Não demorou para que Grison enxergasse a confiança de seu aprendiz sendo distribuída como uma forma de ataque. Haivor era inexperiente em combate quando o conheceu, mas aprendia mais rápido que um aprendiz comum. Suas habilidades de criação estava a altura de um Adesir de Quarto ou Quinto Núcleo, como ele.

    Se continuasse dessa forma, em um ano, o título de Adesir seria dele. Utilizar ‘Expansão’ para criar um ataque massante foi muito bem recebido. Estava criando o medo no coração dos inimigos, uma tática que ele mesmo havia ensinado.

    Na verdade, os olhos de Haivor eram recheados de uma estranha sensação de conforto. Era diferente das últimas vezes que tinha visto ele em ação. Algo havia mudado. Claramente, tinha sido quando esteve em contato com a Bruxa de Kusha.

    O que mudou era a questão.

    Quando os meteoros desceram, o grupo dos aprendizes paralisou na mesma intensidade que os Mestres Arcanos. Seus olhares não eram de inveja, mas de questionamento. Uma magia deveria ser descrita sempre. Para eles, a voz era o único meio de ativação.

    Quão despreparados estavam dos tempos modernos.

    Outra comoção surgiu. Os dez meteoros se transformaram em esferas de água gigante e explodiram em uma chuva. Uma das aprendizes estava com sua mão erguida, aquela tensão no rosto e a sobriedade do perigo que passaram.

    – É Katarina, Mestre Kona – alguém gritou. – Ela parou os meteoros.

    – A grandeza dela é realmente impressionante. Todos as esferas foram moldadas em um mesmo instante. – Piey descreveu com exatidão. – Será poderosa, mas seu inimigo é claramente tão poderoso quanto ela.

    – Aquele é o aprendiz de Grison – Kona falou. Seu nome usado mais como um xingamento. – Ele pode até ser confiante, mas minha aprendiz está em um nível diferente.

    Grison, ao lado de Hambo, deu uma risada baixa. Virou a caneca na boca e bebeu a cerveja completamente. Seu amigo encheu novamente para ele.

    – Esfinge está se especializando em estratégias de combate – Hambo disse. – A linha de três é eficiente, mas a quantidade de Arcanos é muito acima do comum. Ela deveria escolher uma centralização de sobrevivência, incluindo sacrificar alguns por muitos deles.

    – Você está considerando que todos os Arcanos são estúpidos e não leram a Arte da Guerra.

    – E eles não são? – Hambo e Grison riram. – Ela está cortando a linha de ataque principal. Concordo quando ela disse que seu garoto ali é o mais forte, mas ele não conjura círculos mágicos. No que ele está se especializando?

    – Comandos.

    Hambo o olhou como se quisesse ouvir novamente. E depois balançou a cabeça, bebendo.

    – Você disse pra ele que isso é idiotice, certo?

    – Quase o chamei de Arcano por causa disso. – Grison não queria estar correto, mas em nenhum registro na biblioteca havia um homem com título de Mestre em Comandos. – Quando ele perguntou, eu disse que era uma perda de tempo.

    – Mas, ele não te ouviu.

    – A cabeça de Enigma é algo que venho desvendando aos poucos.

    Dentro do Jardim de Lótus, os pingos de chuva engrossaram e se transformaram em gelo, sendo enviados de volta para Enigma. O aprendiz girou os braços e um tufão de ar sugou as estacas e a quebraram em fragmentos minúsculos.

    – Ele não está usando magia – Kona rapidamente comentou. – Por que ele não está usando a voz para criar magias, Mestre Piey?

    Grison recebeu o olhar de alguns Arcanos, incluindo de Hena. A mulher era uma das mais poderosas e antigas Arcanas, se ela estava confusa do que estava acontecendo, então, estavam mesmo impressionados.

    Não era de se esperar, Enigma tinha bastante experiência com comandos e moldes, além de saber feitiços e magias mais complexas. Além de ser esperto e aprender durante uma situação, com uma magia oculta que o permitia ler qualquer coisa.

    Estar impressionado era pouco, os Arcanos deveriam sentir medo.

    – Os Arcanos estão ganhando território – Hambo disse depois de ver as outras partes do Jardim. – Um Adesir pode conter até dois inimigos do mesmo nível, mas estão contra dez deles em cada canto.

    Foco estava sendo destroçado por magias de ataque, contra furiosas tempestades de areia e pedras explosivas em alta velocidade. Estava ajoelhado, com um braço erguido e o outro sangrando.

    – Vendo dessa forma – Kona gargalhou – Julis criou um porco para o abate.

    O Adesir permaneceu imóvel, encarando a tela.

    – Não vai dizer nada, mestre Grison? – Kona se divertia com a vantagem de seus aprendizes, ela sorria com grande afinco. – Seu aprendiz está prestes a perder também. Os dois vão para vala. Estarão aqui antes de dizerem ‘Sou um Adesir’.

    Hambo encarou o amigo.

    – Vai deixá-la falar assim com você? Pode responder de volta, se quiser. Ou posso fazer isso.

    – O que adianta atirar pedra em um cachorro que late? Olhe para o Jardim. Eu só preciso me concentrar ali.

    – Belas palavras, Mestre Grison.

    I

    Haivor segurou os picos de gelo e desintegrou-os com extrema facilidade usando o tufão. Criar rajadas de ar era completamente simples, mas com seu peso diminuído, ele não poderia descer até os Arcanos.

    E as ordens que ouviu deles era que se separassem e achassem a Chama Sagrada. A vantagem numérica dos Arcanos disponibilizava áreas maiores de contato. Katarina era mais complicada que os outros, ainda estava tentando entender como ela criava aqueles moldes enormes sem ao mesmo conjurar magia.

    – Vão. – Katarina mandou que os Arcanos se fossem. – Eu seguro eles aqui.

    – Que tosco – Enigma sorriu. – Aonde pensam que vão, tolos?

    Ao estalar os dedos, um dos Arcanos do grupo explodiu. Seu corpo começou a despencar do ar, inconsciente, até o solo antes de ser sugado por um portal branco. Todos os outros pararam, olhando para cima.

    – No corpo de vocês, eu deixei um Comando de ‘Explosão’ passivo. Isso indica que se forem longe demais, irão explodir. Não podem retirá-los a não ser que me derrotem aqui e agora. – Ele abriu os dois braços. – Não queriam me derrotar? Estou aqui.

    Karatina não se abalou, permanecendo séria.

    – Eu aceito o desafio.

    – Desafio? – Nuvens negras tomaram o céu acima de Haivor. – Isso não é um desafio. É um massacre.

    Ao erguer a mão, um dos relâmpagos desceu, sendo reunidos na ponta de seus dedos. Logo depois, meia dúzia. Todos focando em um mesmo ponto, se unificando. Uma pequena carga elétrica se liberava, estremecendo Haivor por dentro.

    Eletricidade era muito mais perigosa do que os outros elementos.

    – Se fui colocado como vilão desse cenário, farei de tudo para que entendam a crueldade dos que estão contra vocês.

    – Vilão? – Katarina ainda estava atordoada com a quantidade de relâmpagos caídos em um único lugar. A magia poderia ser modelada, mas como ele fazia de maneira tão fácil? – Você é louco?

    – Para mostrar o medo a vocês, eu serei o pior deles.

    Haivor apontou os dois dedos para baixo e uma violenta onda de raios se libertou. Rápido demais para que alguns Arcanos conseguissem se proteger, Katarina só conseguiu proteger os cinco ao seu lado.

    A barreira verde deixou de fora dois Arcanos. O azulado poder passou por eles, como uma rajada interminável. Arrastando para baixo, até seus pés tocarem as rochas do desfiladeiro. Quando o céu se tornou azul novamente, Haivor estava mais perto, mais baixo, flutuando ainda.

    Katarina praguejou por ter perdido mais dois. Estavam longe demais para conseguir atrai-los. Só restava seis agora.

    – Não acharam que acabou, certo? – A ponta dos dedos de Haivor ainda estavam azuis. – Estou só começando com vocês.

    Com um giro de seu braço acima da cabeça, um círculo azulado de pura eletricidade se formou. Segurou em sua borda e o fez girar como uma serra. Um disco puro de eletricidade. Ele arremessou para baixo.

    Jin, um dos Arcanos, uniu as mãos.

    – ‘Guardião de Terra’.

    Um terremoto alterou o terreno em quase meio quilometro. Um imenso cavaleiro de pedra, usando uma armadura pesada e elmo, se elevou das rochas do desfiladeiro como se estivesse vivo. Apenas metade de seu corpo se libertou, tendo seus dois braços segurando o disco com extrema força.

    Katarina olhou para Alvin, o Arcano fez um sinal com a cabeça. Ergueu a varinha de sua mão para o disco de eletricidade.

    – Feitiço de Hakmon: Maldições de Controle.

    O disco parou de girar repentinamente. Katarina, então, fez seu movimento.

    – ‘Molde’.

    A faíscas azuladas travaram no ar. O azul começou a morrer, dando lugar para um vermelho fosco. Apenas com sua mão erguida, mesmo não tocando o elemento, os raios se transformaram em labaredas cruas com imenso poder destrutivo.

    O Guardião de Jin esticou a chama como se fosse um bastão, e então, Katarina assoprou.

    – ‘Tufão Incandescente’.

    Uma muralha de fogo voltou na direção de Haivor. Katarina não deixou que fosse só isso, e fez com que os outros seis atirassem magias de alto calibre. Quanto mais tempo passasse lutando contra um único Adesir, mais desvantajoso era para seus aliados espalhados.

    Haivor, então, fez um movimento que foi contra todas as realidades. Ele se deixou cair no ar, seu corpo tomou peso novamente, e começou a acelerar cada vez mais. Como a muralha de fogo estava diante dos Arcanos, nenhum deles viu sua movimentação.

    Se a visão fosse obstruída, eles perdiam seu único apoio para utilizar magias. Haivor atravessou a muralha de chamas. Assustou não somente os aprendizes como vários mestres. Grison observava com sensatez, mas Hambo erguia a sobrancelha em surpresa.

    As magias de disparos de diversos tipos; gelo, fogo, água, até mesmo uma de rochas. Ele passou por cada uma se jogando para o lado, usando ‘Repelir’ contra o próprio ar. Se movimentava com velocidade e chegou até onde estavam. Quando caiu na rocha que estavam, ‘Prisão’ foi erguida.

    Mãos rochosas saíram do chão e seguraram seus tornozelos. Com um puxão, suas pernas foram enviadas para baixo e seus peitos envolvidos com correntes. O Guardião do Arcano Jin desceu o punho contra Haivor.

    – ‘Rajada’, ‘Compressão’.

    Uma explosão de ar rompeu os dedos e os braços do gigante. E usando a mão para o lado, seu peito e cabeça também foram transformados em poeira.

    Katarina realmente não compreendia como alguém conseguia ter tanta tranquilidade lidando contra magias em conjunto. Experiência de batalha era algo que se adquiria com o tempo, mas a serenidade do olhar do Enigma, era como se vivesse realmente em uma batalha.

    As palavras de sua mestra eram claras:

    – Um inimigo é um inimigo. Se ousar por um segundo o tratar como igual, perderá.

    Enigma estava simplesmente mostrando seu poder. Sua autoridade contra as forças opostas.

    Tocando no peito de cada Arcano, ela assistiu os cinco serem mandados para dentro de um portal. Estavam sendo enviados de volta para o salão onde os mestres estavam. Quando ele parou diante dela, Katarina entendeu a arrogância dos Adesir.

    Ele não disse nada. Iria encostar nela e o treino seria perdido. Ela fechou os olhos. Tinha perdido. Nada mais do que esperar por isso.

    – Não perca, Katarina. – Era sua mestra. – Não perca para esse homem. Use tudo o que conseguir. Mas, não perca. Eu permito que use sua força.

    Haivor tinha parado ao ouvir a voz da mulher no ar. Ele não havia encostado em Katarina, mas quando a olhou, as correntes estavam se desfazendo em uma gosma verde. Com um salto para trás, viu as rochas explodirem por onde recuou.

    Pulou para outro lugar se libertando das explosões. Katarina saiu de dentro do buraco com lentidão, mas elegância.

    – Ouviu isso, Enigma? – Ela perguntou com um sorriso. – Eu tenho total permissão para duelar com você. Isso me deixa feliz.

    – Feliz? – Ele criou uma faísca e jogou. O movimento foi oportuno, mas a faísca se desfez no meio do caminho, se transformando em folhas verdes. – O que foi isso?

    – Essa é a minha capacidade total. ‘Transformação’.

    As folhas verdes enegreceram e zumbiram. De uma única folha, milhares de criaturas negras, minúsculas, mas que tomaram quase vinte metros quadrados. Katarina sorria, com extrema satisfação.

    – Uma habilidade de criação, diferente de todas as outras.

    – Interessante.

    Haivor inspecionou com cuidado o enxame que o rodeava, completamente vivo, como se realmente estivessem presentes. A criação de vida era impossível, até mesmo para a magia, poderia ser condensada a acelerar, mas nunca forjar.

    Era um blefe.

    – ‘Pulsar’.

    Uma onda de choque partiu de seu peito. Os insetos foram todos engolidos e destruídos na mesma hora. O boca de Katarina levantou-se, irritada.

    – ‘Transformação Elementar’.

    O ar condensado tornou-se uma centena de lâminas afiadas. Ela jogou todas contra Haivor, que fez o mesmo movimento de antes. A onda de choque partiu de seu peito, criando rachaduras nas lâminas e quebrando-as em seguida.

    – Sua magia pode ser forte, mas não é compatível com a minha – ele disse. – Isso se chama afinidade. Sabe o que acontece com uma pessoa que tem afinidade com magias de fogo e usa água? A decadência de sua força é quase o dobro. Você pode estar se esforçando, mas sua mente está fechada.

    – Você nunca viu minha habilidade para saber o que ela é. – Novamente, uma chuva de pedregulhos foi forjada sobre ele. Katarina suspirava, com pesar. Seu corpo estava começando a se desgastar. – Mestra Kano me disse para destruir você.

    – Eu ouvi, mas ela não me conhece.

    A chuva caiu, mas com um comando de seu dedo, a rocha abaixo de seus pés se moldou em areia e formou um guarda-chuva. Enquanto as pedras caíam, Haivor e Katarina se encararam. Por quase dez segundos, permaneceram em seus lugares.

    – Sua magia de transformação não é comum, não é? – Haivor desfez o guarda-chuva. – Eu vejo.

    Ele jogou mais cinco faíscas afiadas, e todas pararam no meio do caminho. Depois, usou a areia em golpes laterais, mas foram todos transformados em elementos primários.

    – Você separou sua habilidade em duas partes – ergueu dois dedos. – Uma para criação de objetos, outro para moldes elementares. Assim, consegue atacar e se defender perfeitamente. Usa os moldes para criar objetos ou magias, e assim, não gasta muita mana do seu corpo. Estou errado?

    Ele continuou arremessando areia, pedra, transformando rochas em bolas de fogo, chuvas de gelo e golpes fracos de diversos tipos. Katarina continuou usando sua habilidade para simplesmente desfazer tudo que chegava perto.

    Aos poucos, água, pedra, areia e até mesmo gelo a rodeava. Mas, curvada e de cabeça baixa, ela respirava pausadamente e com dificuldade. Seu rosto suava e ela apoiava-se no próprio joelho.

    – Você está focando em coisas triviais. Eu vejo sua habilidade melhor que você.

    Ela ergueu a cabeça, com o olhar cansado.

    – Do que está falando? Você não sabe de nada.

    – Bom, quando entender o que estou dizendo, irá se perguntar o que está errado. – Ele tocou a si mesmo. – ‘Impulso’.

    Seu corpo se mexeu com imensa velocidade e seu punho encaixou-se na barriga da mulher. Ela se curvou ainda mais, abrindo a boca liberando o ar guardando em seus pulmões.

    – Não vou cair em um truque desses. Arremessar ar como projetis. Como se ninguém nunca tinha feito algo parecido. – Haivor deu um passo para trás e a viu se ajoelhar segurando a barriga. – Você ainda está longe de poder me ganhar.

    Ele a empurrou da rocha, despencando para o abismo escuro.

    III

    A derrota de Katarina fez Kona explodir em gritos enlouquecidos. Na sua visão, o golpe final de Enigma tinha sido cruel demais. O corpo a corpo não estava sendo averiguado, mas era incomum que usassem.

    Ela queria que o aprendiz Adesir fosse desqualificado do treino por tal conduta. Os outros Arcanos não iam contra, mas nenhum deles tinha coragem para levantar a voz quando Grison estava presente. Não eram loucos de inventar regras quando o próprio mestre estava presente.

    Arcano Piey ouvia os gritos descontrolados de Kano, mas a suavizou com um único toque em seu ombro.

    – Nada se pode fazer quando se há uma derrota. Katarina perdeu, não porque foi fraca, não porque teve azar, mas porque seu oponente leu sua habilidade com extrema facilidade. – Ele era calmo e suave até mesmo enfrentando uma mulher descontrolada. – Todos os Arcanos conhecem a magia oculta de Katarina de transformação, mas Enigma conseguiu entender como ela funcionava com apenas algumas poucas tentativas.

    – Ele está usando algum objeto mágico que consegue identificar a magia de minha aprendiz. – Kona ainda persistia. – É inadmissível pensar que um aprendiz conseguiria entender uma magia oculta com complexidade.

    Os Adesir nada gostaram de ouvir aquelas palavras.

    – Está insinuando que nossos aprendizes trapaceiam para serem melhores? – Julis questionou com seu tom sério, ainda sentado no banco. – Por nenhum segundo, nós falamos sobre a quantidade excessiva de pessoas que estão lá dentro. Querem ditar regras sobre o que podem ou não fazer lá dentro, então, criem um outro Jardim, espero que vocês entrem lá e cagam pela boca com tanta facilidade que fazem aqui fora.

    Kona o encarou, com receio. Piey encarou Julis e negou com a cabeça.

    – Não é assim que fazemos as coisas. Sei muito bem que estamos em um impasse aqui, mas nenhum dos lados está certo. Não podem simplesmente desqualificar alguém por um soco ou chute, ou dar a vitória a alguém porque está em desvantagem.

    – Pacifista – Julis praguejou, virando-se para assistir o Jardim. – Contanto que faça essa mulher se calar, eu ficarei satisfeito.

    Os Adesir também concordaram com Julis.

    – Kona. – Piey a cercou com as mãos no ombro. – Por favor, controle-se. Uma derrota é uma derrota. Faça sua aprendiz aprender com isso.

    A mulher abaixou a cabeça e saiu andando, em silêncio.

    Grison e Hambo permaneciam sentados, tomando cerveja.

    – A garota tem potencial – Hambo disse. – Ela seria uma boa aprendiz se fosse usada nas mãos certas. Kona está desperdiçando o talento dela.

    – Da pra perceber, mas tentar argumentar contra um Arcano é bater contra a mão num muro. Nem tente.

    Os ombros de Hambo subiram e desceram.

    – Só estou dizendo. Se ela fosse regada com conhecimentos certos, seria forte. Aquela magia de transformação, eu nunca tinha visto antes. Não sabia que molde se formava de uma distância tão longa.

    – Não se forma. – Grison aponto o dedo para uma formiga que passava pelo chão, e ela se solidificou completamente. – Moldar é simplesmente trocar um atributo por outro. A formiga continua andando, mas agora sendo feita de pedra. O que ela faz é mudar a estrutura completa, sendo radical.

    – Seu aprendiz entendeu bem esse conceito. Ele está bem consolidado no uso de moldes e comandos, se continuar assim, vai ser fácil para ele se tornar um Adesir.

    Grison concordou em silêncio. Não era agradável de ouvir, um aprendiz ser promovido a Adesir em pouco tempo era um erro. O Miserável era a principal falha já cometida pela Torre Mágica.

    De Aprendiz para um criminoso continental. Quão grande foi a ideia fazer a mente de um rapaz lutar contra um Absolver de Terceiro Domínio e perder. Agora, as consequências eram alarmantes.

    Grison não cometeria os erros que outras pessoas cometeram no passado.

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 100% (3 votos)

    Nota