Capítulo 13- Preparando para o combate

Ermes enfia suas garras dentro do peito do soldado falecido, enquanto a Deusa dos filhos de Ermes o regenera, Maxwell fica ali sentado esperando o processo de regeneração acabar junto com o Homem torto. Serguei e konan saem para se preparar para o combate.

“Quanto tempo vai demorar?”, Maxwell pergunta calmamente, enquanto saca sua arma apontando em direção a cabeça do soldado.

“Tenha paciência meu jovem…”, Homem torto responde por Ermes.

O soldado manda os seus primeiros sinais de vida quando ele tenta atacar Ermes, mas seu corpo para momentaneamente antes de sequer tocar a deusa, Maxwell já pensa em atirar, mas Homem torto abaixa a arma do caçador dizendo:

“Você não quer as respostas?…”

Maxwell pensa por um momento, logo após isso Ermes se levanta retirando suas garras do peito dele, claramente indicando que o processo de regeneração tinha acabado.

Maxwell se aproxima do soldado e pergunta:

“Ele me entende?”

“Sim eu entendo… idiota!”, responde o soldado, falando a língua de maxwell claramente.

Ermes olha para o soldado e ordena:

Você vai contar tudo o que você sabe, para ele e suas perguntas!

O soldado sente uma grande agonia vindo de dentro do seu peito.

“Qual… seriam… as perguntas?…”, o soldado pergunta enquanto sentia seu próprio corpo agindo contra a sua vontade.

“Primeira pergunta… quem são vocês… e por que, vocês atacaram a minha vila?” Maxwell questiona o soldado.

O soldado solta um leve suspiro de irritação e então responde dizendo:

“Somos soldados da E.N.T: Entender. Neutralizar. E testar… fomos mandados para… neutralizar alvos que virão seres anômalos”

“Anômalos? mas isso não explica o porquê disso!”, diz Maxwell olhando bem no fundo dos olhos do soldado.

O soldado não se intimida e continua:

“Veja bem humano… é bem simples, se um humano visse essas criaturas iria questionar tudo o que é real e o que não é… assim nós devemos garantir que as pessoas continuem tendo vidas pacatas!”

“Mas é se a humanidade descobrir os filhos de Ermes uma hora ou outra?”, o Homem torto questiona o soldado.

“Bem… nesse caso o protocolo mandaria a humanidade se virar por conta própria, mas ainda sim…”, responde o soldado, mas claramente escondendo algo.

“Mas ainda o que?”  Ermes diz enquanto reforça seu controle sobre o soldado.

O soldado sente uma agonia mais forte ainda em seu corpo, como se seu corpo estivesse prestes a entrar em combustão então ele diz:

“Mas ainda, cof- cof, deveríamos impedir que a humanidade possa sair desse planeta… senhor Spencer me perdoe!”

Na hora em que Maxwell, Ermes e o Homem torto iriam perguntar mais coisas, o corpo do soldado explode como se fosse um balão, jorrando sangue para todo o lado, mas não machucando ninguém, o caçador começa a vomitar de tanta nojeira.

“Rrrrrr… Ermes isso foi você?”, Maxwell questiona a Deusa dos filhos de Ermes.

“Não… isso foi outra coisa… argh, mas bem… pelo menos tivemos algumas respostas”, Ermes diz enquanto tira um pouco do sangue do rosto.

Ermes olha pra traz e vê uma pilha de animais mortos que seus novos lacaios trouxeram, então ela vai até eles, Maxwell por não aguentar aquela nojeira também se afasta, mas o Homem torto vê um padrão formada pelo o sangue, ele vê um rosto, um rosto de uma criatura que não possui boca e nem cabelo e tendo um par de galhadas.

“Spencer…”, o Homem torto apenas repete uma das últimas palavras do soldado antes de se virar e voltar para planejar o que vai fazer para o confronto com Akash.

Serguei está sentado perto de uma fogueira, pensativo, Konan está sentada ao lado dele, ela se aproxima um pouco mais dele e o questiona:

“Por que você está nos ajudando?”

Serguei olha para ela sem ter entendido direito a pergunta e então ela repete:

“Por que você está nos ajudando?… Tipo… você teoricamente é um de nós, mas acaba que eu ainda não entendo…”.

“Você quer que eu vá embora?” Serguei questiona Konan.

“N- Não!”, ela gagueja “É que… eu quero entender mais seus motivos… essa luta não é sua, mas agradeço por estar comigo até agora…” Konan cora levemente com suas próprias palavras.

“Estar com você?”, Serguei olha no fundo dos olhos de Konan tentando entender se era realmente o que ele ouviu.

Konan cora mais profundamente, enquanto gagueja procurando palavras para se expressar melhor, até que finalmente ela consegue falar:

“É… é… que tipo… eu não me sinto tão conectada com os outros da minha raça…, e sinto que muitas pessoas já teriam fugido sem mais e nem menos… sabe?”

Serguei entende o que ela quer dizer, de fato, até ele mesmo percebeu que ele está mais aberto e se sente preocupado com algumas pessoas agora, coisa que ele mesmo tinha parado de sentir a muito tempo atrás.

“Entendo…”, Serguei responde. “acho que de fato eu mudei bastante…, não vou mentir… ainda não me importo com o Maxwell… mas confesso que há pessoas aqui que vale a pena lutar, e o principal motivo em que eu continue aqui é que eu jurei que eu iria encontrar algo para proteger…”.

Konan olha no fundo de seus olhos enquanto ela corava ainda mais.

“Entendo…”, diz Konan com um leve sorriso, ela se levanta e vai em direção para fora do acampamento.

“Aonde você vai?” Serguei questiona a Konan.

“Vou te ensinar tudo sobre como se transformar!” afirma Konan dando um joinha para Serguei.

Serguei interessado no que konan está falando, ele se levanta e vai seguindo ela para fora do acampamento, quando eles estão longe o suficiente, Konan para e diz:

“Prontinho… aqui já está bom o suficiente”

Serguei cruza os braços esperando por algo, antes que ele pudesse falar algo, Konan começa o processo de transformação, sua pele vai rasgando, metal vai surgindo, seus dentes ficando mais pontiagudos, o assassino já tinha visto essa forma antes então não fica tão impressionado.

“O que você achou?” questiona Konan toda orgulhosa.

“Meio que eu já vi isso antes… então não estou tão impressionado”, Serguei diz, enquanto permanece com uma cara estóica.

Konan olha com uma cara meio decepcionada e diz:

“Entendo… mas tive que te mostrar isso novamente, porque essa é a primeira fase que você tem que aprender”.

“Entendi…”, diz Serguei olhando para Konan “mas então me diga… como eu faço isso?”.

Konan olha pra ele com uma cara orgulhosa e afirma dizendo:

“É bem simples na verdade, tudo o que você tem que fazer é sentir a carne dentro de você e expandir ela pra fora!”

Serguei olha com uma cara que claramente diz que ele não entendeu nada, Konan pensa em outra forma de explicar para ele.

“É tipo flexionar um músculo, você tem que pensar em como sua carne tem que agir… entendeu?” questiona Konan enquanto olha para o Serguei.

Sem pensar muito, Serguei começa a tentar fazer o que a Konan disse, “Não deve ser muito difícil” ele pensou, mas na hora em que ele iria tentar Serguei sente um grande desconforto, sua pele rasgando, mas diferente de Konan que saiu metal como armadura, o material que saiu para fazer a armadura foi uma espécie de queratina, o mesmo material feito de sua unha.

antes que Serguei pudesse terminar a sua transformação, tanto ele quanto Konan escutam algo vindo de uma parte da floresta, pelo o som é algo grande, tão grande quanto Calisto ou até maior.

Sem perder mais tempo, tanto Serguei quanto Konan vão em direção ao acampamento, porem assim que eles saem correndo, laminas de metal surgem acertando as costas de Konan, as feridas por sorte não eram profundas.

Konan retira as lâminas de suas costas, ambos olham para trás, e vem o causador de tudo…, atrás deles estava o mesmo homem que tinha ido no acampamento antes era o Ivan, utilizando a roupa do culto, mas com uma máscara diferente.

Konan sabia o significado daquela máscara, significava que ele tinha se tornado uma lua, na hora em que Konan iria atacar, Serguei grita:

“Vai!”

Konan não entende de primeira, mas então Serguei repete:

“Vai, Ermes precisa de você eu seguro ele!”

Sem ter a oportunidade de pensar muito Konan corre em direção ao acampamento. Serguei saca a sua Katana e se prepara para o combate, IVan puxa uma lâmina de metal em formato de pena e corre para cima de Serguei dizendo:

“Tolo você vai morrer antes que ela chegue!”

Serguei com um olhar determinado fica em uma posição de combate e diz:

“Pode vir!”