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    {A Lyrica está aqui?!} Nimue arregalou os olhos de surpresa.

    ‘Não tenho certeza. Pode ser a Lyrica do lado da criação.’ Shiro deu de ombros. Como existia uma ‘Shiro’ no lado da criação, era natural que também houvesse uma Lyrica ali.

    Pensando por um momento, Shiro decidiu tentar algo.

    {Não.} Nimue interveio, já sabendo o que Shiro planejava.

    ‘Pft, vai dar tudo certo~ Além disso, eu tive uma ideia de como me disfarçar, então não se preocupe.’ Shiro riu enquanto Nimue estreitava os olhos.

    {Não era você quem dizia que não queria chamar muita atenção?! Sabe que rastrear alguém por todo este mundo atrai bastante atenção, né?}

    ‘Eu disse que tinha tudo sob controle, não disse? Não se preocupe tanto, Nimue.’ Shiro respondeu de forma despreocupada enquanto saltava e se dirigia ao edifício mais alto da cidade.

    Fechando os olhos por um momento, Shiro os abriu novamente, vendo o mundo se desmontar em linhas de código.

    Segurando o mapa à sua frente, Shiro rastreou os códigos para descobrir onde ele havia sido criado.

    Focando sua mente, Shiro filtrou todas as informações inúteis que não precisava, concentrando-se apenas em descobrir onde o mapa havia sido feito. Se pudesse descobrir isso, rastrearia o código de ‘Lyrica’. Descobrindo isso, poderia verificar se era a mesma Lyrica de seu mundo ou não.

    Shiro sentiu uma dor de cabeça persistente enquanto examinava a história do mapa: cada revisão, cada uso, cada pessoa que havia segurado aquele mapa passava por sua mente.

    Eventualmente, ela encontrou o ponto de origem, o momento no tempo em que o mapa foi criado.

    ‘Pelo que parece, Lyrica não esteve diretamente envolvida na criação deste item. Foi produzido em massa, e ela forneceu o mapa. Se eu localizar a fábrica onde isso foi produzido, talvez encontre algumas pistas.’ Shiro pensou enquanto fechava os olhos para descansá-los.

    Esfregando as pálpebras com uma leve carranca, Shiro sentiu como se não tivesse dado descanso aos olhos por dias, embora tivesse sido apenas um momento rápido.

    {Você está forçando demais seus olhos com essa habilidade. Tente limitar isso, se puder. Estou fazendo o possível para manter seus olhos funcionais, então agradeceria se não me desse mais trabalho.} Nimue suspirou enquanto ajudava Shiro a consertar seu corpo.

    ‘Sim, desculpe por isso. Mas ainda não terminamos.’

    {Hã?} Nimue piscou, sentindo um calafrio repentino.

    ‘Se eu procurar pela fábrica e depois rastrear Lyrica, vai demorar demais. Mas, e se eu, digamos… Buscar cada momento em que ‘Lyrica’ foi mencionada nos códigos?’ Shiro disse com um sorriso se formando em seu rosto.

    ‘Naturalmente, não preciso saber toda a história. Só preciso encontrar certas partes e tentar rastrear onde ela esteve. Assim, eventualmente chegará aonde ela está agora.’

    {Você tem ideia de que, embora esteja dizendo que só vai rastrear a Lyrica, para fazer isso está basicamente lendo a história da terra inteira? Tem noção da pressão que isso coloca no seu próprio cérebro? Mesmo sendo você, duvido que consiga lidar com tanta informação.} Nimue encarou-a, parecendo à beira de explodir de raiva e estresse.

    Afinal, era ela quem tinha que garantir que o corpo de Shiro não quebrasse, incluindo o cérebro.

    ‘Ah, eu sei. E sei que vai ficar tudo bem~ Você consegue.’ Shiro sorriu e piscou para ela.

    Sem esperar por mais sermões de Nimue, Shiro bateu as mãos enquanto invocava Vinri à sua frente para canalizar energia de criação.

    Faíscas de relâmpagos dançavam ao seu redor, destruindo alguns destroços espalhados.

    Focando sua mente, Shiro criou quatro grandes satélites usando uma mistura de nanobots e energia de criação. Embora não fossem tão avançados quanto os satélites do mundo da destruição, serviriam ao propósito.

    Infundindo a energia do Erro nos quatro, ela estalou os dedos e os enviou voando pelo céu.

    ‘Para evitar que sejam detectados, preciso mascarar seus sinais de energia com a energia deste mundo. Fazer com que pareçam parte deste mundo, em vez de uma entidade estrangeira.’ Shiro pensou enquanto circuitos surgiam em seus braços.

    Focando sua visão nos satélites, ela manipulou levemente o código para que, se alguém os analisasse, não percebesse nada estranho. Não precisava reescrevê-los completamente, apenas algo como uma camada para esconder sua verdadeira natureza.

    À medida que os satélites atravessavam a atmosfera, Shiro podia sentir vários ‘olhos’ sondando-os, mas eventualmente desaparecendo.

    “Funcionou.” Shiro sorriu, pois isso era apenas o começo. Enviar os satélites era só a fase de preparação.

    ‘Prepare-se, Nimue~’ Shiro riu.

    {!”£&^%£”&^% EU SEI.} Nimue xingou enquanto começava a circular sua mana em preparação para o caos que estava prestes a acontecer.

    Vendo que Nimue estava pronta, Shiro ativou o Erro, e o mundo perdeu suas cores.

    Cada um dos satélites funcionava como seus olhos, enquanto um modelo em miniatura deste mundo atual surgia diante dela.

    Respirando fundo, ela sobrepôs o mapa que Lyrica havia criado sobre o modelo para ver as diferenças.

    O primeiro passo era localizar o ponto onde o dispositivo foi criado. Como ela já havia escaneado os códigos anteriormente, foi relativamente simples localizar o local. Um dos satélites orbitou o mundo até ficar diretamente acima da fábrica.

    Disparando um feixe concentrado de energia, uma enxurrada de informações entrou na mente de Shiro, fazendo-a cambalear antes de rapidamente recuperar o equilíbrio.

    O feixe tirava uma impressão rápida de todo o código dentro da área e o enviava para o cérebro de Shiro para que ela pudesse filtrá-lo.

    {PORRA!}

    Ouvindo Nimue xingar à distância, Shiro focou sua mente e escaneou o código. Descartando tudo que não era necessário, ela eventualmente encontrou um único traço de Lyrica.

    Memorizando rapidamente o código dessa interação, Shiro cancelou o feitiço imediatamente. Desabando de costas, Shiro sentiu-se extremamente tonta, com um pequeno fio de sangue escorrendo de seu nariz.

    {DESCANSE. CONTINUAREMOS DEPOIS.} Nimue gritou enquanto Shiro assentia.

    Embora fosse imprudente, ela sabia que forçar mais seria estupidez. Ela descansaria um pouco enquanto levava os civis ao abrigo mais próximo. Quando chegassem, aqueles que quisessem continuar com ela poderiam fazê-lo, enquanto os que buscavam segurança poderiam permanecer no abrigo.

    Além disso, isso lhe daria tempo para digerir as informações recebidas e rastrear adequadamente onde Lyrica estava.

    Depois de um momento de descanso, Shiro começou a voltar para os civis. Ao chegar, viu que alguns deles haviam perdido a esperança, especialmente Gazir.

    Ficando em silêncio por um momento, Shiro suspirou.

    “Eu vou levar todos vocês ao abrigo mais próximo. Com a tecnologia que vi, talvez consigam encontrar um registro ou algo do tipo. Talvez descubram quem estão procurando ou seus descendentes. Não sei. Se quiserem ser reencarnados, eu concederei esse desejo”, Shiro disse enquanto eles pensavam por um momento.

    A maioria decidiu esperar até chegar ao abrigo para decidir, enquanto alguns escolheram ser reencarnados.

    Ajudando aqueles que queriam ser reencarnados, Shiro começou a guiar o restante ao abrigo.

    “Encontrei isto nas ruínas. Um mapa altamente avançado que mostra onde estão os abrigos, bem como sua localização atual. Também indica as zonas de perigo para evitar. Podem ficar com ele, já o memorizei.” Shiro disse enquanto oferecia o mapa a Gazir.

    Ao perceber que ele não reagiu, Shiro coçou a cabeça por um momento antes de olhar brevemente para o grupo.

    “Se! E digo isso como um grande SE. Se eles tiverem um registro das pessoas que ainda estão vivas, posso marcar a energia delas e colocar marcadores no mapa para vocês. Assim, podem rastreá-las, se quiserem.” Shiro suspirou, e isso pareceu reacender alguma esperança nos olhos deles.

    Entregando o mapa a Gazir, Shiro começou a guiar o grupo mais uma vez.

    No entanto, ela notou de repente que o mundo ao seu redor parecia ter parado. Todos estavam congelados no lugar, exceto ela.

    “Parada no tempo…” Shiro franziu a testa, pois era algo semelhante ao que ela conseguia fazer.

    “Por que você está aqui.” Uma voz baixa ecoou, e Shiro a reconheceu instantaneamente.

    “É só isso que você tem a dizer depois de quase me matar da última vez?” Shiro revirou os olhos ao olhar para cima.

    Acima dela, uma figura espectral e trêmula podia ser vista. Seu corpo estava em frangalhos, mas Shiro ainda conseguia reconhecer os cabelos brancos. Afinal, eram os dela.

    A ‘Shiro’ do lado da criação.

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