Índice de Capítulo

    Endric ajoelhou-se no chão com uma expressão de dor estampada em seu rosto. Sua visão estava embaçada e ele podia sentir um líquido metálico escorrendo pelas narinas enquanto encarava as costas de uma pessoa se afastando cada vez mais de sua visão.

    “Co-mo… de on-de ele pe-gou es-sa for-ça in-sana,” Endric sentiu-se sonolento por ter recebido um tapa de Gustav.

    Ele conseguia ver cerca de três Gustavs caminhando em direção à porta enquanto ele emitia um aviso que ele não conseguia ouvir direito devido ao zumbido em seu ouvido esquerdo causado pelo tapa ardente.

    Gustav abriu a porta e saiu depois de proferir suas palavras anteriores.

    Sua mãe permaneceu sentada por muitos segundos antes de se lembrar de que seu amado filho ainda estava deitado no chão, na outra extremidade da sala de estar.

    Ela rapidamente se levantou e correu até Endric.

    Ela tinha lágrimas nos olhos ao ver Endric ajoelhado no chão com sangue vazando do nariz e o olho esquerdo inchado.

    — Oh, En-dric, vo-cê… — Ela se agachou e tentou ajudá-lo a levantar, mas Endric a empurrou e levantou-se à força.

    — Não me toque! — Ele tinha um olhar de humilhação no rosto enquanto caminhava para o quarto.

    A mãe deles, que caiu de bunda depois que Endric a empurrou, rangeu os dentes com uma expressão enlouquecida. Ela não conseguia entender o que acabara de acontecer, mesmo depois de algum tempo.

    — Aquele lixo ousa tocar no meu precioso garoto… — Ela murmurou com um olhar de loucura.


    Em alguns minutos, Gustav tinha voltado para seu apartamento recém-alugado.

    Ele estava dentro do seu apartamento com um sorriso no rosto.

    Ele não se sentia sufocado ou desconfortável nesse novo ambiente de forma alguma. Quando ele estava morando com os pais, ele sempre ficava no quarto que lhe foi dado, mas mesmo assim, o ambiente era sufocante. Mesmo quando ele mal via a família com quem morava, o ambiente ainda era muito inconveniente para ele.

    Mas agora, isso não era mais o caso. Ele sentiu que finalmente seria capaz de criar boas memórias em um lugar que ele poderia realmente chamar de lar.

    Gustav caminhou para o seu quarto e trocou para pijamas depois de colocar as roupas dele no seu novo armário.

    Ele calculou as despesas dele pelo dia e notou que ele tinha cerca de cento e cinquenta mil rads sobrando.

    Era uma quantia que podia durar ele um ano inteiro, mas depois de escutar o discurso da senhorita Aimee no dojô outro dia, Gustav tinha decidido a acumular riqueza antes de se juntar a MBO já que podia ser necessária.

    O único problema era como fazer aquilo.

    O objetivo que ele tinha em mente para a semana agora era fazer uma pesquisa extensa sobre o melhor jeito de usar as habilidades dele para fazer algum dinheiro.

    Ele conseguia fazer coisas que os pais dele não conseguiam já que ambos nunca ultrapassaram a patente Zulu e ele acreditava que com a força atual dele ele deveria estar entre os mais fortes patente Zulu na cidade agora.

    Estava ficando tarde, mas Gustav não estava com vontade de dormir ainda, ele caminhou em direção à sala de estar e foi para a sua mesa de leitura.

    Gustav sentou-se na cadeira colocada na frente e tocou duas vezes no quadro circular tipo vidro.

    Trrooiinn!

    Uma projeção holográfica de um teclado e uma tela virtual apareceram acima do quadro tipo vidro.

    Este era um computador da era moderna. Podia ser levado para qualquer lugar, já que era muito portátil. Podia também diminuir para um tamanho de bolso.

    Gustav só tinha usado um na escola, então ele não era tão experiente quanto outros em usar a web, mas ele tinha decidido aprender.

    — Conectar ao ponto de acesso mais próximo… sim — Gustav murmurou essas palavras antes de tocar com o dedo indicador no botão sim que apareceu no ar.


    Três dias depois, Gustav estava começando a se acostumar a viver nesse novo ambiente.

    Ele tem ido para a escola com Angy nos últimos três dias.

    Ele conheceu os pais de Angy, e eles eram legais, assim como ele esperava, já que a filha deles era a mesma.

    O pai dela era um Slarkov puro. Angy pegou os chifres dele, enquanto a mãe dela era uma humana pura. Era difícil encontrar humanos e Slarkovs puros hoje em dia, então Gustav ficou surpreso. Os pais de Angy também trabalhavam em um laboratório perto do coração da cidade de Plankton. Ela tinha um irmão mais novo que tinha a mesma idade de Endric, surpreendentemente ele tinha o oposto do caráter de Endric e era até um pouco tímido.

    Gustav conheceu alguns outros vizinhos durante esse tempo. A maioria era bastante neutra em sua atitude para com ele. Isso fez Gustav sentir como se estivesse em um mundo inteiramente diferente.

    “Isso significa que pessoas pobres são as mais legais…? Se esse é o caso… Por que meus pais são o oposto?” Gustav nunca conseguia entender isso e, às vezes, quando pensava sobre isso, ele tinha dor de cabeça, então ele decidiu parar de pensar em como o mundo funciona e focar no seu próprio.

    Gustav havia continuado seu treinamento com a senhorita Aimee no Dojô Gami. Os feitos de Gustav já haviam viajado pelos três andares do Dojô. Sempre que ele encontrava algum de seus colegas praticando lá, eles tinham um olhar de reverência.

    Mais deles o procuraram para ser seu amigo, mas Gustav ainda não aceitou nenhuma amizade.

    Internamente, ele sentiu que essa situação não era boa. Ninguém estava vindo procurar por problemas dele, como ele iria receber compensações futuras.1

    Mas Gustav também sabia que era apenas uma questão de tempo antes que isso acontecesse, porque ele havia notado que alguns deles ainda tinham olhares de insatisfação quando o viam.

    Ele sabia que era apenas uma questão de tempo antes que um daqueles garotos orgulhosos viesse desafiá-lo novamente, e Gustav havia jurado em seu coração que desta vez, ele receberia uma compensação maior do que a que ele coletou de Masuba.

    Gustav tem pesquisado por empregos que ele poderia fazer para acumular mais dinheiro nos últimos dias, e ele encontrou vários na internet.

    O único problema era que a maioria deles eram trabalhos em tempo integral, e era impossível para ele sair da escola agora.

    Eram oito da noite agora.

    Gustav deitou-se em sua cama como um tronco de madeira e suspirou.

    — Apenas o combate de realidade virtual parece plausível, mas levaria muito tempo para eu construir reputação suficiente para que outros pagassem por um desafio — Gustav murmurou.

    Ele realmente sentiu que poderia permanecer um pobre coitado e não conseguir dinheiro suficiente antes que o teste de entrada da MBO acontecesse.

    Nesse momento, restavam apenas um pouco mais de três meses.

    Gustav suspirou novamente: — Tão pouco tempo, eu deveria ter começado isso antes — Ele lamentou.

    Enquanto Gustav ainda estava pensando em soluções, ele de repente sentiu os pelos da sua pele se arrepiarem.

    — Uh, o que é isso…? — Antes que ele pudesse completar sua frase, um som alto foi ouvido.

    Bang!

    Parecia um prédio desabando.

    Kiiaarrrrhhh!

    Um grito alto e angustiante ecoou pelo prédio, fazendo Gustav pular imediatamente de sua cama.

    Swoovv!

    Gustav imediatamente saiu correndo do seu quarto e direto para fora do seu apartamento.

    Conversa! Conversa!

    Ele não foi o único que ouviu o barulho, os vizinhos também ouviram. Vários deles podiam ser vistos se movendo em direção à fonte do barulho.

    Kyyyarrhh!

    Outro grito soou novamente, fazendo os pelos da pele de Gustav se arrepiarem novamente.

    “O que no mundo é isso?” Ele se perguntou internamente enquanto corria para as escadas.

    Devido ao número de pessoas nas escadas apertadas, o movimento era lento.

    Ele podia ver Angy descendo rapidamente de sua localização.

    Havia cerca de seis a sete pessoas antes dele e dela.

    Gustav virou-se novamente e correu para a passagem.

    Em poucos segundos, ele chegou à porta que levava à varanda.

    Ele não perdeu tempo em empurrá-la para abrir.

    Gustav entrou rapidamente e seguiu para a beira da varanda, que ficava a seis metros de distância.

    Ele ficou de pé na beira e olhou para o chão daquela altura. Ele conseguia sentir que a perturbação vinha do térreo, porque ele conseguia ver pessoas se movendo em direção ao apartamento lá.

    Gustav respirou fundo antes de pular vários metros para a frente.

    1. N/T: Caraca Gustav, por mais que você tem um sistema, o mundo não é um RPG.[]

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