Era um mundo onde o fim não veio como um estrondo, mas como um suspiro doentio. O ar carregava algo mais do que oxigênio — carregava a própria condenação. Um vírus silencioso e invisível, mortal para quem tinha mais de 24 anos, transformou a respiração em um ato de risco letal. Para os mais jovens, a salvação era precária: bastava um encontro entre sangue infectado e a própria carne para desencadear o horror.

    A infecção não era apenas física. Ela tomava a mente, quebrando as barreiras da sanidade, moldando personalidades e corpos em algo irreconhecível. Alguns resistiam. Outros, bem, eles abraçavam as sombras com uma fome que não era apenas por carne, mas por poder, vingança e o puro prazer de destruir.

    Neste mundo apocalíptico, cada dia era uma batalha não apenas para sobreviver, mas para manter a própria humanidade. Os infectados, com suas transformações grotescas, não eram o único perigo. A própria natureza humana, corrompida pelo desespero e pela luta pelo poder, transformava aliados em ameaças e a esperança em um luxo inalcançável.

    O vírus não escolhia apenas corpos; ele infiltrava-se em sonhos, destruía confianças e tornava cada relação um risco. A linha entre viver e morrer era tão frágil quanto um suspiro, e a linha entre ser humano e monstro, ainda mais tênue.

    Aqui, cada respiração pode ser a última. Cada escolha carrega o peso de um mundo inteiro desmoronando. E, no fim, o maior inimigo talvez seja o que restou dentro de nós mesmos.

    Seja bem-vindo ao pesadelo.

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