Capítulo 453 - Intimidade renovada.
Colin sentou-se em sua cama, sentindo a maciez do colchão sob seu corpo cansado. Fazia tempo que ele não dormia em um lugar tão aconchegante.
Ele tirou a camisa, jogando-a de lado, e retirou as botas, aliviando a pressão de seus pés exaustos. Suspirou profundamente, alisando o cabelo para trás, tentando se livrar do peso das batalhas recentes.
De repente, sentiu mãos delicadas em seus ombros, seguidas pelo corpo quente de Jane pressionando suas costas. Com uma voz sedutora, ela murmurou:
— Senti saudades do meu rei.
— Me solta — Colin ordenou, a voz firme.
Jane, contudo, apertou-se mais contra ele, sua respiração quente em seu ouvido.
— Estou orgulhosa de você, sabia? — sussurrou ela. — Você matou três príncipes do abismo e lutou contra Drez’gan no corpo de um deles., fez muito bem, querido.
Colin virou a cabeça ligeiramente, surpreso. — Como você sabe disso?
Ela riu suavemente, um som que parecia envolver os sentidos. — Eu sei de tudo — respondeu Jane, os olhos brilhando com uma luz enigmática. — Mesmo mentindo para aquelas cadelinhas que chama de esposas, você não pode mentir para mim.
As bochechas de Jane coraram e seu sorriso se tornou ainda mais sedutor. — Nosso plano está dando certo. Podemos, sim, ter uma chance de vencer Drez’gan, não é incrível?
Jane saiu das costas dele e foi para sua frente, alisando o cabelo de Colin enquanto o encarava nos olhos. — Trazer a filha de Milveg foi uma jogada inteligente — elogiou ela. — Seduzi-la também. Estou orgulhosa de você.
Colin suspirou, o cansaço evidente em seus olhos. — Estou exausto, a gente se fala depois.
— Sabe que o primogênito de Milveg não vai apoiá-lo, certo? Mas se eu fosse você não faria nada ainda. Deixe o garoto agir, conspirar contra você. A irmãzinha dele tem que ver o que o irmão dela está fazendo, e quando você o matar, ela não terá mais ninguém para confiar além de você. — Jane bateu palmas, empolgada. — Outra cadelinha que vai lamber o chão por onde pisa, não é ótimo? E o melhor de tudo, fizemos isso juntos!
Ele a encarou de canto. — Juntos?
— Claro! Se não tivesse feito pacto comigo, ainda seria aquele rapaz sem propósito, sem essa sede de conquista, um homem comum em uma vida comum, e olhe para você, é um rei agora!
Jane ajoelhou-se, apoiando as mãos nas coxas dele, suas bochechas extremamente coradas, seus olhos mais brilhantes que estrelas.
— Nada mais me prende a Ig’drolluth, eu sou apenas sua agora, uma serva da vontade do meu senhor. — Ela segurou a mão de Colin e levou até o rosto dela, lambendo os dedos dele. — Por isso, me dê o seu braço, me deixe devorá-lo, senhor, por favor…
Colin estreitou a vista, encarando a língua dela sobre seus dedos e sentindo as mordiscadas.
— Por que quer o meu braço?
— Não posso contar, é parte da condição de minha magia… posso fazer o que quiser, senhor… posso ser quem quiser que eu seja… Brighid, Ayla, Samantha, Morgana, Morwyna, ou melhor, posso ser todas elas juntas, não quer isso?
Colin afastou a mão.
— Me deixe descansar, Jane.
— Continua se segurando — Jane levantou-se, indo para as costas de Colin novamente. — Você sabe o que acontecerá se continuar agindo como um covarde, não sabe? — O corpo nu dela se pressionou ao dele. — Sua ex-noiva te deixou por esse motivo, os seus amigos… não se esqueça, estamos fazendo isso pelo bem das crianças.
Grab!
Por cima dos ombros, Colin agarrou o pescoço de Jane e a trouxe para sua frente, o apertando ainda mais.
— Eu não sou o seu cachorrinho, Jane. Não vai fazer a minha cabeça.
Ela segurou o pulso dele e depois sorriu enquanto o soltava.
— Acha que não sei disso? — lutava para dizer. — Estou aqui para servir ao senhor, apenas isso… eu já disse, pode fazer o que quiser comigo, não me importo… posso me transformar na sua mãe, deixaria você dormindo em meu colo enquanto acaricio seus cabelos… posso ser sua ex-noiva, ou melhor, posso ser a mulher que te machucou quando era uma criança, deixaria você me bater até que estivesse satisfeito, não é isso que deseja?
Colin a soltou e Jane caiu, alisando o pescoço enquanto tossia agressivamente.
— Já falei para me deixar em paz.
Ela engatinhou novamente e o abraçou. — Me perdoe, querido, não irei incomodá-lo, mas eu ainda quero esse braço.
Colin suspirou novamente, mas antes que pudesse responder, ouviu um barulho na porta. Jane desapareceu num piscar de olhos, transformando-se em uma minúscula aranha e escorregando para a escuridão.
Brighid adentrou o quarto, um sorriso gentil iluminando seu rosto. Colin retribuiu o sorriso enquanto ela se aproximava, os olhos brilhando de alívio.
Sem dizer uma palavra, ela se inclinou e o beijou, apoiando a mão em seu rosto. Levantou seu vestido, sentando-se no colo dele.
Ele fechou os olhos, sentindo o toque dela que tanto desejara. O gosto dos lábios de Brighid, o cheiro doce e familiar, tudo nele respondia a ela.
Ela parou de beijá-lo, os olhos fixos nos dele.
— Fiquei me perguntando quando você voltaria — disse ela suavemente.
— Foi culpa minha — admitiu Colin. — Eu não deveria ter ido tão longe depois de pacificar o norte.
Cabisbaixa, Brighid perguntou:
— Você queria se livrar de nós? De mim, da Ayla e das crianças?
Colin a beijou de volta, seus lábios se movendo com urgência sobre os dela.
— Eu nunca faria isso — sussurrou.
— Então, por que fez?
— Eu queria ficar forte mais rápido. O plano era transformar a mãe dos monstros em um contrato, mas levou mais tempo do que eu imaginava. Acabei me metendo em alguns problemas e não consegui cumprir meu objetivo. Iria demorar demais até alcançar a mãe dos monstros, e eu não poderia deixá-las sozinhas, não depois de saber sobre Milveg.
Brighid o beijou novamente, o rosto dela todo corado. Ela parou por um momento, os olhos fixos nos dele.
— Você está cansado?
Colin voltou a beijá-la, com um sorriso no canto dos lábios.
— Não estou cansado para isso.
Brighid olhou para Colin com seriedade, seu olhar penetrante.
— Na reunião, você falou sério sobre aquela Morwyna? — perguntou ela. — Você realmente vai torná-la uma consorte?
Colin tentou beijá-la, mas Brighid recuou, mantendo distância. Ele suspirou, percebendo que precisava explicar melhor.
— Preciso de um favor — disse ele. — Morwyna é um oráculo.
Os olhos de Brighid se arregalaram de surpresa.
— Ela precisa aprender a controlar suas habilidades. Você pode ajudá-la.
Brighid pensou por um momento, a expressão dela passando de surpresa para reflexão.
— Estou ocupada — respondeu ela, hesitante. — Tenho tantas coisas para fazer. Ayla e eu fomos até a ilha das fadas e encontramos minha mãe. Mesmo depois do ataque de Coen, ela e parte do meu povo estão bem. Conseguimos fazer a ilha das fadas subir dez metros do nível do mar.
— Isso é incrível — Colin disse, admirado. — E Morwyna pode ajudar você e Ayla.
— Como? — questionou Brighid, ainda cética. — Ela tem um bom nível de magia, mas não acho que ela consiga ficar a par de tudo que estamos desenvolvendo…
— Por favor, Brighid… É pelo bem dos Elfos Negros. Não posso ficar de olho nela o tempo todo, e você e Ayla seriam boas companhias. Não consigo pensar em ninguém melhor além de vocês.
Brighid suspirou, resignada.
— Tudo bem.
Colin a segurou pela cintura com o braço esquerdo, e as tatuagens em seu braço direito começaram a brilhar. Ele conjurou um pequeno orbe cristalino, que flutuou suavemente entre eles.
— Morwyna me entregou isso — disse Colin. — Contém memórias do avô dela.
Brighid franziu o cenho.
— E…
— O avô de Morwyna ajudou Coen a derrubar o véu — explicou Colin. — Aqui pode ter a chave para entender o que ele busca, e quem sabe podemos impedi-lo.
Ela estendeu a mão para pegar a orbe, mas Colin a afastou, fazendo-a desaparecer novamente com o brilho de suas tatuagens.
— Agora não — disse ele firmemente, a segurando pela cintura e a beijando.
O sol acabava de nascer.
O quarto estava uma bagunça, com roupas espalhadas por todo lado, lençóis desarrumados e até livros jogados no chão.
Colin estava sentado em uma poltrona, seu corpo coberto de suor, enquanto Brighid estava de costas para ele, sentada em seu colo.
Seu cabelo esverdeado, tão vivo e brilhante, estava completamente desalinhado, e seu corpo tão molhado de suor quanto o de seu marido que a segurava firmemente pela cintura.
Brighid apoiava as mãos nos joelhos dele, seu quadril subindo e descendo em um ritmo frenético.
O som das virilhas se chocando se misturava com os gemidos dela, que aumentavam em intensidade até ela gemer ainda mais alto.
Deitando sobre o marido, Colin segurou seu queixo e a fez encará-lo por cima dos ombros, beijando sua boca enquanto suas mãos ásperas apalpavam seus seios.
As línguas deles se entrelaçavam enquanto Brighid continuava a mover o quadril, até que Colin se levantou, segurando-a pela cintura sem sair de dentro dela, e a levou até a cama.
Ali, com as mãos e os joelhos dela no colchão, ele segurou o cabelo dela com violência com a mão esquerda, enquanto a direita apalpava suas nádegas, dando tapas que deixavam marcas vermelhas em sua pele.
Os movimentos dele se tornaram mais rápidos, e o encontro das virilhas mais intenso. Brighid esticava os dedos dos pés, sentindo aquela sensação maravilhosa percorrer cada fio de seu cabelo.
A intensidade daquela intimidade continuou por mais alguns minutos, até que Colin parou e Brighid gemeu alto, apertando os lençóis.
O conquistador se afastou e ela desabou na cama, ofegante. Ambos encararam a janela, onde o sol estava se pondo atrás das montanhas.
Colin se sentou na cama, alisando o cabelo molhado de suor para trás.
— Desculpa — murmurou ela o abraçando por trás, beijando seu rosto. — Eu devia deixar você descansando… faz dias que não dorme, né?
— Tudo bem, faço isso mais tarde.
Brighid virou-se para Colin, seus olhos brilhando com uma intensidade renovada e sussurrou em seu ouvido:
— Ainda não terminei com você.
Colin sorriu, seus olhos escurecendo de desejo. Ele puxou Brighid para mais perto, suas mãos deslizando pelas curvas dela, sentindo cada centímetro de sua pele macia e úmida.
Brighid montou em seu colo, seus quadris começando a se mover em um ritmo lento e provocante. Ela se inclinou, seus lábios roçando os dele, enquanto suas mãos exploravam o peito musculoso do marido.
— Eu senti tanto a sua falta, Colin… — murmurou, sua voz carregada de desejo.
Brighid acelerou os movimentos, os dois gemendo em uníssono enquanto seus corpos se moviam em perfeita harmonia. Colin segurou os quadris dela, guiando o ritmo, seu olhar fixo nos olhos verdes da fada, que brilhavam com uma mistura de amor e luxúria.
O quarto foi preenchido pelo som dos suspiros e gemidos de prazer de ambos. Colin se ergueu, trocando de posição, e deitou Brighid na cama.
Ele a olhou por um momento, admirando sua beleza, antes de se inclinar e beijá-la profundamente. Seus corpos se entrelaçaram mais uma vez, o desejo crescendo a cada segundo.
Brighid arqueou o corpo, suas mãos cravando-se nas costas do Errante enquanto ele a preenchia completamente.
Ele moveu-se com uma força e precisão que faziam o corpo dela tremer de prazer. As mãos de Colin deslizaram pelas coxas de Brighid, segurando-a firmemente enquanto ele aumentava a intensidade dos movimentos.
— Colin… — gemeu Brighid, sua voz falhando enquanto a onda de prazer se aproximava. — Não pare…
Ele obedeceu, seus movimentos tornando-se ainda mais frenéticos, cada impulso enviando ondas de êxtase através do corpo dela. Brighid sentiu-se desmoronar sob a intensidade, seus gemidos aumentando enquanto se aproximava do clímax.
Colin segurou seu olhar, a conexão entre eles intensificando o momento. Ele sussurrou palavras de desejo, seus olhos nunca deixando os dela. Com um último e profundo impulso, ambos foram lançados no abismo do prazer, seus corpos tremendo em uníssono.
Brighid gritou o nome de Colin enquanto o clímax a envolvia, seus dedos cravando-se nos lençóis. Colin seguiu logo em seguida, seu corpo enrijecendo enquanto liberava toda a sua paixão. Eles permaneceram juntos, ofegantes, os corações batendo em sincronia.
Finalmente, Colin deitou ao lado de Brighid, puxando-a para perto. Eles ficaram em silêncio por um momento, saboreando a intimidade.
— Colin, agora que vai ficar, devia passar mais tempo com as crianças… Elas sentem a sua falta…
— Certo… — Ele conjurou o orbe de Morwyna e a entregou. — Morwyna disse que está codificado, você deve conseguir decifrar.
Curiosa, ela encarou o orbe.
— Tá, mais alguma coisa que quer que eu faça?
— Não… quando conseguir, me avise.
— Tá bom, acho que consigo resolver esse enigma antes de retornar aos meus estudos. — Ela o beijou no rosto. — Vou tomar um banho e ver as crianças primeiro, te vejo mais tarde.
— Até.
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