Capítulo 421 – Achamos o traidor! (4/4).
O pântano fervilhava com a batalha, a água turva e lamacenta agitada pelo choque de forças que pareciam querer rasgar o próprio tecido da realidade.
Colin, com um sorriso inabalável no rosto, ergueu o dedo indicador em direção ao demônio. Um clarão brilhou na ponta de seu dedo antes que uma rajada de eletricidade cortasse o ar com um chiado mortal.
O projétil sibilou em direção à criatura, mas o demônio era rápido — rápido como uma sombra fugidia.
Ele se esquivou com um movimento fluido, e a rajada atingiu as paredes da caverna, detonando uma explosão que lançou pedras e faíscas em todas as direções.
Cabrum!
— Não me subestime, mestiço! — rosnou o demônio.
Com um poderoso bater de suas asas membranosas, o demônio avançou sobre Colin como uma flecha disparada por um arco.
Seu punho encontrou o abdômen de Colin com uma força brutal, enviando-o para trás em um impacto que fez a lama explodir ao seu redor, o jogando longe.
Baaam!
O solo tremeu com o impacto, mas Colin não se abalou. Arrastou pela lama, mas não caiu.
— Isso foi o seu melhor? — provocou Colin. — Vou mostrar a você o que é um soco de verdade!
Usando os passos fantasmas, Colin contra-atacou com um soco que ecoou como um trovão, fazendo o demônio quicar sobre a superfície da água como uma pedra arremessada com precisão.
Pah!
Antes que pudesse colidir com a parede da caverna, o demônio abriu suas asas novamente, parando abruptamente no ar.
Seus olhos ardiam com uma mistura de raiva e frustração enquanto avaliava o adversário.
“Tsc… Esse mestiço tem tanta força quanto eu… mas não importa, ele é só um mortal com uma força anormal, nem mais, nem menos!”
Com um rugido ensurdecedor, o demônio ergueu as mãos, seus músculos demoníacos tensionados como cordas de aço.
Uma esfera de fogo começou a tomar forma entre suas garras.
— Se está tão convencido, campeão de Kag’thuzir, tente sobreviver a isso! Esse poder conseguiu dizimar hordas inteiras, você, um mero mortal—
— Ah… — Colin bocejou. — Você fala demais, sabia? Vamos logo com isso, estou ficando entediado.
Uma veia saltou da têmpora do demônio.
— VOU TE DESTRUIR, MESTIÇO MALDITO!
Ele a lançou com toda a sua força, mas Colin, com um movimento tão suave quanto o vento, absorveu a esfera com o braço direito., suas tatuagens brilhando intensamente.
Antes que o demônio pudesse piscar, Colin desapareceu de vista, reaparecendo instantaneamente diante dele graças aos passos fantasmas.
“O que ele fez? Merda! Tenho que me recompor!” rosnou o demônio, tentando golpear Colin com uma série de ataques rápidos e brutais.
Punhos e patas voaram na direção do errante, mas ele os bloqueava com somente um braço, como se estivesse brincando com uma criança irritada.
“Tsc! Com um braço?” pensou o demônio, sua confiança começando a se desfazer como areia entre os dedos.
A criatura do abismo, temida por muitos, sentiu algo que há muito não experimentava.
Medo.
Por mais que tentasse, por mais que investisse toda a sua força e habilidade, seus golpes eram inúteis contra aquele homem.
Era como tentar cortar aço com um graveto.
“Esse verme! Ele nem está se esforçando! Eu… vou perder? Não! Eu não aceito perder para ele!”
Colin percebeu a hesitação no olhar da criatura. Em um único movimento preciso, ele aproveitou a brecha na defesa do demônio e desferiu um soco devastador em seu abdômen.
O impacto foi como o de um martelo gigante, lançando o demônio contra as paredes da caverna com um estrondo cataclísmico.
Booom!
— Seu verme! — urrou o demônio, emergindo do buraco na parede, sua armadura natural rachando e esfarelando como casca velha. — Não vou decepcionar o senhor Ig’drolluuth, não vou perder para o campeão de uma traidora!
Colin, ainda com aquele sorriso irônico no rosto, respondeu:
— Você é uma criatura do abismo, né? Pelo jeito que luta você deve ser do alto escalão, acertei? Se Drez’gan mandou vocês, é um pouco decepcionante. Você é fraco, e esse Ig’drolluuth deve ser outro inútil.
— COMO VOCÊ OUSA?! — O demônio rugiu de fúria.
Mas antes que pudesse reagir, Colin estava sobre ele.
Com um movimento rápido e implacável, ele agarrou o demônio pela boca, tapando-a com firmeza enquanto pressionava sua cabeça contra a parede da caverna num estrondo.
As escamas ao redor da boca da criatura começaram a rachar sob a pressão, e seus olhos se arregalaram em puro terror.
— Não tenho tempo para perder com você — disse Colin, sua voz baixa e fria. — Se esse Ig’drolluuth, ou melhor, se Drez’gan quer tanto me enfrentar, diga a ele que estou esperando. Chega de mandar esses lacaios inúteis atrás de mim ou das minhas esposas. Quero um desafio de verdade.
A caverna ficou em silêncio, exceto pelo som distante das águas do pântano lambendo as margens.
Os olhos de Colin, amarelos como ouro derretido, fixaram-se no demônio com uma intensidade que fez a criatura tremer.
Não era medo simples; era algo mais profundo, um terror ancestral, algo que poucos conseguiam fazer demônios sentirem.
“Eu… temo um mestiço? Não, não é apenas isso”, pensou o demônio, sua mente fervilhando em desespero. “O poder que ele exala… não é só a sombra de Kag’thuzir que pesa sobre seus ombros. Há outras sombras ali, sombras antigas e terríveis. Merda! Esse homem é perigoso! Talvez tão forte quanto Ig’drolluuth, o Príncipe dos Flagelos… Será blasfêmia pensar isso?”
Antes que pudesse refletir mais, o punho de Colin encontrou seu peito com a força de um vendaval. O impacto foi brutal, arrastando-o contra a parede áspera da caverna, onde as pedras cortavam sua carne como lâminas enferrujadas.
A criatura tentou resistir, mas era inútil — Colin a ergueu pelo pescoço, como se fosse um brinquedo, um boneco grotesco nas mãos de um titereiro insensível.
Com um sorriso cruel curvando seus lábios, Colin arremessou o demônio para o alto. Antes mesmo que o corpo começasse a cair, ele desapareceu nas sombras, reaparecendo instantaneamente à frente da criatura.
O primeiro golpe ecoou pela caverna como um trovão, atingindo o abdômen do demônio.
Cabrum!
O som reverberou, metálico e cru, enquanto o corpo da criatura mergulhava em direção às águas turvas do pântano.
Mas Colin já estava lá.
Ele emergiu das sombras como um espectro vingativo, agarrando o rosto do demônio antes que tocasse a superfície lamacenta.
Com um soco devastador, enviou-o de volta ao ar.
Cabrum!
Outro golpe certeiro, dessa vez nas costelas, partindo a armadura natural da criatura como madeira podre. Os ossos estalaram e sangue negro jorrou das feridas recém-abertas.
A cada movimento de Colin, o tempo parecia desacelerar para o demônio.
Ele era jogado de um lado para o outro como um farrapo ensanguentado, incapaz de reagir. Quando finalmente colidiu com as águas estagnadas, Colin surgiu novamente.
Com um grunhido animal, ele esmurrou a cabeça da criatura contra o fundo lamacento, repelindo água e sujeira em todas as direções.
Booom!
O impacto sacudiu a própria terra, fazendo pequenas pedras caírem do teto da caverna.
Plantando o pé no peito do demônio, Colin agarrou suas asas com uma força que não deixava espaço para misericórdia.
— Você não vai mais precisar disso!
Com um puxão violento, arrancou as asas do demônio de suas articulações, descartando-as como folhas secas levadas pelo vento.
O grito agonizante do demônio ecoou pelas paredes, mas Colin não demonstrou nenhum sinal de piedade.
— Como eu estava com saudade disso — Colin estava excitado. Não era só seu semblante assustador que denunciava isso, mas todo seu corpo.
O demônio mal teve tempo de recuperar o fôlego antes de ser lançado contra a parede maciça da caverna com um chute.
Bruum!
O som foi ensurdecedor, quase rivalizando com o rugido de um dragão. As rachaduras espalharam-se pela pedra, subindo até o teto como veias pretas em mármore cinza.
Enquanto a criatura escorregava lentamente para baixo, Colin já estava lá, pressionando seu rosto contra a parede com uma força que ameaçava esmagá-lo.
Bram!
Mais rachaduras surgiram, e poeira caiu do teto como chuva.
Colin inclinou-se para perto, seus lábios curvados em um sorriso diabólico.
— Então… essa é a força do campeão de Kag’thuzir… — disse o demônio, mal conseguindo terminar a frase.
— Não sou campeão de ninguém — respondeu Colin, os dedos cravados na carne do demônio como garras. — O nome dela é Brighid… e ela é minha. Não apenas minha esposa. Minha. Minha para comandar, para moldar, para fortalecer.
O demônio tentou cuspir uma resposta, mas as palavras saíram engasgadas.
— Por que… ela escolheria você e não o senhor Drez’gan…?
Colin soltou uma risada curta, um som seco e carregado de desprezo.
— Porque provavelmente sou melhor que ele, não acha?
O demônio rosnou, a voz embargada pelo ódio.
— Impossível… você é só um mortal… não tem nada divino em você… você… está mais próximo de demônios como eu do que de seres abençoados como o senhor Drez’gan.
Colin inclinou a cabeça, seu sorriso se alargando lentamente, como um corte perverso no rosto.
— Então deve ser por isso.
Ele se abaixou, os olhos dourados faiscando na penumbra da caverna, sua presença esmagadora se infiltrando como veneno na mente do demônio.
— Drez’gan deve ser um ser tedioso… limitado por sua própria santidade, por sua falsa moralidade. Mas sabe de uma coisa? Eu sou grato a ele.
Colin afundou os dedos na mandíbula do demônio, apertando com força suficiente para fazer os ossos estalarem.
— Ele moldou Brighid, lapidou sua força, endureceu seu espírito… mas, no final, quem teve o prazer de tomá-la fui eu. Quem sente o calor do corpo dela, quem escuta seus sussurros no escuro, quem tem o gosto dela na boca sou eu. Um mero mortal… e não um ser ‘abençoado’ como ele.
Colin parecia mais perverso, era como se toda aquela situação estivesse o excitando.
— Deve ser humilhante, não acha? Um deus gastando séculos preparando sua peça perfeita… apenas para vê-la cair nos braços de alguém como eu.
Colin passou a língua pelos dentes, os olhos brilhando com algo sombrio.
— Mas é isso que eu faço. Eu pego o que quero. E quando os outros percebem, já é tarde demais.
— Ora, seu…
Sem aviso, ele jogou o demônio de volta ao lamaçal. A criatura afundou, debatendo-se enquanto tentava respirar. Mas Colin não permitiu que escapasse.
Agachando-se, ele pisou com força na cabeça do demônio, empurrando-a ainda mais fundo na lama.
— Demorou até eu entender como as coisas funcionam aqui — disse Colin, seu pé afogando a criatura na lama. — Os fortes mandam. Os fracos obedecem. E se você não obedece…
Ele se inclinou, apanhou os chifres do demônio e os torceu com ambas as mãos, arrancando-os com um som úmido e nauseante.
Cruch!
— Você será engolido.
O grito de dor do monstro foi abafado pela lama, mas Colin ouviu claramente.
Ele retirou o pé da cabeça da criatura apenas para chutá-la no estômago. Não foi um golpe mortal, mas suficiente para fazê-la rolar, tossindo sangue escuro, até ficar de barriga para cima.
— Tive muitos mestres — continuou Colin, observando o demônio se contorcer como um verme na lama. — Homens e mulheres poderosos, guerreiros temidos, todos fortes o bastante para me dobrar, para me esculpir à força entre aço e sangue. Até mesmo servi sob a bandeira de Ultan, obedeci a suas ordens, lutei suas guerras.
Colin sorriu, um brilho cruel dançando em seus olhos dourados.
— Mas então percebi… percebi que nenhum deles podia mais me subjugar. Que seus punhos já não pesavam sobre mim, que suas palavras não tinham mais garras. Então fiz o que qualquer predador faria.
Ele se inclinou lentamente, agarrando o queixo do demônio com uma mão firme, os dedos afundando na carne áspera e queimada da criatura.
— Eu os superei. E então, fiz com os outros o mesmo que fizeram comigo.
Colin inclinou ainda mais o rosto, sua respiração quente roçando contra a pele pútrida do demônio.
— Não há nada mais viciante do que dobrar alguém à sua vontade. Sentir o momento exato em que a luta some dos olhos deles, quando a última fagulha de resistência se apaga… e só resta submissão.
Colin sentou no peito do demônio, o encarando com aqueles olhos assustadores.
— Sabe… O lugar de onde vim… pouco importava se eu estava vivo ou morto. Mas agora… agora sou o centro de tudo. As pessoas orbitam ao meu redor como meros satélites, aguardando minhas decisões, obedecendo sem questionar, rastejando por conselhos e proteção. Meus filhos me veem como um titã, minhas esposas se dobram diante de mim como sacerdotisas diante de um altar… e a sensação de possuir mulheres poderosas sob meu comando, moldá-las ao meu gosto, fazê-las se curvarem à minha vontade… é simplesmente divina.
Colin riu, um som rouco, perverso.
— E então, quando o tédio aperta, quando a monotonia ameaça se instalar, eu venho até aqui… dilacerar criaturas como você. Despedaçar carne e ossos apenas pelo prazer de fazê-lo. Minha vida? Minha vida é um espetáculo de sangue e glória. Eu travo guerras, reduzo impérios a cinzas, lanço meus inimigos à lama e sou ovacionado por isso. Como um Deus, sou adorado… e como um Deus, sou temido.
Erguendo-se, Colin se afastou do demônio.
— Você me fez sentir um pouco de saudade de casa agora. Da guerra, do sangue derramado sob minha bandeira… do gosto das minhas esposas nos meus lábios, da forma como elas sussurram meu nome como se fosse uma prece. Da sensação de poder absoluto que elas me dão quando se ajoelham diante de mim, não por obrigação, mas porque sabem que eu estou acima de todos.
Colin soltou um suspiro teatral, como se realmente sentisse melancolia.
— Mas você não entenderia, não é? Vocês demônios não têm família, não conhecem o prazer da submissão voluntária, da adoração sincera. Só conhecem o medo… e agora, conhecem a mim. Que pena.
Exausto, o demônio tentou se erguer, mas suas pernas falharam. O peso do medo e da exaustão era grande demais para ser suportado.
Ele cambaleou alguns passos antes de cair de joelhos na lama negra que cobria o chão da caverna. Ergueu os olhos, ofegante, encontrando o rosto de Colin inclinado sobre ele, um sorriso zombeteiro brincando nos lábios do homem.
Colin agachou-se com a graça calculada de um predador, segurando o pescoço do demônio com firmeza, como quem agarra um filhote de corvo por seus pelos sujos.
— Olhe pra você — murmurou, a voz baixa, quase gentil, como um pai repreendendo uma criança frágil. — Tremendo, suando, ofegando como um animal encurralado.
Seus dedos se apertaram no pescoço do demônio, sentindo a pulsação fraca da criatura acelerando em puro desespero.
— Essa sensação… essa miséria, esse terror que escorre de você… é fascinante. Você era uma fera há pouco tempo, urrando, rosnando como se pudesse me devorar. Agora, veja só…
Ele afrouxou a mão por um segundo, deixando o demônio sugar um gole de ar, apenas para apertar novamente, observando-o se debater como um peixe fora d’água.
— Eu adoro ver quando os fortes se tornam fracos. Quando aqueles que se acham predadores percebem que não passam de presas. Esse momento, essa transição… — Colin riu, um som rouco e carregado de pura satisfação. — É a coisa mais linda do mundo.
O demônio tentou soltar um grunhido, mas a força de Colin o silenciava.
— Sabe por que eu gosto tanto de lutas, de guerras, de sangue sendo derramado? — Colin inclinou a cabeça para o lado, estudando a criatura com curiosidade mórbida. — Porque cada batalha me lembra do que realmente somos. Não há civilização, não há leis, não há moralidade. Apenas o forte e o fraco. Apenas o vencedor e o cadáver.
Ele se aproximou ainda mais, sua respiração quente batendo contra a pele áspera e ferida do demônio.
— E eu sou o vencedor.
Colin conjurou uma adaga elétrica e arrastou a ponta da lâmina contra a pele dura do pescoço da criatura, apenas o suficiente para abrir um corte fino, deixando um fio de sangue escorrer.
— Tudo isso… essas lutas, essas guerras… Eu faço isso porque eu gosto, e porque me diverte. E bem… eu posso, certo? Essa é a vantagem de estar no topo.
O demônio se engasgou em horror, tentando balbuciar algo, mas Colin o calou pressionando ainda mais forte a adaga na garganta da criatura.
— Mas sabe o que me diverte ainda mais?
O demônio mal conseguiu engolir em seco.
— É saber que, quando eu acabar com você… ninguém vai lembrar seu nome nem aqueles a quem você serve.
O silêncio na caverna foi rompido por um tremor profundo, reverberando através das paredes de pedra como um rugido.
O chão tremeu sob os pés de Colin, pequenas pedras se soltando do teto e caindo na lama negra. O demônio arregalou os olhos, um novo terror nublando seu semblante já devastado.
Colin, por outro lado, apenas sorriu.
— Interessante…
Ele inclinou a cabeça, fechando os olhos por um instante, sentindo o fluxo de mana ao seu redor. Então riu baixinho, um som carregado de satisfação.
— A mana daquele verme gigante desapareceu.
Ele abriu os olhos e olhou para o demônio com puro deleite.
— Parece que minha companheira já resolveu o problema dela… o que significa que perdi tempo brincando com você.
Ele girou os ombros, como se estivesse aquecendo o corpo antes de um exercício trivial.
— Acabou a diversão.
O sorriso de Colin se desfez, dando lugar a um olhar frio e impiedoso.
— Agora, vamos terminar isso.
— E-espere!
Morwyna despertou lentamente, a consciência rastejando de volta para ela.
O calor suave da fogueira próxima envolveu seu corpo e ela se moveu de leve, sentindo o tecido áspero da camisa rasgada de Colin sobre si — um manto improvisado que a protegia do frio cortante da caverna.
Seus olhos se abriram completamente e ela viu Colin sentado à luz das chamas, sua silhueta recortada pelas sombras dançantes. Ele estava ocupado assando algo sobre as brasas — algo que parecia ser o braço decepado do demônio.
Morwyna franziu o nariz, mas não disse nada. Observou enquanto ele mastigava devagar um dos dedos da criatura, perdido em pensamentos que só ele conhecia.
— Parece que sua luta espantou os vaga-lumes — comentou ele, sem olhar para ela. Sua voz era tranquila, quase indiferente, como se estivesse falando sobre o clima. — Aquele verme gigante era bem forte. Bom trabalho.
Um sorriso discreto curvou os lábios de Morwyna. Havia algo estranhamente reconfortante em saber que Colin estava ali, vivo e intacto, mesmo depois de tudo.
Com um suspiro contente, ela permitiu-se cair novamente no abraço quente do sono, entregando-se aos sonhos que a aguardavam, enquanto as chamas crepitavam suavemente ao fundo.
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