Se o dragão é a representação pura da ambição realizada, então sua versão mais sombria seria a personificação do desejo insatisfeito e do fracasso.

    Enquanto o dragão materializa a ganância dos reis, acumulando riquezas e poder, essa figura sombria representa a ambição que nunca se concretizou.

    Ele viveu rodeado pela promessa de tudo, mas sua existência é marcada pela eterna miséria.

    A cada passo em direção ao que desejava, o chão cedia e suas aspirações, desmoronavam como castelos de areia.

    Ele almejava um trono de ouro, mas tudo o que possuiu foi um acento de ruínas.

    Sua existência é uma paródia trágica da grandeza que ansiava. Onde o dragão governa sobre montanhas de tesouros, ele reina sobre destroços e escombros.

    Cada desejo insatisfeito é uma ferida aberta, cada fracasso, um eco do que poderia ter sido.

    Ao contrário do dragão, cuja ganância lhe trouxe riquezas e isolamento, o dragão lich é um espectro da ambição frustrada, uma sombra que nunca encontrou substância.

    Sua miséria é profunda, pois enquanto o dragão pode se perder em suas riquezas, ele chafurda em seu trono de pó.

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