Capítulo 7: Entre Luz, Enganos e o Abraço do Abismo
Enquanto eu vivia meus dias tranquilos na academia, mal fazia ideia do que estava se desenrolando lá embaixo… nas profundezas das camadas negativas.
Camada -43
Lá, onde a luz parecia ter desistido de existir, Lysanthir e Cedric avançavam com passos firmes, envoltos por um ar espesso e roxo — uma névoa sufocante que flutuava como se tivesse vida própria. Ambos usavam máscaras especiais, mas ainda assim, a sensação de que algo rastejava pelo ar era quase insuportável.
— Que lugar bizarro… — murmurou Cedric, ajustando a máscara. — Esse ar… por que algumas dessas camadas negativas têm essa aparência, esse cheiro?
A voz abafada de Lysanthir cortou o silêncio, calma e direta:
— Ninguém sabe ao certo. Mas camadas como essa são classificadas como “nível perigo”. Só relaxa, a entrada pra camada -44 tá perto… E pode me chamar de Ly, é mais fácil.
Cedric assentiu, mas seus olhos não paravam de varrer o ambiente. O chão era irregular, como se a própria camada estivesse respirando. Os dois seguiram em frente, atentos… ou pelo menos, achavam que estavam.
Eles não perceberam.
Algo se movia ali… rastejando nas sombras da névoa.
Uma criatura gigantesca, uma centopeia deformada, com dezenas — não, centenas — de patas arranhando as rochas. Sua pele era preta como carvão molhado, e os dentes, vermelhos como sangue recém-derramado, reluziam em fileiras ameaçadoras.
E ela vinha direto atrás deles.
— Não consigo ver um palmo na frente do rosto! Como você se orienta aqui, Ly?! — reclamou Cedric, irritado.
— Diferente de você, eu já vim aqui várias vezes. Já até…
Ele não terminou.
Um som cortante, como garras arranhando ferro, ecoou pela caverna.
CRAAASH!
A centopeia avançou em velocidade absurda, engolindo a névoa, e atingiu Cedric como um raio. O garoto mal teve tempo de puxar sua rapieira, cravando-a entre os dentes da criatura no último segundo.
Mas mesmo assim, foi arrastado. Rápido. Violento.
— Cedric! — gritou Lysanthir, girando nos calcanhares.
No mesmo instante, luz explodiu de seus pés, criando rastros dourados no ar enquanto ele disparava atrás da criatura com uma velocidade tão intensa que a névoa se partia ao seu redor.
Cedric, por sua vez, estava pendurado por um fio — literalmente.
A rapieira cravada no dente da criatura era sua âncora. Com esforço, ele empurrou o corpo para trás, pulando com um giro e recuando alguns metros.
O rosto suado, os olhos afiados.
— Maldita… desgraçada.
A centopeia ergueu a parte frontal do corpo. Sua boca grotesca se abriu com um chiado ensurdecedor.
— Tá se achando só porque é grandona? — disse Cedric, girando sua rapieira no ar.
De repente, milhares de fios prateados se formaram ao redor da criatura, cortando o espaço como lâminas invisíveis.
— Meu poder genético cria linhas cortantes com a minha rapieira. — sorriu de forma afiada. — Se der mais um passo… vai virar carne moída. Mas é claro, como você é só uma besta irracional, não deve entender nada do que tô dizendo, né?! Hahahaha!
A centopeia avançou sem hesitar.
Os fios começaram a cortá-la em dezenas de pedaços… mas ela não parava. O corpo se regenerava, a carne escura se refazia numa velocidade grotesca.
— Ah, qual é?! — Cedric recuou, já preparando outra técnica.
Mas ele não precisou.
A névoa explodiu.
Um clarão rompeu o ambiente, como se o próprio sol tivesse caído na camada -43. De dentro dele, um vulto surgiu, rápido demais para os olhos acompanharem.
Lysanthir.
Seu corpo estava envolto por uma armadura de luz pura, cada movimento seu deixava rastros dourados no ar. Seu braço direito havia se transformado em uma lança de energia, brilhando com intensidade quase divina.
Com um grito abafado, ele pulou alto… e então desceu dos céus roxos como um raio de destruição.
— HAAAAAAAAH!
A lança atravessou a cabeça da centopeia com tanta força que o impacto criou uma cratera, dissipando completamente a névoa ao redor. O chão tremeu. Rochedos se partiram. A luz engoliu tudo por um instante.
Silêncio.
Cedric olhou a cena com os olhos arregalados, ofegante.
— …Não é à toa que esse maluco é Rank 1020…
E ali, no meio da poeira e da névoa dissipada, Lysanthir se virou lentamente, a armadura de luz ainda brilhando em seu corpo.
A luta tinha acabado… mas a descida para a camada -44 só estava começando.
Ainda com a adrenalina da batalha recente correndo em suas veias, Cedric e Lysanthir continuavam caminhando pela escuridão roxa e silenciosa da camada -43. O som de seus passos ecoava entre as paredes úmidas da caverna, agora mais abertas, com pequenas gotas pingando do teto como um metrônomo sombrio.
— Depois que eu falei que a Acara tava na camada -44, você ficou todo animadinho, né? — perguntou Lysanthir de repente, com a voz abafada pela máscara, mas com um tom provocativo bem claro. — Você ama ela?
Cedric tropeçou levemente e quase engasgou com o próprio ar.
— O quê?! Claro que não! — resmungou, o rosto ficando visivelmente avermelhado por debaixo da máscara. — Não é nada disso. Eu só… admiro ela, só isso, tá?
Lysanthir arqueou uma sobrancelha, ainda mantendo o mesmo tom tranquilo.
— Hmm. Ela é a chefe do Clã da Escuridão, sabe? Meio difícil esse tipo de coisa acontecer…
Cedric bufou, virando o rosto como se quisesse esconder a vergonha.
— Já falei que não é isso… É que… ela é forte, determinada. Desde que eu vi ela no Palácio Esmeralda pela primeira vez, eu senti algo. Não amor, não… mas uma admiração. Pra alguém como eu, que precisou conquistar tudo com esforço, admirar alguém como ela… é o mínimo.
Houve um breve silêncio, apenas os passos e o som abafado do ar púrpura enchiam o ambiente.
— Mas… ela nasceu na família principal do clã — comentou Lysanthir, pensativo. — Aposto que muita coisa veio fácil. E apesar dela ser a líder, o Rank 8 ainda é o mais forte do Clã da Escuridão.
— Falou o cara do Clã da Luz, que vive num palácio feito de diamante, né — retrucou Cedric, cruzando os braços com sarcasmo.
Lysanthir deu uma risadinha seca, quase imperceptível.
— Na verdade, não sei tanto assim… Só ouço coisas por causa da minha esposa. Ela é do Clã da Escuridão.
Cedric parou de andar, boquiaberto.
— O QUÊ?! Sua esposa é do Clã da Escuridão?! Mas… você é da Luz! Tipo, literalmente. Isso explica aquelas partes pretas na sua roupa, então!
Lysanthir manteve o olhar sério. Não respondeu. Apenas continuou andando como se não tivesse ouvido.
— Tsc… não fala nada, né? Irritante do caramba — murmurou Cedric, chutando uma pedrinha para longe.
Alguns metros depois, encontraram o que pareciam ser bordas circulares no chão — um buraco largo e profundo, engolido pela névoa roxa. Lysanthir parou, apontando com o queixo.
Cedric não precisou perguntar. Sabia que aquela era a descida para a camada -44.
Antes de pular, Lysanthir voltou a puxar conversa.
— Você nasceu na camada 8, né? E ainda assim virou membro do exército do Palácio Esmeralda. É um baita feito.
Cedric relaxou os ombros e sorriu de lado, com um ar quase nostálgico.
— Eu tive que ralar muito pra isso. Nunca fui aceito por nenhuma academia. Nunca tive um clã de apoio. Só meus pais. Mas me dediquei até o fim.
Lysanthir o observou com atenção, o olhar mais sério que o normal. Pensou em silêncio:
“Um garoto que nasceu na camada 8… e derrotou 15 oponentes abaixo do Rank 10.000. Ele é mais forte do que aparenta.”
Cedric percebeu o olhar insistente.
— Por que tá me encarando assim, hein?
Lysanthir soltou um leve suspiro, e com um sorriso sarcástico no canto da boca, soltou:
— Tava tentando entender como alguém tão forte pode ser tão… baixinho. Esse chapéu aí é pra parecer mais alto, né?
Cedric ficou estático por um segundo… depois, estourou:
— MAS VAI SE FERRAR, LUZINHA!!! VOCÊ ACHA QUE É BONITÃO PORQUE TEM ARMADURA BRILHANTE?!
Lysanthir deu uma leve risada abafada pela máscara. Era raro vê-lo assim.
Finalmente, os dois pularam no buraco, descendo com leveza até a próxima camada. O ar roxo foi se esvaindo e, pouco a pouco, a escuridão deu lugar a uma visão inesperada.
O chão sob seus pés… era branco.
As paredes também.
O teto acima, refletia a luz como uma abóbada polida.
Cedric tirou a máscara, ofegante.
— Mas… o que é isso?
Lysanthir olhou em volta com a mesma calma de sempre, o olhar se refletindo no brilho suave das superfícies.
— Mármore. A camada -44… é inteira feita de mármore.
Cedric piscou, impressionado.
A guerra contra o desconhecido continuava. Mas pelo menos, agora, estavam pisando em algo mais bonito do que névoa venenosa.
Por enquanto.
A camada -44, feita inteiramente de mármore branco, era silenciosa… mas não vazia.
Enquanto caminhavam pelos corredores largos e gélidos, Cedric começou a perceber algo estranho. Fragmentos de madeira estavam espalhados pelo chão, quebrados e escurecidos pelo tempo. Alguns pedaços pareciam portas ou vigas… construções humanas.
— Olha ali — murmurou Lysanthir, apontando com o queixo.
No fim de um corredor de teto abobadado, uma sala antiga, parcialmente destruída, se revelava. Paredes rachadas, pedaços do teto caídos, e um leve cheiro de mofo no ar. Quando passaram pelo que restava da entrada… a visão os fez parar imediatamente.
No centro da sala, como se esperasse por eles, estava ela.
A mulher era a perfeita encarnação do paradoxo: entre o etéreo e o cortante, o sagrado e o sombrio.
Seu rosto branco como porcelana reluzia sob a fraca luz das pedras de mármore, trazendo uma beleza quase fora do mundo. Olhos azul-acinzentados encaravam os dois com um silêncio tão profundo que fazia Cedric sentir como se tivesse pisado em um túmulo aberto. Seu cabelo negro, longo e brilhante, estava preso num coque tradicional, adornado com discretos enfeites florais verde-musgo — detalhes pequenos, mas impossíveis de ignorar.
O vestido preto que usava era denso, tradicional, elegante — coberto por padrões florais verdes e dourados que pareciam se mover com ela. Não era só uma roupa. Era uma presença.
Ela se reverenciou com elegância exata. Nem demais, nem de menos. Cada movimento dela parecia ter sido ensaiado por anos. E quando começou a se aproximar, seus passos não pareciam tocar o chão. Era como se flutuasse.
Ou pior. Como se assombrasse.
Sua voz cortou o silêncio como uma brisa antes da tempestade. Baixa. Suave. Perfeita demais para ser ignorada.
— Olá, Lysanthir Vauz… Cedric Valveron. — Um sorriso tênue apareceu em seus lábios, mas seus olhos continuavam vazios. — Eu sou Nytharia Vharan’Sei. Exploradora Oficial das Camadas Negativas… e recoletora de informações para o Palácio Esmeralda.
Cedric sentiu um arrepio subir pelas costas. Era o tipo de mulher que fazia você esquecer como se respira.
Ela fez uma breve pausa, e então olhou diretamente para ele. Fundo. Sem piscar.
— O grupo de Acara e os outros já retornaram para as camadas neutras. Deixaram-me aqui… para acompanhar vocês.
— O quê…? — Cedric falou baixo, confuso, com um toque de frustração. — Mas… eles já subiram? E a gente nem—
Antes que terminasse, Lysanthir ergueu a mão, com um gesto rápido e firme.
Silêncio.
Cedric fechou a boca, franzindo a testa. Ainda mais confuso agora… e desconfiado. Por que aquele olhar tão sério?
Lysanthir não tirava os olhos dos dela. Ele a estudava com atenção. Um guerreiro experiente sabia: algo nela… não batia. A voz era calma, o sorriso era educado, mas havia algo nos olhos dela que gritava perigo.
Nytharia, no entanto, continuou com a mesma expressão serena.
— Eu os acompanharei até a camada -51. Nossa missão continua. Não se preocupem — disse, com suavidade impecável. — Recentemente descobrimos um atalho que liga diretamente esta camada à -50. Assim, não precisaremos atravessar a -49. Facilitaremos a entrada na -51 sem riscos desnecessários.
Ela se virou, como se já tivesse certeza de que os dois a seguiriam.
Lysanthir ainda a observava com os olhos semicerrados. Depois de alguns segundos de silêncio pesado, falou com um leve tom de ironia:
— Entendo. Deve ter sido algo muito importante para que o grupo da Acara tenha subido… Mesmo essa sendo uma missão de alta prioridade, não?
Nytharia parou, ainda de costas. Depois virou levemente o rosto por sobre o ombro.
— Foi um pedido direto do Palácio de Jade. Acredito que estavam cansados também. — Sua voz era calma, quase maternal. — Descansem um pouco, por enquanto. Assim seguimos com mais clareza depois.
Lysanthir hesitou, depois assentiu.
— Certo. Um tempo de pausa… não parece má ideia.
Cedric, no entanto, continuou quieto.
Sua mente ainda estava cheia de perguntas. Por que Acara não ficou? Por que essa mulher parecia tão… gelada? E por que Lysanthir parecia tão desconfiado?
Ele olhou para Nytharia uma última vez.
A mulher que flutuava como um sussurro de morte.
Algo dizia a ele que aquela missão não seria nada parecida com o que haviam enfrentado até agora.
Sentados num canto daquela sala destruída, Lysanthir e Cedric mastigavam algo que parecia carne desidratada, provavelmente trazida das camadas neutras. Cedric comia de maneira irritada, como se a mastigação fosse uma forma passiva de reclamar. Do outro lado da sala, quase como uma pintura viva, Nytharia mantinha-se sentada no estilo seiza — a postura impecável, as mãos delicadas segurando um bolinho esverdeado. Mesmo naquilo, havia um ar ritualístico.
Cedric não aguentou.
— Tá, agora vai me explicando essa porra toda. Que caralhos tá acontecendo aqui?
Lysanthir, com a boca ainda cheia, ergueu um dedo coberto de gordura, pedindo silêncio enquanto engolia e tomava um gole de algo quente de sua caneca metálica. O vapor subia entre os fios soltos de seu cabelo, criando um breve efeito etéreo.
— Hm… só fica quieto por agora — murmurou.
— Tá louco, porra? Não me joga esse “fica quieto”! Quero resposta, velho!
Lysanthir olhou diretamente pra ele, firme, sem dizer nada. Mas o olhar era claro. Algo estava errado. Muito errado.
Cedric bufou, mas entendeu. Aquilo era mais que precaução… era um aviso silencioso.
Depois de terminarem de comer, os três se reuniram. Nytharia se levantou com a mesma elegância quase antinatural de sempre e os guiou até o tal atalho. Quando chegaram diante da parede, Cedric arregalou os olhos.
Era como um rio… só que na parede. A superfície líquida ondulava horizontalmente, como um espelho líquido pendurado num mundo invertido.
— Isso aí é o atalho? Um portal? — Cedric perguntou, ainda sem conseguir tirar os olhos daquela coisa.
— Pois é… — disse Lysanthir, arqueando uma sobrancelha — e olha que já andei por essas bandas várias vezes. Nunca vi essa merda aqui.
Sem hesitar muito, Nytharia entrou. Os outros dois seguiram, hesitantes.
E quando pisaram do outro lado, foi como mergulhar num universo morto.
A camada -50 os recebeu com um silêncio sufocante. Era uma floresta negra. Não escura — negra. Os galhos pareciam feitos de carvão retorcido, e o chão soltava pequenas nuvens de pó a cada passo, como se a terra estivesse exalando suspiros antigos.
Lysanthir olhou para cima.
— Estamos na Floresta Negra da camada -50. Aqui… nunca amanhece.
Cedric, instintivamente, também olhou. Seus olhos se arregalaram.
— Que porra é aquilo no céu? Aquele negócio branco gigante? Uma estrela redonda?
— Acho que chamam de “lua”. Já vi isso em livros velhos — respondeu Lysanthir com um tom distante.
Nytharia seguiu em frente sem se virar.
— Vamos. Precisamos atravessar isso rápido. Não é um lugar onde se deve descansar os olhos por muito tempo.
Os dois a seguiram, mantendo uma distância segura.
— Escuta, Cedric… — Lysanthir sussurrou, com a voz tensa. — Isso tá errado. Muito errado. Ninguém sobe desse jeito das camadas negativas. Ainda mais sem cruzar com a gente. E você, como novato, talvez não saiba, mas atalhos são raríssimos. Tem registro de quatro só. Esse aqui… nunca foi documentado.
Cedric engoliu seco.
— Um deles… um atalho entre a camada -13 e -51… matou centenas de membros do exército. E agora aparece esse atalho conveniente bem na nossa frente?
O pensamento assombrou Cedric como um eco.
Mas então…
Nytharia parou de andar.
Imediatamente, eles também congelaram.
— Estamos sendo observados — ela disse, virando-se parcialmente, os olhos fixos em algum ponto na escuridão.
E então, como se brotassem das trevas da floresta, duas figuras surgiram à frente. Não vieram — sempre estiveram ali. Apenas se revelaram quando quiseram.
Uma delas usava um manto totalmente negro, como se absorvesse a luz ao redor. A silhueta revelava uma mulher, mas seu rosto era invisível, enterrado na escuridão do capuz.
A outra…
Cedric sentiu o ar pesar.
A presença exalava algo antigo, anterior ao próprio conceito de medo. Seu corpo parecia moldado por uma força que não devia mais existir. Ele se erguia como uma estátua viva — não pela rigidez, mas pela solenidade. Os cabelos, vermelhos como fogo eterno, se agitavam suavemente, contrastando com a pele branca como mármore funerário.
Seu manto era bordô escuro, com detalhes dourados que se torciam como runas sem tradução. Um ombro estava coberto por uma faixa branca queimada, da qual se desprendiam fios etéreos de energia vermelha. Eles flutuavam como fumaça sangrenta, vivos, mas condenados.
Na mão, ele segurava uma espada curva. Negra como carvão, e ainda assim… bela. Pequenos galhos florais vermelhos brotavam da lâmina como se a própria morte florescesse nela.
Cedric ficou paralisado. Lysanthir sequer se moveu. Até mesmo Nytharia, pela primeira vez, pareceu… alertada.
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