Eu decidi aceitar.

    Respirei fundo. O ar encheu meus pulmões, quente e pesado.
    Naquele instante… a dor que irradiava de cada hematoma, cada fibra muscular rasgada pelo treino das Três Glaciais, simplesmente sumiu. Ou melhor, a dor foi empurrada para o banco de trás. Ela ainda estava lá, gritando, mas comparada à presença solar que estava na minha frente… era apenas ruído de fundo.

    — Eu aceito. — Minha voz saiu firme, surpreendendo até a mim mesmo. — Vai ser uma boa forma de… calibrar o nível.

    Por dentro, eu tremia. Como não tremer? Eu estava prestes a trocar golpes com Solara Whitmore. O topo da cadeia alimentar.

    Ela sorriu. Um sorriso leve, elegante, quase benevolente. O sorriso de quem já leu o final do livro antes de começar a primeira página.

    Com um gesto teatral, ela colocou a mão esquerda para trás das costas.
    Só então reparei. Ela estava desarmada. Sem espada. Sem postura de guarda. Apenas ela.

    — Vou lutar contra você com apenas uma mão. — disse ela, com a mesma calma de quem pede um chá. — E se quiser vencer… só precisa me tocar uma vez. Um arranhão. Um toque na roupa. Ou me forçar a usar a outra mão para defender. Só isso.

    Só isso.
    A frase ecoou. Ela fez parecer fácil, mas cada sílaba carregava o peso de uma montanha.

    — E posso saber seu nome, garoto?

    Engoli em seco. Endireitei a coluna, ignorando o estalo nas costas.

    Ken Orquídea. É uma honra te enfrentar.

    O olhar dela mudou. Não a expressão, mas a temperatura. As três estrelas negras no olho esquerdo giraram milimetricamente.

    A quadra se abriu. Rina, Sevira, Nevara e o vice-presidente se afastaram, dando espaço. A tensão no ar condensou-se, tornando-se quase líquida.
    Sayra, que sempre ficou sentada e entediada durante meus treinos, estava de pé agora. Atenta. Os olhos dourados fixos em nós. Se até a Observadora estava tensa, significava que o perigo era real.

    Solara Whitmore.
    Terceiro Ano. Presidente. Rank B-1.
    A “Quarta Filha do Sol”.
    A única aluna na história a carregar três estrelas negras na íris. O nível dela não era “alto”. Era outra dimensão.

    Respirei fundo.
    “Só tocar nela, né?”
    Fácil de dizer. Suicídio tentar.

    Mas eu precisava tentar. Precisava usar tudo. Sem economia de mana. Sem medo de quebrar.

    Ela assentiu com a cabeça, um movimento imperceptível.
    Comece.

    Eu fui.

    Explodi em movimento.
    O chão estalou sob minha bota. Corri com tudo o que tinha restado nas pernas.

    No meio da corrida, ativei o código.
    VUP. VUP.
    Abri dois portais negros, um de cada lado dela.
    Solara virou a cabeça levemente, intrigada, como se estivesse assistindo a um truque de mágica interessante num festival. Um brilho de curiosidade.

    Mas quando ela voltou os olhos para a frente… eu já não estava mais lá.

    Duas espadas de madeira — que eu tinha deixado cair no chão antes — saltaram dos portais laterais, arremessadas pela inércia, tentando cercá-la pelos flancos.
    Era só uma distração barata. Fumaça e espelhos.

    Porque eu apareci acima dela.
    Saí de um terceiro portal no teto da quadra, a gravidade a meu favor, o punho direito fechado, carregado com toda a massa do meu corpo, mirando direto no topo da cabeça dela.

    Tudo ou nada.

    Mas Solara… não sorria mais.

    O rosto dela ficou sério. Imóvel.
    Ela não olhou para cima. Ela não precisou.
    No momento exato em que meu punho descia para o impacto…

    Ela ergueu a única mão livre.
    Sem esforço. Sem pressa.

    PAF.

    O som não foi de um soco. Foi de uma parede parando um carro.
    Ela segurou meu punho.
    Parou meu ataque, minha gravidade e minha vontade com a palma da mão aberta.

    Foi como se o mundo travasse. Eu fiquei suspenso no ar, segurado por ela.

    E então…

    BAM!

    Ela não me bateu. Ela apenas empurrou.
    Um movimento curto do pulso.
    A força cinética foi tão absurda que meu corpo foi arremessado como uma boneca de pano num furacão. O ar assobiou nos meus ouvidos. Tudo ficou embaçado.

    “Que força é essa…?”

    Antes de eu me espatifar no chão de concreto a dez metros de distância, o instinto salvou minha vida.
    Teleporte.
    Abri um portal nas minhas costas e saí rolando no chão, amortecendo a queda.
    Escapei de ossos quebrados… mas só aquele impacto drenou o resto da minha energia. Meu corpo gritava.

    Levantei, ofegante, trêmulo.

    Solara olhou para a própria mão, abrindo e fechando os dedos, como se analisasse resquícios de poeira.
    Ela sorriu.

    — Interessante.

    Ela ergueu o olhar dourado. Pela primeira vez, vi um leve traço de empolgação genuína, não apenas curiosidade acadêmica.

    — Vamos quebrar uma regra, então. — disse ela. — Agora, quero que me acerte um golpe direto. Eu te subestimei, Ken Orquídea. Por ser um calouro, achei que seria básico. Mas você tem… ritmo. Aceita o desafio real?

    Meu corpo tremia. O suor pingava do meu nariz.
    Mas dessa vez… não era de medo.
    Era a droga da adrenalina. O vício do combate.

    Eu sorri. Um sorriso torto, sangrento e feliz.

    — Mas é claro.

    Preparei a base. O espaço ao meu redor começou a distorcer. Eu ia com tudo.

    Mas, no exato momento em que tencionei os músculos para avançar…

    Uma brisa ciano cortou o espaço entre nós.
    Não houve som de passos. Apenas uma barreira de ar se formando.

    Sayra.
    Ela apareceu do nada, parada entre mim e a Presidente. Os cabelos azuis balançavam como se estivessem submersos em água.

    Ela levantou uma mão para mim e outra para Solara.

    — Vamos parar por aqui, crianças. — disse ela. A voz tinha a mesma serenidade brincalhona de sempre, mas os olhos dourados estavam sérios. — O Vice-Diretor Hizu acabou de enviar uma ordem mental. Nenhuma luta a partir de agora.

    Ela olhou para Solara.
    — Vocês precisam descansar. O Exame é amanhã.

    Solara relaxou a postura imediatamente. A aura opressiva sumiu.
    — Entendido. — Ela me olhou uma última vez. — Uma pena. Fica para a próxima, Orquídea.

    “Droga.”

    Foi a única coisa que pensei. A palavra ecoou dentro da minha cabeça como um grito abafado de frustração.
    Eu queria continuar. Eu queria testar meu limite.

    Mas, no fundo… enquanto meus joelhos ameaçavam ceder… talvez fosse melhor assim.
    O treino com as Glaciais já tinha me desmontado. Aquele único empurrão de Solara tinha bagunçado meus órgãos internos. Encarar ela naquele estado seria suicídio assistido.


    Era isso. Fim do treino.
    A semana infernal acabou.

    Me arrastei de volta para os dormitórios.
    O sol se punha, pintando a academia de roxo e laranja. Eu estava suado, imundo, dolorido e… estranhamente vazio.
    Quando entrei no Bloco C, percebi uma coisa: eu tinha ficado tão imerso na sobrevivência que nem tinha falado com o Shin, com a Holi e muito menos com a… Mina.
    Só de pensar nela, meu estômago deu um nó que não tinha nada a ver com socos.

    Mas enfim… foco. Não podia me distrair agora.
    Amanhã era o Dia D.

    Abri a porta do quarto 304, sonhando com um banho quente e doze horas de coma.

    O problema é que eu tinha esquecido de um pequeno, minúsculo detalhe.

    Quando entrei, dei de cara com o Levi.
    Ele já estava me esperando.
    Sentado na minha cama, com as pernas cruzadas e um livro grosso no colo, como um lorde esperando um servo atrasado. Ele usava óculos de leitura (que eu tinha certeza que eram sem grau, só para estilo).

    — Jovem Garoto Orquídea… — começou ele, fechando o livro com um estalo dramático. A voz dele estava empolada, professoral. — Como você sabe, a beleza não é apenas física. É intelectual.

    Eu fechei os olhos e encostei a testa na porta. Suspirei.
    Lá vem.

    — O exame de amanhã também tem a Parte Teórica. — Levi sorriu, um sorriso sádico. — Ou você esqueceu, no meio de toda essa pancadaria bárbara?

    Putz.

    Tinha esquecido. Completamente.
    Minha mente estava tão focada em sobreviver às espadas e punhos que esqueci que precisava usar o cérebro para algo além de mirar portais.

    Tentei manter a pose, desencostando da porta.

    — …Eu sou inteligente, Levi. — murmurei, com um sorrisinho cínico e cansado. — Vai dar tudo certo. Sei ler e escrever.

    Levi revirou os olhos tão forte que achei que iam travar.
    — Ler e escrever? Ken, estamos falando de Geopolítica das Camadas, História dos Códigos Genéticos, Estratégia Militar e… Economia…

    Ele jogou uma pilha de apostilas na minha cara.

    — Sente-se. A noite vai ser longa.


    O Exame de Reclassificação era o terror dos calouros.
    Era dividido em duas fases brutais.

    Fase 1: Teoria.
    Das 8h às 11h da manhã.
    Não era uma provinha. Era um teste de resistência mental. Assuntos que iam desde a política dos Três Palácios até a biologia das bestas das Camadas Negativas. Aparentemente, para ser um Rankeado, saber socar não bastava — você tinha que saber governar uma cidade se fosse preciso.

    Fase 2: Prática.
    Às 12h.
    E aí o bicho pegava de verdade.

    Seriam quatro arenas gigantescas ativadas simultaneamente no complexo.
    O detalhe cruel? Era um torneio Misto.
    Todos os anos participariam. Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto.
    Calouros contra Veteranos.
    Rank D contra Rank A.
    Era um “Battle Royale” caótico e selvagem.

    Claro, havia algumas regras de balanceamento para os calouros não morrerem nos primeiros cinco segundos, mas a verdade era nua e crua: os monstros estariam lá. Rico estaria lá. Solara estaria lá.

    O sistema de pontos era simples e impiedoso:
    50 pontos para a Teoria.
    50 pontos para a Prática.
    Total de 100.
    Se você zerasse um, reprovava, não importava quão forte fosse.

    E ali, sentado na cadeira dura, com o uniforme sujo jogado no canto e os músculos tremendo de exaustão enquanto Levi me explicava a “Taxa de Câmbio de Minérios de Nidavellir”, tudo o que eu conseguia pensar era:

    “Amanhã… tudo começa.”

    Mas eu estava errado.
    O que eu não sabia… é que amanhã não seria apenas uma prova.
    Amanhã, o meu mundo iria mudar de eixo.

    Eu iria entrar no inferno.
    E uma vez que as portas da arena se fechassem atrás de mim…

    …não haveria mais volta para o garoto que eu era.

    Camada 10 – Muspelheim.
    O Fundo do Poço.

    O céu ali não era um firmamento; era uma tampa de caixão.
    Um manto sufocante de fuligem, enxofre e desespero cobria tudo, bloqueando qualquer lembrança de que o sol existia. Não havia azul, nem dia, nem noite. Apenas uma penumbra eterna, tingida de um laranja doentio pelas fornalhas industriais que nunca paravam.

    Abaixo desse céu morto, estendia-se um oceano de favelas retorcidas.
    Barracos de metal corroído empilhavam-se sobre estruturas de concreto podre, criando um labirinto vertical que parecia uma ferida aberta e infeccionada na pele do mundo.

    Crianças esqueléticas, cobertas de graxa e fuligem, tossiam um som seco e rasgado, perambulando pelas vielas com olhos que já tinham visto coisas demais para a idade delas. Os adultos pareciam zumbis funcionais — pele seca esticada sobre ossos, movendo-se apenas pela inércia da sobrevivência.
    Cada esquina exalava um cheiro físico: mofo, esgoto a céu aberto, sangue velho e o aroma adocicado da decomposição.

    Duas figuras destoavam violentamente daquela miséria.
    Soldados.
    Trajavam uniformes táticos brancos — ou o que costumava ser branco antes de cinco minutos na atmosfera de Muspelheim. Agora, estavam manchados de cinza. No peito, a insígnia prateada de Três Lanças Entrelaçadas cintilava fracamente, um símbolo da autoridade dos Palácios, que ali embaixo parecia apenas uma piada de mau gosto.

    — Viver aqui… — murmurou o soldado mais jovem, cobrindo o nariz e a boca com a mão enluvada. — No meio dessa gente de Rank 100 milhões… É nojento. É muita podridão acumulada. Céus, como fede a fracasso aqui.

    A parceira dele, uma mulher de cabelos curtos, grisalhos e expressão de quem já mastigou vidro, não perdeu o passo. Seus olhos escaneavam as ruínas com desprezo tático.

    — Não fala alto demais, novato. — respondeu ela, a voz sem emoção. — Ratos encurralados mordem. Vamos até o Portão Principal. Entramos, checamos, saímos. Sem chamar atenção.

    Eles seguiram em silêncio tenso por ruas rachadas, desviando de poças de líquido oleoso.
    O destino deles era o Portão Principal. A cicatriz que ligava a humanidade ao abismo. A passagem direta para as Camadas Negativas.
    Havia três portões no total, cada um levando a pontos diferentes da Camada -1, mas o principal era o mais profundo… e o mais temido.

    Depois de uma longa caminhada, o som de tosse crônica da cidade foi substituído por um zumbido elétrico de baixa frequência.
    Eles chegaram.

    Um arco colossal de metal enferrujado e negro surgia da escuridão, iluminado por holofotes de luz alaranjada e fraca. A estrutura parecia vibrar, como se contivesse uma pressão imensa do outro lado.

    A soldada, com um cigarro apagado preso nos lábios apenas pelo hábito, aproximou-se de uma entrada lateral — uma porta de serviço pequena, quase invisível na base da estrutura titânica.
    Ela encostou os dedos em um painel metálico sujo.
    A tecnologia ali era diferente. Não parecia moderna como em Asgard, nem rústica como em Jotunheim. Era antiga. Proibida.

    CLICK.
    A fechadura se abriu com um som suave e estranho, como um osso estalando.

    O soldado franziu o cenho ao ver a parceira tatear o bolso em busca de um isqueiro.
    — Você podia parar de fumar, né? O ar aqui já é tóxico o suficiente.

    Ela nem virou o rosto enquanto empurrava a porta pesada.
    — Não fode.

    Eles entraram.
    O corredor era estreito, revestido de metal frio. O som das botas ecoava abafado, thud, thud, thud, enquanto desciam uma escadaria em espiral.
    A cada degrau, a temperatura caía. A gravidade parecia mudar.
    Eles estavam cruzando a fronteira.
    Deixando a Camada 10. Entrando na Camada -1.

    Assim que saíram no lado oposto, a porta se fechou atrás deles.
    O ambiente mudou.
    Não havia mais cheiro de esgoto. Havia cheiro de… nada. Vácuo.
    O silêncio era absoluto. O chão era de uma pedra cinzenta, lisa e morta.

    O soldado relaxou os ombros, aliviado por sair da favela. Ele tirou um doce embalado do bolso, rasgando o papel com um barulho que pareceu um tiro naquele silêncio. Começou a mastigar, distraído.

    — Ué… — murmurou ele, olhando para o posto de controle vazio à frente. — Era pra ter uma equipe de guarda inteira aqui, né? O protocolo diz turno de seis homens. Cadê todo mundo? Será que foram caçar demônios de nível baixo?

    Ele girou nos calcanhares para falar com a mulher.

    — Ei, Nia, o que você ach…

    Ele parou.
    A bala de açúcar caiu da boca dele.

    A parceira dele. Nia.
    Ela não estava lá.
    O corredor atrás dele estava vazio.

    — Nia? — chamou, a voz tremendo levemente. Ele olhou ao redor, a arma subindo para a posição de tiro. — Onde cê tá, Nia? Isso não tem graça!

    A resposta não veio da mulher.
    Veio do ar. De todos os lugares e de lugar nenhum.

    Uma voz suave. Doce. Infantil.
    E, perturbadoramente… excitada.

    Hihihi…

    O soldado girou, suando frio.

    Que excitante… ver ele procurando aquela mulher… — A voz sussurrou, vibrando de prazer sádico. — O desespero tem um cheiro tão… gostoso. Isso me deixa tão animada!

    Foi tudo o que ele ouviu.
    A escuridão se moveu.

    Em um piscar de olhos — menos que isso, numa fração de segundo — o mundo dele girou.
    Ele não sentiu dor.
    Foi rápido demais. Frio demais. Afiado demais.

    A visão dele mudou de ângulo. Ele viu o teto. Depois a parede. Depois o chão.
    Baque.

    O corpo dele, decapitado, caiu de joelhos e depois tombou para a frente, o sangue jorrando no chão cinza.
    A cabeça rolou alguns metros, parando contra a parede metálica. Os olhos ainda estavam arregalados, congelados numa expressão de confusão absoluta. A boca ainda tinha o gosto do doce.

    A última coisa que as retinas mortas dele registraram foi uma silhueta.

    Uma garotinha pequena.
    Ela estava parada sobre o corpo dele, saltitando nas pontas dos pés.
    Não dava para ver o rosto. Não havia cor nela, apenas sombras densas e vivas.
    Mas a silhueta era inconfundível.
    Na cabeça, dois chifres longos e curvos se projetavam para cima, como ganchos de açougueiro esperando carne fresca.

    Ela riu de novo, um som borbulhante.

    Atrás dela, surgindo da escuridão do portão como se fosse feito de fumaça, outra silhueta apareceu.
    Um homem alto. Ombros largos, postura curvada, as mãos nos bolsos.
    O andar dele era arrastado, pesado.

    A voz dele ecoou no corredor, grave e exausta, como se cada sílaba fosse um fardo insuportável de carregar.

    — Mas que saco… — Ele soltou um longo suspiro, coçando a nuca. — Você faz bagunça demais. Vamos logo com isso. Eu quero dormir.

    A garota-sombra deu um pulinho de empolgação, as trevas em torno dela tremeluzindo como fogo negro brincando com o vento.

    Vamos, vamos! O topo nos espera, Preguiça!

    E então, eles passaram pelos corpos.
    Sumiram na escuridão do corredor que levava para cima. Em direção à humanidade.

    O ar ao redor voltou a ficar imóvel. O silêncio retomou seu trono.
    Os corpos esfriavam no chão de metal.

    Mas algo havia mudado. O equilíbrio tinha quebrado.
    O verdadeiro pesadelo não estava mais trancado nas Camadas Negativas.
    Ele estava subindo.

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