Capítulo 74 — Final Inesperado

“Huh? O que ela está fazendo?” Gustav notou que Angy havia fechado os olhos enquanto corria, mas ela ainda conseguia desviar das árvores em seu caminho.

Angy, que tinha os olhos fechados, de repente os abriu.

“Se eu for vencer, deve ser por uma diferença impressionante,” Enquanto Angy dizia isso em sua mente, outro chifre cresceu em sua testa.

Ela inicialmente tinha dois chifres, mas com isso, se tornou três.

Swoooshhh!

Sua velocidade de repente aumentou exponencialmente.

Ela começou a correr à frente de Gustav.

— O quê? — Gustav ficou surpreso ao ver Angy de repente ganhar outro chifre, o que fez sua velocidade aumentar.

Em cinco segundos, ela já havia ultrapassado Gustav por quase quinze metros.

Gustav estava lutando para alcançá-la nesse ponto.

Enquanto eles cruzavam mais cem metros, Gustav notou que ela estava aumentando ainda mais a distância entre eles.

“Eu tenho que usar isso,” Gustav disse em sua mente depois de notar o aumento da distância entre eles, que se ampliou ainda mais.

“Adicionar dez pontos de atributos para velocidade!”¹

Swwoosshh!

A velocidade de Gustav também aumentou um pouco, e ele começou a se aproximar de Angy.

Agora eles estavam a apenas trezentos metros da árvore.

Gustav estava começando a diminuir a distância.

De quinze metros, reduziu para doze e depois para nove em poucos segundos.

Ambos estavam se movendo a uma velocidade de cerca de trinta metros por segundo, então, embora Gustav estivesse se aproximando dela, ele calculou que ela ainda chegaria à árvore antes dele.

Eles estavam a cerca de cem metros da árvore, e Gustav estava a dois metros e dez atrás de Angy.

“Adicionar cinco pontos de atributos para velocidade,” Gustav disse internamente.

Swoooshhh!

A velocidade de Gustav de repente aumentou novamente.

Era como adicionar nitro a um lançador de foguetes.

Nos próximos três segundos, a árvore já estava na frente de Gustav, mas Angy também havia chegado antes dela.

Shsshhh!

Seus pés deslizaram alguns centímetros para a frente no chão depois que ele parou de repente.

Toque!

Gustav colocou a mão na árvore ao chegar antes dela.

Ele suspirou de alívio e virou-se para a esquerda para encarar Angy.

— Hein?

Angy também estava o encarando de volta, e ambos tinham as mãos na árvore ao mesmo tempo.

— Um empate? — Gustav teve vontade de dar um tapa na própria testa.

Angy também tinha um olhar desanimado no rosto.

“Eu não ganhei.”

Ambos tiraram as mãos do tronco da árvore e viraram com uma expressão contemplativa.

Havia trilhas de poeira na direção de onde eles vinham.

O terceiro chifre de Angy lentamente voltou para dentro de sua cabeça.

Ela tinha uma expressão de cansaço no rosto. Era óbvio que o que ela acabara de fazer exigiu muita energia.

— Então, o que vai acontecer agora? — Angy perguntou com um olhar ligeiramente tímido.

Gustav notou a conclusão da missão e as recompensas.

“Tive que gastar quase todos os meus pontos guardados por causa disso e, ainda assim…” Gustav ficou desapontado com as recompensas. Ele decidiu que da próxima vez que recebesse uma missão semelhante a essa do sistema, a ignoraria.

— Você não venceu — Ele disse a Angy.

Angy pareceu mais para baixo ao ouvir aquilo.

— Mas eu também não venci… Já que foi um empate, eu te darei uma chance com base nas minhas condições — Gustav acrescentou.

Os olhos de Angy se arregalaram de excitação.

— Sério? — Ela questionou.

— Sim, mas só se você puder aceitar minhas condições — Gustav afirmou.

— Eu aceito suas condições — Angy expressou com um sorriso.

— Quê? Você nem sequer as ouviu ainda — Gustav tinha um olhar tipo “Você deve estar de brincadeira” enquanto ele encarava Angy.

— Não me importa quais são… Eu aceito — Angy disse novamente.

— Oh, é mesmo? — Gustav disse com um sorriso enquanto se aproximava de Angy.

— Hum — Angy assentiu fofamente.

— E se eu te pedisse para fazer algo vergonhoso? — Gustav disse enquanto aproximava o rosto do dela.

Angy ofegou de surpresa enquanto olhava para o rosto de Gustav, que estava a apenas alguns centímetros do dela.

— Algo… vergo-nho-so? — O rosto de Angy começou a ficar vermelho enquanto imaginações atrevidas inundavam sua mente.

Gustav continuou movendo o rosto para mais perto dela enquanto ainda sorria.

— Sim, se eu te pedisse para fazer algo vergonhoso, você concordaria? — Gustav perguntou novamente.

Angy teve que continuar recuando até que suas costas estivessem apoiadas na árvore.

Gustav estendeu o braço para a frente e colocou a palma da mão no tronco da árvore ao lado do rosto de Angy.

Ele moveu o rosto para mais perto do dela novamente enquanto se apoiava na árvore com a mão.

O rosto de Angy havia se tornado completamente vermelho-beterraba naquele momento.

Gustav parecia tão diabolicamente charmoso com o sorriso no rosto enquanto a olhava nos olhos sem quebrar o contato.

Seus rostos estavam a apenas três centímetros de se tocarem.

— Bem, você aceitaria? — Gustav perguntou novamente.

— S-sim — Angy timidamente desviou o olhar enquanto respondia.

— Uh? — Gustav ficou meio surpreso com a resposta dela.

Ele afastou a mão da árvore e virou para caminhar para a frente.

Seu rosto havia voltado a ser impenetrável.

— Certo então — Ele virou-se para encará-la mais uma vez.

Angy olhou para a expressão dele com um olhar de confusão.

Ela podia chamar Gustav de demônio pelo jeito que ele agia. Em um momento ele era frio, e no próximo, ele era sedutor, apenas para voltar a ser indiferente.

— Tenho algumas condições em mente — Gustav começou a falar novamente.

Algumas horas depois, Gustav já estava de volta em seu apartamento fazendo mais pesquisas sobre raças mestiças.

Ocasionalmente, seus pensamentos voltavam para a sua corrida com Angy.

Ele ainda se perguntava por que ela disse que concordaria com qualquer uma de suas exigências, independentemente do que fosse. Até agora, ele não entendia o processo de pensamento dela, porque outras pessoas definitivamente não concordariam se ele fizesse exigências absurdas.

“Se ela continuar assim, ela vai se machucar feio no futuro,” Gustav analisou, mas ele não tinha pensado em uma maneira de ajudar a mudar a mentalidade dela.

Esta noite ele estaria patrulhando sozinho, já que uma de suas condições para ela era que ela só trabalharia com ele em dias específicos de sua escolha.

Três vezes por semana, mas ele escolheria os dias.

Ele havia decidido que só a deixaria vir com ele nos dias em que ele tivesse derrotado qualquer raça mestiça que aparecesse durante a semana.

1. N/T: Espertinho… Do jeito que eu gosto! Dash informal, vá![↩]