Capítulo 53 — Uma Onda de Emoções
Alguns minutos depois, Gustav havia chegado de volta ao seu bairro. Apenas uma tarefa diária restava para ele completar no momento.
A hora já era dez da noite, o que significava que ele ainda tinha duas horas antes que o dia terminasse.
Gustav suspirou de alívio.
O plano dele para completar a última tarefa exigia que ele seguisse em direção à área da floresta.
Ele ativou o dash novamente e correu em direção à área da floresta.
Zwoosh!
Em poucos segundos, sua silhueta passou pelo último apartamento nesta área residencial e seguiu para a floresta esparsa à frente.
Quando o dash se esgotou, ele havia chegado em frente a uma árvore no meio da região da floresta esparsa.
A árvore tinha cerca de nove metros de altura com tons de verde e azul.
A largura da árvore era comparável à de quatro pessoas colocadas juntas.
Gustav ficou em frente à árvore e estendeu a mão para tocá-la.
— Essa é boa — Ele murmurou depois de sentir a árvore com a palma da mão.
Gustav apertou o punho, puxou o braço para trás e desferiu um soco.
Bam!
Seu punho colidiu com a árvore, causando um forte estrondo.
Um buraco de dez centímetros de profundidade se formou dentro da árvore, e o punho de Gustav estava enterrado lá dentro.
Gustav tirou o braço do buraco e colocou os dedos no queixo.
“Com a minha força normal, eu só consigo fazer isso… Deixe-me usar tudo de mim,” Gustav disse internamente enquanto assumia uma postura de batalha.
— Fuu — Ele exalou e arqueou o braço para trás até o limite antes de desferir outro soco.
Bang! Cracccckkk!
Ao colidir, dessa vez, o punho de Gustav abriu um buraco de vinte e cinco centímetros de profundidade no corpo da árvore. Rachaduras se espalharam daquele ponto para as outras partes da árvore, mas ainda estava longe de cair.
— Acho que isso é o máximo que consigo fazer com a minha força normal — Gustav percebeu que sua força ainda era bastante baixa e sua vitória contra o lobo de sangue veio de combinar sua força com a da transformação bestial.
Ele não tinha ideia de que sua força normal rivalizava com a de Zulus de terceiro estágio.
“Transformação parcial de besta mutante.”
Gustav ativou a linhagem de transformação bestial e começou a crescer em tamanho.
Seu corpo inchou e quase rasgou seu suéter. Se não fosse pela elasticidade deste último, que superava o anterior, já teria rasgado.
Nesse estado, Gustav tinha mais de dois metros e meio de altura.
Ele apertou o punho novamente: — Vamos tentar de novo — Ele murmurou com uma voz profunda.
Bang!
Ele socou a árvore novamente, fazendo estilhaços voarem por toda parte enquanto seu punho penetrava profundamente no meio da árvore. A árvore ainda estava de pé, mas apenas ligeiramente.
Gustav puxou o braço direito para trás enquanto lançava o esquerdo.
Bang! Craacckk!
Seu punho esquerdo colidiu com a árvore e ela finalmente cedeu. A árvore, que estava orgulhosamente de pé antes, partiu-se ao meio na área da base.
Krracckk!
A madeira na área do tronco não conseguia mais suportar o peso enquanto ela desabava.
Bang!
Ela colidiu com o chão à esquerda de Gustav.
Gustav não se transformou de volta em sua forma normal, em vez disso, ele caminhou em direção à árvore caída.
Como tinha sido derrubada, agora tinha cerca de sete metros de altura.
Gustav agachou-se e colocou a palma da mão na árvore antes de agarrá-la.
— Ugh — Ele grunhiu enquanto levantava a árvore acima da cabeça.
Apenas uma vez foi o suficiente para ele ouvir a notificação do sistema tocando em seu ouvido.
Tarefa diária concluída (3/3): Carregar um total de 2750 quilogramas ✓
Gustav agachou-se e soltou a árvore gentilmente. Ele lentamente voltou à forma humana.
Assim como ele esperava, essa árvore pesava mais do que o suficiente para ele completar sua tarefa diária.
Havia árvores menores na área, mas ele decidiu usá-las para garantir que completasse a tarefa de uma vez.
— Feito… Preciso começar a colocar minhas tarefas diárias em primeiro lugar antes de fazer qualquer outra coisa pelo dia — Gustav disse com um olhar contemplativo.
Ele tem pesquisado sobre raças mestiças desde a noite anterior. Já que ele conseguia pegar EXP de matar raças mestiças e também vendendo as partes do corpo deles, seria uma vitória dupla para ele se ele decidisse a começar a caçar eles.
O problema era onde procurar sem ser morto, já que havia raças mestiças mais poderosas do que ele era atualmente.
Gustav sentou-se na árvore e abriu a interface do sistema.
Quando apareceu em sua visão, ele chamou o painel de habilidades.
[Habilidades]
»Dash – Nível 4
»Arrancada – Nível 3
»Regeneração – Nível 3
»Transmorfismo – Nível 1
»Movimento de Junta – Nível 3
»Imunidade a Toxinas – Nível 3
»Recriação – Nível 3
»Aquisição de Linhagem – Nível 3
Os olhos de Gustav estavam focados em transmorfismo, ele queria saber se era o que ele pensava.
»Transmorfismo – Nível 1
(Habilidade de copiar a aparência de uma pessoa quando os requisitos certos são atendidos)
— É verdadeiramente como eu pensei — Gustav sentiu como se estivesse sonhando.
Ele nunca soube que ganharia tal habilidade em um momento como este.
“Isso torna tudo muito mais fácil,” Gustav já estava pensando em como ele iria usar a habilidade para o melhor de seu benefício.
Ele nunca tinha visto alguém com uma habilidade de transmorfismo antes, então ele acreditava que deveria ser bem rara.
Gustav decidiu voltar para seu apartamento depois de alguns minutos de planos de esboço.
Já passava das dez da noite quando Gustav entrou no prédio.
Ele chegou ao último andar em poucos segundos e caminhou pelo corredor que levava ao seu apartamento.
— Hmm? — Ele notou a silhueta de uma pessoa sentada em frente à porta de seu apartamento.
As luzes no corredor estavam fracas, e era por isso que Gustav não conseguia ver essa pessoa direito, mas devido à percepção, ele já havia notado a pessoa de longe e podia dizer que era uma mulher.
Gustav caminhou silenciosamente em direção à pessoa com uma expressão suspeita no rosto.
Ele estava se preparando para atacar ou contra-atacar qualquer forma de ataque se essa pessoa por acaso fosse perigosa.
Ele se moveu silenciosamente até que estivesse a apenas dois metros da pessoa. Ele finalmente podia ver a pessoa claramente.
— Angy? — Ele murmurou com uma expressão perplexa enquanto caminhava em direção a ela.
Angy estava sentada em frente ao seu apartamento de tal forma que seus joelhos abraçavam seu peito. Seus braços estavam cruzados sobre os joelhos e sua testa repousava sobre os braços.
Ocasionalmente, sua cabeça inclinava-se para o lado e caía de seus braços, apenas para ela subconscientemente as colocar de volta em seus braços.
— Angy — Gustav chegou à frente dela e a chamou.
Pisca!
Suas pálpebras tremeram e ela abriu os olhos, que ainda estavam pesados de sono.
— Uh? — Ela murmurou com um olhar confuso enquanto seus olhos se clareavam e ela notava Gustav parado na frente dela.
— Gu-Gustav! Você vol-tou — Ela pulou com um olhar de constrangimento e limpou a baba do canto da boca.
— Sim, voltei, o que você está fazendo aqui? — Gustav perguntou com um olhar confuso.
— Ah, bem, notei que você não havia voltado desde que saiu há quase duas horas. Decidi esperar na frente do seu apartamento para poder chamar a polícia ou alertar a vizinhança a tempo, caso você não aparecesse… caso você estivesse em algum tipo de perigo — Angy tinha um olhar de alívio ao dizer aquilo.
Os olhos de Gustav se arregalaram em choque, “Ela fez isso para garantir minha segurança?”
Ele queria dizer algo depois de ouvir a explicação dela, mas não conseguia encontrar as palavras certas.
Ele apenas continuou olhando para ela enquanto os segundos passavam. Ele sentiu uma onda de emoção indescritível subindo de dentro dele ao notar o olhar de preocupação no rosto dela.
Angy também o estava encarando de volta. A atmosfera estava começando a ficar estranha enquanto ambos se encaravam nos olhos.
— É bo-m que vo-cê vol-tou ago-ra — Angy finalmente falou para quebrar o silêncio.
— Vou para a cama agora, boa noite — Angy virou-se para ir para seu apartamento enquanto acenava para Gustav.
— Bo-a noite — A voz de Gustav soou rouca ao responder a ela.
Ela virou-se e sorriu para ele calorosamente antes de entrar em seu apartamento.
Gustav pegou suas chaves e abriu sua porta antes de entrar.
Pat!
Uma gota d’água caiu no chão alguns centímetros à frente de Gustav, o que trouxe sua mente de volta aos seus arredores.
— Hein? O que é isso? — Gustav tocou sua bochecha e sentiu umidade.
— Estou chorando?1
- N/T: :0[↩]
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