Capítulo 39 - O Clã Twine
Na manhã seguinte, a primeira coisa que Haivor viu foi o teto de seu quarto, retorcido com vigas de madeira sustentando as telhas e pedras dispostas lado a lado, em uma formação de cone. Suas costas afundava no colchão macio, mergulhado em uma disposição que não o preenchia fazia anos.
A sensação de que o mundo não mais importava, como se nada além do momento importasse tanto. Mas, ao tentar se mexer, seu braço esquerdo travou em algo. Ali, bem ao seu lado, Lina adormecia, com os cabelos ruivos jogados sobre o ombro, a boca rosada, tão doce quanto açúcar, ele tinha provado na noite anterior, e na madrugada inteira. O vestido jogado em cima da cadeira, usando apenas o edredom como proteção da pele macia.
O cheiro dela, Haivor piscou algumas vezes para não se submeter a tocá-la logo de manhã. Alguns dos seus hábitos mais devassos foram concebidos por seu irmão Cross, que gostava de fazer barulho logo pela manhã, não importasse com quem estivesse.
Nu, se pôs de pé e pegou um pouco de água da jarra. Bebeu três copos em seguida, para ouvir uma batida na porta.
– Haivor. – Era Zemlya o chamando do outro lado. – Está acordado?
– Estou. – Ele abriu a porta pela metade, escondendo a parte debaixo do corpo. O rapaz manteve-se sério, mas forçou a olhar para cima. – O que foi?
– Mestre Ptitsa pediu para te entregar. – Eram rolos de papel, todos lacrados como um símbolo amarelo, de um alce pequeno. – Ele disse que é importante e que você deveria ler.
– Sabe o que são?
Zemlya negou com a cabeça.
– A única coisa que ele me disse foi para entregar. E também, ele pediu pra avisar que o número de soldados com Fargos diminuiu quase o dobro da metade desde o antídoto. Está agradecido.
– Não precisa agradecer, não fiz isso pelos soldados, fiz por vocês. – Haivor ainda focava no papiro, mas fez uma menção de agradecimento. – Vou ler e entrego depois. Pode pedir alguém para trazer café para o meu quarto, se possível. Não quero exagerar nos pedidos, mas é que estou sem roupa.
– Está conversando com quem, Haivor? – Lina perguntou, da cama. – É o rapaz bonito que faz parte dos curandeiros?
O queixo de Zemlya empinou.
– Ele mesmo – respondeu Haivor. Mas, continuou para Zemlya: – Eu tenho uma convidada também.
– Eu… vou pedir algum dos empregados para trazer. E… diga pra quem estiver ai dentro que agradeço o elogio.
Haivor sorriu para o rapaz.
– Com certeza, falarei.
Zemlya partiu com passos apressados, dando uma olhada para trás. Ser elogiado por uma mulher, ele talvez nunca tivesse tido essa oportunidade. Haivor observou Lina deitada na cama, as pernas para fora da coberta, os cabelos soltos. Ela se arqueava para cima, o encarando de lado.
– Meu pai enviou isso?
– Não. – Haivor pôs os documentos em cima da cabeceira, andou até a cama e deitou-se ao lado dela. – É de Ptitsa. Vou ler depois.
– Ah, sério? – A mão dela passou pelo peito dele, subindo até o pescoço e a boca. Os olhos dela tão penetrantes quando focados. Haivor não conseguiu desgrudar-se daquela ação tão pequena, mas tão gostosa. – E o que vai fazer agora?
– Te provocar como fiz na metade da noite.
Ela soltou um grito divertido quando Haivor saltou para cima dela, agarrando sua nuca gentilmente e a envolvendo em um beijo demorado.
I
– Finalmente. – Kralus ergueu as duas mãos em contradição a chegada de Haivor na sala de reuniões. Atrás dele, Lina usava a antiga roupa dos Magos, com um casaco pesado e calças mais leves, além da bota de couro reforçada. – Já são quase meio-dia. Estão atrasados.
Haivor olhou ao redor, os velhos esperavam por eles. Menos, era claro, Rubem. Ele teve a missão de encontrar com a Senhora de Kusha, partindo na noite passada. No lugar dele, Oiajim sentava na cadeira, casualmente, tomando um pouco de café.
Ptitsa acenou, com um sorriso nada bonito.
– Deve ter sido uma noite longe de leitura para que ambos tenham essa cara de cansaço.
– Longa até demais. – Lina tomou seu lugar, e uma xícara foi dada a ela. – Obrigada. Sobre o que estamos discutindo hoje?
– Que os Magos estão reforçando o acampamento. – Comandante Coiil, mais perto de um quadro, apontava para uma das rotas que levava a Muralha. – Uma imensa quantidade de Magos chegou na última noite, e não temos certeza do motivo. O plano mais comum seria interceptar os suprimentos e nos deixar famintos, a beira do colapso, porém, creio que isso é impossível já que a Muralha detém de quase três dezenas de caminhos diferentes.
– Podemos não levar em consideração algo simples, como essa. – Olivier parecia não ter saído da mesa desde o dia anterior. Usava a mesma roupa azulada, o cabelo intacto e as mãos levadas acima do rosto, tapando a boca. – Se eles estão aumentando seu número, nada de bom vai vir dali.
– Nisso concordamos – Adam respondeu. – Nossas provisões chegam através de rotas variadas, como Ptitsa e Kralus haviam pedido. Se eles conseguirem tomar todas, vamos ter que recuar. Eles podem não nos atacar, mas podem nos deixar morrer de fome, indiretamente.
Kralus negava, de braços cruzados, mais para si do que para os outros.
– Essa é uma estratégia bem básica vinda de Cilas. Por anos, eu venho observando seus movimentos e suas ações. São todas sólidas, compostas de uma profundidade enraizada. Ele sabe o que faz, mas nunca é tão simples assim.
– Acha que outra pessoa está tomando parte disso? – Haivor perguntou.
– Cilas é uma pessoa difícil de lidar, mas Arno, o líder da CBK, é uma das pessoas mais imprevisíveis que conheci. – O velho não deixava de encarar o chão, pensativo. – Ele é simplesmente muito mais complexo do que complicado de lidar.
– E Arno já montou planos parecidos – Lina completou. – Metade dos homens que se dizem Magos conhecem as habilidade de Arno. Ele pode parecer passível, mas é um lunático da guerra, como poucos existiram no mundo.
A sala entrou em silêncio. Oiajim suspirou, e ergueu a mão.
– Mas, o que fazemos agora? Digo, a Lei Independente não nos deixa livres de ataques? Contanto que estejamos aqui dentro, está tudo bem. A última reunião não foi para discutir sobre o armamento? Vamos seguir com o mesmo plano.
– O plano muda a cada variável.
Haivor sentiu a encarada de Ptitsa e depois dos outros. Lina, que também observava os dois se encarando, desfez o suspense:
– E o que isso quer dizer?
– Que outras coisas entraram no campo. Ao sul, um grupo de Magos tenta nos pressionar, o feudo inteiro espera que a Muralha caía. O rei Luzin segura um machado para cortar qualquer um que esteja fora de suas amarras. – Ptitsa foi até o quadro onde o Comandante Coiil estava e marcou um círculo. – Mas, acima de nós, outras coisas espreitam nossas defesas.
– Outras… coisas? – Oiajim sobrepôs um dos braços na mesa. – Está dizendo alguma criatura?
– É um pouco mais complexo. Ontem depois que deixamos Rubem partir de cavalo para as Ruínas de Alcatha, recebi um chamado telepático. Alguma criatura estava pedindo permissão para que pudéssemos conversar, e quando o recebi, tive a surpresa de começar a conversar com um não-humano do clã Twine.
– Twine, Twine – Kralus provava da palavra como se fosse comida. – Ah, eu lembro desses. Um clã no norte, eles conversavam por telepatia, são chifrudos e tem um ótimo gosto por bebidas.
– Essa mesmo. Eu conversei com um patriarca chamado Helix, ele é como um ancião do clã. Discutimos rapidamente sobre algumas que ocorreram na Muralha e o motivo de tantos sensitivos de magia estarem perto de nós, mas não com a gente.
– Eles sentiram os Magos? – Olivier estava mais impressionado do que qualquer um. – A sensibilidade mágica deles deve ser altíssima.
– Uma das suas outras habilidades. Eles propuseram uma oferta generosa. – Ptitsa voltou a caminhar para perto da sua xícara de café e a caneca de cerveja, ambas lado a lado. – O clã Twine tem uma rivalidade muito grande com o clã Rachkin, que são Ogros e Orcs, no Norte. A casa dele foi devastada cerca de dois meses atrás, mas eles não possuem nenhuma forma de reconstruir do zero por causa dos ataques. Querem morar aqui enquanto esperam um dos clãs aliados deles, do extremo norte, arrumar uma forma de levá-los até lá.
– E por que você olhou para Haivor antes de falar? – Lina questionou. – Vocês já sabiam?
– Eu recebi os documentos oficializando uma entrada deles na Muralha Oeste, como hospedeiros, sem hostilidade. – Haivor explicou. – Eles ditaram que fariam de tudo para ajudar quem precisasse e da forma que precisassem, por isso, demonstraram suas habilidades de sensibilidade cedo para que possamos compreender que estão falando sério.
– Por isso sabemos que os Magos estão se reunindo em grande número. – Ptitsa permutou. – Um dos batedores fez a checassem essa manhã. Tudo foi confirmado, desde o armamento até o número. Estão entre duzentos a trezentos.
Olivier suou frio ao dizer:
– Um exército inteiro.
O clima esfriou. Um exército esperando na porta da Muralha não era o que deveriam se esperar depois de duas semanas montando seus planos. A quantidade de homens que Arno estava realocando gritava uma batalha eminente no futuro.
Era a Muralha que corria o perigo de desabar. Haivor sabia bem como a intuição gritava para se protegerem o máximo possível. Era como um alerta bem no fundo da mente, lentamente voltando a ficar ativa, quando era um Adesir. A paz daquela manhã já tinha se dissipado em fragmentos.
O foco era uma futura luta.
– O clã Twine está oferecendo a ajuda deles – Ptitsa cortou aquela sensação negativa dos presentes. – Eles são mais do que sensitivos. Ter pedido permissão para ler minha mente é algo cordial de se fazer, mas duvido que chegariam a nós os documentos com tantos detalhes do que passamos simplesmente porque saíram por ai pedindo autorização para entrar na mente das pessoas. Eles fizeram isso sem que ninguém sentisse.
– A Zona de Mana não funciona?
– Creio que não – respondeu Kralus. – Eles são ardilosos. Se esconderam durante muitos anos de suas vidas. Suas habilidades vão além de sentir. Nos livros, o clã Twine era considerado um dos poucos clãs que não decaíram pela Era do Lorde Sombrio.
– Histórias antigas?
– Vivas até hoje – Kralus falava sério. – São considerados criaturas fora dos padrões. Tê-los como aliados será mais do que uma dádiva. Será uma honra. Eles foram os últimos a seres coroados os Reis do Norte, decaídos por outros clãs mesclados.
Haivor cedeu a atenção a Ptitsa que lia um dos papiros.
– E então, o que você respondeu?
A Velha Ave mostrou certa surpresa na pergunta.
– Estamos conversando para saber quais opções vamos tomar. Não tomei decisão nenhuma.
– Alguém contra?
Ninguém ergueu a mão. Haivor deu a palavra a Ptitsa.
– Acho que temos um trato com eles.
II
Apenas Kralus e Haivor esperavam pelo Portão Norte. O clima era árido, com os ventos sacudindo as areias de um lado para o outro, em algumas partes, pequenos redemoinhos se formavam e desfaziam, em segundos. Era uma visão bem característica próxima da Muralha.
– Dizem que eles podem ler a mente das pessoas sem que elas sintam. – Kralus não parecia muito animado com a ideia. – É um pouco angustiante saber que alguém pode fazer isso sem que você possa saber.
– A lei da sobrevivência os obriga a utilizar todas as suas habilidades. – Com um pequeno tapinha nas costas de Kralus, tentou reanimá-lo. – Os livros diziam que eles eram imbatíveis no passado, vamos conhecer eles pessoalmente.
O Velho Mago o encarou com descrença.
– Conhece a história do clã Twine?
– Eu li quase todos os livros de história da Torre Mágica. Conhecer o povo que se ditava ditador do Norte, quatrocentos anos atrás, é uma obrigação minha. O Grande Continente sempre foi um lugar incrível, que eu sempre tive vontade de conhecer.
– E cá estamos. – Kralus lhe deu um sorriso. – Você tem muito caminho pela frente ainda.
Haivor aceitou aquele elogio de bom grado. Não tinha motivo de dizer que sabia sobre a língua antiga, sobre os dialetos que os povos nortenhos falavam, nem mesmo que conhecia a geografia do lugar como a palma de sua mão.
Eram conhecimentos pessoais, impossíveis de serem compartilhados por pura mensura.
– Lá estão eles.
Kralus poderia estar esperando algo muito diferente. Haivor conhecia bem como os Twine se portavam. Não caminhavam na areia do vale. Eles saíram do cânion montados em cavalos protegidos por placas de ferro, vestimentas vermelhas, se destacando e muito do cenário decorrente.
As bandeiras erguidas brandiam vários símbolos antigos em dourado, algo que Haivor traduziu como “Força, Poder e Glória”. Era um ótimo título para a história que eles possuíam. As armaduras espalhados pelo peito eram ligeiramente ornamentadas com espetos e traços afiados.
Na frente, em um corcel branco, o homem era alto, de quase dois metros, carregando a rédea com grandiosidade e pompa. Em sua face, uma máscara negra que tapava somente sua boca, partindo para trás da orelha.
Eles eram um povo destruído por outro clã, poderiam até ser mesmo um clã de não-humanos destituído de seu título, porém, a realeza estava estampada na postura como cavalgavam devagar, como se fossem os próprios dono daquela terra.
– Eles são todos tão altos – comentou o Velho Mago. – Achei que fossem mais baixos.
– Os genes são fortes no físico e na mente – Haivor explicou. – Acho que é por isso que são temidos pelos outros povos do norte. Foram abençoados em corpo e mente.
O homem parou seu cavalo uns dez metros de onde estavam. Pôs os pés no suporte e desceu com lentidão. De perto, era ainda maior.
– Obrigado por nos receberem em sua casa – a voz do homem soava baixo, um linguajar que Kralus fez uma careta estranha ao ouvir. – Conseguem me entender? Meu idioma é Hantagoriano.
– Eu compreendo perfeitamente seu idioma – Haivor respondeu unindo a mão ao peito e fazendo uma curta referência. O homem pareceu ter se aliviado ao ouvi-lo. – Esse é Kralus, um amigo, e sou…
– Haivor. – A voz saía perfeitamente entre a máscara negra sem ao menos balançá-la. – Eu ouvi histórias sobre sua disputa contra Agnes, a Normadie. Acreditei até o fim que você teria morrido junto dela, o fato de estar vivo é porque acertei no veredito.
Haivor o encarou, confuso.
– Veredito?
– Que você carrega muito além de uma mente engenhosa. Temos companheiros espalhados pelo sul, você não é uma novidade para meu povo. Uma mente engenhosa.
Ao seu lado, Kralus se remexia, inquieto.
– O que ele está falando? Parece que estão se divertindo sozinhos.
– Apresentações – Haivor foi seco. – E qual o seu nome, senhor?
– Me chamo Pojan Twine, descendente dos Twine, coroado líder do meu clã, rei e pai. – Seu braço esticou-se para os que o seguiam, eram mais do que cem, bem mais. – São todos meus filhos, de sangue, alma e suor.
– Você fala Ligariano? Meu amigo não entende o nosso dialeto.
Pojan assentiu com a cabeça, e inclinou-se para Kralus.
– Sou Pojan, senhor Kralus.
O Mago soltou um sorriso gratificante.
– É ótimo poder ouvir algo que eu consiga entender. Finalmente. – Ele esticou a mão, saudando Pojan com um cumprimento mais humanizado. – Se estão satisfeitos de caminhar pelo cânion, claramente vão querer descansar.
– Seria uma ótima ideia. Para onde seremos levados?
Kralus apontou para dentro do portão.
– Chame todos. Os estábulos são enormes e vamos cuidar bem das suas montarias. – Os três começaram a andar lado a lado. Pojan deixou as rédeas de sua montaria com um subordinado. – A Muralha Oeste é grande o suficiente para abrigar cerca de trinta mil homens, porém, não chegamos nem perto desse número.
Os olhos do líder dos Twine se arrastavam de pedra a pedra, dos soldados descansados acima das ameias até os moradores que cultivavam colheitas de trigo e arroz. Nenhum deles parecia temer a guarnição que entrava pelos portões, era justamente o contrário, a animação e esperança pulsavam com brilho.
– Meu pai contava histórias desse lugar. Tão grande que chegava a dar medo. Hoje, entendo o motivo dele gostar tanto de contar sobre a cor. Parece que tudo está vivo.
– Ainda não tivemos tempo suficiente para ajeitar tudo, mas creio que até o final do mês, todos os setores da Muralha estarão funcionando perfeitamente. – Kralus fez uma curva no pátio externo, indo a direção contrária do pátio interno, onde uma imensa construção os esperava. – Esse é o Castelo Interino, foi nomeado assim pelo antigo Imperador da Muralha, o grande Zen Fuishi, do Exército de Verão.
Com extrema delicadeza, Pojan puxou o máximo de ar que pôde.
– Sinto o aroma de batalha tão claro quanto a luz do sol.
Haivor também sentia.
– Gostaria de nos hospedar o mais rápido possível. – Pojan virou-se para Kralus. – Assim que conseguirmos nos instalar, irei convocá-los para uma reunião.
– Estaremos esperando. – Kralus fez uma menção, segurando a própria barriga. – Levem o tempo que acharem necessário.
Haivor se virou junto do Mago, mas a voz de Pojan ressou, em Hantagoriano:
– Por favor, Haivor, espere um pouco.
Virando, olhou para o homem.
– Sim?
– Todos os dias, às nove, os Twine fazem um ritual. Gostaria que viesse ver.
– Nove horas? Estarei presente.
Pojan acenou com a cabeça e se virou para o castelo. Todos os seus subordinados esperavam em filas largas, assim que Haivor e Kralus passaram por eles, seus passos a frente foram ao mesmo tempo. A sincronia dos Twine por telepatia era muito acima da média.
Uma palavra na mente de todos. Era incrível.
Haivor recebeu olhares curiosos de alguns Twines. Seguiu adiante, com o Velho Mago.
– O que ele queria? – Kralus questionou ao entrarem no pátio interno. – Ele disse em Hantagoriano, não foi?
– Sim. Disse que queria me ver amanhã de manhã.
– E você vai?
– Vou. – Haivor não tinha porque negar o pedido deles. Estava claramente curioso da cultura do clã Twine. – Te conto tudo depois.
O Mago deu uma risada.
– É melhor que diga mesmo.
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