Maxwell estava em sua casa, junto com a sua esposa e filha, após o ataque das criaturas muitas casas e vizinhos do caçador haviam morrido de maneiras horríveis, mas por sorte sua esposa e filha ficaram escondidas no porão durante o ataque das criaturas. Maxwell sentado na sala em sua poltrona observa a lareira, vendo o fogo dançar, perdido em seus pensamentos, o caçador nem tinha percebido sua esposa entrar na sala.

    “Max… está tudo bem?”, disse a esposa de Maxwell.

    Quase chorando Maxwell olha para a sua amada esposa deixando escorrer uma lágrima e diz:

    “Eu quase perdi vocês duas… eu quase vi o Murei e o Osvaldo morrerem para aqueles monstros”.

    Sua esposa se aproxima para tentar enxugar a sua lágrima, tentando dar um pouco de apoio para o seu marido, mas suas pernas falham por causa de sua doença e ela quase cai no chão, Maxwell rapidamente se levanta para dar apoio a ela.

    “CLARA, ESTÁ TUDO BEM?!”, diz Maxwell, claramente preocupado com o estado de sua esposa.

    Clara se apoia em Maxwell, ainda tossindo tenta dizer:

    “Sim… cof-cof, não precisa se preocupar…”.

    Maxwell respira fundo e tanto ele quanto Clara escutam alguém se aproximando, ao olharem em direção e encontram sua filha observando entre o vão entre o corredor e a sala. Maxwell respira fundo novamente e volta para a realidade e percebe que sua casa está praticamente em ruínas, a poltrona que outrora estava sentado ele vê as marcas de arranhões das criaturas, a parede que antigamente possuía uns quadros da família, agora só tem um buraco onde a neve cai lentamente, ao ajudar sua esposa a se sentar em um sofá que também está rasgado.

    Clara vê maxwell indo em direção a sua filha e pergunta:

    “O que você pretende fazer Max??”

    “Eu não sei…”, diz Maxwell respirando profundamente pensando em seu próximo passo.

    O caçador vai até o sofá junto de sua filha e se senta para aproveitar um tempo com a família, se passa algumas horas e tanto sua esposa quanto filha estavam dormindo, já Maxwell não conseguia descansar, o pensamento que mais vem na sua mente seria de perder a sua família, que pra ele é seu bem mais precioso. O caçador se levanta e vai até o lado de fora da sua casa.

    Do lado de fora da sua casa, Maxwell vê outras famílias tentando se recompor e consegue ver o xerife Steam ajudando com o que pode, não demora muito para o Xerife perceber a sua presença e vai em sua direção. 

    Quando Steam chega mais perto de Maxwell, o xerife diz:

    “Está tudo bem Maxwell? Precisa de comida? Água? ou qualquer outra coisa?”

    “Preciso de respostas…” diz Maxwell “Algo está acontecendo… mas não sei o que…”

    O xerife olha para o céu estrelado por um tempo pensativo, mas depois olha de volta para Maxwell e diz:

    “Concordo com você… eu liguei para o pai da garota lá em Everbrook… e depois que vocês saíram se passou um tempo e de repente essas criaturas demoníacas aparecem…”

    “Você estava lutando ao lado da garota se eu não me engano…”, diz Maxwell com uma expressão meio confusa. “Sem falar que aquele cara estava atrás da garota também!”.

    Steam faz uma expressão de confusão, mas antes que pudesse falar alguma coisa, Maxwell se vira de costas e vai em direção a sua casa. Quando o caçador estava prestes a entrar todos os cidadãos da pequena vila, conseguem ver o que parece ser um meteorito rasgando o céu estrelado e caindo próximo a vila.

    Maxwell sente um péssimo pressentimento sobre isso, sem pensar duas vezes, o caçador vai em direção a sua casa e pega seu rifle de caça, Clara acorda e vê Maxwell com o seu rifle, na hora que ela iria falar alguma coisa, o caçador manda ela pegar a garota e ir para o porão e ficar lá até que ele voltasse.

    Prontamente, mas sem entender nada, Clara pega sua filha e vai em direção ao porão, Maxwell sai de sua casa e vem tanto Murei quanto Steam pegando armas na delegacia.

    “VOCÊS VIRAM AQUELA COISA?”, berra Murei enquanto segura uma espingarda e vai se aproximando de Maxwell.

    Um dos cidadãos que estavam fora de casa com um celular diz:

    “Legal eu filmei… mas… por que meu celular está sem conexão…”

    Maxwell, Steam e Murei não se importam muito com o que aquele cidadão disse, então eles vão em direção ao cometa, no meio do caminho o caçador questiona:

    “Onde está o Osvaldo?”.

    “Ele está na enfermaria com outros feridos!”, responde Murei.

    “Os dois falem mais baixo, não sabemos com o que estamos lidando!”, cochicha Steam 

    Tanto Murei quanto Maxwell ficam calados enquanto continuam a andar, a única coisa que eles ficam escutando são seus passos sobre a neve, o delegado solta um leve bocejo, mas tanto Maxwell como Steam, estão apreensivos e bem preocupados, tão cheios de Adrenalina que nem perceberam que já está de madrugada.

    Maxwell, Steam e Murei sentem um cheiro forte de pólvora queimada com leve adocicado de amêndoas, indicando que eles estavam cada vez mais perto do meteoro, ao finalmente chegarem eles vêem ao longe o meteorito, porém… tinha algo diferente nele

    “O que diabos é isso…?”, cochicha Steam.

    Antes que algum deles pudessem fazer alguma coisa, o meteorito se abre revelando um grupo de soldados, pelo menos o que pareciam ser soldados, sua roupa era estranha, usavam um capacete que esconde qualquer tipo de expressão, os fazendo parecer frios seus trajes eram tão escuros quanto a tinta vantablack e nem um pouco da pele era revelada, eles tinham armas que não eram identificadas, um deles era grande por volta de 3 metros de altura com um par de chifres iguais a de um boi, os outros seguiam um padrão mais humano.

    Maxwell puxa Steam e Murei para perto de uma moita, ao se esconderem os delegado, o xerife e o caçador, ficam analisando as figuras misteriosas.

    “Mas que diabos são esses caras?”, cochicha Murei.

    Os “soldados” parecem portar equipamentos tecnológicos, muito avançados e falam em uma língua desconhecida, um deles parece mexer em um dispositivo em seu braço que solta um leve som, parecido com um detector de radiação.

    De repente tanto Murei quanto Steam sentem seus celulares vibrando, o delegado lentamente pega seu telefone e observa o motivo do seu telefone vibrar, ao pegar o celular, o Murei vê que seu celular não liga mais, apenas vibrando.

    Os soldados apontam suas armas para a direção da moita em que Maxwell, Steam e Murei estão, mas antes que um deles possa fazer qualquer coisa… Murei tem sua cabeça explodida por um tiro de plasma, o caçador fica em choque, foi tão rápido que ele nem conseguiu falar nada, o corpo sem vida de Murei cai no chão. A única coisa que pode se dizer que sobrou de sua cabeça foi a mancha de sangue que sujou uma árvore próxima.

    O corpo do caçador não se movia, seus olhos arregalados mal conseguiam pensar direito o que diabos estava acontecendo, as únicas coisas que viam em sua mente eram: “Quem são esses caras?”, “Como diabos eles sabiam que a gente estava aqui?”

    A arma que foi disparada ainda exalava fumaça de seu cano, os outros soldados miravam prontos para disparar, Steam sem pensar muito segura o braço de Maxwell e sai correndo enquanto os soldados disparavam.

    “Steam… o Murei… o Murei…”, gaguejava Maxwell.

    Steam ignora o caçador e o leva para uma caverna próxima, quando eles adentram a caverna Steam tenta acalmar Maxwell dizendo:

    “Maxwell me escuta, eu preciso que você me escute!”

    “O Murei morreu!” berra Maxwell 

    Steam rapidamente bota a mão na boca de Maxwell para abafar o som dele berrando, O caçador tenta tirar a mão do Steam de sua boca, o xerife dá um tapa em sua cara.

    “Respira Maxwell, Eu preciso que você preste atenção no que eu vou te falar!” afirma Steam, para Maxwell

    Maxwell começa a respirar fundo e se acalma, o xerife olha bem fundo nos olhos dele dizendo:

    “Preciso que você vá até a vila e avisa todo mundo o que está acontecendo, leva eles pra longe e corre, corre o mais rápido que conseguir, filho…!”

    “Mas… é você?”, pergunta Maxwell antes de se levantar.

    “Eu vou ficar bem… acredite em mim! logo estarei com vocês”, mente steam, já imaginando o seu fim iminente.

    Maxwell sem muitas opções acredita no xerife e se prepara para correr como se não houvesse amanhã. Steam olha para o caçador correndo então decide correr para outro lado, ele pega a sua arma já se preparando para o combate.

    O xerife se esconde perto de algumas árvores, escutando passos se aproximarem, Steam fecha os olhos e começa a rezar, ao se virar… vê um cano de arma apontado para a sua cabeça, ele olha um dos soldados que estava mirando em sua cabeça.

    Ao longe Maxwell só escutou um som de disparo, o caçador não tinha tempo de chorar, pois a vida das pessoas do vilarejo contavam com ele.

    Apoie-me

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota