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    Lua passou a língua por seu sorvete, saboreando-o. Dessa vez a bola tinha uma coloração verde, levemente fosca, com pedacinhos marrons misturados à massa. Era o polêmico sabor de chocomenta.

    — Quantos mais sorvetes vai tomar? — Clara ergueu uma sobrancelha. Em seus dedos, uma taça de vinho.

    A elemental gargalhou.

    — E quantas mais taças de vinho você vai beber?

    — Muitas.

    — Muitos.

    — E teu cérebro não congela?

    — O problema seria se ele descongelasse.

    Clara bufou.

    — E ainda chocomenta? Esse sorvete não tem gosto de pasta de dente?

    — Retire! Retire o que disse agora!

    Clara bebeu um gole de vinho. Elegante como uma dama.

    — Ah, falar mal dos gostos alheios é tão revigorante!

    Nessa hora, ouviram um som que era uma mistura de um gemido com um grito. Era uma voz feminina, em total êxtase de prazer.

    Lua riu.

    — A freirinha está se divertindo!

    A súcubo deu de ombros.

    — Pelo menos alguém…

    — Ei, você tá tentando matar aquele garoto?

    — Como assim?

    — Quatro garotas em sequência? Isso não é meio demais?

    — O Renato aguenta.

    — A terceira garota é uma demi-humana, Clara! Sabe que eles são malucos, não sabe? Sabe o que aconteceu com o último humano que tentou transar com uma demi-humana? E ela ainda tá levando aqueles… brinquedos. E a última é você! A súcubo mais pervertida e esquisitona de toda a história! Pobre Renato! Vai morrer!

    — Se morrer, morre feliz.


    Novamente sozinho em seu quarto, Renato estava deitado, olhando para o teto. Sentia-se completamente esgotado. Apesar disso, estava mais motivado do que nunca!

    Era como se estivesse no meio de uma luta difícil, e ele não desistia de suas lutas, não importava o quão difícil fosse. Iria até o fim.

    Entretanto, assim que Lírica entrou no quarto, usando uma roupa negra de couro bem colada no corpo, e segurando um chicote, ele pensou duas vezes sobre a regra de não desistir.

    A demi-humana tinha um brilho assustador nos olhos. Sua cauda balançava alegremente atrás dela.

    Ela movimentou o chicote, fazendo-o estalar no ar.

    Renato se afastou instintivamente.

    — Não sei se eu gosto dessa ideia não!

    — Calma, Renato! A gente vai se divertir muito! 

    Ela estalou mais uma vez aquele chicote. Aquilo nem tinha chegado perto dele ainda, mas só de imaginar a situação, sentiu suas costas arderem. “Chicotada psicológica” pensou, quase achando engraçada a situação.

    Ela começou a se aproximar lentamente, faceira, com um olhar lascivo.

    — E o que acha disso, hein?

    Ela puxou da cintura um par de algemas.

    — Estranho! Estranho!

    Renato estava levemente assustado.

    Lírica fez beicinho, chateada.

    — Ah, esses brinquedinhos são tão legais. E o que acha desse?

    O terceiro objeto que ela mostrou foi o mais assustador de todos. Tinha o formato cilíndrico, uns vinte centímetros de comprimento e a espessura de um pepino, e também apresentava algumas ondulações na superfície, provavelmente com o intuito de tornar o objeto mais estimulante.

    — Não! Não! — gritou Renato. — Tá maluca, mulher? Mantenha isso longe de mim! O chicote e as algemas até que é negociável, mas isso aí não! Nem pensar! Sai fora!

    Chateada, Lírica baixou os ombros e olhou para baixo, mas seu desânimo foi cortado por uma onda súbita de euforia. Ela sorriu, maliciosa, e pulou sobre Renato, pressionando-o contra a cama.

    — Já que não usaremos os brinquedos, então faremos como os antigos!

    As unhas afiadas dela, feito garras de felino, arranharam as costas nuas de Renato. Afundaram em sua carne.

    — Bata em mim! Bata forte! — pediu Lírica.

    Ela o puxou para si, e ambos giraram no ar, subindo, e bateram no teto. Em seguida, caíram no chão. Renato estava por baixo, e bateu as costas.

    — Mostre seu amor por mim e me machuque! Eu não sou de porcelana! Não vou quebrar!

    Foi a primeira vez que Renato viu esse lado da demi-humana. Ela tinha se transformado totalmente. Estava mais animalesca. Suas presas pareciam maiores. E ela agia de forma descontrolada. Grunhia, rosnava, passava as unhas na pele de Renato. Mordiscava seu pescoço. Cheirava-o como um animal cheirando uma refeição deliciosa.

    — Ah, então é isso o que você quer, não é? — disse Renato, já cansado de ser a presa.

    Ele, usando as duas mãos, deu um tapa generoso em cada uma das metades do bumbum dela. Foi forte, a ponto do estalo reverberar pelo quarto.

    A demi-humana tomou um susto. Sua cauda se eriçou e ficou reta, e ela rosnou como um gato assustado.

    Renato, aproveitando-se do vacilo dela, abocanhou seu pescoço, mordiscando a pele, aninhou o rosto no cangote, sentindo o gosto e o aroma. Era um cheiro gostoso de mulher. O corpo dela era aconchegante e quentinho. Enlouqueceu o garoto.

    — Sim! É isso o que eu quero! — respondeu ela, e mordiscou o pescoço dele.

    Ambos faziam o mesmo. Pareciam dois vampiros, um saboreando o pescoço do outro.

    Ela tocou sua testa na testa dele, e sorriu.

    — Nossas mentes se alinharam.

    Se atracaram de um jeito violento, e giraram no ar mais uma vez, e colidiram contra a parede, derrubando a mesinha de cabeceira no chão.

    Lírica meteu a mão dentro do short do rapaz.

    Segurou aquela coisa que, nesse momento, já estava rígida feito uma espada de aço.

    Ela pressionou, apertou, acariciou a cabeça. Fez movimentos de cima para baixo.

    Renato deixou um gemido baixo escapar de seus lábios.

    Ela moveu suas orelhas, inclinando-as para ouvi-lo melhor.

    — Seu coração… ele tá batendo forte — disse ela, enquanto massageava o mastro latejante.

    Ela tirou a mão de dentro do short do garoto e levou os dedos à sua própria boca, e os lambeu.

    — Eu quero que você vá com força! Não precisa sentir pena!

    Renato a apertou contra seu corpo.

    As mãos dele deslizando sobre a pele macia de Lírica.

    — Então agora sou eu quem mando! — respondeu ele.

    Logo em seguida, ele esticou os braços dela e, sem que ela percebesse, ele passou as algemas nos pulsos dela.

    — Agora você é minha prisioneira. Vai me obedecer!

    — Sim! Sou sua prisioneira, mestre! Tudo o que me mandar fazer, eu faço!

    — Não precisa mais disso! — disse ele, rasgando as roupas da demi-humana 

    A visão do corpo desnudo de Lírica, de curvas sinuosas e eróticas, enlouqueceu o garoto ainda mais.

    Primeiro, ele quis sentir a maciez daqueles seios grandes. Apertou-os em suas mãos, tanto que era como se eles transbordassem através de seus dedos.

    A sensação daquele toque chegou ao seu cérebro como um turbilhão.

    Renato provou o sabor daquelas auréolas peroladas, passando a língua sobre elas, com pinceladas suaves.

    Lírica se contorceu e, instintivamente, tentou se afastar, mas Renato a segurou.

    — Já disse que você é minha prisioneira! Deve obediência.

    — S-sim… mestre.

    Ele lambeu o corpo dela, saboreando cada pedacinho de pele. 

    Dos seios, desceu para a barriga esbelta, provou suas coxas, e se moveu para o que estava na vizinhança.

    Ele estava louco para conhecer os sabores do mel e dos licores que ela tinha para oferecer. E, tal qual um beija-flor, provou seu néctar.

    — V-você está… — surrou ela.

    — Shhh! — Ele interrompeu suas palavras, levando os dedos à boca dela.  Os acariciou. — Você tem lindos lábios. Não os desperdice com palavras agora.

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