Índice de Capítulo

    Cale, que estava saindo do quarto e indo em direção à porta dos fundos, encontrou Odeus.

    — Odeus, desempenho muito satisfatório.

    Odeus não sabia se ria ou chorava com o comentário de Cale. No entanto, com base no resultado de tudo, ele só pensava na felicidade.

    — Não, o prazer foi meu. Estou muito feliz com os benefícios transbordantes que obtive.

    — Tenho certeza.

    Cale nem sequer brincou dizendo que a taxa que Odeus recebeu foi pequena.

    O acordo era que Cale se livrasse de Venion do Submundo do Sul, afinal.

    — Entrarei em contato com você na próxima vez.

    Odeus não queria ver Cale nunca mais. Seus instintos, acumulados ao longo da vida, lhe diziam que era perigoso e que ele sofreria muito. No entanto, sua vasta experiência também lhe dizia que era inevitável. Ele não teria escolha a não ser vê-lo novamente.

    — Claro. De vez em quando, te aviso onde estou.

    — Bom.

    Cale entrou na carruagem com Beacrox no assento do condutor. O condutor que trouxe a carruagem para o território Stan já havia retornado.

    — Odeus

    — Sim, senhor?

    — Você sabe o que fazer com o porão, certo?

    Os olhos de Odeus tremeram levemente. Ele olhou para onde costumava ficar a entrada do porão, perto da porta dos fundos. Agora era apenas uma pilha de escombros.

    — …Eu cuidarei de tudo adequadamente.

    — Bom.

    Odeus viu os restos do banquete, bem como os instrumentos de tortura quebrados no porão antes que ele fosse destruído.

    “Besteira total sobre ele ser uma boa pessoa.”

    Não havia nobres bons com um forte senso de auto-sacrifício. Todos eram cruéis e astutos.

    — E eu não quero que você conte a Billos sobre o que aconteceu.

    — Os segredos são a vida dessas comissões.

    — Sim, eu sei. É definitivamente a parte principal.

    Ambos começaram a sorrir gentilmente um para o outro. No entanto, nenhum deles sorria internamente.

    — Então, lá vou eu.

    — Por favor, tenha uma viagem segura.

    A despedida de Odeus foi muito sincera, como se ele nunca mais quisesse ver Cale. Cale sorriu ironicamente ao se despedir de Odeus e fechou a porta da carruagem.

    Beacrox começou a dirigir assim que a porta se fechou.

    A carruagem deixou o território Stan e seguiu em direção à região oeste do Reino. Eles continuaram a viagem rapidamente, exceto para descansar durante a noite.

    — Entediado?

    Cale, que estava olhando pela janela, virou a cabeça ao ouvir a voz gentil de Choi Han. O sorriso puro e único de Choi Han estava estampado em seu rosto enquanto ele entregava alguns lanches para On e Hong.

    — Não. Não estou entediado!

    — O que eu mais gosto de fazer é rolar por aí sem fazer nada

    Choi Han riu e respondeu.

    — Vocês realmente são parecidos com o Cale-nim.

    “…Ele está falando mal de mim?”

    Cale se concentrou em Choi Han depois de ouvir o que poderia ser tanto um elogio quanto uma provocação e então voltou seu olhar para On e Hong.

    A carruagem estava atualmente entre as regiões noroeste e sudoeste do Reino Roan. Basicamente, eles estavam atualmente na região oeste do Reino. Se a região nordeste, onde fica o território Henituse, era famosa por seu mármore, a região noroeste a oeste era famosa por seu granito.

    Foi por isso que havia tantas montanhas de pedra nesta região.

    Choi Han continuou falando.

    — Eu também vim aqui da última vez, mas não há nada além de montanhas de pedra.

    “Choi Han já passou por aqui antes?”

    Cale questionou esse fato em sua mente antes de rapidamente descobrir a verdade.

    Rosalyn. Ele provavelmente passou por aqui quando foi ao Reino de Breck com Lock para ajudar Rosalyn.

    — Você passou por aqui quando foi para o Reino de Breck?

    Cale teve uma sensação estranha ao ver a reação de Choi Han à sua pergunta. Ver Choi Han hesitar em responder lhe causou um sentimento amargo. Cale continuou falando como se nada estivesse errado.

    — Você causou alguma confusão no Reino de Breck?

    — …Não foi assim.

    Cale não perguntou mais nada. Ele não queria saber. Bastava ouvir os resultados do príncipe herdeiro Alberu.

    Contudo, havia algo mais que ele precisava perguntar.

    — Você passou pela Montanha dos Dez Dedos quando foi para o Oeste?

    — Hmm? Existe alguma montanha com esse nome? Nunca ouvi falar dela antes.

    On, Hong e Raon também pareciam interessados ​​no nome singular. Seus olhares brilhantes, pedindo explicações a Cale, fizeram-no franzir a testa.

    *Tap*

    Raon colocou a pata no joelho de Cale.

    — Humano, explique! Estou curioso!

    No final, Cale teve que explicar.

    — Existem muitas rochas fortes chamadas granito no Oeste. No entanto, nem tudo é feito dessas rochas. Mesmo assim, na divisa das regiões Oeste e Sudoeste, há dez picos de granito lado a lado.

    Esses picos de granito estavam localizados na fronteira do Oeste e do Sudoeste e tinham um formato único que parecia dez dedos.

    — Hm, acho que não vimos da última vez porque cortamos pela região Noroeste e não pela região Sudoeste. Estava a mesma coisa quando voltamos. Tenho certeza de que eu me lembraria de ter visto uma montanha assim.

    — Sério? Fiquei curioso porque disseram que a vista de lá era única.

    Raon quis responder à resposta de Cale sobre sua curiosidade. Raon se lembrou de Cale ter dito a Litana que gostava de viajar.

    Raon abriu a boca para dizer: ‘Vamos lá agora mesmo!’

    Contudo, Cale foi mais rápido.

    — Pensei em ir para lá daqui a um ano. Foi por isso que perguntei.

    — Um ano?

    — Sim.

    Cale definitivamente teve que ir para as Montanhas dos Dez Dedos em um ano.

    — O último Poder Antigo se revelará lá.

    Cale precisava obter esse último poder antigo, um poder antigo de fogo e ataque que era semelhante ao relâmpago.

    — Achei que seria ótimo se todos viajássemos juntos.

    Cale murmurou essa frase com indiferença, mas suas palavras fizeram o cansaço nos rostos de On, Hong e Raon desaparecer. Choi Han também tinha um pequeno sorriso no rosto.

    — Sim, parece bom. Mas provavelmente não há nenhuma vila por perto.

    — Por que não… Não, não há nenhuma.

    Cale olhou para Choi Han e as crianças e repetiu severamente.

    — Não há nenhuma. Pelo que sei, não há vilas por lá. Nenhuma.

    Pelo menos quando se tratava de aldeias humanas.

    O problema era que havia uma vila de elfos que amavam apaixonadamente a natureza e quase adoravam dragões.

    Elfos.

    Eles eram uma raça mágica que usava magia de ilusão para esconder sua aldeia e viviam longe dos humanos. Depois dos dragões, eram a raça mais próxima da natureza.

    Era por isso que eles eram capazes de lidar com elementais e tinham uma beleza admirada por todos os humanos.

    Elas eram diferentes dos Elfos Negros, que eram igualmente belos, mas tinham o elemento escuridão.

    Na novel, Choi Han passa pelas Montanhas dos Dez Dedos com Lock em seu caminho de volta após lidar com os problemas no Reino de Breck.

    Por coincidência, eles encontram a Vila dos Elfos e se envolvem com um elfo.

    Pendrick, o Curandeiro.

    Ao contrário das habilidades de restauração de Cale, o Elfo Pendrick tinha a capacidade de curar os outros. Ele se junta ao grupo de Choi Han e começa a viajar com eles.

    Mundos de fantasia sempre parecem ter pelo menos um elfo no grupo do personagem principal. Esse era Pendrick nesta novel.

    “O problema é que ele acaba morrendo.*

    O ponto original da transformação berserk de Lock foi a morte de Pendrick. Ele morreu enquanto Lock o protegia, o que resulta em Lock entrando em frenesi pela primeira vez. Isso também muda a personalidade de Lock.

    Isso significava que Pendrick não morreria se não conhecesse Lock ou viajasse com o grupo de Choi Han.

    “Eles já perderam o momento de se encontrarem.”

    Pendrick não teve nenhuma interação com Cale, Choi Han ou Lock até agora. Se um ano se passasse assim, Pendrick teria vivido mais do que viveu na novel.

    Poderia ser considerada a maior mudança no fluxo da história original.

    — …Sim, não há aldeias.

    Cale resmungou mais uma vez e se decidiu.

    Ele disse a si mesmo que evitaria a Vila dos Elfos quando fosse para as Montanhas Dez Dedos no ano seguinte.

    Ele havia acumulado muita bagagem por não pensar bem nas coisas e simplesmente fazer o que achava mais fácil para ele. Cale não ia deixar a mesma coisa acontecer novamente no ano que vem.

    — Quero que seja já no ano que vem. Não me importa se não há aldeias.

    Cale olhou para Raon, que parecia animado.

    Ele definitivamente não podia levar um dragão para a Vila dos Elfos. Seria tratado como um deus. Pensar nisso já estava dando arrepios em Cale.

    Cale rapidamente se afastou de Raon. Lembrou-se firmemente de que não daria um passo sequer na região Ocidental até retornar um ano depois com a placa dourada do príncipe herdeiro para encontrar o último poder antigo.

    Cale abriu a pequena janela em direção ao banco do motorista e falou com Beacrox.

    — Vamos acelerar um pouco.

    — Sim senhor.

    A carruagem passou rapidamente pela região ocidental e chegou à capital.

    — Já faz muito tempo, Vossa Alteza.

    Cale, com seu sorriso gentil e vestindo uma roupa simples, porém estilosa, chamava a atenção de qualquer um.

    — Sim. Fico feliz em vê-lo novamente. Como foi sua recuperação?

    Cabelos loiros e olhos azuis. Alberu, que era tão bonito quanto Cale, abriu um sorriso radiante enquanto o abraçava.

    Eles estavam em frente ao palácio do Príncipe Herdeiro. O príncipe herdeiro Alberu estava dando as boas-vindas calorosas ao herói do agora desvanecido Incidente Terrorista da Praça.

    Embora as pessoas não falassem muito sobre o assunto, a Praça ainda estava sendo reconstruída e havia cavaleiros patrulhando o local. Também havia muitos que estavam chateados com o palácio por não revelar a identidade dos terroristas.

    — Consegui descansar bem e me recuperar graças às preocupações de Vossa Alteza e à generosidade da família real.

    Cale, que sorria como se estivesse dizendo a verdade, parecia definitivamente saudável. O príncipe herdeiro Alberu olhou para ele como se estivesse feliz por Cale ter se recuperado e então apontou para o interior do palácio.

    — Entre. Eu deveria pelo menos lhe dar um pouco de chá, já que você veio me visitar depois de tanto tempo.

    — Sim, Alteza. Tenho certeza de que está ocupado com o trabalho, então só vou tomar um tempinho.

    {Não sei por que você faz isso toda vez.}

    Cale teve os mesmos pensamentos, mas não havia nada que pudesse fazer.

    *Click*

    No momento em que entraram no escritório de Alberu e fecharam a porta, Cale e Alberu, que estavam caminhando próximos um do outro, se afastaram rapidamente.

    — Alteza, você deve estar cansado.

    — Tenho certeza de que você sente o mesmo.

    Alberu suspirou antes de apontar para uma mesa ao lado do escritório. No entanto, notou que Cale ia até outro lado e se sentava no que parecia ser o sofá mais confortável.

    — As pessoas vão pensar que você já esteve aqui algumas vezes.

    — É a minha primeira vez aqui, mas sinto que é muito acolhedor.

    Cale não teve problema em usar aquela língua fluente. Alberu olhou para Cale, que estava sentado no sofá de sua escolha, mantendo o lugar à cabeceira da mesa vago para ele, e sentou-se.

    — Achei que tinha dito para você vir o mais rápido possível.

    — É por isso que cortei meu tempo de sono para vir aqui correndo, Vossa Alteza.

    Alberu bufou com a resposta de Cale. Ele não sabia o que Cale estava fazendo, mas a pessoa que deveria estar no território Henituse do Nordeste tinha vindo do Oeste.

    E ele sabia exatamente o que tinha acontecido no Oeste, não, na região Noroeste naquele momento.

    — Você é uma pessoa muito desconfiada.

    Alberu tomou um gole do chá que seu criado trouxe e apenas observou Cale em silêncio até que este saísse da sala. Havia bastante coisa para ele discutir com Cale naquele dia. Ele também tinha muitos pedidos para fazer a Cale.

    {O príncipe herdeiro tem um olhar furtivo no rosto.}

    Cale concordou com a avaliação de Raon e fingiu não notar o olhar de Alberu. O olhar parecia querer tirar muito dele hoje, mas esse pensamento e o relacionamento deles seguirão o caminho oposto.

    *Click*

    O criado saiu do escritório com um leve clique na porta. Alberu estava prestes a falar, mas alguém começou a falar ainda mais rápido.

    — Sua alteza.

    — Huh?

    Cale olhou para Alberu, que parecia confuso. Raon falava mentalmente enquanto fazia isso.

    {Depois de lidar com as duas coisas, agora tenho certeza. Ele realmente é uma existência estranha.}

    Cale tirou uma bolsa mágica do bolso.

    — Preparei um presente para você.

    — …Para mim?

    — Sim, para a estrela na mente de todos do nosso Reino-

    — É o suficiente.

    Alberu não ficou nada feliz ao saber que Cale tinha um presente para ele. Na verdade, olhou para Cale com ainda mais desconfiança. Era por causa de tudo o que havia acontecido com Cale até então. No entanto, não podia mentir e dizer que não havia nenhuma expectativa em sua mente ao saber de um presente. Algumas semanas antes, Alberu já havia recebido um dos supostos presentes de Cale sob a tutela de um dos membros da Guilda Mercante Flynn.

    — Vamos primeiro dar uma olhada neste presente.

    Cale abriu lentamente a bolsa mágica com a permissão de Alberu. A voz de Raon ecoou na mente de Cale enquanto ele tirava uma pequena garrafa de vidro da bolsa.

    {Ele tem um atributo de escuridão.}

    *Tap*

    A garrafa de vidro foi colocada sobre a mesa.

    — …O que é isso?

    Cale demonstrou isso com ações em vez de responder.

    *Click* *Chiii*

    A tampa da garrafa de vidro se abriu lentamente.

    Esta pequena garrafa de vidro estava cheia de água preta.

    A tampa se abriu completamente e uma substância invisível começou a sair lentamente da garrafa.

    {Estou acostumado com esse cheiro. Senti no Pântano Negro.}

    O cheiro de mana morta lentamente começou a preencher a sala.

    Este foi um dos itens que ele recebeu do Rei Baleia a caminho do Reino Whipper.

    Diferentemente da outra garrafa de Cale, esta só continha mana morta, sem veneno.

    Um terço do que ele recebeu do Rei Baleia estava nesta pequena garrafa.

    — …Você-

    Cale fechou a tampa lentamente enquanto via que Alberu não conseguia continuar falando.

    — Alteza, é claro que este presente não é de graça.

    Não havia a mínima possibilidade de Cale dar algo tão precioso de graça.

    Era veneno para os humanos e não tinha nada de precioso.

    Entretanto, Cale se lembrou do que Raon havia dito sobre Alberu na última vez que estiveram na capital.

    {Por que esse humano insignificante chamado príncipe herdeiro tingiu o cabelo com magia? É de um nível que só um grande dragão como eu consegue perceber. Será que outro dragão tingiu para ele? Não, é um tipo diferente de poder?}

    Um tipo diferente de poder. Raon conseguiu perceber que era diferente da mana natural porque era um dragão, mas não tinha certeza do que era exatamente.

    Fazia sentido porque Raon nunca tinha passado por isso antes.

    No entanto, ele já havia experimentado isso agora.

    — Mana morta.

    Cale murmurou como se estivesse falando sozinho.

    “Provavelmente não é um demônio, magia negra ou um necromante.”

    Mana morta.

    Era usado por aqueles com o atributo escuridão para usar magia. Claro, era muito diferente da mana comum. Dispositivos mágicos feitos para detectar mana não conseguiam detectar mana morta. Especialmente se a mana morta fosse usada por uma raça de nível superior.

    — Ouvi dizer que a falecida rainha era uma pessoa comum, mas que as pessoas achavam que ela tinha parte sulista porque sua pele era um pouco escura.

    Raon mencionou que o príncipe herdeiro tinha cabelos castanhos normais.

    Seus cabelos e olhos eram normais, mas Alberu era conhecido por sua aparência. As pessoas também diziam que a mãe do príncipe herdeiro também era uma beldade.

    — Elfos negros têm pele escura, mas ouvi dizer que uma criança mestiça de elfo negro tem pele parecida com a dos sulistas.

    Cale olhou para Alberu e terminou sua dedução.

    — Então, o filho de uma Elfa Negra mestiça?

    O príncipe herdeiro respondeu com mais confiança do que Cale esperava.

    — Você está me deixando louco.

    — Acho que eu estava certo.

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