CAP: 6 memória do passado
Em seu mundo mental cheio de cinzas e arvores mortas. Ermes descansava junto com Mia, a deusa descansava dando um cafuné na garota.
O silêncio foi interrompido com a Mia perguntando a Ermes:
“Mãe… por que a tia Konan te chamou de deicida? O que é isso?”
Ermes olha para o lado interrompendo o carinho que ela estava dando, enquanto pensava em palavras.
“Minha pequena… deicida é aquele que matou um ou mais de um deus…”, respondia Ermes olhando para Mia com um olhar temeroso.
“Por que você matou deuses?”, perguntava novamente à garota enquanto olhava para os olhos de Ermes.
“Alguns mereceram… mas em si a grande maioria foi por que me irritaram ou tentaram me usar…”, murmurava Ermes enquanto tentava desviar o olhar de Mia
“Então você só matou deuses malvados certo?”, indagava Mia procurando uma resposta sincera de sua mãe.
“Alguns sim e outros nem tanto… mas eu mato apenas para garantir a minha sobrevivência”, Ermes volta a olhar para o rosto de sua filha.
Mia olha para baixo enquanto pensava em outras perguntas que gostaria de fazer para a sua mãe. À medida que o tempo passa Ermes abraça mais forte o corpo de Mia.
“Fica tranquila… eu também vou te proteger…”, murmurava Ermes, mas parecia mais que ela estava falando com ela mesma do que com a Mia.
Mia olha para o céu acinzentado e se indaga com o que tinha acontecido com a sua mãe antes dela nascer.
Já fora do mundo acinzentado de Mia e Ermes. Serguei terminava de preparar a carne de Calisto. Konan ainda sem acreditar no que ele está fazendo apenas olha com uma cara incrédula. Serguei retira a carne do fogo, pega uma das facas do seu palito totalmente rasgado e corta o pedaço de carne. Assim que ele corta ele vê que a carne já está no ponto que ele gosta. Serguei pega um pedaço da carne e mastiga, surpreendentemente a carne tem um ótimo sabor e sua maciez não deixa a desejar também, o gosto lembra de um alcatra. Tudo ocorria bem até que de repente sua visão fica embaçada, suas pálpebras pesadas, Serguei conseguia sentir seu coração bater muito forte como um tambor, ele sentia sintomas de febre e seu corpo cai no chão.
Konan olha para ele com um sorriso e disse:
“Vejo você daqui a pouco, Serguei”
Antes que, Serguei pudesse falar alguma coisa ele adormece. Sentindo-se mais leve, Serguei abre os olhos e vê uma grande praia vermelha com sangue. Ele se levanta para averiguar melhor sua localização, Serguei consegue ver um grande monumento surgindo no mar de Sangue, o monumento era retangular e parecia ter umas escritas em metal mas não dava pra saber o que estava escrito, que o faz se sentir atraído para o monumento. Sem muito o que ele possa fazer, Serguei vai até o grande monumento andando, assim que ele estava pronto para dar um mergulho, ele percebe que o grande mar de sangue era duro como concreto assim o permitindo ir andando. Assim que ele começa a sua caminhada para o monumento, Serguei sente o cheiro de Sangue, ao olhar para cima ele vê um olho gigantesco olhando para ele, cinzas começam a cair do olho gigantesco. Serguei tentou ignorar mas a sensação de ser observado era gigantesca.
À medida em que o monumento parecia mais próximo, o sentimento de perseguição parecia mais e mais próximo. Sem pensar duas vezes, Serguei acelera o passo até que finalmente ele chega no grande monumento. No momento em que ele chega, Serguei lê as escrituras do grande monumento, as escrituras diziam:
“Abandonai toda a esperança pecador que estás aqui, que sua última caçada seja gloriosa”
Serguei sem entender nada do que está acontecendo e o que quis dizer o grande monumento. Ele escuta um grande estrondo atrás dele. Ao se virar para trás ele vê um grande camaleão, tendo a carne exposta e metal por todo o corpo.
“Olá Serguei”, dizia a criatura olhando fixamente para o Serguei com um longo sorriso malicioso.
Antes que serguei possa falar alguma coisa, a grande criatura afundou no mar de sangue. Serguei olha de um lado para o outro mas não o acha. Ao tentar sacar sua faca, Serguei percebe que está completamente desarmado. uma figura muito semelhante a Serguei e portando a mesma vestimenta, surge do mar de sangue. A figura ajeita a gravata e olha para o Serguei com o mesmo sorriso da criatura.
“Pronto agora está muito melhor”, dizia a figura
Serguei olhava apavorado para a figura misteriosa. A figura se aproximava lentamente andando passo após passo, se aproximando ainda mais de Serguei, até que derrepente. Serguei e teletransportado de novo só que dessa vez para uma casa de sua infância, a casa era grande e bem no interior da Rússia, tendo dois andares e algumas sacadas para fora, a casa tinha uma cor azulada bem desbotada. Um carro chegou, Serguei conhecia esse carro.
“Não pode ser…”, murmura Serguei incrédulo olhando para o carro.
“Você sabe que dia é esse?”, a voz da figura soava em sua cabeça.
A figura aparecia ao seu lado misteriosamente. Serguei olhava em direção a figura e berrava:
“Quem é você? E como viemos parar aqui?”
A figura somente ria. Serguei já furioso dava um soco bem na cara da figura, mas ao dar o soco, quem recebeu o golpe foi ele mesmo, o fazendo cair para trás. A figura olhava eu parava e misteriosamente parava o tempo e dizia:
“Não faça esse tipo de gracinha, você vai querer ver isso!”, afirmava a figura dando um baita de um sorriso para o Serguei.
O tempo volta a correr, Serguei vê ele mesmo mais jovem saindo do carro e correndo para brincar do lado de fora. Serguei ficou apavorado já sabendo o que iria acontecer.
“Pare por favor”, clamava Serguei enquanto era obrigado a assistir tudo, correntes surgiram em volta dele o segurando no lugar.
Ele via seus pais entrando em casa com as compras, uns cinco minutos que pareciam uma eternidade se passam e das árvores um homem encapuzado saia e falava com o pequeno Serguei.
“Ola”, dizia o homem, com uma cara amigável para a criança.
“Oi…”, murmurava a criança olhando para o homem.
“Não, por favor não fale com ele!”, berrava Serguei chorando para a criança.
Serguei recebe um soco do seu sósia.
“… Você poderia me fazer um favor?”, dizia a figura encapuzada.
“O que seria senhor?”, dizia a pequena criança olhando inocentemente para o homem.
O homem retirava um controle de seu bolso e entregava para a criança enquanto dizia:
“aperte o botão vermelho e você verá um grande fogo de artifício”
A criança pega o controle da mão dele. Serguei grita e se esperneia suplicando para que a criança não apertasse o botão. Quando a criança aperta o botão a grande casa atrás dela explodia, incendiando fogo para todos os lados, Serguei olha para aquilo com lágrimas nos olhos, a criança tenta entrar para dentro de casa, mas o homem a segura.
“Não precisa mais se preocupar com eles, pequeno…”, Dizia o homem se ajoelhando e com um grande sorriso ele proclamava “agora você é parte da liga”
O homem puxava a criança e serguei percebe uma coisa a sombra da criança saia lagrimas, mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa de novo ele era teletransportado, só que dessa vez ele estava dentro de uma agência onde tinha outras crianças junto com ele todas tinham uniformes iguais.
“você se lembra desse dia Serguei?”, dizia a figura misteriosa enquanto as correntes de Serguei se soltavam.
“foi o meu segundo dia na liga de assassinos da Black O.N.U..”, respondia Serguei olhando para ele mesmo do passado ainda com lágrimas em seu rosto.
Serguei via uma sombra atrás dele chorando enquanto ele mesmo mais jovem não chorava. O homem que tinha matado os seus pais se apresentava como Nicolai, ele treinava as crianças para matar qualquer um, e quanto mais treinava mais a sombra de Serguei chorava. O jovem Serguei era o melhor de sua turma, ele aprendia rápido a não escutar mais seus sentimentos e a assassinar.
“Eu estava no inferno Serguei… você me mandou pra lá, agora eu irei punir você, mostrando toda a nossa dor, porque eu sou sua sombra” dizia a sombra de serguei. enquanto se transformava de novo em um grande camaleão.
Serguei corre e pega uma faca da mão do seu eu mais jovem e corre pra cima de sua sombra. quando ele atingiu sua sombra com a faca ele recebeu o corte na hora.
Sua sombra ria enquanto dizia:
“você nunca vai me machucar Serguei… porque eu sou você e você sou eu!”
De repente uma grande porta aparece no meio da sala, Serguei correu para uma porta que apareceu do nada. Ao atravessar nela ele vê o dia em que ele recebeu seu tapa olho. Ele está dentro de uma sala escura com uma grande caldeira, junto com o seu eu mais jovem e Nicolai. Nicolai pega um marcador de gado só que com o símbolo da ONU. Serguei corre e tenta retirar o marcador da mão de Nicolai, mas de novo as correntes aparecem e prendem ele o fazendo apenas observar.
“Sabe todos de nós temos uma marca Serguei…”, dizia Nicolai enquanto esquentava o marcador.
Serguei criança tenta se afastar, mas seus “colegas” aparecem atrás dele todos marcados em lugares diferentes e seguram ele enquanto Nicolai se aproximava lentamente.
Serguei tenta lutar contra as correntes, mas não adianta em nada. Nicolai bota o marcador bem em um dos seus olhos, o marcando como da ONU para sempre.
O local começa a se desfazer e Serguei volta para o mar de sangue aonde a sua sombra o aguardava. Serguei olhava para ele com uma cara de ódio enquanto a sua sombra apenas ria. Serguei olha para a sua mão e vê que a faca sumiu de sua mão.
“Já aceitou o seu destino Serguei?”, zombava a sombra enquanto ria.
“Por que você me odeia? Eu não te fiz nada! Você fala que eu te mandei para o inferno mas eu nem sabia que você existia…”, dizia Serguei enquanto cerrava os punhos.
“Você escolheu a vida de assassino da ONU, matando qualquer um, magnatas, desertores e políticos, agindo como se as vidas dos outros fossem medíocres sendo que você nunca protegeu nada, nem ideias você carrega”, resmungava a sombra enquanto se aproximava de Serguei lentamente.
“O que você teria feito de diferente?”, gritava Serguei enquanto indagava sua própria sombra. “Você apenas apareceu agora é acha que estaria melhor que eu? Não me venha de hipocrisia!”
De repente do grande céu o olho que antes ficava lá some, e o céu fica completamente vermelho e cai uma espada japonesa completamente vermelha ao lado de Serguei. Serguei olha para a lâmina e a pega. A grande sombra olha assustada enquanto corre para cima de Serguei.
Serguei usa a espada para contra atacar à sombra. A sombra nem desvia achando que não ocorreria nenhum dano a ela, mas quando a espada a cortar a criatura sente uma intensa dor e se afasta de Serguei. correntes aparecem e tentam prender Serguei, mas com uma velocidade sobre humana Serguei corta as correntes. A criatura olha assustada e parte para cima de novo. Serguei com um movimento rápido cortando a sombra no meio.
A sombra olha em seus momentos finais ela diz:
“Não importa se eu perca você vai continuar sendo o monstro que você é, nunca defenderá nada apenas agira com o instinto de destruir”
Serguei acorda do lado de Konan.
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