CAP: 1 MIA
Dia 22/4/2022.
País: Canada.
Em mais uma tarde, em uma pequena cidade chamada “Everbrook”, onde a neve cai pelas as ruas estranhamente desérticas, um pai junto com sua filha andavam por essas ruas ao caminho de casa, a garota possuía um longo cabelo branco e possuía algumas roupas para o frio, já o seu pai tinha cabelos escuros, uma barba malfeita e andava com um casaco e uma calça jeans. A garota andava pelo o meio fio da calçada prestando muita atenção para não cair, já o seu pai estranhava que as ruas estavam bem desérticas.
Em seus pensamentos o pai se questionava o motivo de tudo estar bastante quieto, pelo menos mais quieto do que o costume.
“Isso é estranho”, sussurrava o pai enquanto procurava outra alma viva na cidade
A garota olhava para seu pai tentando entender se ele falava com ela.
“O que seria estranho?”, disse a garota.
Seu pai respondia que não era nada enquanto dava um sorriso timidamente. A garota acha estranho, mas mesmo assim volta para a sua brincadeira de andar no meio fio na calçada.
Ao se aproximarem de um parque, o pai não liga muito, mas a criança olha encantada para o parque e seus brinquedos, ela olha mais para o balanço do que para os outros brinquedos.
“Pai, Pai, eu posso brincar?”, a garota perguntava ao seu Pai, sua voz quase gritando.
O pai olha para o parque e vê que os brinquedos ainda estão cheios de neve, mas em sua visão petrifica quando ele olha para o escorregador e vê o que seria sangue perto da subida.
O pai agarra a sua filha em seu colo e olha em volta à procura de algum sinal de perigo. Ao observar perto de uma das árvores do parque melhor em volta o pai consegue ver uma figura que possui um manto e uma máscara branca, olhando fixamente para eles.
A garota também percebe a figura e aponta para ela.
“Pai, quem é aquele?”, pergunta a garota.
O pai já assustado olha para a figura e diz que não é ninguém importante. Ele agarra sua filha e sai andando mais rápido. A figura ainda observava eles até que eles passam para uma esquina assim sumindo completamente de sua visão.
Ao saírem de perto do parque o pai continua correndo, até chegar mais perto de sua vizinhança, a vizinhança e separada por várias casas que aparentam ser todas iguais, todas possuindo dois andares e sendo bem grandes a única coisa que as diferencia são só as cores das casas. O silêncio perturbador deixava o pai ainda mais assustado e sua filha ainda mais confusa.
Ao chegarem perto de casa que possui uma cor amarelada, o pai observa se tem mais algum encapuzado perto de sua casa. Ele acaba encontrando ninguém e assim decide deixar sua filha no chão.
Após ser deixada no chão a garota pergunta ao seu pai por que ele estava tão preocupado.
“Pai está tudo bem?”, a garota perguntou temendo o motivo de seu pai estar assustado. “você não parece muito bem…”
“Está tudo bem, minha querida!”, responde o pai. Ele tenta abrir a porta mas as suas chaves caem no chão. “Droga”, ele resmunga.
A garota levanta uma sobrancelha para ele, duvidando de sua honestidade.
“Mia… minha querida, está tudo bem!”, diz seu pai. E com um longo sorriso ele consegue convencê-la.
Ao abrir a porta eles entram, eles vêm a sala de estar junto com os seus móveis eles conseguem ver o sofá de cor azul escuro, uma lareira, e uma mesa de jantar e ao lado tem uma grande escadaria, Mia corre para as escadas indo direto para o seu quarto, seu pai se senta na mesa já esperando pelo o pior.
Ele fica meia hora sentado, olhando para o nada até que ele escuta a campainha tocar. Ele se levanta e vai até a porta. Quando ele abre a porta ele vê mais um dos encapuzados, só que agora a máscara possui um desenho de uma lua.
“Ivan…”, diz o encapuzado como se fosse um velho conhecido.
“Homem torto…”, diz Ivan. Olhando bem no fundo dos olhos do Homem torto.
“Vejo que você está bem assustado”, afirma o homem torto. Ele olha para as mãos de Ivan e vê que elas estão tremendo. “Aconteceu alguma coisa?”
“Não me vem com essa!”, resmunga Ivan, ele aponta o dedo para o segundo andar claramente irritado. “Não é você que está com uma bomba relógio por tantos anos!”
O homem torto olha meio confuso.
“E eu pensando que você se importava com a sua filha”, diz homem torto por mais que não dava para ver seu rosto ele estava muito confuso.
“Ela não é a minha filha!”, responde Ivan furioso com o homem torto. “Ela pode ter saído do ventre de minha da minha esposa, mas não a chame de minha filha!”
O homem torto se segura para não estressar Ivan mais ainda.
“Então se você me permite… deixe-me levá-la”, diz homem torto já começando a entrar dentro da casa de Ivan.
Ivan entra na frente dele impedindo a sua passagem.
“Você sabe o quão difícil foi esconder a verdade dela?”, diz Ivan.
O homem torto olha para a face de Ivan, sem entender o motivo de seu aborrecimento.
“Por que você está tão bravo?”, diz homem torto, ele bota a mão no ombro de Ivan. “Pensei que você estaria feliz, agora você sabe o que seu trabalho acabou… a não ser que você tenha se afeiçoado pela a garota”
Ivan olha com nojo para o homem torto.
“Eu nunca iria me afeiçoar por aquilo!! Você sabe muito bem que eu só cuidei dela por causa do plano”, resmunga Ivan e sai do caminho do homem torto.
Homem torto cerra os punhos mas se segura e entra na casa, ao entrar na casa ele sobe as escadas e observa melhor o segundo andar, ele vê um corredor com quatro portas, duas na esquerda e duas na direita, quase todas as portas são iguais tirando uma que tem vários adesivos claramente um quarto mais infantil, tendo um carpete vermelho no chão, e uma escrivaninha com várias fotos . Ele termina de subir as escadas e vai para a porta onde tem vários adesivos. Ao abrir a porta o homem torto se depara com um quarto infantil cheio de brinquedos espalhados no carpete de cor rosa, as paredes tinham vários desenhos feitos com giz de cera, e uma cama com uma roupa de cama vermelha cor vinho, ao entrar melhor no quarto ele vê Mia sentada no chão desenhando em um papel com giz de cera.
Ela olha para o homem torto um pouco assustada com o seu visual.
“Q- Quem é você?”, gagueja Mia claramente assustada pela aparência dele.
O homem torto se agacha e retira sua máscara capuz. Ele dá um leve sorriso amigável para acalmar a garota.
“Não precisa ter medo garotinha”, diz Homem torto olhando bem no fundo dos olhos da garota. ”me diga… qual é o seu nome?”
“Mi- Mia”, responde Mia claramente ainda assustada.
“Ótimo… Mia poderia vir comigo?”, pergunta novamente o homem torto.
“Ir para onde?”, pergunta Mia ainda relutante ela olha para ele de cima a baixo e diz. “Meu pai me ensinou a não confiar em estranhos!”
“Pelo menos ele ensinou isso”, sussurra o homem torto olhando para baixo. Ele respira fundo e diz “Bem… eu tenho muitos nomes… mas pode me chamar de homem torto”
“Que nem na lenda?”, pergunta Mia olhando para ele com os seus olhos arregalados.
“Ah a lenda do homem torto… fique tranquila eu não vim te machucar… é só um apelido carinhoso que me deram”, responde o Homem torto com um leve sorriso.
“Entendo…”, Mia sem dar muita confiança a o homem torto ela se levanta e pergunta. “Meu pai vai ir junto com a gente?”
“Infelizmente não minha pequena… ele estará muito ocupado…”, responde o homem torto.
A garota olha para baixo um pouco chateada, mas entende, ela pega uma boneca de pano e segura a mão do Homem torto. Ao saírem da casa, Mia acha estranho não terem encontrado o seu pai dentro da casa, mas ela não diz nada.
Eles vão andando pela pequena cidade silenciosa sendo o único som sendo os seus paços e o som do vento cortando, aparentando que terá uma nevasca mais tarde. Mia olha para o homem torto, ao perceber que a garota está olhando para ele, o homem torto dá um leve sorriso.
A Mia olha e se sente mais confiante. Ao chegarem perto da floresta, tudo muda. Antes, o olhar do Homem Torto era amigável; agora, estava cheio de malícia. Mia percebe isso e olha assustada.
“Senhor?”, ela diz mesmo com a sua voz tremendo de medo.
“Corra”, diz homem torto para a criança já assustada
Sem entender o que ele disse, a garota solta a sua mão. De repente uma grande aura assassina é emanada do homem torto, a garota não via mais ele como um homem, mas sim como uma serpente gigante que estava enroscando ela e a sufocando, seu olhar era frio e completamente malicioso. Mia fica aterrorizada e sai correndo em direção para a floresta.
Homem torto fica parado ate que ela saia de sua visão, quando Mia sai de seu campo de visão ele transforma o seu braço, seu braço antes de uma pessoa comum agora era em carne viva e metal, as partes metálicas formavam uma armadura dando a ele garras bastante afiadas como uma presa de uma cobra. Sem hesitar ele enfia as garras em seu peito e se rasga criando um ferimento profundo, mas não o suficiente para o matar.
Ele se ajoelha no chão e se segura para não gritar. Um cultista se aproxima dele correndo e com uma cara muito preocupada.
“Senhor!”, disse o cultista claramente preocupado. Ele põe a mão no ombro dele e diz. “O senhor está bem? Ela despertou?”
“Sim… ela despertou”, disse o homem torto. Ele se levanta, seu ferimento se regenera. “eu estou bem… mande todos atrás dela”
“To- Todos senhor?”, gagueja e pergunta o cultista.
“TODOS”, berra homem torto. Ele segura os ombros do ocultista e berra mais ainda. “EU QUERO TODOS ATRÁS DELA AGORA!”
“Si- Sim senhor”, diz o cultista, o cultista sai correndo em direção a cidade.
Quando o cultista se afasta o homem torto adentra a floresta, ao adentrar mais ainda a floresta ele olha um arbusto que está se chacoalhar. De dentro do arbusto sai o que seria um tigre humanoide em carne viva e com um metal que se assemelha a uma armadura.
O homem torto olha para essa criatura e diz. “Konan… eu preciso de um favor”
“Uma pergunta por que você não levou a garota
para longe da cidade”, disse Konan rodeando o homem torto.
“Já estão de olho em mim, se eu não tivesse feito isso, eu acabaria deixando ela mais ainda em perigo!”, afirma o homem torto.
Konan continua rodeando o homem torto, mas não com intenções agressivas, só rodeando ele.
“Agora vá, antes que alguém ache ela primeiro”, manda o homem torto apontando em direção aonde a Mia foi.
Konan sai em disparada atrás da garota. Homem torto se vira de costas e volta para a cidade.
A alguns metros a frente Mia corre na floresta, suas lágrimas caindo no chão, as árvores não passam de um borrão, o som do vento batendo em seu rosto e a sensação de frio avassaladora toma conta de seu corpo, ela corre e corre mais e mais. Até que ela tropeça em um galho e cai de cara no chão. Ela tenta se levantar, mas percebe que seu pé torceu, ela sente muita dor e começa a chorar.
“PAI!!!”, ela berra na esperança de que seu pai a encontre ou até mesmo a ajude.
Mas para a sua infelicidade ninguém veio, a única coisa, a sua companhia, é o silêncio da floresta. Ela sentiu outra pontada de dor em seu pé, ao olhar para seu pé ela percebe ele se consertando sozinho, como se tivesse acabado de se regenerar. Em sua mente passa como isso pode acontecer. Ela se levanta e sem pensar muito, Mia volta a correr.
Se passa um certo tempo dela correndo, a neve começa a se intensificar mais e mais, até que finalmente a nevasca chega, a neve deixa mais difícil de andar nela. Mia encontra uma encruzilhada que leva para dois caminhos, um na esquerda e outro na direita. Sem saber qual escolher, Mia vai pelo método mais fácil para ela. Ela vai no uni duni tê, em seu resultado ela escolhe o lado esquerdo.
Andando para o lado que ela escolheu não demora muito para ela achar uma cabana, a cabana é bem pequena e bem velha, sendo mais uma caixa de madeira velha gigantesca do que uma cabana no caso, já é o suficiente para passar a nevasca. Ao se aproximar Mia percebe o quão acabada essa cabana está, sua madeira está toda mofada, as janelas boa parte quebradas e a porta quebrada, com um grande arranhão no centro da porta até a maçaneta, quebrando consequentemente a porta, impedindo que ela se feche completamente. A garota chega mais perto das janelas e observa melhor o que tem dentro da pequena cabana, seus olhos vêem o que seria uma cama, um armário e uma mesa, todos estão arranhados como se uma grande criatura tivesse entrado e rasgado tudo, ao teto nota-se um pequeno buraco onde a neve cai.
Sem muita escolha Mia entra na cabana, ao abrir a porta o ranger dela ecoa por todo o local, quando a garota termina de entrar, ela fecha a porta e mais uma vez um grande ranger ecoa tanto pelo o lado de dentro quanto pelo lado de fora. Agora mais segura ela senta em cima da cama, deita nela e em logo em seguida fecha os olhos e começa a chorar, ela desejava que seu pai estivesse por perto para a proteger, após alguns segundos de choros e berros abafados pela cama e pelas paredes. Mia adormece.
Quando ela adormece ela acorda em uma floresta nevando, as árvores estavam mortas como se algo tivesse queimado elas, o cheiro de fumaça entope as narinas dela fazendo a tossir, ela analisa melhor a neve e vê que na verdade, são cinzas caindo do céu. Ela anda por essa floresta completamente queimada, olhando para todos os lados procurando algum sinal de vida.
“ALÔ TEM ALGUÉM AÍ”, a garota berra, mas só o silêncio é a sua resposta.
A garota se senta perto de uma árvore e fica por lá mesmo, até que de repente ela escuta um galho quebrando, a garota se assusta e olha em direção a esse galho quebrado e vê o que seria uma mulher idêntica a ela só que mais velha, seus olhos eram vermelhos vibrantes e usava uma pele de urso para se cobrir, a cor de seu cabelo era tão branco quanto o dela. Mia olha para ela sorrindo e corre para cima dela, quando ela chega perto o suficiente ela pula e tenta abraçá-la, mas a mulher desvia, e olha para ela com cara de irritada. Mia cai de cara no chão enquanto a mulher fica a observando, analisando o seu próximo passo.
Ao se levantar, Mia olha para ela e diz:
“Mamãe, por que você desviou? Você não gosta de abraços?”
“O’que você tem na cabeça criança??”, responde à mulher. “você sabe quem eu sou?”
“Você não é a minha mãe?”, Mia pergunta enquanto retira um pouco das cinzas de cima dela.
A mulher sem entender nada, ela se agacha e diz:
“Olha criança, eu não sou a sua mãe!”
Mia olha bem, no fundo dos olhos dela e diz:
“Você é sim! Você se parece comigo, tem a mesma cor de cabelo que o meu e… e…”
A mulher dá um leve sorriso de canto de boca para a Mia.
“Aparentemente só isso que temos em comum…”, Diz a mulher.
Mia olha meio sem jeito para ela e diz:
“Mas já é o suficiente…”
A mulher começa a rir bem alto, saindo até uma lágrima de seu olho.
“Qual é o seu nome, minha pequena?”, diz a mulher, ainda rindo da cara da garota.
“Mia” disse a garota muito animada.
“Mia, né?”, esconde a risada. “Prazer, meu nome é Ermes”, diz Ermes claramente se divertindo com a garota.
Mia olha para Ermes com os olhos arregalados, e pula novamente e a abraça. Ermes por sua vez deixa a garota abraçá-la.
“Você não tem medo de mim não garota?”, pergunta Ermes.
A garota olha bastante confusa para ela e diz:
“Por que eu teria medo de você?”
Ermes olha para o lado, claramente um pouco tímida, até que ela mostra seu braço. Mia ao ver o braço de Ermes, ela vê um braço em carne viva e com um metal como se fosse uma armadura.
Ermes diz timidamente:
“É por esse motivo…”
Mia arregala os olhos e olha bem fundo para a cara de Ermes.
“QUE BRAÇO LEGAL!”, Mia berra
Ermes fica com vergonha, mas aceita o elogio, ela olha para a mia e passa sua mão pela Bochecha dela, e dá um leve aperto, com um leve sorriso ela diz:
“Mia…”
“Sim, mamãe…”, respondeu Mia olhando para ela com bastante felicidade.
“A partir de hoje eu irei protegê-la… e sim pode me chamar de mãe”, ela sorri timidamente e dá um abraço em Mia.
Quando Ermes fecha os olhos, ela se sente diferente, ao abrir os olhos ermes se vê como uma criança, ela olha para o lado e olha para o outro e percebe que está sendo carregada por uma criatura que se assemelha a um urso, mas com sua carne exposta e portando uma armadura óssea.
Ela procura pela criança, mas não a acha, mas não demora muito para ela perceber que ela é a criança, sem entender o que está acontecendo ela olha para a criatura e diz:
“Me põe no chão… AGORA!”, Claramente irritada, ela ordena para que a criatura a deixe no chão.
A criatura apenas rosna como resposta a Ermes.
“É necessário que eu lembre quem é a sua deusa?”, ameaça Ermes.
Os olhos de Ermes ficam vermelhos, e linhas incandescentes se espalham como veias na criatura, controlando-a. A criatura balança a cabeça tentando se libertar e no embalo ele solta a deusa fazendo ela ser arremessada para uma árvore próxima. Ermes tenta diminuir o impacto se movimentando no ar e utiliza suas pernas para amenizar o dano, ela consegue, mas acaba quebrando suas duas pernas. Ermes grita de dor, por não estar acostumada com um corpo mais frágil de uma criança.
Ao cair no chão ela olha para a criatura e vê que ela está correndo em sua direção, por suas pernas já estarem quebradas ela usa seus braços para escalar a árvore, por sorte a árvore é grande o suficiente para ela escapar por enquanto do grande “urso”. Mas isso não o impede de que com apenas um único golpe ele acaba quebrando o tronco da árvore, fazendo ela ser derrubada.
Ermes tenta controlar a criatura de novo, mas isso só serve para deixar a criatura ainda mais irritada. Antes da árvore terminar de cair, Ermes regenera suas pernas. Utilizando suas pernas recém-recuperadas a Deusa pula em cima do “urso” e transforma seus braços, sua pele rasga e metal sai de dentro dela e forma uma armadura pelo seu corpo, garras surgem em sua mão. E ela enfia as garras no peito da criatura.
A criatura se transforma em uma forma humanoide extremamente musculosa, revelando assim seu rosto humano, a cor de seus cabelos eram loiros, seus olhos marrons e uma grande barba. Ermes consegue ouvir dentro de sua mente a Mia falando:
“Espera, ele é humano, você não pode matá-lo!”
“Eu vou ver o que eu faço!”, diz Ermes enquanto se desvia do ataque da criatura.
O homem começa a rir e diz:
“É só isso que o grande receptáculo de Ermes pode fazer?”
Ermes olha para ele irritada e diz:
“E eu aqui sobrevivendo a golpes de um marmanjo que nem você… isso deve ser humilhante”
O homem fica de boca aberta com o tamanho desrespeito que essa criança tem por ele. Enfurecido, ele parte para cima da deusa. Ermes com um leve sorriso olha para ele e dá um golpe em seu estômago o fazendo vomitar, mas antes que ele conseguisse vomitar Ermes em uma grande velocidade sobe em cima das costas dele e fecha a boca dele impedindo que ele vomitasse e o engasgando. Ele pega Ermes pelo braço e a joga longe e termina de vomitar.
Em seus pensamentos, Ermes se comunica com Mia:
“Tenho que acabar com ele…”, Ermes levanta e cospe um pouco de sangue. “Desculpe garota, mas terei que matá-lo”, Ermes vê ele regenerando os pequenos ferimentos que ela causou nele.
Sem esperar a resposta de Mia, ela salta para cima dele e mira bem na cabeça, mas o homem consegue segurar o seu braço esquerdo e o apertão com bastante força, fazendo com que a deusa gema de dor. O homem sorri com um certo prazer em ver a criança sofrendo.
Ele a aproxima de seu rosto e diz:
“Se você desistir eu terei piedade e não irei te humilhar mais”
Ermes sorri e mostra seu braço direito pegando fogo.
“Olha só… estou pegando fogo”, diz ermes com um leve sorriso
Uma grande chama sai do braço esquerdo dela e incendeia o rosto dele. Seu grito pode ser ouvido a metros de distância, ele solta e tenta apagar o fogo se jogando na neve, mas Ermes o derruba no chão e começa a incendiar mais ainda o corpo dele.
Como uma tentativa desesperada para sobreviver, ele se transforma novamente em urso e corre para cima dela. Ermes segura o seu focinho e com uma força sobrenatural ela agarra a cabeça do grande urso e arranca sua mandíbula fora e enfia com tudo na testa em direção ao cérebro, o matando instantaneamente.
Ofegante, porém vitoriosa, Ermes cambaleia até cair no chão novamente, e desmaia pelo cansaço, ao cair no chão ela consegue ver um homem se aproximando, ela não conhecia as suas vestes, mas elas se pareciam muito com as de Mia.
Ermes acorda e olha ao redor e percebe que voltou para a floresta de cinzas novamente, e do seu lado está Mia agarrada dela. Ela percebe que Mia está bastante ferida, e os pontos de ferimento são exatamente onde Ermes se machucou.
“Você está bem criança?”, berra Ermes claramente preocupada. Ela passa a mão em sua cabeça para ver se tem mais algum ferimento.
“Eu estou bem” responde Mia. Ela dá um abraço em Ermes. “E você? Você está bem?”.
“Estou bem minha pequena…”, responde Ermes. Ainda preocupada com os ferimentos de Mia. Sua preocupação diminui quando ela vê os ferimentos se regenerando.
“Ufa…”, diz Ermes, seus ferimentos melhoraram. Ela tira uma mecha de cabelo da testa de mia. “Mas ainda estamos em perigo… eu terei que lutar novamente…”
“Espera”, diz Mia. “Eu posso tentar resolver isso pacificamente? Por favor “, suplica Mia.
Ermes olha bem fundo nos olhos de mia, enquanto ela cruza os braços e diz:
“Por que você quer resolver isso pacificamente?”
“Porque eu não quero mais ver ninguém morrendo”, responde Mia. “Eu sei que é difícil, mas eu acredito que dá para resolvermos as coisas assim, se não der eu prometo que irei deixar você resolver… Só por favor me deixa tentar”.
Ermes respira fundo e questiona:
“Você sabe como tomar o controle?”
“Não, mas posso tentar”, diz Mia.
“Só feche os olhos por um tempo que aí você irá tomar o controle novamente” , diz Ermes.
Ao fechar os olhos Mia acorda em um jipe, ela olha em volta percebe que está no banco do passageiro ao ver o homem, possivelmente um caçador pela as suas roupas, seus cabelos eram marrons e longos, possuindo uma barba, roupas de frio.
O homem olha para a criança e diz:
“Ainda bem que você acordou…”
“Eu estou bem…”, respondeu Mia. Ainda cansada, ela olha para os lados e vê uma pequena vila. “Onde você está me levando?”
“Estou te levando para o médico… você deve estar muito ferida!”, afirma o homem. “Aliás meu nome é Maxwell”
“Mia…”, diz a garota. “Meu nome é Mia”
“Ok. Mia, você sabe onde estão os seus pais? Além disso, você sente alguma dor ou está machucada?”, questiona o homem.
“Meu pai sumiu e minha mãe está… bem… você não vai acreditar… e não, eu estou bem”, responde Mia.
“Bem… sobre você não está machucada, isso é um milagre, mas sobre a sua mãe bem… eu acabei de ver um urso sem pele com uma armadura óssea… o que seria mais difícil de acreditar do que isso?”, diz Maxwell
Mia prefere ficar quieta, Maxwell olha para a cara dela à procura de algum hematoma ou até mesmo algum ferimento. Ao chegarem na vila. Mia consegue ver várias casas bem únicas e diferentes umas das outras, diferenciando da pequena cidade que ela vivia, onde crianças saem para brincar na neve, ela consegue ver um hospital local, o hospital era grande o suficiente para portar boa parte dos cidadãos da vila. Maxwell sai do carro e verifica se Mia realmente está bem, ele consegue ver alguns arranhões na roupa dela, até mesmo um pouco de sangue fresco, porém nem um ferimento.
“Bem… aparentemente você está realmente bem…”, diz o caçador. Ele coça a sua barba e olha para a face da garota. “Bem… aparentemente você está bem…”
Maxwell segura a mão da criança e a ajuda a descer do carro. Quando ela sai do carro algumas crianças passam correndo, o caçador olha para a criança e diz:
“Poderia me acompanhar?”
A garota acena com a cabeça positivamente. O caçador olha para ela e dá um leve cafuné nela, enquanto sorri, a garota retribui com um sorriso gentil. Ele segura a sua mão e a leva para a casa do xerife, quando eles chegam ao departamento do xerife. Mia vê uma grande casa de dois andares, feita de madeira com algumas partes de concreto bem rígido, possuindo uma placa escrita “departamento do xerife Steam”.
Ao entrarem no departamento. Mia consegue observar que a um grande balcão com um computador bem antigo e simples e ao lado do computador uma máquina de escrever e um sino, atrás do balcão a uma cadeira de escritório preta e uma escada, ao lado tinha uma cela de prisão, nas paredes possuem um cartaz de desaparecido e algumas fotos do xerife. O xerife Steam tinha um grande bigode parecendo como se estivesse no faroeste e tendo um grande chapéu. Mia começa a imaginar o que tem debaixo do chapéu.
Maxwell toca o sino, logo após tocar o sino o xerife Steam desce a escada resmungando e diz:
“Ora ora ora o que foi agora?”
“Bom dia xerife Steam”, diz Maxwell. “temos um problema…”
“Problema? Lógico, sempre temos um problema, afinal isso é um departamento”, diz sarcasticamente o xerife.
Maxwell olha meio sem jeito para o xerife e diz:
“O problema é que bem… tem essa criança perdida e tem um grande urso sem pele com uma armadura de ossos”
“Urso com armadura? Essa é nova”, diz o xerife rindo praticamente não levando a sério sobre o urso. “mas bem… sobre a criança deixa eu ver o que eu posso fazer por ela”. Ele se aproxima da criança e se agacha “então minha pequena… qual é o seu nome?”
“Meu nome é Mia”, a garota estende a mão para cumprimentar o xerife.
O xerife aperta a sua mão e com um sorriso diz:
“Vamos ver o que eu posso fazer por você!, mas já você Maxwell vai e me traga algumas fotos sobre esse urso”
“Nem que me paguem!”, diz Maxwell. “Vai que haja mais desses bichos por lá!”
O xerife respira fundo e pega uma câmera enquanto grita:
“Ajudante Osvaldo e delegado Murei venham aqui, eu tenho um trabalho para vocês!”
Dois funcionários se apresentaram. Murei um homem moreno, tendo o cabelo raspado, tendo um porte físico bem forte e tendo olhos azuis. Já o seu colega Osvaldo é completamente o oposto, magro, com cabelos longos e ruivos, e com olhos de cor verde.
O xerife olha para maxwell e diz:
“Você vai com esses dois, enquanto eu converso com a garota e tento e tento contatar os pais dela ok?”
Sem muita escolha Maxwell só dá um joinha para ele, ao sair do departamento, com os dois ajudantes do xerife vão para uma viatura próxima e daí irão em direção à criatura que Maxwell diz ter visto, enquanto Mia fica com o xerife.
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