um infectado que o atacava por trás e a arrancou com um só movimento. Sem hesitar, usou a perna arrancada como uma clava, desferindo golpes certeiros contra outros zumbis. Cada impacto fazia os corpos se despedaçarem, cada movimento de Bruno era uma dança mortal, e ele não parava, não sentia dor, não se cansava.
Com um salto mortal, ele se atirou contra um infectado que tentava fugir, acertando-lhe as costas com um soco brutal que atravessou a espinha do monstro. Ele puxou os membros do infectado para fora, usando-os como armas improvisadas, jogando-os contra outros que avançavam. Arrancava braços, pernas, cabeças, tudo o que podia pegar, transformando cada pedaço de carne em uma extensão de sua violência.
A cada passo, a cada movimento, as veias negras em seu corpo cresciam mais, e sua selvageria aumentava. Os infectados eram meros brinquedos em suas mãos. Ele os despedaçava com a brutalidade de uma fera, sem um único sinal de piedade, e cada vez que um golpe atingia um inimigo, o som da música preenchia o ar, como se ele fosse alimentado pela melodia, se tornando mais imbatível, mais enlouquecido.
O campo de batalha estava coberto de corpos destruídos, mas Bruno não parava. Ele se movia como um demônio, cortando e dilacerando até que não restasse nada, só carne, ossos e destruição.
Bruno abriu os olhos, encarando um teto branco e bem pintado. Sentia o corpo pesado, a cabeça rodando, mesmo estando deitado. Estava sobre uma cama de casal, e, naquele instante, percebeu que tudo não passara de um sonho. Um sonho… não, uma lembrança do que aconteceu no dia anterior.
Virou a cabeça para o lado e a primeira coisa que viu foram cabelos ruivos, espalhados pelo travesseiro que dividia. Íris.
Franziu a testa, confuso. O que diabos ela estava fazendo ali? Desviou o olhar para a porta, onde uma cômoda bloqueava a entrada, formando uma barreira improvisada.
— Mas que merda essa maluca tá fazendo dormindo aqui comigo? — murmurou, observando-a.
Seu olhar desceu para o corpo dela, a respiração tranquila, os traços suaves. Um pensamento atravessou sua mente como um raio: “Acho que vou tirar uma lasquinha.”
Sua mão começou a se mover, quase por instinto, aproximando-se da bunda dela. Mas antes que pudesse tocá-la, um flash do dia anterior explodiu em sua mente.
O choque foi como uma tijolada na cabeça. Uma dor aguda se espalhou por seu crânio, fazendo-o cerrar os dentes.
— Melhor deixar quieto… não seria justo com ela. — murmurou para si mesmo, respirando fundo enquanto desviava o olhar.
E então vieram as imagens. Como lâminas afiadas cravando-se em seu cérebro, as memórias do mercado martelaram sua mente sem piedade. O sangue. Os corpos. O desespero.
A dor ficou insuportável. Com um gemido rouco, Bruno rolou para a beirada da cama e caiu no chão.
O impacto só piorou tudo. Ele levou as mãos à cabeça, os olhos arregalados, girando o pescoço de um lado para o outro como se tentasse fugir das lembranças que o devoravam por dentro. Seu peito subia e descia em respirações irregulares.
O barulho acordou Íris, que sentou na cama num sobressalto.
— Bruno?!
Ela o viu no chão, o corpo tenso, os músculos travados pela dor. Então, percebeu algo pior: um fio de sangue escorrendo do nariz dele.
O coração de Íris disparou.
— Merda… Bruno, olha pra mim! Você tá se transformando? — perguntou, o pânico começando a tomar conta.
Ele não respondeu. Seus olhos estavam vidrados, a respiração acelerada. Então, soltou um soluço engasgado, e lágrimas escorreram pelo seu rosto.
— Eu perdi eles… — a voz dele saiu quebrada, cheia de desespero. — Eu perdi todo mundo…
Bruno começou a ofegar, o peito apertado, como se estivesse se afogando no próprio medo. Seus dedos cravaram no chão, os músculos tremendo.
Íris reconheceu os sinais imediatamente. Ataque de pânico.
Sem hesitar, ela se ajoelhou ao lado dele e o puxou para seus braços.
— Calma, calma… vai passar… — sua voz era baixa, firme. Ela pressionou a cabeça dele contra seu peito, envolvendo-o num abraço seguro. — Eu tô aqui. Respira… tá tudo bem.
A princípio, Bruno resistiu. Seu corpo estava rígido, como se quisesse se desvencilhar do contato. Mas conforme o calor de Íris o envolvia, conforme sua voz soava como um eco distante no caos da sua mente, ele começou a ceder.
Seus músculos relaxaram. A respiração desacelerou.
Ele não respondeu. Só ficou ali, de olhos fechados, deixando-se afundar no único porto seguro que tinha naquele momento.
Bruno se acalmou e, só então, percebeu que estava pelado no colo dela. Seus olhos se arregalaram de puro choque.
— Ué, mas por que caralhos meu espartano tá de fora?! — exclamou, cobrindo o pênis com as mãos, completamente envergonhado.
Íris achou graça e não conseguiu segurar a risada.
— Me desculpa, é que ontem você desmaiou do nada, e eu não sabia o que fazer nem quando você ia acordar… Como você tava todo sujo de sangue, tive que te limpar e te colocar na cama sozinha, já que parecia que ia dormir a noite inteira. Fiquei com medo de ficar desprotegida, então ajeitei meu quarto pra passar a noite. Pena que aqui em casa não tem roupa de homem… Por isso enchi dois baldes d’água pra lavar a sua roupa, pra quando você acordasse. Foi mal te deixar pelado. Mas olha pelo lado bom: agora estamos quites, já que ontem você me viu pelada, né?
Bruno ficou sem palavras. Apenas se levantou e vestiu a roupa que estava pendurada na janela.
— Tu não fez nada de estranho com o meu corpo enquanto eu tava apagado, né? — perguntou, lançando um olhar sério para ela.
— Fica tranquilo, não fiz nada. Mas fiquei curiosa com o fato de você ter ficado de pé a noite inteira… Tava sonhando com o quê, afinal? — brincou Íris, cutucando a cabeça dele.
Bruno abriu um sorriso sarcástico e convencido.
— Pornografia… Sonhei que passava a vara em geral no puteiro.
— Deixa de ser mentiroso… Era eu o motivo? Foi porque eu tava dormindo do seu lado? — provocou Íris.
— Claro que não… Só fui perceber que dormimos juntos quando acordei de manhã. E nem sabia que tava pelado também… — respondeu Bruno, desviando o rosto. Em seguida, balançou a cabeça, tentando afastar os flashes do seu sonho—pesadelos, na verdade—onde se via se tornando algo pior do que os infectados.
Ele suspirou.
— Vamos nos preparar pra sair daqui logo, ok?
Algum tempo depois…
Bruno e Íris saíram da casa com mochilas nas costas, carregando água e alguns mantimentos para o caso de sentirem fome e não encontrarem nada pelo caminho.
— Aí, Íris, acho que a gente devia se equipar melhor daqui pra frente. — Bruno comentou, olhando ao redor, sentindo um incômodo no peito, um pressentimento ruim de insegurança.
— O que você sugere, afinal? Já temos facas. O que precisamos mesmo é de um lugar que sirva como base segura. — respondeu Íris, distraída enquanto remexia um corpo morto na calçada.
— Seria bom arrumar umas armas de fogo também. — murmurou Bruno, já prevendo que cedo ou tarde iriam trombar com outros sobreviventes. O dia anterior tinha deixado bem claro que muita gente ruim podia ter escapado do ataque dos infectados.
Íris encontrou um isqueiro personalizado do Cruzeiro no bolso do cadáver e uma trouxinha de maconha enrolada em plástico transparente. Levantou-se, analisando o achado com um sorriso de canto.
— Você é o líder. O que você disser, eu faço! — disse, dando de ombros antes de cheirar a maconha, como se estivesse conferindo a qualidade.
Bruno arqueou uma sobrancelha.
— Pensei em a gente ir no Tiro de Guerra ou no Corpo de Bombeiros lá da Santa Matilde… Aliás, cê é chegada na erva?
Ela deu um risinho, guardando a maconha no bolso traseiro da calça.
— Nunca disse que não gostava. E você, fuma?
Bruno confirmou com a cabeça, mas antes que pudesse responder, percebeu algo se movendo mais à frente. Seus olhos se estreitaram ao ver uma pequena horda de infectados surgindo de uma rua lateral.
Sem hesitar, puxou Íris pelo braço e se escondeu com ela atrás de um carro antes que fossem notados. Ela abriu a boca para perguntar o que estava acontecendo, mas Bruno a calou rapidamente, tampando sua boca com a mão.
Instantes depois, um grupo de infectados apareceu mais perto do que ele gostaria. Qualquer som poderia entregá-los.
Agora era só esperar. E torcer pra que nada desse errado.
Bruno, com gestos rápidos, avisou Íris para não fazer barulho nem dizer uma única palavra. Um infectado corria na direção do carro onde estavam escondidos, e ele sabia que, se permanecessem em silêncio absoluto, talvez não fossem notados.
Íris assentiu, demonstrando que entendeu a situação. Ao lado dela, havia uma pedra. Sem hesitar e sem emitir um som sequer, ela a pegou. Bruno não disse nada, apenas observou, atento à iniciativa dela para tirá-los daquela enrascada.
Com passos cuidadosos e abaixada, Íris se deslocou até a traseira do carro, movendo-se lentamente para evitar qualquer ruído. Quando chegou lá, espiou rapidamente a rua e avaliou a situação: a horda não era tão grande. Se fossem sorrateiros e rápidos, poderiam despistá-los sem chamar atenção.
Íris mostrou a pedra para Bruno e sinalizou para ele correr assim que ela a jogasse. Ele assentiu, preparando-se para disparar.
Com um movimento certeiro, Íris arremessou a pedra contra uma janela de vidro. O estilhaço ressoou no ar ao se chocar com o impacto. Mas, no exato momento em que se preparava para correr, um som inesperado a fez congelar no lugar.
Gritos finos de crianças ecoaram do interior da casa.
Íris arregalou os olhos.
Merda.
Havia sobreviventes escondidos no quarto onde a pedra havia quebrado a janela. E agora, sem querer, ela os usara como isca.
O horror a atravessou como uma lâmina fria. Sem pensar duas vezes, abandonou seu próprio plano e se revelou, gritando para atrair os infectados para si.
— EI, EI, AQUI!
Bruno, que já se preparava para correr, virou-se furioso.
— MAS QUE MERDA, ÍRIS?! OLHA O QUE TU FEZ!
— ME DESCULPA, MAS EU NÃO POSSO DEIXAR AQUELAS CRIANÇAS MORREREM POR MINHA CAUSA! AGORA ME AJUDA A SALVAR ELAS! — implorou, o desespero transbordando de sua voz.
Bruno bufou, apertando os punhos.
— Droga! Agora a gente vai ter que dar uma de Criança Esperança nessa merda… CARALHO!
Sem outra opção, os dois começaram a correr, atraindo a atenção dos infectados. Passaram por várias quadras, os grunhidos e passos acelerados dos monstros logo atrás. Bruno sentia o corpo estranho, pesado, como se não comesse há dias. O cansaço o atingia mais rápido do que o normal. Foi quando ele parou abruptamente, arrancando a marreta da mochila.
— POR QUE VOCÊ PAROU?! TÁ MALUCO?! — gritou Íris, também parando, quase se arrependendo de sua decisão.
Bruno segurou a marreta com firmeza, respirando fundo.
— Meu corpo tá estranho… fraco… Eu não vou conseguir correr mais.
— VOCÊ TÁ LOUCO?! — berrou Íris, desesperada.
Ele a encarou nos olhos, a seriedade em seu olhar era cortante.
— Pulmão, tendões, qualquer parte frágil do corpo pode atrasá-los ou matá-los se souber enfrentá-los. Se acha que não consegue lutar, se esconde. IMEDIATAMENTE.
O coração de Íris disparou. Ela olhou ao redor e viu um carro parado com a porta do motorista aberta. Sem pensar duas vezes, correu até ele e se jogou para dentro, trancando tudo por dentro enquanto ouvia os infectados se aproximando.
Agora, tudo estava nas mãos de Bruno.
Quando Bruno estava pronto para atacar os infectados, algo pulsou forte por todo o seu corpo. Um calor latente, uma energia densa que o fez estremecer. O tempo pareceu congelar.
— Aí está você se sacrificando de novo…
Seu corpo estava imóvel, assim como todo o resto ao seu redor. Apenas aquela voz ecoava em sua mente. “O que é isso… essa voz de novo?” Ele pensou.
— E então, fracote? Vale a pena salvá-la? Só porque ela é gostosa? — a voz zombava, carregada de escárnio.
Bruno cerrou os dentes, a raiva subindo como um incêndio descontrolado. “Proteger ela? Cê tá maluco? Eu não tô me sacrificando por ninguém!”
— Então qual é o seu motivo… inseto?
A fúria explodiu dentro dele. Seus músculos tensionaram, seu peito arfava com a adrenalina queimando em suas veias. “Essas coisas… mataram minha irmã. Mataram meus primos. Mataram meu melhor amigo…” Seu olhar se tornou puro ódio. “Então eu vou te dizer só uma vez… Isso não é sacrifício. Isso é um massacre. E eu vou matar todos que entrarem no meu caminho.”
Seu próprio grito de guerra o trouxe de volta à realidade. Os infectados estavam a poucos metros dele. Seu coração batia como um tambor de guerra. Seu corpo vibrava com uma força primitiva, selvagem.
E então, ele avançou.
A primeira marretada explodiu o crânio do infectado da frente, espalhando fragmentos de osso e sangue quente pelo ar. Ele recuou, desviando de um golpe desajeitado, girando a marreta com precisão cirúrgica. Um golpe horizontal arrancou metade do rosto de outro inimigo, o corpo tombando como uma marionete sem fios.
Os infectados atacavam em grupo, braços esticados, dentes prontos para rasgar carne. Bruno usava o ambiente a seu favor. Saltou para trás, pegando impulso contra a lataria de um carro e se jogando para frente com um golpe brutal no joelho de um infectado, quebrando-o como um graveto. O monstro caiu de cara no chão, indefeso, e Bruno esmagou seu crânio com um pisão furioso.
Ele girou, desviando de outro ataque, e passou uma rasteira rápida, derrubando dois de uma vez. Antes que eles pudessem se levantar, desceu a marreta sobre suas cabeças, cada golpe um trovão, cada impacto espalhando miolos pelo asfalto rachado.
Iris assistia de dentro do carro, o olhar preso na cena. O que ela via ali não era só um garoto lutando para sobreviver. Era um predador.
Bruno estava encharcado de sangue. Seu peito subia e descia, sua marreta escorregava em sua mão suada. Ele estava ficando fraco. Seu corpo parecia pesado, como se estivesse se consumindo por dentro. Quando tentou pegar a marreta que havia soltado por um instante, um infectado saltou em suas costas.
A dor dos dentes cravando seu ombro nunca veio.
Em um movimento explosivo, Bruno segurou a cabeça do monstro e o arremessou para frente, fazendo-o bater de costas no chão. Num instante, torceu seu pescoço num ângulo impossível. Um estalo seco e ele parou de se mexer.
O último infectado avançou. Sem hesitar, Bruno arremessou a marreta contra sua cara com toda força. O impacto fez a criatura cambalear para trás. Ele aproveitou, saltando sobre ela e derrubando-a no chão. E então, socou.
Uma vez.
Duas vezes.
Três.
Seus punhos afundavam na carne, esmagando os ossos do rosto. Seus olhos começaram a brilhar, a pupila se estreitando como a de um animal selvagem. As veias em seu corpo ficaram negras, pulsantes, como se algo estivesse querendo emergir de dentro dele.
Ele continuava golpeando, mesmo quando não havia mais rosto para golpear.
— Já chega, Bruno! — gritou Iris, mas ele não reagiu.
Ela saiu do carro e correu até ele.
— Para! Você já venceu!
Bruno nem a ouvia. Cada soco parecia alimentar algo dentro dele. Algo perigoso. Algo monstruoso.
Iris sentiu o medo subindo por sua espinha quando viu as mesmas veias escuras que apareceram no dia anterior, quando ele a salvou dos estupradores. Ele estava se perdendo. Algo estava tomando conta dele.
Sem escolha, ela o puxou com força, afastando-o do corpo irreconhecível do infectado. Foi só então que Bruno piscou, voltando a si. O brilho selvagem em seus olhos começou a se apagar.
Respirando pesadamente, ele olhou para as próprias mãos cobertas de sangue e carne.
— Que porra… foi isso…? — murmurou.
Iris o encarava, confusa e assustada.
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