Capítulo 137: Os Licores e o Mel
Lua passou a língua por seu sorvete, saboreando-o. Dessa vez a bola tinha uma coloração verde, levemente fosca, com pedacinhos marrons misturados à massa. Era o polêmico sabor de chocomenta.
— Quantos mais sorvetes vai tomar? — Clara ergueu uma sobrancelha. Em seus dedos, uma taça de vinho.
A elemental gargalhou.
— E quantas mais taças de vinho você vai beber?
— Muitas.
— Muitos.
— E teu cérebro não congela?
— O problema seria se ele descongelasse.
Clara bufou.
— E ainda chocomenta? Esse sorvete não tem gosto de pasta de dente?
— Retire! Retire o que disse agora!
Clara bebeu um gole de vinho. Elegante como uma dama.
— Ah, falar mal dos gostos alheios é tão revigorante!
Nessa hora, ouviram um som que era uma mistura de um gemido com um grito. Era uma voz feminina, em total êxtase de prazer.
Lua riu.
— A freirinha está se divertindo!
A súcubo deu de ombros.
— Pelo menos alguém…
— Ei, você tá tentando matar aquele garoto?
— Como assim?
— Quatro garotas em sequência? Isso não é meio demais?
— O Renato aguenta.
— A terceira garota é uma demi-humana, Clara! Sabe que eles são malucos, não sabe? Sabe o que aconteceu com o último humano que tentou transar com uma demi-humana? E ela ainda tá levando aqueles… brinquedos. E a última é você! A súcubo mais pervertida e esquisitona de toda a história! Pobre Renato! Vai morrer!
— Se morrer, morre feliz.
Novamente sozinho em seu quarto, Renato estava deitado, olhando para o teto. Sentia-se completamente esgotado. Apesar disso, estava mais motivado do que nunca!
Era como se estivesse no meio de uma luta difícil, e ele não desistia de suas lutas, não importava o quão difícil fosse. Iria até o fim.
Entretanto, assim que Lírica entrou no quarto, usando uma roupa negra de couro bem colada no corpo, e segurando um chicote, ele pensou duas vezes sobre a regra de não desistir.
A demi-humana tinha um brilho assustador nos olhos. Sua cauda balançava alegremente atrás dela.
Ela movimentou o chicote, fazendo-o estalar no ar.
Renato se afastou instintivamente.
— Não sei se eu gosto dessa ideia não!
— Calma, Renato! A gente vai se divertir muito!
Ela estalou mais uma vez aquele chicote. Aquilo nem tinha chegado perto dele ainda, mas só de imaginar a situação, sentiu suas costas arderem. “Chicotada psicológica” pensou, quase achando engraçada a situação.
Ela começou a se aproximar lentamente, faceira, com um olhar lascivo.
— E o que acha disso, hein?
Ela puxou da cintura um par de algemas.
— Estranho! Estranho!
Renato estava levemente assustado.
Lírica fez beicinho, chateada.
— Ah, esses brinquedinhos são tão legais. E o que acha desse?
O terceiro objeto que ela mostrou foi o mais assustador de todos. Tinha o formato cilíndrico, uns vinte centímetros de comprimento e a espessura de um pepino, e também apresentava algumas ondulações na superfície, provavelmente com o intuito de tornar o objeto mais estimulante.
— Não! Não! — gritou Renato. — Tá maluca, mulher? Mantenha isso longe de mim! O chicote e as algemas até que é negociável, mas isso aí não! Nem pensar! Sai fora!
Chateada, Lírica baixou os ombros e olhou para baixo, mas seu desânimo foi cortado por uma onda súbita de euforia. Ela sorriu, maliciosa, e pulou sobre Renato, pressionando-o contra a cama.
— Já que não usaremos os brinquedos, então faremos como os antigos!
As unhas afiadas dela, feito garras de felino, arranharam as costas nuas de Renato. Afundaram em sua carne.
— Bata em mim! Bata forte! — pediu Lírica.
Ela o puxou para si, e ambos giraram no ar, subindo, e bateram no teto. Em seguida, caíram no chão. Renato estava por baixo, e bateu as costas.
— Mostre seu amor por mim e me machuque! Eu não sou de porcelana! Não vou quebrar!
Foi a primeira vez que Renato viu esse lado da demi-humana. Ela tinha se transformado totalmente. Estava mais animalesca. Suas presas pareciam maiores. E ela agia de forma descontrolada. Grunhia, rosnava, passava as unhas na pele de Renato. Mordiscava seu pescoço. Cheirava-o como um animal cheirando uma refeição deliciosa.
— Ah, então é isso o que você quer, não é? — disse Renato, já cansado de ser a presa.
Ele, usando as duas mãos, deu um tapa generoso em cada uma das metades do bumbum dela. Foi forte, a ponto do estalo reverberar pelo quarto.
A demi-humana tomou um susto. Sua cauda se eriçou e ficou reta, e ela rosnou como um gato assustado.
Renato, aproveitando-se do vacilo dela, abocanhou seu pescoço, mordiscando a pele, aninhou o rosto no cangote, sentindo o gosto e o aroma. Era um cheiro gostoso de mulher. O corpo dela era aconchegante e quentinho. Enlouqueceu o garoto.
— Sim! É isso o que eu quero! — respondeu ela, e mordiscou o pescoço dele.
Ambos faziam o mesmo. Pareciam dois vampiros, um saboreando o pescoço do outro.
Ela tocou sua testa na testa dele, e sorriu.
— Nossas mentes se alinharam.
Se atracaram de um jeito violento, e giraram no ar mais uma vez, e colidiram contra a parede, derrubando a mesinha de cabeceira no chão.
Lírica meteu a mão dentro do short do rapaz.
Segurou aquela coisa que, nesse momento, já estava rígida feito uma espada de aço.
Ela pressionou, apertou, acariciou a cabeça. Fez movimentos de cima para baixo.
Renato deixou um gemido baixo escapar de seus lábios.
Ela moveu suas orelhas, inclinando-as para ouvi-lo melhor.
— Seu coração… ele tá batendo forte — disse ela, enquanto massageava o mastro latejante.
Ela tirou a mão de dentro do short do garoto e levou os dedos à sua própria boca, e os lambeu.
— Eu quero que você vá com força! Não precisa sentir pena!
Renato a apertou contra seu corpo.
As mãos dele deslizando sobre a pele macia de Lírica.
— Então agora sou eu quem mando! — respondeu ele.
Logo em seguida, ele esticou os braços dela e, sem que ela percebesse, ele passou as algemas nos pulsos dela.
— Agora você é minha prisioneira. Vai me obedecer!
— Sim! Sou sua prisioneira, mestre! Tudo o que me mandar fazer, eu faço!
— Não precisa mais disso! — disse ele, rasgando as roupas da demi-humana
A visão do corpo desnudo de Lírica, de curvas sinuosas e eróticas, enlouqueceu o garoto ainda mais.
Primeiro, ele quis sentir a maciez daqueles seios grandes. Apertou-os em suas mãos, tanto que era como se eles transbordassem através de seus dedos.
A sensação daquele toque chegou ao seu cérebro como um turbilhão.
Renato provou o sabor daquelas auréolas peroladas, passando a língua sobre elas, com pinceladas suaves.
Lírica se contorceu e, instintivamente, tentou se afastar, mas Renato a segurou.
— Já disse que você é minha prisioneira! Deve obediência.
— S-sim… mestre.
Ele lambeu o corpo dela, saboreando cada pedacinho de pele.
Dos seios, desceu para a barriga esbelta, provou suas coxas, e se moveu para o que estava na vizinhança.
Ele estava louco para conhecer os sabores do mel e dos licores que ela tinha para oferecer. E, tal qual um beija-flor, provou seu néctar.
— V-você está… — surrou ela.
— Shhh! — Ele interrompeu suas palavras, levando os dedos à boca dela. Os acariciou. — Você tem lindos lábios. Não os desperdice com palavras agora.
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