CAP: 2 Maxwell
Maxwell, Murei e Osvaldo adentram a viatura. Maxwell observa a viatura e vê algumas caixas de rosquinhas bem espalhadas. Murei e Osvaldo retiram as caixas e botam no lixo que estava próximo.
“Aparentemente o xerife se divertiu bastante”, diz Maxwell timidamente.
Tanto Osvaldo quanto Murei dão uma leve risada e entram na viatura.
“Sim é que não tem muito o que fazer aqui… então ele vai para a cidade grande comer rosquinha”, diz Murei sentando no banco do motorista.
Conforme entram na viatura, eles ligam o carro e vão em direção para o local onde estava a criatura, ao entrarem na floresta Maxwell fica observando as árvores, as árvores eram bem grandes e a camada de neve dava um toque extra na paisagem.
“Então Maxwell… como anda a sua esposa e filha?”, diz Osvaldo como uma tentativa de quebrar o gelo e tentar puxar algum assunto.
“Bem… minha esposa continua doente… e a minha filha está ajudando ela”, diz Maxwell meio que não querendo muito assunto.
Conforme eles seguem o caminho Maxwell se depara com um antigo prédio militar abandonado, o prédio era bem alto e bem grande e cinza, porém com várias pichações, logo a frente uma grande cerca quebrada com vários avisos de choque, mas que bem provavelmente a cerca elétrica não estava mais funcionando. Maxwell sabia que era extremamente proibido a entrada de lá, porém desde que era adolescente ele sabia que várias pessoas entravam lá como um teste de coragem.
“Eu me lembro quando eu invadi aquele lugar”, diz Murei apontando para uma das pichações.
A pichação era pequena e dizia, “Murei esteve aqui”.
“Nossa e eu aqui achando que você era todo certinho”, diz Maxwell com um tom de ironia.
Murei dá uma leve risada e diz:
“Então né? Haha… eu quando era adolescente eu adorava fazer esse tipo de coisa”
“É aparentemente todos nós temos alguma coisa em que nos arrependemos no passado”, diz Osvaldo claramente se divertindo com o rumo da conversa.
“E você Osvaldo? Tem algo que você já fez quando era adolescente?”, diz Murei.
Osvaldo começa a suar frio, enquanto lentamente olha para seu parceiro Murei e meio que sem jeito diz:
“Bem… eu não fiz nada demais… eu só”
No momento em que Osvaldo iria dizer alguma coisa ele é interrompido por Maxwell que diz:
“Agora pare o carro, porque aqui não tem como mais passar com ele, teremos que descer!”
Ao pararem o carro, Murei, Osvaldo e Maxwell saem do carro e começam a andar. Eles ficam de olho em todos os cantos para ver se não possui nem um animal perigoso por perto.
Quanto mais eles se aproximam da tal criatura que Maxwell disse, maior é o cheiro de carniça e carne queimada entopem as suas narinas. Ao finalmente acharem a criatura, Murei e Osvaldo se assustam com o tamanho dela e o fato de literalmente ser um urso com uma armadura de ossos.
“Aqui está ele…” diz Maxwell enquanto pega a câmera que o xerife Steam para tirar uma foto.
Osvaldo faz o sinal da cruz, enquanto Murei se aproxima lentamente da criatura e saca a arma do coldre e verifica se ela está realmente morta.
“O que é essa coisa?”, diz Murei ainda assustado com a criatura.
“Eu não sei… talvez seja o famoso skinwalker?” diz osvaldo terminando de fazer o sinal da cruz
Maxwell tira várias fotos de ângulos diferentes enquanto diz:
“Não sei se não…”
Maxwell terminando de tirar a última foto.
Eles escutam um galho quebrando atrás deles, ao olharem para trás eles vem o que parece ser uma criatura que apresentava características de um mamífero e de uma ave, seu corpo tinha um tamanho de um metro e oitenta de altura e um metro e setenta e oito de largura, suas presas pareciam de um roedor, sua carne era exposta e possuía metal como armadura, suas asas não serviam para voar por causa do seu peso mas sim para intimidar e usar como arma, ao invés de penas estacas de ferro estavam grudadas.
Ao olharem para criatura todos ficam paralisados de medo, como se tivessem olhando para um demônio, a criatura anda lentamente rodeando eles como um predador rodeia a sua presa, sua voz era rouca, porém muito ameaçadora. Murei lentamente apontando a arma contra a criatura, sua mão tremia e suava.
Murei sem pensar muito ele atira contra a criatura, os tiros acertam a armadura fazendo a criatura mais irritada. o grande animal corre para cima de Murei e tenta enfiar seus espetos de metal em seu peito mas Maxwell pula em cima dele o tirando do caminho. Osvaldo puxa sua arma do coldre e atira contra a criatura, mas a criatura revida lançando espetos de metal em cima dele o acertando no ombro esquerdo e enfincando nele imobilizando um dos braços.
Maxwell olha para Murei e berra:
“Temos que fugir daqui agora!”
Ao berrar, a criatura parte para cima de Maxwell e Murei, como se tivesse entendido o que os dois estavam tentando fazer. Osvaldo mesmo ferido atira novamente na criatura, acertando agora sua carne e a ferindo o suficiente para que Maxwell e Murei possam fugir.
A criatura olha para Osvaldo com um olhar de fúria e parte para cima dele e abre a sua grande mandíbula, quando a criatura estava prestes a perfurar a barriga dele. Osvaldo dá um último tiro.
Ao longe tanto Murei quanto Maxwell escutam o som do tiro, quando eles chegam no carro eles se deparam com outra criatura era bem semelhante a outra porém com um grande diferencial, ao invés de ser uma quimera essa criatura era mais semelhante a um grande tigre. A criatura estava em cima da viatura e ao ver os dois se aproximando salta de cima, consequentemente quebrando o carro, porém ele não os ataca, mas sim sai correndo em direção a mata.
Tanto Maxwell quanto Murei olham surpreendidos pela atitude da grande criatura, eles escutam algo se aproximando de trás deles ao olharem eles veem Osvaldo completamente ferido. Murei e Maxwell correram para socorrê-lo.
Ao chegarem perto eles seguraram ele e o levaram para o carro. Murei sentado no banco do motorista e tenta ligar o carro, mas infelizmente o motor foi quebrado quando o grande tigre pulou de cima dele.
“Droga”, resmunga Murei. “O carro está morto, teremos que ir andando até a vila!”
“Andar? Você está maluco vai que haja mais dessas criaturas”, berra Maxwell
“podemos ficar aqui e esperar ajuda ou mais daquelas criaturas aparecem!”, diz Murei
Maxwell olha para o céu e vê que está quase anoitecendo e diz:
“é, mas ainda não dará para chegar na vila antes do anoitecer”
“Ele ta certo Murei”, diz Osvaldo. “Precisaremos passar a noite em algum local…”, ele tosse e sai um pouco de sangue.
Murei pensa por um momento até que ele se lembra do prédio militar abandonado.
“Vamos para aquele prédio militar abandonado!”, diz Murei. Ele segura Osvaldo e apoia ele em seu ombro e começa a andar.
Maxwell ia falar alguma coisa mas só respira fundo e anda atrás de Murei.
Não demora muito para eles chegarem no prédio abandonado, ao chegarem eles procuram uma forma de entrar. Eles rodeiam o prédio até que eles acham um buraco na grade, ao lado do buraco tem um carro muito chique mas acabou que também estava quebrado e sem gasolina.
Ao entrarem no prédio eles se deparam com um hall de entrada e vem o quanto o tempo não foi misericordioso com esse local, o hall de entrada estava todo quebrado e carcomido, móveis praticamente irreconhecíveis e a poeira entupindo suas narinas.
Murei deixa Osvaldo sentado no chão perto da parede e olha para maxwell e diz:
“Maxwell você poderia procurar por bandagens por gentileza?”
Maxwell acena com a cabeça positivamente e se retira para procurar as bandagens. Ao se retirar Maxwell encontra quatro portas uma na direita outra na esquerda e duas no centro.
Ele escolhe ir pela as portas do centro e se depara com um longo corredor, o cheiro de lixo e de esgoto entope seu nariz. Maxwell se segura para não vomitar e continua vagando pelo o grande corredor, ele vê canos quebrados, água parada é para a sua infelicidade baratas, muitas baratas. Ao seguir reto pelo corredor Maxwell chega em uma sala com duas outras portas, uma das portas é feita de grade e com uma escada para descer e a outra é uma porta de ferro que está trancada.
Ele tenta chutar a porta de ferro, mas a única coisa que ele consegue fazer é causar um grande barulho. Ao se virar para a outra porta ele tenta abri-la e surpreendentemente ele consegue. Ao descer ele vai parar em um outro corredor com mais canos quebrados e mais lixo espalhado seguindo por esse novo caminho ele escuta alguém chamando o seu nome.
Ao se virar para trás ele escuta a porta de ferro abrindo e fechando com tudo causando outro estrondo. Maxwell sai correndo pelo o grande corredor, conforme ele chega em uma área onde várias portas abrem e fecham sem parar. Cada uma dessas portas leva para um quarto subterrâneo, ele ignora o que tem nos quartos e para a sua sorte ele encontra uma escadaria com uma placa escrita “enfermaria” apontando para cima. Maxwell sorri achando que finalmente sairia desse pesadelo de túneis. Ao subir a escada. Maxwell se depara com a enfermaria, ele olha para os pisos brancos quebrados, paredes rachadas e vários e vários quartos.
Quando ele olha para o outro lado e vê um homem de porte médio com cabelo curto, tendo o que aparenta ser um paletó todo rasgado e sujo de terra, um de seus olhos esta tampado com um tapa olho, ele olha para os olhos de Maxwell como se tivesse olhando a sua alma, ele possui algo que se assemelha a uma katana. No momento em que Maxwell iria gritar o homem bota a mão em sua boca tampando e abafando sua voz.
“Fica quieto”, sussurrou o homem enquanto ele põe a lâmina na garganta de Maxwell.
Maxwell apenas fica calado enquanto o homem sussurra:
“Tem um monstro aqui… me diga você está com o homem torto?”
“Homem torto?”, sussurra Maxwell. “eu nem sei quem esse cara é só me deixa ir embora eu só quero pegar algumas bandagens”
“Então porque eu não deveria te matar?”, o homem ameaça o maxwell.
“por favor hoje eu tive um dia muito difícil… eu achei uma criança perto de um monstro em forma de urso”, súplica maxwell tentando convencer ao homem não o matar
“espera uma criança? Qual era a cor de seus cabelos?”, pergunta o homem.
“brancos! eles eram brancos!!!”, responde Maxwell. “por que você gostaria de saber?”
O homem o solta e retirar a lâmina de sua garganta
“Obrigado”, diz Maxwell respirando bem fundo
“Não precisa me agradecer”, diz o homem.
“O que você é da criança? se me permite dizer”, diz Maxwell. “aliais quem diabos é você?”
“Eu sou o pai da criança, e pode me chamar de Serguei”, sussurra Serguei.
Ao terminar de sussurrar. Tanto Serguei quanto Maxwell escutam um grunhido de uma criatura, passos pesados e metálicos podem ser ouvidos ao longe. Ao olharem em direção ao barulho eles conseguem ver saindo de uma virada de corredor, outra criatura, dessa vez a criatura tinha presas de javali, um chifre de rinoceronte e metal por toda parte de seu corpo, inclusive sua cabeça e seus olhos consequentemente a deixando cega.
A criatura ruge como um leão, Serguei faz um sinal para Maxwell ficar quieto a criatura começa a se aproximar lentamente. Enquanto Serguei segura a mão de Maxwell e o leva lentamente tomando muito cuidado para não causar nem um barulho para um leito. Um cano cai no chão bem na hora em que Maxwell e Serguei entram em um leito desse hospital. A criatura sai correndo em direção ao barulho.
Serguei fecha a porta e olha para o Maxwell e diz:
“pronto por enquanto estamos seguros”
Maxwell começa a procurar por bandagens o mais rápido o possível procurando por todo o leito, ele olha pelos os armários, embaixo das camas, mas ele acha as bandagens em um pequeno armário com um símbolo de cruz, porém estão um pouco sujas e com fungos, porém tem um bom pedaço que está aparentemente limpo.
“Ótimo”, diz Maxwell com um leve sorriso.
“O que foi isso?”, resmunga Serguei olhando para Maxwell. “Você quer que aquela coisa venha para cá?”
“Desculpa é que eu estou com um amigo que está precisando muito disso…”, sussurra Maxwell.
Serguei respira fundo em sua mente ele questiona como diabos foi parar nessa situação.
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