Capítulo 13: Sombras do Passado, Sangue no Presente
Depois de tudo que aconteceu, Mina ficou quieta. O silêncio dela não era desconfortável… era pesado. Aquele tipo de silêncio que pesa nos ombros, que enrosca no peito e faz a gente sentir culpa só por estar ali.
Após o acontecimento, ficamos sentados em uma praça tranquila da capital. As árvores balançavam suavemente com o vento, e o som distante de músicos de rua preenchia o ar com uma melodia serena. Mina olhava para frente, sem foco, como se os olhos dela estivessem enxergando muito além daquele lugar.
E então, pela primeira vez desde o ocorrido, ela falou. Sua voz era baixa, quase sussurrada — mas carregada de emoção.
— Eu… não lembro de muita coisa da minha infância — ela começou, olhando para o chão, as mãos cruzadas sobre o colo. — Mas eu lembro de onde cresci. Era na camada 2, em uma das quatro mansões perto do Palácio Safira…
A forma como ela falava parecia diferente — como se estivéssemos dentro da memória dela.
— Eu era pequena, e tudo parecia grande demais. Vivia cercada de servas, todas do Clã Misticia. Tudo o que eu queria, eu tinha… mas não podia sair. Não podia brincar no jardim com as outras crianças da vizinhança. Não podia sequer encostar nos portões. Era como se eu vivesse em uma redoma dourada. Mas nunca me senti sozinha. Tinha uma cuidadora… uma mulher gentil que sempre me contava histórias. Ela inventava contos sobre camadas distantes, sobre dragões de luz e guardiões invisíveis. Graças a ela… eu sorria.
Ela fez uma pausa, respirou fundo.
— Todos os anos, no meu aniversário, eu era levada ao Palácio Safira. Era sempre o mesmo ritual. Eu me ajoelhava, e Una Mei — que era a Rank 6 na época — colocava a testa na minha. Diziam que era um costume sagrado, uma bênção do clã… mas eu não entendia. Outras crianças estavam ali também, filhas de guerreiras importantes. Mas eu? Eu não sabia quem eram meus pais. Só tinha meu nome. Mina.
O vento soprou e fez seus cabelos balançarem levemente. Ela continuou, olhando para as mãos.
— Quando eu tinha seis anos, comecei a perceber coisas. Sempre morei sozinha numa daquelas mansões, com servas e subordinadas, enquanto as outras crianças tinham ao menos uma mãe presente. E às vezes… à noite… uma mulher linda entrava no meu quarto. Ela me abraçava, acariciava meu rosto. Eu nunca conseguia ver seu rosto direito… sempre estava sonolenta demais. Mas eu sentia que ela era… especial.
Mina mordeu o lábio inferior. Os olhos dela estavam ficando úmidos.
— Um dia, ouvi algo que mudou tudo. Eu estava atrás de uma daquelas portas finas, feitas de papel de arroz. Duas mulheres conversavam… achei que estavam sozinhas.
A voz dela ficou mais baixa. Quase um sussurro.
— “A Una Mei vai ficar até quando escondendo sua filha, hein?” — disse uma delas. A outra pediu silêncio, mas a primeira apenas riu e disse — “É uma pena, né? A filha de uma Rank 6, bem e agora ela tá subindo ne, mas a garota ser a princesa do Clã Misticia, sem saber de nada…”.
Ela abaixou o olhar.
— Desde esse dia… eu só queria respostas. Só isso. No meu aniversário de 15 anos, no ano passado, ela veio de novo. A mesma cerimônia. A testa dela quase tocando a minha. E eu… não aguentei mais.
Os olhos dela, finalmente, se viraram para mim. Firmes, porém vulneráveis.
— Eu perguntei. “Senhora Una Mei, por acaso… você é minha mãe?”
Silêncio. Nenhuma resposta. Apenas aqueles olhos frios, calculados… que me encararam como se eu não fosse nada além de uma peça fora do lugar. Um mês depois, fui mandada para um casarão aqui na camada 4. Só isso. Sem explicações. Sem palavras.
Ela sorriu de um jeito frágil, mas triste.
— Vi a academia. Decidi entrar. Ninguém me impediu. E na hora de preencher o registro… pela primeira vez, eu escrevi o nome completo, por rebeldia.
Ela olhou para o céu.
— Mina Mei.
Depois da explicação dela, voltamos para a academia e desde então não se falamos mais.
E, sinceramente, eu ainda não conseguia parar de pensar no que aconteceu. Me pegava encarando o teto do meu quarto à noite, me perguntando: por que eu fiz aquilo? Por que fui tão idiota?
Devia ter perguntado essa história antes pra Mina. Com calma. Com respeito. Mas não. Fui impulsivo. Fui direto… e fui um completo escroto. E agora? Agora já era. Depois daquele dia, ela praticamente sumiu. Nem um “oi”, nem um olhar, nada. Silêncio total.
Mas também… quem poderia culpá-la?
O jeito como ela contou tudo… era óbvio. Ela era filha da Una Mei. Estava na cara. As semelhanças eram nítidas se você colocasse as duas lado a lado — os traços, a postura, até aquele olhar frio. Mas mesmo assim, mesmo sabendo de tudo aquilo…
E o mais estranho? Ninguém veio atrás da gente. Nenhuma advertência, nenhuma repreensão. Isso… isso significava que havia algo por trás. E a teoria de que ela e de fato filha de Una Mei.
Mas ainda assim… não era desculpa.
A gente não se falava mais. Nem um olhar. Nada.
Eu contei tudo ao Levi. Sabia que ele não ia pegar leve comigo — e ele não pegou.
— Você foi imprudente, garoto Orquídea — ele disse, o tom firme como sempre. — Ser impulsivo assim pode te matar. Não só em lutas. Na vida. Em decisões.
A gente estava na cantina naquele dia. A mesma mesa de sempre. Holi e Shin estavam lá também.
— Se você não tivesse sido curioso pra ver quem era a garota que eu comentei com você, nada disso teria acontecido — disse Shin, com aquele tom meio indiferente que ele sempre usava, mas dava pra perceber a pontinha de frustração.
— Você foi bem escroto, Ken — completou Holi, sem cerimônias.
Aquilo doeu. Vindo da Holi… doeu mais do que eu esperava.
Mas ela estava certa. Todos estavam. Eu fiz merda. E agora, com o exame chegando em duas semanas, eu devia estar focado, mas minha cabeça parecia uma névoa constante.
E aquele cara… Rico Zyx? Desde a nossa luta, nunca mais o vi. Talvez tenha sido sorte. A academia era enorme, afinal. Mas algo me dizia que nosso caminho ia se cruzar de novo, mais cedo ou mais tarde.
Meus treinos com o professor Ren Tianyū continuavam tranquilos. Aprendi a controlar melhor meu código genético, principalmente com meus portais negros. Eles estavam mais precisos agora. Mais… perigosos.
Mas além dos treinos, eu andava ajudando um professor do prédio laranja, um velho do Clã Enola chamado Elref. Ele usava óculos redondos, barba longa e parecia sempre saber mais do que dizia.
— Jovem Ken, leve essas caixas até a Maria pra mim, por favor — ele disse naquele fim de tarde.
Fazia isso direto. A Maria analisava minha adaga de tempos em tempos, então carregar umas caixas era o mínimo que eu podia fazer em troca.
O sol já estava se pondo quando saí da sala, os últimos raios dourados entrando pelas janelas altas do segundo andar do prédio laranja. O lugar estava vazio. Silencioso. A maioria dos alunos já tinha ido embora. As sombras se estendiam pelos corredores, longas e escuras.
Eu estava indo em direção à escadaria, segurando as caixas, quando…
Ela apareceu.
Do nada.
Na minha frente.
Fiquei paralisado.
A presença dela era… diferente. Marcante. Sombria, quase sufocante. Seus cabelos negros presos em dois coques desalinhados balançavam levemente com o vento que soprava pela janela aberta do corredor. A franja reta dava destaque a seus olhos estreitos, cinzentos, que me encaravam com uma intensidade cortante.
A forma como ela estava ali, parada… como se me esperasse. Como se estivesse me estudando.
Sua roupa era incomum. Uma túnica preta de mangas largas, com uma faixa bege marcando a cintura, contrastando com as calças cinzas justas. As meias listradas e as botas de combate davam a ela um ar moderno e agressivo, mas não destoavam da elegância quase ritualística da vestimenta.
Uma mistura de tradição e guerra.
Ela não disse nada.
Apenas me olhava.
E eu sentia… que aquele momento, por mais simples que parecesse, mudaria alguma coisa.
Ela me encarava com aqueles olhos cinzentos como se estivesse atravessando minha alma. Um olhar frio… quase de desprezo. Seus olhos passearam lentamente por mim, dos pés à cabeça, como se estivesse avaliando cada detalhe da minha existência.
E então, com uma voz que soou firme, porém arrastada de certo desdém, ela falou:
— Há quanto tempo, Ken Orquídea.
Eu franzi a testa, confuso. Há quanto tempo? O quê? Quem diabos era essa garota? Seu rosto me soava… vagamente familiar. Mas não o suficiente pra eu fingir reconhecimento. E ainda assim, tinha algo ali. Um eco distante da minha infância. Uma sensação incômoda que cutucava o fundo da minha memória.
Deixei as caixas que carregava no canto do corredor, tentando parecer natural, mesmo sentindo a tensão no ar.
— Foi mal, mas… eu meio que não me lembro de você. Por acaso você—
Antes que eu pudesse terminar, ela se aproximou. Passos rápidos, decididos. Parou a poucos centímetros de mim, respirou fundo, fechou os olhos por um breve instante… e então, os abriu com uma expressão que misturava nostalgia e uma ponta de mágoa — embora o tom de sua voz dissesse o contrário.
— Meu nome é Rina Ebony. Sou a garotinha que o seu mestre costumava levar com ele quando te treinava. Fico um pouco magoada que você não se lembra de mim.
Mas o olhar dela… não dizia magoada. Dizia algo mais próximo de “desapontada e irritada que você não me notou antes”.
Minhas lembranças, borradas pelo tempo, começaram a se alinhar. Um vulto. Uma garotinha calada, de olhos grandes e observadores. Sempre próxima daquele homem que me treinava… aquele que nunca sequer me disse seu nome. Um nome que eu tentei esquecer e lembrar ao mesmo tempo por tantos anos.
— Isso é… — comecei a dizer, mas mais uma vez ela me cortou, como se já soubesse o que eu ia perguntar.
— O nome do seu antigo mestre é Don Verk Nosfea — ela disse, virando levemente o rosto, o que fez seus coques desalinhados balançarem com leveza. — Ele é meu tio. Eu sou sobrinha dele.
Don… Verk… Nosfea. Aquilo me atingiu com um baque surdo no peito. Um nome, finalmente. Como se uma peça do quebra-cabeça da minha vida tivesse se encaixado, mesmo que não revelasse a imagem completa. Só saber o nome dele… foi como acender uma vela num quarto escuro.
Mas antes que eu pudesse dizer algo, ela se virou de costas e apenas disse:
— Me acompanhe.
Hesitei por um segundo, mas acabei seguindo. Parte de mim queria perguntar um milhão de coisas, mas a outra… só queria desligar a cabeça. Eu ainda estava digerindo tudo o que tinha feito com a Mina, e isso me deixava mais vulnerável do que gostaria de admitir. Talvez andar em silêncio fosse o melhor agora.
Enquanto cruzávamos os campos silenciosos da academia, Rina falava casualmente, sem sequer olhar pra mim:
— Você já reparou como essa academia é grande? Demorei um tempo pra te achar, mesmo sabendo que você era um dos calouros. Quando finalmente te vi, só esperei o momento certo.
Eu ouvia, mas ao mesmo tempo analisava cada detalhe dela. Algo estava diferente. Quando éramos crianças, eu tinha certeza de que os olhos dela eram roxos… mas agora, eram cinzas. Intensos. Afiados. Não era só a cor. Era o olhar. Era como se ela tivesse mudado… muito.
Depois de uma longa caminhada, chegamos ao prédio azul.
Esse prédio… era diferente dos outros. Tinha um ar mais maduro, sério. Era onde os veteranos do quarto ano ficavam, e só entrar ali já fazia meus ombros ficarem mais tensos. O céu estava quase escuro agora, o sol se escondia além do horizonte deixando o céu tingido de laranja e azul.
Passamos por corredores silenciosos e impecáveis, até que ela parou diante de uma porta de madeira reforçada, no fundo do corredor.
Abriu.
E lá dentro… havia apenas um homem.
Ele estava de costas, de pé diante de uma estante cheia de pergaminhos e frascos. Quando nos ouviu, ele se virou devagar.
A atmosfera mudou instantaneamente.
A presença dele era como a de uma tempestade que se aproxima: silenciosa, mas carregada de eletricidade. Os olhos cianos, intensos, pareciam decifrar tudo ao primeiro olhar. A pele dele era marcada com padrões negros, como tatuagens ou selos antigos. Simbologias que eu não reconhecia, mas que pareciam… vivos. Os cabelos, impecavelmente divididos ao meio, caíam lisos sobre os ombros. Sua postura era reta. Refinada. Como a de um nobre — ou de um guerreiro que sabia exatamente do que era capaz.
Eu engoli em seco.
Não sei quem ele era.
Mas sabia que aquele encontro também… ia mudar alguma coisa.
O homem me olhou com uma intensidade que fez um calafrio subir pela minha espinha como um arrepio elétrico. Seus olhos cianos pareciam brilhar à luz fraca da sala, e naquele momento, por algum motivo, eu soube que ele já sabia mais sobre mim do que eu mesmo.
Rina se afastou em silêncio e foi até a janela, cruzando os braços, deixando a luz do entardecer delinear sua silhueta magra e ameaçadora. O homem, aproximou-se com passos calmos, quase elegantes, tirando algo de uma pequena caixinha de madeira escura. Antes que eu pudesse sequer reagir, ele estava na minha frente.
Sem pedir permissão, ele segurou meu rosto com uma mão firme, seus dedos frios e calculistas se apoiando suavemente sob meu queixo enquanto ele observava meu olho rosa com um brilho quase fascinado.
— Impressionante — murmurou com um tom baixo e arrastado, como se saboreasse cada sílaba. — De fato… como ele disse. Você tem mesmo esse olho rosa. Tão diferente… e tão tolo da sua parte deixá-lo à mostra assim.
Antes que eu pudesse abrir a boca, ele retirou uma lente da caixa — uma lente com um brilho quase translúcido — e a posicionou com precisão milimétrica sobre meu olho direito. Pisquei. Nada. Nem sequer senti o toque.
— Agora sim. Dois olhos roxos. Combinação perfeita.
Ele deu um passo para trás e cruzou os braços.
— Marion Luipin — disse, com uma leve reverência. — Sou o administrador do prédio azul. Já ouvi falar bastante de você, Ken Orquídea. Especialmente vindo de Don Verk. E agora que o vejo pessoalmente… devo dizer que estou genuinamente impressionado.
Antes que eu pudesse assimilar tudo, Rina se virou da janela, seu tom voltando a ser direto como uma lâmina:
— Esse não é o único motivo pelo qual te trouxe aqui. Mesmo com o exame a apenas uma semana de distância… eu quero te treinar. E usarei os métodos que o nosso tio conhecia.
Nosso tio? Aquilo me pegou desprevenido. Mas não perguntei. Ainda estava tentando juntar os cacos da conversa anterior.
Marion me observava com um olhar contemplativo, como se estivesse tentando decidir algo importante sobre mim. Depois de um longo silêncio, ele falou:
— Ken Orquídea… quero te pedir um favor. O exame que se aproxima não é apenas um teste. É um divisor. E ouvi dizer que você lutou contra Rico Zyx. Um dos mais fortes entre os veteranos. Isso é… significativo. Mas, peço que guarde isso. Em silêncio. A partir desse exame, as regras vão mudar.
Ele caminhou até a estante, pegando um frasco de vidro com líquido escuro dentro. Sua voz estava baixa, quase como um sussurro de algo que não deveria ser dito:
— Você enfrentará desafios que não seguirão lógica. Dificuldades que nenhum outro aluno enfrentará. E trilhará um caminho… solitário.
Houve uma pausa tensa. Seu olhar pesou sobre mim como um julgamento.
— Ah, e sobre a lente. Além de esconder seu olho rosa, ela cria uma condição especial… torna você invisível para certas presenças. Digamos… presenças que não deveriam ver você. Ainda.
Eu não sabia o que pensar. As palavras dele soavam como pedaços de um quebra-cabeça que eu nem sabia que estava montando. Era como ouvir um conto sem começo, mergulhar em uma trama cujos fios estavam amarrados em sombras.
Decidi fingir que estava entendendo. Talvez fosse mais seguro assim.
Enquanto eu me virava para sair da sala, Rina disse por trás de mim:
— Amanhã. Sala de treino do salão azul. Venha me encontrar. Estarei esperando.
Assenti com a cabeça e saí, mas minha mente fervia. Tudo parecia tão fora do lugar… como se o mundo ao meu redor estivesse começando a desmoronar, lentamente, sem aviso.
Mas o que eu não sabia… era que naquele exato momento, a destruição já havia começado.
Na camada 5, nas terras longe da capital de Jotunheim, o sol já havia se escondido completamente. O campo aberto em frente à casa da minha mãe adotiva estava quieto. Quase sereno.
Fernandes, meu pai adotivo — um homem loiro, de estrutura forte e mãos calejadas — respirava fundo enquanto erguia o machado.
— Cortar lenha parecia tão fácil nos livros da Katarina… — resmungou, limpando o suor da testa.
Foi então que uma figura encapuzada surgiu na trilha, vinda da escuridão da floresta. Ela caminhava em silêncio absoluto, os passos suaves demais para pertencerem a um ser comum.
— Ei, posso ajudar— — ele tentou dizer, com um sorriso amistoso. Mas nunca terminou a frase.
Em um piscar de olhos, o som cortante de uma lâmina rasgando carne preencheu o silêncio. O corpo de Fernandes tombou, com um corte profundo que abriu seu abdômen como papel. Ele caiu de joelhos e então ao chão, a mão trêmula tentando segurar as vísceras, mas sua boca já não conseguia formar palavras. Apenas sangue.
A mulher se aproximou da casa lentamente.
Lá dentro, Katarina estava cozinhando algo, cantarolando baixinho. Quando ouviu a batida na porta, sorriu sem virar o rosto.
— Fernandes? Por que tá batendo? Pode entrar, seu molenga…
Ela abriu a porta, ainda rindo — e congelou.
A mulher do lado de fora havia tirado o capuz. Cabelos negros, longos e lisos, como a escuridão sem fim. Seus olhos… eram um roxo profundo, com uma fenda rosa brilhando no centro. Havia algo naquela presença que rasgava o ar. Como se ela carregasse o peso de séculos nas costas.
— Eu vim buscar meu filho — ela disse, a voz calma… e gélida. — Ele está aqui?
Katarina recuou um passo, o rosto perdendo a cor.
— Vena…?
E aquele… foi o último dia que alguém viu Katarina.
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