Capítulo 436 - Se entregue!
Quando Ardan finalmente chegou de volta à entrada precária de seu abrigo, um peso pareceu sair de seus ombros ao ver a cena lá dentro.
Colin estava sentado no chão de terra batida, cercado pelos irmãos mais novos de Ardan, que ouviam com olhos arregalados enquanto ele contava uma de suas aventuras, gesticulando com as mãos enormes.
— …e aí, com um último golpe certeiro, a criatura virou pó! Uma escuridão tomou conta de tudo, mas logo as estrelas daquele plano maluco voltaram a brilhar! — Colin terminou a história com um floreio dramático, como se estivesse no palco.
As crianças explodiram em aplausos improvisados, os olhinhos brilhando de pura admiração. Ardan ficou ali parado por um instante, observando a cena com um pequeno sorriso.
Era bom ver seus irmãos distraídos, mesmo que por histórias provavelmente exageradas.
Finalmente, ele deu um passo para dentro.
— Cheguei! — anunciou ele, a voz um pouco rouca pela corrida.
Seus irmãos correram até ele, abraçando-o com força. O calor familiar do abraço coletivo era reconfortante, mas foi interrompido pela chegada silenciosa de outra figura na entrada baixa.
Samantha.
Seus olhos azuis encontraram os de Colin, e um pequeno sorriso irônico surgiu nos lábios dele.
— E aí, loira. Tá mais magra — provocou ele. — A comida daqui de baixo não tá te caindo bem, é?
Ela devolveu o sorriso debochado. — Cala a boca, Colin. Pelo menos eu não precisei ser carregada pra fora de um beco ontem à noite.
— Samantha! — Morwyna exclamou de alegria e correu para abraçar a amiga.
— Oi, Morwyna. Bom te ver inteira — respondeu Samantha, retribuindo o abraço com um tapinha nas costas.
Depois das saudações e do alívio do reencontro, o grupo se ajeitou como pôde no espaço apertado do abrigo.
Thrain, o anão robusto, o velho e sábio Wenrik, e Yllastina, a orc guerreira, que tinham chegado com Samantha, estavam agora sentados em caixotes ou no chão, cobertos por mantos escuros para se misturarem às sombras dos túneis.
Estavam todos mordiscando os biscoitos achocolatados oferecidos pelas crianças.
A conversa, como sempre, começou com Yllastina, a mais barulhenta e eufórica do grupo, falando com a boca cheia.
— Então, chefia! Conta aí! Como raios você conseguiu chegar até Gheskou? A gente achou que você ia demorar séculos!
Colin deu de ombros, recostando-se na parede. — Bem, foi uma longa história. Aconteceu tanta coisa no caminho… Dava pra ficar horas falando. Mas o mais legal foi que a gente encontrou com uns Elfos do Mar. Acredita?
Os outros se entreolharam, surpresos. Elfos do Mar eram quase uma lenda.
— Sério mesmo? Elfos do Mar? — perguntou Wenrik, o velho, erguendo as sobrancelhas grisalhas, cético.
— Seríssimo! — confirmou Morwyna, animada. — Eles foram muito legais! Deram pra gente uma bússola mágica que nos trouxe direto pra cá!
— Eu sabia! Eu sabia! — Yllastina deu um tapa na própria coxa, quase derrubando Thrain ao lado. — Bem que a Sam disse que você sempre aparece com uma novidade maluca pra deixar a gente de queixo caído!
Samantha, que estava observando Colin com atenção, tomou a palavra.
— Falando em coisas malucas… Enquanto vocês estavam fora, a situação aqui ficou feia. A gente ficou escondido, esperando vocês, mas uns dias atrás, tudo mudou. O rei daqui, o tal de Gheskou, pirou de vez. Do nada, começou a espalhar espiões por todo canto, e o seu nome, Colin, começou a ser sussurrado com medo por aí.
Wenrik assentiu, o rosto enrugado pensativo. — Sim, os rumores chegaram até nós nos túneis mais profundos. Muito estranho essa paranoia repentina do rei. Não combina com o que sabíamos dele.
— Eu ouvi umas partes dessa história — disse Colin, o olhar fixo em Samantha. — O que mais vocês descobriram?
— Suspeitamos que tem dedo do Abismo nisso — disse Sam. — Correm boatos sobre uma mulher misteriosa que estaria controlando o rei. Dizem que ela é alta, usa uma armadura negra e tem uns olhos verdes… fantasmagóricos.
Thrain, o anão mestre em informações, pigarreou. — Um dos meus informantes confirmou. Disse que viu essa mulher perto do trono várias vezes. Descreveu os olhos dela… disse que pareciam janelas para outro mundo, um mundo de pesadelos…
— E tem mais — acrescentou Ardan, a voz ainda trêmula ao lembrar da turba enfurecida. — O rei ordenou expurgos. Os guardas estão matando gente inocente… dizendo que só vão parar quando o senhor se entregar, senhor Colin… O povo lá fora… eles estão desesperados. Querem que o senhor se entregue pra acabar com as mortes…
Colin suspirou pesadamente, passando a mão pelo rosto cansado. Apoiou o queixo na mão, os olhos perdidos na escuridão do abrigo.
“Então era uma armadilha… Certeza que tem dedo daquele maldito príncipe do Abismo, o Ig’drolluth. Usar o desespero dessa gente pra me atrair… típico de demônios. Primeiro, levo aqueles desgraçados sem querer até os Elfos do Mar, agora isso… Droga! Não posso ficar aqui escondido. Mesmo que usem anti-magia, minha força ainda é a minha força.”
— Chega de se esconder — disse Colin, a voz firme. — Tá na hora de sair da toca.
— Colin, isso é loucura! — alertou Samantha imediatamente. — Essa mulher dos olhos verdes… se os boatos sobre a mana dela forem verdadeiros… ela pode ser um peixe grande do Abismo. Nível Lorde, talvez até mais.
Colin balançou a cabeça, a determinação endurecendo seu olhar.
— Não importa o nível dela. Essa gente tá morrendo por minha causa. Estão assustados, sendo caçados. E se essa mulher é mesmo aliada do Ig’drolluth, ou de algum outro príncipe do Abismo… significa que eles estão agindo abertamente aqui. Se um deles saiu do buraco, outros podem ter saído também. Temos que cortar o mal pela raiz.
Ao ouvir “príncipe do Abismo”, os rostos ao redor empalideceram ainda mais.
— Você… você tá dizendo que ela pode ser uma… uma Princesa do Abismo? — perguntou Thrain, a voz rouca, engolindo em seco.
— Não sei ao certo. Mas é melhor se preparar pro pior, sempre — respondeu Colin. — E eu vou enfrentar essa ameaça. Seja ela quem for.
Samantha colocou a mão no ombro largo de Colin. — Você não vai sozinho. A gente tá junto nessa.
— Eu sei. Mas a luta principal contra ela… ou eles… tem que ser minha. O trabalho de vocês é proteger essa gente — explicou ele, olhando para cada um deles. — Proteger dos monstros que eles devem ter trazido junto. Eu já dei cabo de alguns pelo caminho, mas aposto que tem um exército escondido por aí.
Yllastina, que estava quieta — o que era raro —, abriu um sorriso largo e feroz, mostrando as presas.
— Finalmente! Ação de verdade! Já tava enferrujando aqui embaixo!
Morwyna e Samantha, no entanto, trocaram olhares preocupados.
— Colin… eu ouvi histórias… Príncipes do Abismo são… são de um nível absurdo. Quase divinos… — murmurou Morwyna, a voz baixa.
— E eu também sou de um nível absurdo — respondeu Colin, com confiança, ou talvez, teimosia. — Confiem em mim. Derrubar um desses lordes do Abismo aqui pode bagunçar os planos do Deus Morto. Pode nos dar a vantagem que a gente precisa.
A sala ficou em silêncio novamente, cada um processando as palavras de Colin.
Ele era o líder deles, o centro de sua resistência improvisada. Sua confiança era contagiante, mesmo que parecesse beirar a loucura.
Finalmente, Wenrik, o velho, falou. — Se é nisso que você acredita, se essa é a sua decisão, então nós estamos com você, senhor Colin. Até o fim. Mas precisamos ser inteligentes. Cautelosos. Essa batalha não será como as outras.
— Batalha fácil não tem graça — respondeu Colin com um meio sorriso cansado. Ele se virou para Ardan. — Garoto, você conhece algum lugar seguro? Um esconderijo melhor que este, pra levar seus irmãos e talvez mais gente?
— S-sim! Conheço um lugar! Mais fundo nos túneis!
— Ótimo. Você disse que algumas pessoas queriam que eu me entregasse, certo? Me leva até elas.
Ardan arregalou os olhos. — Te-tem certeza, senhor?
— Tenho. Não vou machucar ninguém. Só quero ter uma palavrinha com eles.
— T-tá bom!
— Pessoal — Colin disse aos outros —, fiquem aqui por enquanto, ajudem a levar as crianças pro lugar seguro. Eu e ele vamos fazer uma visita rápida.
Colin e Ardan refizeram o caminho pelos túneis escuros. Para Ardan, caminhar sozinho ao lado daquela figura imponente ainda era desconcertante.
Mesmo sabendo que Colin não lhe faria mal, seu corpo insistia em enviar sinais de alerta.
A presença dele era pesada, quase opressora, mesmo quando ele estava calmo.
Chegaram novamente à porta reforçada do outro abrigo.
Ardan respirou fundo e bateu a sequência de três batidas. Os mesmos olhos desconfiados surgiram na portinhola.
A expressão do vigia passou de raiva contida para puro terror ao ver Colin parado ali, ao lado de Ardan, na luz bruxuleante da tocha.
A porta rangeu ao se abrir lentamente.
O homem que antes tinha atacado Ardan, cheio de fúria, deu um passo para trás ao ver Colin se abaixar para entrar, e acabou tropeçando nos próprios pés, caindo sentado no chão, os olhos fixos no homem que parecia grande demais para aquele espaço.
A presença de Colin silenciou o murmúrio assustado que enchia o abrigo. As pessoas recuaram instintivamente, pressionando-se contra as paredes úmidas, seus rostos uma máscara de medo.
Era uma reação primal diante de algo que eles percebiam como perigoso, poderoso.
— Calma. Eu não vim machucar ninguém — disse Colin, a voz grave ecoando. — Só quero conversar.
Ninguém se moveu.
Continuaram a recuar, alguns tremendo visivelmente.
Uma mulher magra, com um bebê adormecido nos braços, finalmente reuniu coragem para falar, a voz embargada pelo medo.
— Por favor… senhor… se entregue. Dizem que se o senhor se entregar… as mortes vão parar…
Colin balançou a cabeça lentamente, o olhar varrendo os rostos assustados.
— Não, não vão. Quem está por trás disso… eles não são humanos. São seres do Abismo. A morte só os fortalece. Eles querem que vocês me entreguem pra espalhar mais medo, mais desespero. É assim que eles agem.
Ele deu alguns passos cautelosos para o centro do abrigo.
As pessoas se afastaram ainda mais, criando um círculo vazio ao redor dele. Colin parou e ergueu as mãos abertas, num gesto universal de paz.
— O rei de vocês, Gheskou… ele já estava trabalhando com o Abismo há tempos — explicou ele, a voz calma e firme. — Foi ele quem mandou muitos de vocês para aquela prisão, para minerar os cristais anti-magia. Eu consegui fugir de lá, mas entendam: mesmo que vocês me entreguem de bandeja, as mortes não vão parar. Eles vão continuar matando, subjugando, até que não sobre ninguém ou até que todos se curvem a eles. É o jeito do Abismo.
Um silêncio pesado caiu sobre o abrigo, quebrado apenas pela tosse de um doente num canto.
Finalmente, uma voz hesitante surgiu do meio da multidão. — Então… o que a gente faz?
— A gente luta. A gente resiste — disse Colin, a voz ganhando força. — Peguem todos que puderem, os doentes, os velhos, as crianças, e levem para os esconderijos mais seguros que conhecerem. Se organizem. Se protejam. Enquanto isso, eu vou caçar. Vou caçar essas criaturas do Abismo que estão soltas por aí. Elas são fortes, sim. Mas eu só posso lutar com tudo o que eu tenho se eu souber que vocês estão seguros.
As pessoas começaram a cochichar entre si, olhares trocados na penumbra.
Medo ainda estava lá, mas agora misturado com uma faísca de algo mais.
Dúvida? Talvez esperança.
Outro homem, de barba grisalha e rosto marcado, levantou a voz.
— E se você ganhar? O que acontece com a gente depois?
Colin respondeu sem hesitar. — Vocês serão livres. Gheskou será de vocês novamente. Sem rei tirano, sem monstros do Abismo.
Uma mulher próxima perguntou, a voz embargada pelo pavor:
— E… e se você perder?
Um sorriso confiante, talvez um pouco forçado, surgiu nos lábios de Colin.
— Isso não vai acontecer. Podem apostar. Tanto aqui embaixo quanto lá em cima, não tem ninguém mais forte do que eu.
Enquanto dizia isso, Colin sentiu o peso daquelas palavras. Era uma bravata, em parte. Uma forma de convencer a si mesmo tanto quanto àquelas pessoas desesperadas.
Ele sabia dos riscos. Sabia o que estava em jogo. Falhar não era uma opção.
Finalmente, um dos homens mais velhos, que parecia ter alguma autoridade ali, deu um passo à frente.
— Nós… nós acreditamos em você, senhor…
— V-você não vai perder mesmo, né? — perguntou um garotinho, espiando por trás das pernas da mãe.
Colin levou o punho fechado à altura do peito, um gesto solene. — Eu juro. Pela vida dos meus filhos.
A menção a filhos pareceu tocar uma corda naquelas pessoas. Com relutância, mas com uma determinação recém-descoberta, eles começaram a se mover, a se organizar, a planejar como resgatar os que ainda estavam escondidos em outros lugares e levá-los para locais mais seguros.
Ardan observava tudo, maravilhado com a transformação que ocorrera ali. Virou-se para Colin, os olhos cheios de admiração.
— Como… como você fez isso? Conseguiu convencer eles tão rápido…
Colin deu um meio sorriso cansado.
— Eles precisavam de esperança, garoto. E eu preciso acreditar em mim mesmo, pra que eles possam acreditar também. É assim que funciona. Agora vamos. Temos que nos preparar.
Ardan ficou ali parado por um segundo, processando. — …
“Então… é isso que significa ser um rei de verdade?”
— Senhor! Me espera! — gritou ele, correndo atrás de Colin, que já se abaixava para sair do abrigo.
No coração do palácio subterrâneo, Rogdruth estava sentada em seu trono imponente.
O trono era esculpido em obsidiana pura, coberto de runas que pareciam se contorcer na luz fraca das tochas presas às paredes.
Seus pés delicados, calçados em botas de couro negro, descansavam displicentemente sobre as costas nuas e marcadas de uma mulher humana que estava de quatro no chão, servindo como um apoio para os pés.
Um dos anões deformados que serviam como seus tenentes entrou apressadamente na vasta sala do trono, o som de suas botas batendo no chão de pedra ecoando no silêncio pesado. Ele parou a uma distância respeitosa, curvando a cabeça.
— Senhora Rogdruth… ele ainda não apareceu… Colin não mordeu a isca… — relatou o anão, a voz tensa, temendo a reação de sua mestra.
Rogdruth soltou um suspiro longo e entediado. — Continuem com os expurgos — ordenou ela. — Apertem o cerco. Homens como ele… com complexo de herói… não resistem por muito tempo ao sofrimento alheio. Ele virá. É só uma questão de tempo.
Nesse momento, outros passos ecoaram pelos corredores escuros que levavam à sala do trono. Da escuridão, emergiu Ig’drolluuth, o príncipe demônio.
Sua forma era uma mistura grotesca de humanoide e bode, com pernas caprinas terminadas em cascos que faziam um som metálico no chão de granito polido.
Uma longa cauda reptiliana chicoteava o ar atrás dele enquanto ele se aproximava do trono com um sorriso cruel nos lábios finos.
— Ah, Rogdruth, minha cara. Tenho ótimas notícias da forja! Aquele dragão vermelho preso lá em baixo… o fogo dele é simplesmente divino para trabalhar o metal abissal — disse ele, a voz um silvo melífluo. — Já estou pensando… depois que ele não for mais útil, deveríamos matá-lo e transformá-lo. Um dragão espectral seria uma adição magnífica ao nosso exército.
Rogdruth acenou com a mão displicentemente, sem desviar o olhar do anão. — Faça o que quiser com o lagarto, Ig’drolluuth. Brinque com seus novos pets. Tenho peixes maiores para fritar agora.
Antes que Ig’drolluuth pudesse responder, um tremor percorreu o chão, e do enorme buraco irregular que dominava uma das paredes da sala — um portal improvisado para as profundezas — surgiu Kuz’geg.
Sua figura era colossal, um gigante de cinco metros, com múltiplos braços e olhos que queimavam como brasas.
Ele parou sobre um círculo de sangue seco desenhado no chão.
— O campeão de Kag’thuzir não vai aparecer — rosnou Kuz’geg, a voz como o ranger de montanhas. — Ele não é idiota. Sabe que é uma armadilha.
Rogdruth sorriu, um sorriso frio e calculista.
— Ele virá. A chance de nos enfrentar… de eliminar três Lordes do Abismo de uma só vez… é uma isca poderosa demais para um herói como ele recusar.
Kuz’geg bufou, o som como uma avalanche. Fumaça saiu de suas narinas. — Estou cansado de esperar! Vou ordenar que minhas crias arrasem esta cidade e tudo que vive aqui embaixo! Acabaremos com essa palhaçada!
Rogdruth ergueu uma mão delicada, mas o gesto continha uma autoridade inquestionável que fez até mesmo o gigante hesitar.
— Paciência, Kuz’geg. Esperamos por eras para fincar nossas garras neste plano raiz. O que são mais algumas horas? Precisamos ser… meticulosos. Ele é o campeão de um Apóstolo, afinal. Não podemos cometer o erro de subestimá-lo, como outros já fizeram. — Ela olhou para o gigante com um brilho perigoso nos olhos. — Dê a ele mais 48 horas. Se ele não aparecer até lá, então, e somente então, você poderá soltar suas bestas e brincar de destruir tudo. Entendido?
Kuz’geg resmungou, contrariado, mas assentiu. — 48 horas. Depois disso, eu assumo.
— Claro, claro. Como quiser — respondeu Rogdruth, voltando a recostar-se em seu trono, o tédio voltando a dominar sua expressão.
Nos túneis escondidos ao redor da sala e nas paredes escuras, o exército mais numeroso do abismo estava à espreita, pronto para a batalha.
Basiliscos, demônios, ogros, dragões e gigantes, todos aguardando a ordem daquele que mais se aproximava dos apóstolos em poder, eles eram o flagelo do abismo.
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