Capítulo- 9: Um perigo eminente
Ivan se aproximava de Mia, Maxwell puxa a garota para mais perto como uma forma de proteção, o ocultista ri e retira a sua máscara branca de seu uniforme. Mia com lágrimas nos olhos ao ver o rosto de seu pai, mas antes que pudesse falar algo Ermes em sua mente diz:
“Não!”.
“Por que não ?”, pergunta Mia enquanto sente uma sensação estranha, como a que sentiu com o homem torto, uma sensação de perigo.
“Você também está sentindo Mia? Esse cara não é confiável!”, afirma Ermes
Sem esperar, Ermes tenta tomar o controle do corpo novamente, Mia tremendo o que fosse acontecer ela não deixa a deusa tomar conta, Ermes sem mais escolhas tenta utilizar algo que já havia tentado antes com outro filho de Ermes.
“O que foi… minha filha… está falando com quem?”, Ivan questiona, olhando diretamente para a sua filha com um olhar severo. “Chega dessa brincadeira sem graça. VEM COM O SEU PAI!”, ele ordena.
Maxwell se levanta, e põe a garota atrás dele, Ivan olha para o caçador e lentamente começa a sair uma lâmina em formato de pena, de uma das mangas do cultista. Maxwell sabia que estava em desvantagem sem a sua arma. Mas antes que a intriga pudesse se intensificar, o som dos passos de Calisto se aproximando afugenta Ivan, o fazendo correr para longe.
Do lado de dentro do acampamento, Serguei recobra a consciência ao olhar em volta ele vê apenas a konan e o dia já amanhecendo. Ao olhar para a Konan Serguei questiona:
“Quanto tempo eu dormi?”
“Três dias e aproximadamente cinquenta minutos”, zomba Konan, com um olhar de orgulho e de diversão.
Serguei acha um pouco de graça pelo que a Konan diz, então ele fecha os olhos e diz:
“Então só mais cinco minutos”
Konan olhando a audácia de Serguei, ela se levanta, pega uma pilha de neve e joga na cara do assassino.
“Precisava disso?”, resmunga Serguei, se levantando e tirando a neve do seu rosto.
Konan dava uma leve risada, mas tanto ela quanto Serguei sentiram algo de errado, como se alguém estivesse os chamando, os outros filhos de Ermes saem de suas cabanas e vão em direção ao chamado.
O chamado é de urgência:
“Venham a mim”
Serguei e konan sentem seus corpos agindo por conta própria e indo em direção ao chamado também, tanto Serguei quanto Konan tentam tomar o controle de volta, felizmente eles conseguem.
Konan entendendo que esse chamado era possivelmente a sua deusa a chamando por assistência, ela sai correndo em direção ao chamado dela, Serguei mesmo sem entender o motivo de Konan estar correndo, ele a segue. Ao chegarem Serguei, Konan e todos os filhos de Ermes do acampamento vem, Maxwell protegendo a Mia de Ivan.
Maxwell olha para trás e estranha o fato de ter aparecido tanta gente.
“O que vocês estão fazendo aqui?”, questiona Maxwell, olhando ainda meio confuso.
“Minha mãe os chamou”, responde Mia, olhando para Maxwell.
“Bem… então eu estou devendo uma a ela”, diz Maxwell, olhando para a garota.
Serguei, olha para Konan sussurra para ela, dizendo:
“Você sabe quem era aquele que estava com aquele manto vermelho?”.
“Eu não sei”, respondeu Konan, “Mas acredito que seja um seguidor de Akash, já que a Ermes nos chamou, acredito eu que era alguém bastante perigoso”.
Serguei olha para o caçador e vai em sua direção, andando calmamente, o caçador percebe Serguei e se aproxima dele também.
“Lugarzinho bacana que você encontrou Serguei” zomba Maxwell, olhando com uma cara de desconfiança.
“Maxwell… você deveria estar em sua vila em segurança!”, retruca Serguei.
“Eu sei… só que um pouco depois da hora em que você vai embora, aparece um bando de caras armados vindos de um meteorito!”, exclama Maxwell para serguei.
“Meteorito? como esses caras eram?” Pergunta serguei, claramente sabendo de uma coisa.
Calisto dá uma leve tossida chamando a atenção tanto de Maxwell quanto de Serguei.
“Bem… eu acredito que vocês dois tem muita coisa a discutir… mas estamos lidando com um seguidor de Akash, e vão vir muito mais, acredito que deveríamos nos focar nisso agora!”, Diz Calisto, olhando para Serguei e depois Maxwell.
Maxwell iria dizer uma coisa, mas percebe que não adiantaria de nada, então decide ficar quieto, já Serguei se vira de costas e se aproxima de Konan, Mia vai seguindo a maioria dos filhos de Ermes.
Calisto olha para Konan e a pede um favor:
“Konan… precisamos de informações sobre os seguidores de Akash… poderia ir verificar para todos nós, por gentileza?”
“Claro, mas vou precisar de ajuda, vou precisar de mais duas pessoas…”, responde Konan, já olhando para Serguei como uma de suas ajudas.
Calisto olha para Maxwell também pensando que para essa missão, seria uma boa também levá-lo, Maxwell, aponta para si mesmo vendo o calisto olhar para ele.
“EU?!”, berra Maxwell enquanto fica incrédulo sobre a escolha de Calisto.
“Pronto achei alguém disposto para a sua missão”, Calisto afirma olhando para Konan.
“um humano?” pergunta Konan, ela fica em silêncio por um tempo até que ela diz, “Tá ele serve”.
Maxwell fica sem palavras para o que acabou de acontecer, antes de falar alguma coisa, Konan o começa a puxar ele.
“Aonde vamos?”, questiona serguei.
“Vamos para a última localização do Homem torto…” responde Konan, ainda puxando Maxwell
Maxwell resmunga pedindo para não ir, mas tanto Konan quanto Serguei o ignoram. Mas já dentro do acampamento dos filhos de Ermes, Mia percebe que o clima está tenso, como se todos soubessem que uma grande batalha contra os seguidores de Akash está por vir.
Ermes sentindo a angústia de Mia, a questiona:
“Está tudo bem?”
“Não…”, responde Mia, sentada em uma árvore dentro do acampamento. “Meu pai tentou me machucar… ele nunca foi assim!”, afirma a garota, com lágrimas nos olhos.
“Imagino com isso tenha te afetado…”, diz Ermes tentando acalmar a garota. “Meu pai também não nunca foi uma boa pessoa também…”.
A garota se irrita com o que Ermes diz, ela decide ir para uma cabana, para descansar. ela fecha os olhos e volta para aquele mundo de cinzas, já dentro do mundo de Ermes, Mia a encontra sentada em uma árvore morta, como se já estivesse esperando por ela.
Mia se aproxima e senta ao seu lado, Ermes começa a fazer um leve carinho na cabeça de sua filha, enquanto a criança chorava a deusa a abraçava.
“Criança… infelizmente esse mundo é assim!”, afirma Ermes, “Nesse mundo não há ninguém que seja bom, apesar que haja pessoas que tentam ser boas… elas não duram muito, pois nesse mudo, é matar ou morrer!”.
“Que mundo infeliz que você vive, mãe” a garota chorava ainda mais, olhando para os olhos de sua mãe.
“Como assim?”, questiona Ermes, meio sem entender o que Mia está querendo dizer, “Eu estou apenas mostrando um fato!”.
“O mundo não deve ser tão ruim assim… nós não precisamos de matar uns aos outros, não precisamos escolher isso!” Mia afirma, com toda a convicção que seu coração diz.
Ermes sente um sentimento que não sentia a muito tempo, o sentimento de pena, ou até mesmo compreensão, a fazendo lembrar mais ainda do seu passado, a fazendo derramar mesmo que seja uma única gota de lágrima, algo que ela não sentia há anos.
Ermes a abraça mais forte, ela tenta ignorar esse sentimento, mas não consegue, o silêncio toma conta do lugar por um momento, até que a deusa diz:
“Você me lembra a minha irmã” sussurra Ermes, olhando para a garota.
Mia apenas fica em silêncio enquanto Ermes continua:
“Ela, era a melhor de nós”, Ermes aperta Mia, e uma chama surge em volta da árvore em que elas estão perto.
“O que aconteceu com ela?”, pergunta Mia, abraçando, Ermes.
“Como sempre aconteceu… tiraram ela de mim e me taxaram como o monstro!”, responde Ermes, olhando com raiva, não para a mia, mas sim para o horizonte como se lembrasse de algo. “Ela e meus filhos, todos levados embora, mortos por serem o que são.”
Mia olha para Ermes com uma feição de preocupação genuína, enquanto perguntava:
“Mas por que as pessoas te tratam mal?”
“Por vários motivos, pelo fato de eu ser uma fera, pelo meu temperamento, e pelo que eu sou!”, afirma Ermes, olhando para a pequena Mia, “Mas agora eu tenho você, e não deixarei ninguém te machucar!”, Ermes aperta as bochechas de Mia, enquanto dava um longo sorriso.
Mia tenta retirar as garras de Ermes de sua bochecha, mas a força da deusa é demais para ela. Ermes começa a rir como se não risse há séculos.
“Bem, agora eu tenho que ir, vou ajudar os outros para a batalha que está por vir” diz Ermes dando um beijinho na testa de sua filha.
Mia faz um sinal de continência para Ermes como se fosse uma soldada, Ermes acha fofo e então toma o controle de volta do corpo da garota. quando a deusa assume o controle do corpo, ela sai da barraca.
ao sair da barraca um dos seus filhos chega perto dela e questiona:
“O que faremos senhora Ermes?”
Ermes respira fundo e responde:
“Vamos aumentar nossos números!”
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