Índice de Capítulo

    Colin permanecia em silêncio na escuridão opressiva da cela, os cotovelos apoiados sobre os joelhos, o olhar perdido em um ponto qualquer. O ar era pesado, carregado com o cheiro de suor, ferro oxidado e a umidade das pedras que os cercavam.

    Seus companheiros compartilhavam o pouco alimento que haviam conseguido, dividindo cada pedaço como se fosse um tesouro.

    Não era muito, mas ali, naquela condição desesperadora, cada migalha era valiosa. Eles sabiam que precisavam racionar, esticar cada gota de água até o limite.

    Ao menos, teriam de fazer isso, se pretendiam ficar ali. Mas os planos de Colin eram outros.

    Morwyna se aproximou hesitante, os dedos trêmulos enquanto estendia um pedaço de carne assada. As chamas da tocha mal iluminavam seu rosto, mas seus olhos, tingidos de preocupação, estavam fixos nele.

    — Você também deveria comer, senhor Colin… — Sua voz era baixa, mas carregava um peso quase suplicante.

    Ele desviou o olhar para a comida e depois para ela, balançando a cabeça em recusa.

    — Aproveitem, vocês precisarão mais do que eu. — Sua voz era calma, mas firme, encerrando qualquer discussão antes que começasse.

    Samantha, sentada ao lado dele, não aceitou sua recusa tão facilmente. Seus olhos arderam em desafio enquanto se inclinava ligeiramente para frente, os punhos cerrados sobre os joelhos.

    — Colin, aceite! — Ela ordenou, a voz afiada como a ponta de uma pedra lascada. — Você é quem terá mais trabalho, então precisa estar forte!

    Ele inspirou fundo, prendendo o ar por um instante antes de soltá-lo em um suspiro resignado. Não valia a pena discutir com Samantha quando ela decidia ser teimosa. Pegou o pedaço de carne de Morwyna e começou a comer em silêncio, sentindo o olhar satisfeito de Samantha sobre si.

    Do outro lado da cela, Wenrik mastigava rapidamente, seus olhos ansiosos saltando de um rosto para outro, incapaz de conter sua inquietação.

    — Quando vamos agir, senhor? — ele perguntou, tentando manter a voz controlada, mas falhando em esconder o nervosismo que borbulhava dentro dele.

    Colin engoliu a última mordida antes de responder.

    — Duas horas depois de terminarmos aqui.

    Com um movimento calculado, ele retirou três adagas de uma pequena bolsa de couro remendada, o metal opaco absorvendo a luz bruxuleante da cela.

    — Temos três adagas anti-magia — ele continuou, segurando-as firmemente antes de distribuí-las.

    Samantha pegou a sua sem hesitação, testando o peso na palma da mão, os olhos afiados como de uma caçadora. Yllastina, por outro lado, sorriu de forma predatória ao receber a sua, girando a lâmina entre os dedos calejados.

    — Sejam espertas — Colin advertiu, seu olhar pousando sobre ambas. — Não entrem em brigas desnecessárias.

    Elas assentiram, entendendo a gravidade de suas palavras.

    — Alguns Alfas carregam chaves que, pelo que observei, são universais. Elas abrirão todas as celas. Quanto mais aliados na confusão, melhor.

    Morwyna hesitou, seu olhar oscilando entre o chão e Colin antes que sua voz saísse num fio trêmulo.

    — Mas… e se nos separarmos do senhor?

    O olhar de Colin suavizou levemente ao encontrá-la, mas sua voz manteve a firmeza de quem já previra esse cenário.

    — Nos encontraremos na cidade de Gheskou. Pode ser trabalhoso chegar lá, mas vamos ser otimistas. Se conseguirmos usar magia nos túneis, teremos uma chance.

    Ao seu lado, Yllastina soltou uma risada baixa e gutural, batendo o punho contra o peito com entusiasmo.

    — Cidade de Gheskou, né? Pode deixar!

    Colin assentiu, satisfeito com a resposta.

    — Agora terminem de comer e descansem. — Seu olhar percorreu cada um deles. — As próximas horas serão decisivas.

    O silêncio se instalou na cela, mas não era um silêncio de resignação. Era o silêncio da antecipação, da tensão antes da tempestade. E quando a tempestade chegasse, eles precisariam estar prontos.


    As barras frias da cela pressionavam contra os dedos de Colin enquanto sua voz, trêmula e carregada de urgência, ecoava pelo corredor sombrio.

    — Ei, tem um corpo aqui! Alguém pode dar uma olhada? — ele chamou, sua voz carregada de gravidade, deixando escapar um leve tremor, como se estivesse lutando para manter a compostura.

    O som de passos pesados respondeu à sua chamada. O goblin Alfa se aproximou com desconfiança, seus olhos pequenos e incandescentes como brasas na penumbra da masmorra.

    — É o velho Wenrik. Discutimos por um naco de pão e… bem, as coisas saíram do controle. Foi legítima defesa, eu juro.

    O Alfa lançou um olhar avaliador para a cela, depois fez um gesto discreto, convocando seus subordinados. Os goblins deslizaram pelo chão de pedra com uma precisão silenciosa, suas garras afiadas refletindo a pouca luz do ambiente.

    O erro deles foi se aproximar demais.

    Antes que um deles pudesse tocar no cadáver improvisado, Samantha e Yllastina irromperam das sombras como predadores em emboscada.

    Samantha cortou a garganta de um goblin com um movimento limpo e mortal, sua lâmina afundando na carne antes que ele tivesse tempo de gritar. Yllastina, com sua força brutal, agarrou outro goblin pela cabeça e, com um estalo seco, esmagou seu crânio contra a parede de pedra. O impacto foi tão violento que o sangue jorrou como um jato quente, tingindo a cela de carmesim.

    Crunch!

    O som grotesco ecoou no silêncio momentâneo antes que o Alfa, postado na entrada da cela, finalmente entendesse o que estava acontecendo. Mas já era tarde demais.

    Com a velocidade de uma serpente, Colin se lançou contra ele. Sua adaga deslizou pelo ar e encontrou a garganta do goblin, afundando-se profundamente na carne. O Alfa tentou emitir um grunhido de alerta, mas tudo o que saiu foi um gorgolejo abafado, o sangue espesso borbulhando de seus lábios. Seus olhos arregalaram-se em choque antes que ele tombasse pesadamente no chão.

    O silêncio caiu tão rápido quanto os corpos.

    Colin limpou a lâmina na túnica do goblin morto e, sem hesitar, ajoelhou-se sobre o cadáver, vasculhando seus bolsos com dedos ágeis até encontrar o que buscava: uma chave de ferro escura, fria ao toque.

    Ele a girou entre os dedos por um momento, então a jogou para o anão.

    — Perfeito! — Ele murmurou, um brilho satisfeito em seu olhar. — Hora de darmos o fora daqui.

    O Errante aproximou-se da porta da cela, os olhos examinando a escuridão adiante. O corredor se estendia como um labirinto de pedra, mas o perigo estava perto. Muito perto.

    Ao longe, o som ritmado de botas pesadas ressoava no chão — vinte Alfas, talvez mais, marchando com precisão militar, já se movendo em sua direção.

    — Agora ou nunca. — Colin sussurrou para o anão, seu tom carregado de urgência. — Veja se consegue destrancar pelo menos três celas antes que eles cheguem. Rápido, não temos muito tempo.

    O anão não hesitou. Com mãos firmes e um olhar afiado, enfiou a chave na fechadura e girou, libertando os primeiros prisioneiros.

    Então veio o primeiro grito.

    Não de dor, mas de júbilo.

    Os prisioneiros, com os olhos arregalados e corpos exaustos, perceberam o que estava acontecendo e explodiram em exclamações de alívio. O anão seguiu destrancando celas, e cinco homens emergiram de um lado, seguidos por outros vinte.

    O caos se instaurou quando os recém-libertos se lançaram contra seus algozes com ódio acumulado por anos de cativeiro.

    Colin girou nos calcanhares no instante em que um Alfa avançou contra ele, os punhos cerrados.

    Ele desviou com fluidez, seu corpo movendo-se como um vendaval, e em um único golpe preciso, sua lâmina encontrou a lateral do pescoço do goblin. A criatura tropeçou para trás, cambaleando até o corrimão de ferro enferrujado antes de cair no vazio abaixo.

    Um grito curto, interrompido pelo impacto distante.

    — Lembrem-se, o encontro é em Gheskou! — Colin bradou por cima do tumulto, sua voz se sobrepondo ao barulho das armas e gritos de combate.

    A resposta veio na forma de acenos rápidos antes que os grupos se dispersassem pelas sombras da prisão.

    Então o caos devorou tudo.

    Colin se viu cercado. Um Alfa avançou contra ele, lâmina em punho. Colin bloqueou o golpe com sua adaga e, em um único movimento fluido, desceu a lâmina contra a jugular do inimigo. O sangue espirrou quente, tingindo sua túnica de vermelho.

    Outro goblin investiu, e Colin o recebeu com uma joelhada brutal no estômago antes de cravar a adaga no crânio da criatura, sentindo o osso ceder sob a lâmina.

    O chão ficou escorregadio com o sangue dos carcereiros.

    Samantha, do outro lado, lutava ferozmente, retalhando qualquer coisa que ousasse se aproximar dela. Yllastina esmagava crânios e dilacerava gargantas como se fosse um avatar da destruição.

    E o anão? Ele havia mergulhado mais fundo nas entranhas da prisão, sua determinação inabalável enquanto libertava mais e mais prisioneiros. Agora, os ex-cativos estavam armados, as chaves roubadas passando de mão em mão, abrindo mais celas, engrossando a rebelião.

    O massacre se tornava inevitável.

    — Senhorita Samantha! — A voz de Morwyna cortou o caos, desesperada.

    Ela estava presa entre dois goblins, uma adaga que roubou vibrando em sua mão trêmula. Seu grito se perdeu no tumulto de aço e fúria, enquanto a batalha pela liberdade alcançava seu ápice.

    Swin!

    Morwyna soltou um grito que se perdeu no caos da batalha enquanto se esquivava por um triz da lâmina de um Alfa.

    Seu coração pulsava contra o peito, sua respiração irregular enquanto se movia com agilidade felina, rastejando por entre corpos e sombras. Com um impulso, ela emergiu do tumulto e correu na direção oposta à de Samantha, seu instinto gritando para que seguisse o único caminho seguro que encontrara.

    Atrás dela, o clamor dos prisioneiros se erguia como um trovão em meio à rebelião.

    — Sigam o Elfo Negro tatuado! — alguém bradou, e logo a frase se espalhou como um eco de esperança. — Ele é nossa salvação!

    Colin era a personificação de um carniceiro, avançando impiedoso pelo campo de batalha. Cada movimento seu era uma sentença de morte. Seu corpo girava, desviava, cortava e perfurava em uma dança selvagem e meticulosa, como se a própria guerra fluísse em suas veias.

    — Ei, gigante! — Um prisioneiro surgiu ao seu lado, sua expressão eufórica em meio à carnificina. — Queremos lutar também!

    Colin rosnou em resposta, travando sua lâmina contra um machado colossal.

    Ting!

    O impacto percorreu seu braço como uma onda brutal, mas ele recuou no momento certo, girando e enterrando sua adaga no olho de um Alfa. O goblin guinchou e desabou, o corpo contorcendo-se em espasmos antes de ficar imóvel.

    — Querem lutar? — rugiu Colin. — Então banhem este lugar com o sangue dos goblins!

    Os prisioneiros não hesitaram.

    Tomados pela fúria da liberdade, muitos saltaram dos andares superiores, enquanto outros caíam sobre os guardas restantes como feras enfurecidas.

    A fuga transformara-se em um massacre.

    Mas Colin não ficou para assistir.

    Com um único golpe de adaga, ele arrebentou um cadeado enferrujado e atravessou um corredor estreito, a penumbra o envolvendo como um manto.

    Mais adiante, uma luz bruxuleante piscava, uma promessa tênue de liberdade.

    “Preciso saber onde estão minhas coisas,” pensou ele.

    Ao avistarem sua silhueta ameaçadora, os sacerdotes que trabalhavam para Ryan entraram em pânico. Eles correram desajeitados, tropeçando uns nos outros em sua pressa desesperada para escapar.

    Mas Colin era mais rápido.

    Ele avançou como um raio, alcançando um dos sacerdotes e o empurrando contra a parede com força suficiente para tirar-lhe o fôlego. Sua lâmina foi pressionada contra o pescoço do homem.

    — Misericórdia! — O sacerdote guinchou, as mãos trêmulas se erguendo em súplica.

    — Onde estão os pertences dos prisioneiros? — Colin exigiu, a paciência pendendo por um fio.

    — Nos esgotos… perto do lago, no nível mais baixo. Se seguir reto, encontrará o lugar! Mas há muitos pertences… pode não achar o que procura!

    Passos soaram atrás dele. Colin girou rapidamente, sua lâmina erguida para um golpe fatal — até que reconheceu o rosto que se aproximava.

    — Morwyna? — Sua voz carregava uma ponta de irritação. — O que está fazendo aqui?

    A elfa hesitou, ofegante.

    — Eu… me perdi dos outros. Vi você entrar e…

    Colin bufou.

    — Então venha. Rápido. Não temos tempo a perder.

    — T-tá!

    Crunch!

    Com um golpe decisivo, Colin separou a cabeça do sacerdote de seu corpo.

    Sem olhar para trás, Colin avançou, o corredor se estreitando e escurecendo a cada passo.

    A luz fraca no fim do túnel os guiava, mas quando chegaram ao seu limite, ela revelou algo mais: uma escadaria íngreme que descia interminavelmente.

    Foi então que ele ouviu a voz ofegante atrás dele.

    — Espera! Senhor Colin!

    Colin parou abruptamente, soltando um suspiro impaciente.

    “Ela é lenta demais… vai me atrasar,” pensou ele, seus olhos cravando-se nela com irritação. Mas deixá-la para trás não era uma opção.

    “Tem sorte de ser a filha do rei dos Elfos Negros…”

    Essa ideia se fixou em sua mente, como uma peça inesperada em um jogo de estratégia. Seu pai era um inimigo, mas Morwyna? Ela estava ali, ao seu lado, vulnerável, dependente dele.

    Colin apertou os lábios, sentindo um sutil traço de oportunidade. Ele poderia usá-la. O sangue dela carregava peso entre os elfos, e se soubesse jogá-la corretamente, poderia fazer com que servisse aos seus próprios interesses.

    “Certo, Morwyna, você pode ser mais útil do que pensei.”

    Morwyna finalmente o alcançou, as mãos nos joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego.

    Sem uma palavra, Colin puxou uma adaga reluzente e a estendeu para ela.

    — Fique com isso.

    Morwyna olhou para a arma, hesitante.

    — E-eu não sou uma guerreira, senhor Colin…

    — Não importa. Apenas segure.

    Seu tom não deixava espaço para discussão.

    Ela pegou a adaga com mãos trêmulas, e antes que pudesse protestar mais, Colin a segurou pela cintura com um movimento firme e a ergueu como se não pesasse mais do que uma pluma.

    — S-senhor! — Morwyna arfou, sua pele pegando fogo ao sentir as mãos dele firmes contra sua cintura.

    De repente, sentiu-se apoiada sobre os ombros de Colin, o braço dele firme em suas coxas, sustentando-a com facilidade.

    Seu rosto corou violentamente ao perceber a proximidade.

    “O corpo de um homem é tão quente assim?”, pensou ela, surpresa com a intensidade da sensação. Nunca estivera tão perto dele antes… não assim.

    Ela balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos inoportunos.

    — Vigie quem vem atrás de nós — ordenou ele, sua voz baixa e afiada. — Se necessário, use a adaga.

    Morwyna engoliu em seco.

    — T-tá…

    Sem mais avisos, Colin flexionou os joelhos e saltou.

    Ele voava degraus abaixo com uma velocidade inumana, suas vestes tremulando ao vento enquanto a escuridão parecia engoli-los.

    Morwyna observava por cima do ombro, os olhos atentos a qualquer ameaça.

    “Não podemos usar mana e grande parte da força dele está selada… e mesmo assim, ele é rápido como o vento e forte como um touro… vovô estava certo? Senhor Colin pode mesmo vencer o papai?”

    Ao chegarem ao fim da escadaria, um odor pútrido tomou conta do ar.

    Colin franziu o cenho ao ver um lago sujo e lamacento espalhado diante deles. Diversos pertences boiavam sobre a água turva, perdidos em meio ao lodo.

    — Merda… Como eu vou—

    — Senhor Colin!

    Morwyna, ainda sobre seus ombros, ergueu a mão. Uma esfera de fogo acendeu-se na palma de sua mão, pulsando como um coração flamejante.

    — Mana pode ser usada aqui!

    Colin a colocou no chão imediatamente, seus olhos brilhando com nova determinação.

    — Ótimo, me ajude a encontrar Claymore. — Sua voz era grave, controlada. — Eu não consigo usar mana, então você deve conseguir senti-la. Deve ser a mana mais alta desse lugar.

    Morwyna fechou os olhos por um instante, sua mente varrendo as energias dispersas pelo subsolo. A podridão do lugar dificultava sua leitura, mas então… ali, nos fundos, algo emanava uma aura densa, pulsante.

    — A-acho que encontrei! — ela exclamou, apontando com hesitação.

    Sem esperar, ela se lançou adiante, afundando na lama até a cintura. O frio a envolveu imediatamente, sua pele arrepiando com o contato viscoso. Inspirando fundo, ela mergulhou no lodo escuro, seus dedos tateando desesperadamente entre os destroços enterrados.

    Segundos depois, sua mão encontrou algo liso e rígido — um anel. A energia nele vibrava como um coração vivo.

    Com um arquejo, Morwyna emergiu, tossindo e arfando, sua pele encharcada e coberta de lama.

    — E-encontrei! — Ela se esforçou para se aproximar, as pernas vacilando sob o peso da lama. Com um último impulso, entregou o anel a Colin.

    Ele o pegou, sentindo imediatamente a ressonância fria e familiar de Claymore e puxou Morwyna para cima. Seu semblante se endureceu.

    — Bom trabalho. Agora precisamos sair daqui.

    Morwyna olhou ao redor e apontou para uma passagem sombria nos fundos da caverna.

    — E se seguirmos por ali? Não consigo enxergar o final… deve ser uma saída.

    Colin estreitou os olhos, ponderando.

    “Pelo menos a mana funciona nesse lugar… talvez seja mesmo a nossa melhor opção. O subterrâneo não deve ser tão extenso, acho que consigo chegar até Gheskou seguindo em frente.”

    — Certo, vamos.

    Nota: Morwyna gerada por IA

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