Capítulo 374 - Percurso de guerra.
Gemidos exageradamente altos ecoavam no quarto, junto ao baque quase visceral de virilhas se chocando.
Colin estava com o torso nu e coberto por uma camada de suor que lhe dava a aparência de ter acabado de sair de um banho. Ayla jazia diante dele, em uma expressão de entrega, com as pernas formando um convite tácito a uma conexão ainda mais profunda.
A união de seus corpos era marcada por um ritmo fervoroso. Ayla, com sua pele pálida como leite, estava tão suada quanto a pele morena de Colin.
Envolvido no momento, Colin demonstrava um domínio gentil, mas firme, segurando as mãos de Ayla acima da cabeça dela com uma de suas mãos, enquanto a outra repousava em seu pescoço, em um gesto que mesclava paixão e controle.
Ayla fechou os olhos agressivamente, sentindo uma sensação apaixonante de êxtase percorrer seu ventre. Seu corpo todo tremeu.
Ela abriu os olhos apaixonados, vendo Colin ainda em cima dela.
— Preciso de um tempo… — disse ela, seu rosto corado e sua voz meiga. — Não tem muito tempo que dei à luz aos nossos filhos, meu corpo ainda não se recuperou por inteiro.
Colin a beijou novamente. Saiu de cima dela e sentou-se na beirada da cama, alisando o cabelo molhado de suor para trás.
Engatinhando na cama, Ayla se aproximou, o abraçando por trás.
— Lyerina e Valkian, o que acha desses nomes, querido?
— Esses são os nomes que escolheu?
— Sim. Lyerina significa luz brilhante na língua dos Elfos da neve, e Valkian significa “Guerreiro de aço”.
Colin assentiu.
— São bons nomes. — Ele a puxou para o colo dele.
— Colin, eu ainda estou descansando…
Ele a beijou. — Eu sei, na próxima semana começarei minha campanha para tomar Rontes do Sul. Vou a cavalo, visitar os vilarejos pelo caminho. Passarei no ducado controlado por Alunys, já tem um tempo que não a vejo.
Foi a vez de ela beijá-lo.
— Você tem deixado as coisas em ordem por aqui — ela suspirou. — Sua tia deve estar atolada de trabalho, e eu estava começando a gostar de ficar grávida… bem, hora de voltar ao trabalho.
— Tenho que te pedir uma coisa. — Ele apoiou a mão no rosto dela, alisando seus lábios com o dedão. — Os nobres, não os mate, faça acordos.
— Por quê? É fácil substituí-los.
— Eu sei, mas não faça isso, é um pedido meu. Prometa uma parte das terras no sul para eles, em troca eles cortam sua relação com a igreja. — Antes que ela pudesse falar, Colin apoiou o dedão em seus lábios. — Sei que está dando um jeito nisso com Jane, mas faça o que pedi.
Ela suspirou.
— Tá… mas, por que ser bom com eles agora?
— Esse cabo de guerra precisa acabar. Mesmo se os substituir, os substitutos virão com novos problemas. Melhor deixar isso estabilizado. Você é mãe agora, as crianças precisarão de você.
Ayla assentiu. — Você tem razão… é estranho ver essa sensatez vindo de você.
Ele sorriu. — Como se eu não fosse capaz disso.
Pegando-a pela cintura, Colin a jogou na cama, beijando-a com intensidade enquanto suas mãos deslizavam por seus seios e seu quadril.
No meio do confronto titânico, o som metálico e definitivo da espada do gigante se quebrando em pedaços ecoou pelo ar gelado, uma reviravolta.
Samantha, com a precisão e a calma de quem tinha tudo sob controle, posicionou uma flecha especial em seu arco. Era uma flecha explosiva, meticulosamente preparada para momentos como este.
Com um movimento fluido, ela a soltou e a flecha zuniu pelo ar antes de atingir o rosto do gigante em uma explosão espetacular de luz e som.
Boom!
O gigante, com raiva ardendo em seus olhos e a face marcada pelo fogo da explosão, avançou com passos que faziam o chão de gelo estremecer sob seu peso.
Com socos poderosos que visavam esmagar Samantha, ele desferia golpes contra o chão congelado, tentando acertá-la. Mas ela, com movimentos precisos e esquivas ágeis, dançava entre os ataques, uma verdadeira sombra inalcançável.
Em um momento de inspiração, Samantha preparou outra flecha, desta vez com um encantamento diferente. No instante em que a flecha deixou seu arco, ela pronunciou as palavras de um antigo feitiço, transmutando a flecha em uma alabarda no ar.
Crunch!
A nova arma, agora com lâmina larga e cabo longo, cravou-se no joelho do gigante com uma precisão cirúrgica, cortando o tendão e fazendo com que a criatura colossal tombasse, vencida pelo cansaço e pela dor.
— Vai nos ouvir agora? — Ela se aproximou, apontando a flecha para o rosto do gigante. — Você foi o último, não seja um idiota.
Ao redor do campo de batalha, o resultado do confronto era visível: gigantes caídos testemunhavam o poder dos carniceiros.
Mas também havia gigantes que, acuados nos cantos, observavam a cena com terror. Entre eles, mulheres, crianças e aqueles claramente não preparados para o combate, todos agora confrontados com a vulnerabilidade.
— Malditos humanos! — esbravejou o gigante. — Vocês não foram embora para o sul?
Samantha abaixou o arco.
— Não ouviu mesmo nada do que eu disse, né? O norte pertence à Runyra, e vocês andam perturbando a paz.
— Perturbando a paz? Essas terras nunca pertenceram a vocês!
— Nem a você. Conhece o território hostil? Colin, o rei de Runyra, o pacificou. Eles vivem em paz, mesmo pertencendo à Runyra. Meu rei está disposto a dar pedaços de terras para os Orcs e para vocês gigantes, mas precisam seguir os nossos termos.
Com os olhos ardendo em fúria, o gigante resolveu engolir seu orgulho.
— Quais termos?
— Nos ajudem a espalhar a mensagem. A guerra entre gigantes, orcs e humanos no noroeste tem que acabar. Em troca, vocês terão sua terra e serão deixados em paz.
O gigante encarou seu povo e cerrou os punhos.
— Está me dando sua palavra, mulher?
Samantha bateu o punho cerrado no peito.
— Eu prometo.
— Certo… sei de vilas próximas de gigantes, posso falar com eles, mas não sei se todos estarão de acordo.
— Eles têm duas opções, ou aceitam nosso acordo e terão a chance de prosperar em suas próprias terras, ou serão esmagados por Runyra.
— …
— Somos benevolentes com nossos aliados, gigante, mas nossos inimigos conhecerão a espada. Volto em dois dias.
Ela deu as costas, caminhando para longe, sumindo na névoa.
O grupo havia sido separado.
Kodogog partiu junto a Dasken para convencer os Orcs, enquanto Eden, Kurth e Sylvana seguiram na tentativa de convencer os gigantes.
Elaboraram um plano simples: vencer todos os líderes, convencê-los na base da força, porém, com promessas irrecusáveis.
Do outro lado do norte, no nordeste comandado por Yonolondor, as coisas estavam quase completamente resolvidas.
O castelo, uma vez uma fortaleza imponente e um bastião de poder, agora jazia em ruínas, sua grandeza dilacerada.
À medida que se adentrava pelos corredores silenciosos, o eco dos passos ressoava, um testemunho solitário do caos que se abateu sobre o lugar.
Os corpos de soldados jaziam espalhados, suas expressões congeladas no tempo.
Nos recantos sombrios do castelo, soldados, movidos por ordens implacáveis, arrastavam as filhas dos nobres que decidiram apoiar Yonolondor.
Com brutalidade desmedida, elas eram puxadas pelos cabelos, resistindo em vão, seus gritos ecoando pelas paredes de pedra, à medida que eram levadas para quartos escuros, o destino incerto se fechando ao redor delas como uma sombra.
A sala do trono, o coração do castelo, era o epicentro da destruição. O esplendor outrora radiante deste lugar foi completamente desfigurado, suas riquezas saqueadas, e a dignidade, manchada pelo sangue que agora cobria paredes e chão.
Cada superfície, cada tapeçaria, outrora magníficas, estava saturada com as marcas da batalha. Soldados mortos, alguns ainda em suas armaduras brilhantes, agora apenas decoravam o chão, formando um tapete macabro de perda e morte.
— Anda logo! — Soldados empurravam um Yonolondor derrotado.
Seu corpo, coberto de escoriações e feridas que contavam a história de uma resistência feroz, era arrastado sem cerimônia em direção a uma jaula ante-magia.
Grilhões o prendiam, mas depois de tudo que ele fez, aquelas amarras que o prendiam não passavam de meros acessórios.
Bam!
Ele foi jogado na jaula.
— Maldita aberração — disse um dos soldados, encarando Yonolondor sem expressão.
— Sobrou mais alguém? — perguntou outro soldado.
— Cem homens dos que vieram conosco, no máximo.
— Tsc… avisem os superiores, Yonolondor caiu.
Sozinho, diante da queda dos seus, Yonolondor enfrentou uma maré de cinquenta mil almas enfurecidas, um exército composto não só de números, mas de soldados entre os mais hábeis e determinados.
Durante cinco dias e cinco noites, sem descanso ou trégua, Yonolondor manteve-se inabalável.
Suas mãos, embora calejadas e sangrando, manipularam sua espada com uma graça e precisão que desafiavam a própria morte. Cada movimento seu era a expressão máxima da arte do espadachim, cada golpe, uma poesia mortal que falava de anos de treinamento, disciplina e uma vontade indomável.
À medida que o cerco se fechava e seus inimigos avançavam, a magia que era seu aliado mais poderoso começou a se esgotar.
Tudo havia saído como Colin previu.
O exército de Rontes não mais existia, abrindo um caminho sem obstáculos para Runyra, uma ação que deixaria Ayla orgulhosa.
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