Índice de Capítulo

    A catedral erguia-se como um farol de esperança em meio ao caos da guerra. Suas paredes grossas e portas de carvalho maciço haviam se tornado um refúgio para os desafortunados, um santuário contra a escuridão que se espalhava pelo reino.

    Dentro, a luz era escassa, filtrada através dos vitrais quebrados, lançando um mosaico de cores sobre o chão de pedra.

    As sombras dançavam suavemente ao ritmo da chama trêmula das velas, enquanto as freiras moviam-se silenciosamente entre os bancos, cuidando dos feridos com mãos gentis e palavras de conforto.

    Sacerdote Heien estava sentado ao pé do altar, sua figura quase se fundindo com a escuridão que o rodeava. Seus olhos, afiados como os de uma águia, percorriam o salão, observando seu povo sofrido.

    Cada suspiro de dor, cada murmúrio de oração, ele absorvia como se fossem seus próprios. Ao seu lado, um jovem sacerdote aproximou-se com passos hesitantes, trazendo notícias que pesavam em seu coração.

    — Senhor, mais de nosso povo partiu mais cedo, restam poucos agora no país — disse o jovem, sua voz um sussurro temeroso.

    Heien assentiu lentamente. — Runyra nos forneceu abrigo e agora dizem que eles venceram os Elfos Negros, consegue acreditar nisso, rapaz?

    O rapaz engoliu em seco, a incerteza clara em seus olhos. — Dobraremos os joelhos para o rei deles?

    Heien deu de ombros. — Provavelmente. Conheci Colin há alguns anos, ele e a Santa… agora deusa, de Valéria. Eles eram promissores, mesmo em Ultan. Chega a ser engraçado ver como as coisas terminaram. — Com um suspiro, Heien se ergueu, sua estatura dominando o espaço sagrado. — Precisamos de mais carroças e mantimentos para a viagem. Não sei quando os Elfos Negros atacarão, mas precisamos ser rápidos. Essa guerra ainda não terminou.

    No firmamento vasto, um observador contemplava a majestosa capital da diocese de Barlog. Empoleirado em seu círculo mágico, Milveg permanecia ereto, os cabelos prateados deslizando ao sabor do vento enquanto densas nuvens começavam a invadir o horizonte.

    — Um cenário encantador — proferiu Milveg, esboçando um sorriso sutil. — A energia sacra… é palpável até mesmo aqui.

    Ao seu lado, um Elfo Negro envolto em uma capa sombria permanecia em silêncio.

    — Um Monarca Arcano do céu que se chamava Thoron, diziam que ele era tão forte que raios do tamanho de montanhas brotaram dos céus e devastaram as terras de Erokorg, nas ilhas marcadas do sul, queimando florestas inteiras, secando rios e remodelando todo um ecossistema. Sempre achei isso um exagero, mas havia algo místico nesses relatos que me instigavam a continuar me fortalecendo.

    As nuvens se tornavam mais escuras e os raios mais vívidos e barulhentos.

    — Árvore-do-céu… é difícil dominá-la, mas seu poder destrutivo é surpreendente. Os deuses me abençoaram com ela. Runyra ou eu… quem será que ganhará?

    — É o senhor, não há dúvidas — respondeu o Elfo ao seu lado.

    Milveg abriu um sorriso de canto, um brilho malicioso em seus olhos. — Se eu fosse você, fugiria daqui. Esse lugar inteiro sumirá.

    — O senhor realmente vai lutar?

    — É claro que vou, eles também têm alguém muito forte lá embaixo — Milveg disse, um sorriso pleno se formando em seus lábios. — Vai ser divertido.

    [Dias antes.]

    Ajoelhado na frente do rei, estava Miogve. Seu relatório de tudo que havia acontecido era preocupante, mas não deixou Milveg preocupado, pelo contrário, ele parecia se divertir com os relatos.

    — Errantes, gigantes, sacerdotes… parece que andou mesmo se divertindo, Miogve.

    Apesar do sorriso descontraído no semblante de seu senhor, ele se sentia apavorado de que previdências fossem tomadas contra ele, principalmente porque ele havia sido completamente derrotado.

    — Aceito a punição que vier, senhor…

    — Punição? Não… meus filhos foram experimentos falhos no fim. Só nos resta olhar para o futuro, e eu vejo o continente nele.

    — … O senhor…

    — Preciso convencer os conselheiros a me apoiarem. — Milveg se ergueu de seu trono. — Primeiro, o oeste precisa ser nosso. Os principais líderes de Brambéria, Valéria e Kyros foram correndo até Runyra, restando somente a diocese de Barlog e o habilidoso sacerdote Heien. Avise a todos os conselheiros que estou convocando uma reunião.

    — Si-sim, meu senhor.

    [Atualmente.]

    Acima da cidade, um círculo mágico colossal se formava, sua presença anunciando o prelúdio de um cataclismo. Raios serpenteavam em torno dele, dançando como serpentes de luz, cada movimento mais agressivo que o anterior.

    As pessoas abaixo, com olhos arregalados e corações palpitantes, observavam pela janela o espetáculo celeste, uma mistura de admiração e terror.

    Sacerdote Heien, com o cenho franzido, percebeu o que estava por vir.

    Um raio de proporções inimagináveis, do tamanho da própria cidade, despencou do céu em um resplendor avassalador, um brilho que ofuscava o sol que seria lembrado por eras.

    CABRUUUUUUUM!

    A explosão que se seguiu chacoalhou a terra, rachando-a por quilômetros, enquanto a onda de choque resultante arrancava árvores e extinguia vidas, transformando tudo ao redor em poeira.

    Mesmo Runyra, a centenas de quilômetros de distância, sentiu um leve tremor, um sussurro da destruição que se abateu sobre Barlog. Uma nuvem de cogumelo quilométrica erguia-se até os céus, um monumento sombrio à força desencadeada por Milveg.

    No entanto, as nuvens carregadas esvaneceram-se e o sol, como um beijo de despedida, acariciou aquelas terras que, por sorte, haviam sido evacuadas.

    — Impressionante! — exclamou Milveg, um sorriso adornando seu rosto enquanto observava o resultado de seu poder.

    Heien havia conseguido sobreviver; a catedral onde se refugiava permanecia intacta.

    Com os braços erguidos e um fio de cabelo rebelde em sua testa, ele era a imagem da resistência divina para aqueles que acreditavam em seu deus.

    Suspirando, Heien ajeitou a batina e, com um sorriso sinistro, declarou:

    — Quanta audácia sua, Elfo Negro maldito!

    Milveg, ainda no alto, começou a descer, como se flutuasse. — Eu sabia que ele era forte. Hehe! Eu não devia ter gastado quase toda minha mana nesse último ataque; se essa luta demorar demais, posso me complicar.

    E assim, enquanto o sol se punha sobre as ruínas de Barlog, dois poderes se preparavam para um confronto que decidiria o destino do oeste.

    Milveg tocou os pés no chão e enfiou as mãos nos bolsos.

    — Por isso recebi relatórios que homens meus foram mortos por você. Escapar ileso de um dos golpes mais forte do meu arsenal é de fato impressionante.

    Heien se aproximou, ajeitando o colarinho.

    — Não pensei que você fosse aparecer aqui em pessoa.

    Milveg deu de ombros.

    — Preciso dar uma lição em algumas crianças, mas decidi vir até aqui primeiro, já que falaram muito bem de você.

    O sacerdote fez uma reverência exagerada.

    — É uma honra que o rei dos Elfos Negros tenha vindo aqui atraído por minha fama. Uma luta até a morte, né? É isso que busca vindo até aqui?

    — Só estou esticando as pernas. — Milveg apontou com o queixo para a catedral cheia de enfermos, a única estrutura de pé naquele deserto deixado pelo Rei. — Se conseguir me entreter, poupo o seu pessoal.

    — Como se eles precisassem da misericórdia de um demônio.

    “Esse Elfo… ele tem um corpo musculoso demais, sem falar nessa sensação atormentadora que é estar a poucos metros dele.” Um sorriso diabólico desenhou seus lábios, contrastando com sua posição sacra. “Quero ver se ele é tudo isso que dizem!”

    Imbuindo as mãos com mana, Heien a moveu em um arco, forçando Milveg a se abaixar, poeira e detritos que ainda caiam atrás de Milveg, deixaram de existir.

    O Elfo dobrou os joelhos e avançou, pronto para desferir um soco, mas ele havia entrado no raio de alcance de Heien.

    Um círculo mágico se abriu debaixo deles, e tudo dentro do círculo desapareceu num piscar de olhos, até mesmo o chão abaixo dos pés de Heien, que ficou em cima de seu círculo mágico.

    Bram!

    — Você é espinhento! — exclamou Milveg ao longe. Ele havia escapado no último segundo. — Está com tanto medo assim de me deixar aproximar?

    — Acha que sou algum louco para tentar isso? — Ele abriu seu sorriso zombeteiro. — Você é o grande Milveg, tenho certeza de que se você se esforçar, vai encontrar um jeito.

    Milveg apontou o indicador para o sacerdote, uma luz ofuscante ganhando a forma de um orbe na ponta de seu dedo.

    “Quer usar um orbe de distração? Como se eu fosse cair nisso!”

    WOOSH!

    Movendo a mão na direção de Milveg, Heien o faz recuar num salto, o orbe se desfazendo em faíscas.

    — Vai continuar fugindo, rei? — Milveg respondeu com um sorriso.

    Assim que os pés de Milveg tocaram o chão, dezenas de círculos mágicos se abriram, e dele, tubarões feitos de faíscas nadavam na terra, indo até o sacerdote.

    WOOSH!

    Num movimento de braço, Heien fez todos os tubarões sumirem, desfazendo-se em faíscas enquanto ele ainda estava de pé em seu círculo mágico.

    — Isso é perda de tempo, rei, por que não para de fugir e vem logo para uma luta direta? Está com tanto medo assim de ser apagado pela minha técnica?

    Swin!

    Milveg, estendendo os dedos como se sua mão fosse uma espada, lançou um corte de raios na direção de Heien, um corte que foi completamente apagado.

    — É só isso que consegue fazer, sacerdote?

    — Só isso? — Heien devolveu o sorriso. — Não está sequer conseguindo me alcançar.

    Assentindo, Milveg deu de ombros.

    — Tudo bem, vamos lá, me ataque, ficarei aqui, parado, esperando o seu golpe.

    “Ele está blefando?”

    — Foi você quem pediu por isso!

    Num rápido movimento, Heien tentou apagar o torso de Milveg, mas o que conseguiu foi somente apagar parte de sua túnica, deixando o sacerdote boquiaberto.

    Uma gota de suor seco escorreu por sua têmpora.

    — Deve estar se perguntando: Como? Né?

    — …

    Milveg rasgou o que sobrou de sua camisa, mostrando seu corpo ainda mais robusto do que o de Colin.

    — Meus golpes anteriores… como Monarca Arcano da pujança, meu corpo se adaptou a você, mesmo que o que usei, não foram ataques diretos, corpo a corpo. — Ele estendeu a palma da mão para cima, conjurando uma andorinha elétrica. — Agora que me adaptei, você sequer conseguirá apagar um ser tão pequeno como esse, por que não tenta?

    Heien engoliu em seco.

    “Isso não é possível… Um monarca arcano da pujança que consegue se adaptar sem receber ataques diretos? Ele está quebrando as leis da própria árvore!”

    — Não vai me enganar com sua artimanha!

    Woosh!

    O sacerdote tentou apagar Milveg novamente, junto com a andorinha em sua mão, mas nada aconteceu.

    “Impossível!”

    — Eu não disse? — A andorinha na mão do Elfo se tornou uma lança. — Se tivesse acertado seu primeiro ataque, eu estaria provavelmente morto.

    “Merda! Tenho que usar mais mana!”

    Cabrum!

    Antes que pudesse se mover, um dos braços de Heien foi arrancado pela lança de Milveg.

    — Sinceramente, eu esperava bem mais de você — disse Milveg. — Espero que o rei de Runyra seja mais desafiador.

    — Seu verm-

    Swin!

    A lança que Milveg usou para destruir o braço do sacerdote retornou rodopiando como uma cerra, separando a cabeça de seu corpo.

    Ele caminhou até a catedral e fitou as freiras e os enfermos, todos apavorados.

    — Sigam para Runyra e avisem à rainha que a guerra ainda não terminou.

    Suando frio, eles apenas assentiram.

    Faíscas circundaram o corpo de Milveg e, em um ribombar, ele desapareceu, deixando apenas faíscas.


    Em uma sala sombria, quase engolida pela escuridão, quatro Elfos Negros se reuniam. Suas vestes, finas e dignas da nobreza, pareciam absorver a pouca luz que penetrava pelas frestas das janelas.

    Sentados em um tapete de seda, eles compartilhavam um momento de tranquilidade enquanto tomavam chá.

    O ambiente era silencioso, apenas o sussurro do vento e o crepitar da lareira queimando no canto da sala quebravam o silêncio. Os Elfos mantinham uma postura elegante, as mãos segurando as xícaras com destreza, como se cada gesto fosse uma dança ensaiada.

    Foi então que a porta de madeira rangeu, revelando a figura de Milveg. Seus pés descalços afundaram no tapete, abafando qualquer som que pudesse denunciar sua chegada. Seu sorriso iluminou o ambiente, e os quatro homens que o cercavam se ergueram imediatamente, curvando-se em reverência.

    Milveg retribuiu o gesto com um aceno de cabeça, antes de se sentar entre eles.

    A atmosfera na sala mudou. Agora, havia uma tensão palpável, como se o próprio ar estivesse carregado de segredos e expectativas.

    Os Elfos Negros observavam Milveg com olhos atentos, esperando suas palavras. Ele tomou uma xícara de chá, o vapor subindo em espirais ao redor de seu rosto e finalmente falou.

    — Meus amigos, já faz um tempo que estivemos juntos nessa sala.

    — Entrou mesmo em guerra com Runyra?

    — Bem… — respondeu Milveg. — Temos muito o que conversar.


    Na penumbra da sala, os quatro Elfos Negros e Milveg. A discussão girava em torno da guerra contra Runyra, uma potência temida por muitos. Os boatos sobre o rei de Runyra e suas esposas, todos poderosos, ecoavam nas mentes dos presentes.

    Milveg permanecia impassível, um sorriso de canto nos lábios. Ele relatou que uma vanguarda havia sido enviada e conquistado parte do oeste em poucas semanas. Sua força principal permanecia intacta, e ele esperava que seus aliados cumprissem seu juramento de servidão.

    Um dos Elfos questionou:

    — Por que essa guerra? Runyra é poderosa. Ouvi os boatos sobre esse homem que chamam de Colin e suas esposas.

    — Eles falam de deusas, Milveg, deusas! Primeiro com essa Brighid, agora dizem que a genialidade dessa outra mulher, Ayla, deve ser cultuada, querem transformá-la em uma deusa da guerra!

    — Isso é comum dos humanos, sempre que alguém acima da média aparece, eles o colocam em um pedestal.

    — Esse não é o problema principal, Milveg — disse outro Elfo de cabelos prateados e pele escura, segurando um copo de chá fumegante frente aos lábios. — Runyra é um império jovem, e eles ainda não perderam. Alexander, Lumur, Yonolondor, o Norte… todos eles foram derrotados um a um, e agora você alimentou ainda mais o ego deles, fazendo seu filho ser derrotado por um exército dez vezes menor.

    Desinteressado, Milveg bebeu todo seu chá e prontamente encheu seu copo novamente.

    — Brambéria, Valéria, o país livre de Kyros, e a Diocese de Barlog, todos eles caíram em semanas, e ainda dizem que isso é uma derrota? Estamos na vantagem. A minha percepção, é que vocês estão com medo dos Runyrianos.

    Outro Elfo, ganancioso, interveio. — Se nos der as terras que tomou, lutaremos ao seu lado.

    O rei deu de ombros, tomando um gole do seu chá. — Tudo bem, deixo a cargo de vocês a divisão, e nomeiem os condes e barões de sua escolha. As terras tomadas ainda tem muitos humanos, façam deles o que quiserem.

    Olhando com malícia para Milveg, o maior deles, de cabelos escuros e pele púrpura, mencionou: — Sua filha, Morwyna, ainda é virgem, certo? Meu filho mais novo seria um bom partido. Pelo visto ela escapou antes de você executar aquele seu plano insano de uma raça guerreira.

    Milveg riu baixinho.

    — Vocês veem cobrar favores após tanto tempo. Mas tudo bem, eu nunca esperei muito de vocês. — Ele então revelou. — Até onde sei, Morwyna está nas mãos do rei de Runyra. Ela foi de livre vontade, e se eu fosse você, me apressaria, Facrirn. O Elfo pode tomá-la, pior, Morwyna pode se entregar por vontade própria.

    Facrirn se irritou. — Devia ter aceitado a minha proposta quando a fiz!

    — Casamento, linhagem, quem liga para isso? — disse outro Elfo, careca e com marcantes maçãs no rosto. — Eu quero dinheiro, Milveg, também quero armas e os segredos da magia proibida da sua família.

    Os Elfos trocaram olhares, e Milveg continuou em silêncio, ouvindo o Elfo careca discorrer.

    — A razão de Facrirn querer a garota e a de você querer transformá-la em uma parideira, é que Morwyna é um experimento seu, não é? Ou melhor, da sua falecida esposa.

    Sorrindo de canto, Milveg apoiou gentilmente o copo na mesa de madeira.

    — Você está certo… Ghindrion e Morwyna não são meus filhos de verdade, são filhos da magia profana que os gerou.

    Todos eles ficaram boquiabertos.

    — Então, você… não tem herdeiros?

    Com um sorriso, Milveg fez que não.

    — Minha esposa me amaldiçoou, amaldiçoou a ela também, mas isso não vem ao caso. As exigências de vocês serão atendidas, mas devem se organizar, organizar seus homens e partir para a guerra.

    Aquela era uma oportunidade para aqueles abutres. Sem herdeiros, o trono ficaria vazio caso Milveg desaparecesse. A maioria, que antes estava relutante com a guerra, passou a apoiá-la de imediato, afinal, se Milveg ganhasse, eles teriam mais terras, mais ouro. Se ele perdesse, o trono do maior rei do oeste estaria vazio.

    Antes que seus planos mirabolantes começassem a ser modelados em suas mentes perversas, todos eles sentiram seus corações baterem mais fortes, e seus narizes e lábios começaram a sangrar.

    — Ma-mais o quê!

    Milveg ergueu o indicador.

    — Existe uma condição nesse segredo. Quem o ouvir também é marcado. Resumindo, se esse segredo vazar, ou se a intenção de vocês em contá-lo para alguém for forte demais, vocês morrerão.

    “Tsc! Desgraçado!”

    O rei continuou.

    — Mesmo que vocês tentem brigar para assumir o trono, terão que convencer os barões, condes e duques de outra maneira. Duvido que eles tentariam usurpar o trono da linhagem real, uma linhagem que existe desde antes da queda do véu.

    Sorrindo de canto, Milveg se levantou.

    — Será um prazer trabalhar com os senhores.

    Assim que tocou a maçaneta da porta, um dos Elfos o chamou.

    — Por que está nos incentivando a lutar sua guerra? Você é forte o bastante, não é? Devia marchar até Runyra sozinho e acabar com isso!

    — Deviam aprender a saborear a comida, não avançar direto para o prato principal. Os Runyrianos são orgulhosos, eles devem ser minados aos poucos até que todo o ego deles desabe por terra, e por fim, são eles que irão rastejar, implorando por misericórdia. Fale com meus generais, eles irão fornecer tudo que foi discutido aqui.

    Milveg deixou a sala. A verdadeira guerra que iria definir o destino do continente estava prestes a começar.

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