Capítulo 144 – Para o Oitavo nível
Status Geral:
Nome: Colin Silva
Idade: 24
Árvore primária: Céu. Nível: 06
Árvore secundária: Pujança. Nível: 09
Árvore secundária: Caos. Nível: 06
Mestre da espada: Nível 05
Evocador: Nível 01
HP: 60. 100
MP: 35. 875 + (100.000).
Habilidades:
Força: 305
Destreza: 180
Agilidade: 270
Inteligência: 200
Estamina: 1300
Oratória: 60
Seres vinculados:
Leona: Nível Avançado.
Jane: Nível Lendário.
Valagorn: Nível Místico.
1078 pontos em pujança, pontos necessários para o nível monarca: 2108 pontos.
1720 pontos em caos. Para alcançar o próximo nível é necessário mais um pacto de alma.
2000 pontos habilidade primária, pontos necessários para o nível 7: 100 pontos.
Consorte: Brighid Wrinklebud.
Título Ativo: Pele de Aço.
“Minha força com certeza se iguala com a de um monarca da pujança. Meu nível de inteligência é bem alto também! Agora deve ser mais fácil conseguir mais pontos para alcançar o nível 7 na árvore-do-céu, mas acho que seria melhor focar em me tornar monarca na árvore da pujança.”
Colin se concentrou no alto nível de estamina que tinha. Com tudo aquilo, seria bem difícil ele se cansar com algo.
Provavelmente a única pessoa que conseguiria fazer ele se cansar com algo seria Brighid.
Ele estava se tornando exatamente o que queria, alguém que consegue suprimir mana com força bruta. Seu corpo suportava grandes cargas de dano, sem falar em sua força anormal se comparado a outros usuários de magia.
“É bem provável que eu consiga vencer qualquer ser no, um contra um, contanto que eu não enfrente seres com mana muito alta ou tão talentosos como Brighid ou gente com um físico superior ao meu como Morgana.”
Ele passou seus olhos por seus atributos mais uma vez.
“Acho que eu deveria usar mais minha habilidade de oratória. Seria uma habilidade útil se eu conseguisse uma cadeira na corte de Ultan. Enfim, melhor eu me apressar”.
Colin passou pela porta e apareceu de repente na câmara. O humanoide-peixe levou um susto quando o viu.
— O-O senhor voltou! — exclamou o humanoide — F-Fiquei preocupado…
— Eu estou bem, vamos, me leve até a sala do tesouro.
O humanoide estava curioso sobre o que havia acabado de acontecer.
— Senhor… o houve? Você parece… diferente…
— Não aconteceu nada, vamos, já perdi tempo demais aqui.
— C-Certo!
Eles caminharam mais a fundo e o humanoide continuou desconfiado, deixando a câmara dando encaradas para trás. Para não irritar o homem, a sua frente, ele continuou em silêncio e o guiou até a sala do tesouro.
Empurrou as portas de madeira e mostrou uma sala enorme com várias armas, armaduras, joias e uma pequena quantidade de ouro.
Colin esperava encontrar mais ouro, mas ele se contentou com que viu.
— Tem algum item especial aqui?
O humanoide começou a olhar para os dois lados, passando os olhos por todos os itens rapidamente.
— Bem…
Colin usou a análise e nada encontrou de interessante.
— Não tem nada de valor aqui — disse ele enfiando as mãos no bolso — Eu já devia imaginar, já que quem morreu para seres como vocês devem ser fracos. Junte todo o ouro para mim, esperarei lá em cima.
— Todo o ouro?
Colin o encarou por cima dos ombros.
— Algum problema?
— N-Não, senhor, juntarei todo o ouro rapidinho.
Após fazer o caminho de volta, Colin viu toda sua guilda reunida na entrada conversando entre si.
Liena havia contado o que havia acontecido e como chegaram até a caverna e os perigos que ali enfrentaram.
Ninguém além de Brighid e Leona notaram que Colin estava diferente, já que eram as únicas com algum tipo de vínculo mágico com ele.
Leona ficou em silêncio, mas Brighid franziu o cenho e foi até o marido.
— Pode ir até ali comigo? — aquele pedido soou como uma ordem.
— Claro…
Ambos foram para mais fundo da caverna.
Brighid ficou frente a Colin e cruzou os braços.
Ela parecia furiosa.
— Que cara é essa? — ele indagou.
— Você fez um contrato, não fez? E não minta para mim, eu consigo saber quando mente!
Colin suspirou.
— Eu posso explicar…
Ela espremeu a vista.
— Sabe o quão perigoso pode ser fazer um contrato? Eu disse a você para evitar perigos desnecessários, mas você me escuta? Claro que não!
Para Colin, não fazia sentido todo aquele alarde, já que não havia acontecido absolutamente nada, mas ele relevou o estresse da esposa, afinal, ela estava grávida. Os hormônios subindo e descendo como uma montanha-russa poderiam ser resultado daquela ira.
— Brighid, vai me deixar explicar?
Ela fez beicinho.
— Vai, explica então! — disse emburrada.
— Você tem que ficar calma…
— Eu estou calma.
De fato, ela parecia calma, apesar de suas ações demonstrarem o oposto.
— Tá!… — Continuou Colin — Lutei contra um tal de rei escorpião e antes que fale algo, eu não corri risco de vida. Então, um humanoide-peixe disse que me mostraria onde ficava o dinheiro, daí… achei uma porta selada… e você sabe…
Colin coçou a nuca e desviou o olhar.
— Sei! — disse ela furiosa — Você foi e absorveu a magia de selamento, você tem ideia do que poderia ter encontrado atrás de uma porta selada em uma dimensão simulada?
— Não aconteceu nada.
— E se tivesse acontecido?
— Eu tinha dado um jeito.
Aquele Colin que vivia em busca do perigo a tirava do sério. Colin era inteligente, mas ele parecia que não pensava duas vezes ao colocar sua vida em risco.
Apesar de acreditar na força dele, Brighid ainda ficava preocupada.
Colin continuou.
— Enfim… Tinha um… cara lá dentro, um Elfo do mar chamado Valagorn, o arquiteto. Ele não era um Elfo ruim, então propus alguns termos a ele e fizemos contrato, só isso. Sem briga, sem morte e sem perigo.
— Eles estão brigando? — indagou Wiben encarando os dois ao fundo.
Stedd se espreguiçou.
— Aqueles dois brigando? — disse ele — Achei que não veria nada assim.
— Certeza que é culpa do Colin — disse Sashri, tendo convicção absoluta das palavras que saíram da boca dela — Brighid é certinha demais para fazer algo errado.
Brighid desviou o olhar e seu semblante entristeceu.
Foi a primeira vez que Colin sentiu um aperto no peito ao vê-la com aquela expressão. Os impulsos dele eram as causas das preocupações de Brighid. Colin sentiu que, no momento, ele tinha que consertar as coisas.
— Eu sei o que parece — disse ele — Mas não é isso que está pensando. Você sabe que tipo de inimigo a gente vai enfrentar no futuro, e eu tenho que ficar forte o máximo possível até você perder os poderes — Colin a abraçou pela cintura e a encarou no fundo dos olhos — Depois desse torneio eu vou sossegar. Já sou tão forte quanto um monarca, então estou satisfeito por hora.
Colin vivia dizendo dezenas de coisas para confortá-la, e quando ele dizia que iria sossegar, ou que prometia não se meter em problemas, uma parte de Brighid se mantinha cética, mas outra parte dela acreditava facilmente em qualquer coisa que saía da boca de Colin.
Depois de alguns segundos ela suspirou.
— Você promete? — indagou ela toda manhosa, mantendo os olhos fixos nos olhos de Colin.
Ele engoliu o seco. Aquela era a primeira vez que Colin se sentiu coagido a manter uma promessa.
— Eu prometo!
Ela o abraçou.
— Desculpa… — disse ela baixinho com a cabeça encostada no peito dele — Eu só fiquei preocupada… você sabe…
Colin afagou os cabelos dela que ficavam mais escuros a cada dia que passava.
— Eu sei… — Eles se desvencilharam — Agora que essa parte está resolvida, eu gostaria de saber uma coisa, o que é um Altmer?
Brighid ergueu uma das sobrancelhas.
— Onde ouviu isso?
— Valagorn me chamou disso. Ele disse que eu era louco por ter me casado com um ser místico.
Apoiando a mão no queixo, Brighid desviou o olhar pensativa.
— Bem, Altmers são conhecidos por serem os primeiros dentre as raças do cosmos a aprenderem magia. Então eles ensinaram aos outros seres.
— Outros seres?
Brighid assentiu.
— Sou de um plano chamado Faéria, o plano dos seres místicos. Já ouvi minha mãe comentar sobre os Altmers ou algo assim, mas a história toda entre eles e os seres místicos, aconteceu há muito tempo. Foi antes da queda do véu, e eu nem tinha nascido ainda.
Colin coçou a nuca e assentiu.
— Então você não sabe nada sobre isso?
Ela fez que não com a cabeça.
— Seria melhor perguntar a minha mãe, já que ela viveu naquela época…
— Entendi… vamos voltar, o pessoal tá encarando a gente.
— Tá!…
Algo se arrastava no fundo da caverna e Brighid viu dois olhos vermelhos brilharem na escuridão. Ela se colocou na frente de Colin e ergueu o braço direito conjurando um círculo mágico.
O humanoide largou o saco de puxava e ergueu as mãos.
— S-Sou eu, senhor Colin! N-Não me mate!
— Você conhece essa criatura? — indagou Brighid encarando Colin por cima dos ombros.
— Esse é o humanoide-peixe de que falei. Ele é inofensivo.
Brighid abaixou o braço.
— Trouxe todo ouro que pedi? — Indagou Colin.
— S-Sim, senhor, está tudo aqui!
Colin foi até o humanoide e se abaixou para pegar o saco de moedas, o jogando nos ombros.
— Pessoal! — chamou Colin — Vamos para o fundo da caverna, o portal deve se abrir lá.
Eles se levantaram e passaram por Colin o encarando.
— O que deu neles? — Colin perguntou a Wiben e Stedd que estavam mais atrás.
Wiben entrelaçou os dedos atrás da cabeça e deu de ombros.
— A gente estava tentando descobrir a merda que você fez para Brighid ter brigado com você.
— Brigado comigo? A gente não estava brigando.
Wiben deu dois tapinhas nos ombros de Colin.
— Namoro faz quase oito anos, reconheço uma briga de longe. Mas me conta, o que você fez de tão grave que deixou a bonitinha ali espumando de raiva?
Colin confiava em seus companheiros, mas ele não queria que eles soubessem sobre os contratos que ele fazia, nem que ele encontrou o arquiteto do espelho.
— Eu não fiz nada — Ele respondeu — Sabe como o humor de mulher grávida se altera, certo?
Wiben cruzou os braços e assentiu.
— Não sei, mas imagino como deve ser. De qualquer forma, eu estou do seu lado. Os caras têm que se ajudar às vezes, não é verdade, Stedd?
Stedd ficou em silêncio o tempo todo, apenas ouvindo a conversa daqueles dois.
— Claro! Mas me diz aí, Wiben, se Samantha brigar com Colin, daria razão para ela ou para ele?
Wiben coçou a bochecha com o indicador.
— Ei, Stedd, isso não é justo!
Stedd ajeitou seus óculos de lente avermelhada e abriu um sorriso.
— Eu te entendo, amigo, entre Samantha e Colin, eu também escolheria Samantha. Digo isso com todo respeito, é claro.
Wiben cruzou os braços e franziu o cenho.
— Estou de olho em você, Ubiytisy…
— Relaxa aí, não precisa ficar todo desconfiado. Somos amigos, certo? Não farei nada.
— Acho bom que não faça.
Colin ficou observando aquela discussão. Ele não se lembrava de ter um momento tão descontraído como esse com os rapazes. Talvez fosse porque Colin passasse mais tempo com Brighid do que com qualquer outra pessoa, mas ele percebeu que deveria ter mais momentos assim com Stedd e Wiben.
Eles tinham quase a mesma idade, e Colin gostava da companhia dos dois. Ambos eram bem espontâneos perto dele e Colin se sentia à vontade junto deles.
Embora aquele fosse um mundo caótico rodeado por desgraça, Colin se afastava de qualquer pensamento desgostoso perto daqueles dois.
Após caminharem pela penumbra da caverna, o humanoide os levou até onde o Escorpião rei foi derrotado. Partes dele ainda estavam lá, devoradas por ratos que saíram correndo ao ver pessoas se aproximarem.
Colin despejou o saco de moedas na bolsa dimensional de Samantha e se aproximou da mulher que salvou da morte.
— Entregue suas armas e armadura, você e seus amigos.
Eles não o confrontaram, apenas fizeram o que Colin disse. Samantha pegou todo equipamento e armas, guardando também na bolsa.
Colin os deixou completamente nus, apenas com as roupas de baixo.
— Só sobraram vocês sete? — indagou Colin mantendo os olhos neles.
Ela fez que sim.
— Matamos alguns desses humanoides — disse ela se abraçando para tapar os seios e as partes íntimas — Mas eram muitos. É humilhante ser salva por um homem sem honra como você e ainda ser roubada dessa forma tsc!…
Colin abriu um sorriso. Não era algo para se orgulhar, mas ele se orgulhava de algo assim.
— O pingente, senhorita — Ele ergueu a mão.
Ela o arrancou do pescoço e colocou na mão dele.
— Faça bom proveito…
— Pode deixar.
A mulher e seus companheiros começaram a brilhar em alvo e desapareceram, fazendo um portal abrir.
— E-E eu? — perguntou o humanoide.
Colin deu de ombros.
— Acho que é aqui que nos separamos. Adeus, humanoide-peixe. Aproveite o lugar, você deve ser o novo rei ou algo assim.
Colin decidiu o poupar por puro capricho, mesmo que humanoide já tenha tirado outras vidas.
Sem perder mais tempo, Colin foi em direção ao portal e seus companheiros o seguiram.
Assim que todos passaram, o portal se fechou, deixando o humanoide ali, sozinho.
Embora não parecesse, já haviam se passado algumas horas desde o início do evento.
Em um quarto luxuoso, deitada na banheira de mármore, Bledha aproveitava o banho de olhos fechados. Ela tentava se acalmar, manter seus pensamentos mais nocivos longe.
— Vai ficar aí me encarando?
Elnan, o irmão de Safira, saiu do fundo e ficou frente a Bledha.
— A senhora continua perfeita.
— O que você quer? Já não se divertiu com aquelas crianças ou algo assim?
Elnan cruzou os braços e encostou na parede.
— Ainda não. Não posso fazer isso agora, é melhor esperar o ataque começar.
Bledha abriu os olhos.
— Sei que quer se provar destruindo o rapaz, mas não precisa ir tão longe para ganhar a aprovação do senhor Coen. Melhor que saiba onde está se metendo.
Elnan sabia, mas ele não via Colin como uma ameaça real.
— Se ele fosse tão poderoso assim, Lord Coen o recrutaria para se juntar a nós, mas ao invés disso ele me permitiu matar o filho que ele odeia, e eu vou fazer isso, o destruindo tanto física quanto mentalmente.
Bledha deu de ombros e fechou os olhos.
— Saiba que eu não vou mover um dedo para ajudar você. Estarei ocupada demais enfrentando Ultan. Agora me deixe relaxar e feche a porta quando sair.
— Sim, senhora — Elnan parou na porta — Desculpe incomodá-la, mas me responda, senhor Coen vai participar da invasão?
— Creio que não. Ele disse que ia para casa resolver alguns problemas.
Elnan ergueu uma das sobrancelhas.
— Casa? Aquele plano distante que chamam de terra?
— Não. É a casa dele, no plano de origem que ele nasceu. Agora pare de me encher e me deixe sozinha.
— Sim, senhora…
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