Uma pedra nunca está atrasada, nem nunca está adiantada.  

    Porque pedras não contam os anos. Elas não registram o tempo. Mas… havia números que importavam para a pedra. Massa. Diâmetro. Velocidade.  

    A partir desses três, a maioria das outras coisas seguia. A pedra tinha uma filosofia simples: se encontrasse um problema, se esforçaria para aumentar esses três números e, geralmente, o problema seria resolvido.  

    Funcionara até agora.  

    E assim, quando a pedra finalmente chegou ao [Meteoro do Apocalipse], após uma longa era de viagem, ela observou os números.  

    Sabia quão rápido estava se aproximando do outro. Sabia quão rápido o outro crescia em seu campo de visão. Podia estimar coisas. Executando um cálculo paciente em sua mente, a pedra estimou o [Meteoro do Apocalipse].  

    Ele tinha cerca de… 10.000 metros de largura e, assumindo que fosse tão denso quanto nosso herói, provavelmente pesaria cerca de 1.361.356.816.555.580 quilogramas. Um cálculo simples para nossa pedra. E um resultado claro.  

    Era… um pouco maior que a pedra.  

    Mas — a pedra maior não tinha uma centelha. Ao estender seus sentidos de [Cultivador], nosso herói viu que não havia vontade guiando o [Meteoro do Apocalipse] para frente, apenas o domínio inflexível da gravidade.  

    Ela ficou desapontada? Talvez. Talvez a pedra tivesse esperado finalmente encontrar alguém de sua própria espécie. Como seria esse encontro?  

    O mais próximo que chegara disso foi o elemental da terra, mas aquele fora um construto de magia controlando pedra, não uma verdadeira pedra em si.  

    No máximo, um primo.  

    Então, quando viu que o meteoro gigante não tinha uma centelha, a pedra não exatamente ficou triste, porque não sabia o que havia perdido. Mas qualquer esperança potencial se extinguiu, e uma jornada de expectativa se transformou em normalidade.  

    As coisas permaneceram as mesmas.  

    Mesmo assim, a pedra não se apressou para lutar contra sua parente maior, não se apressou para destruí-la. Nem tentou absorvê-la em seu enxame de asteroides ou desviá-la usando suas habilidades gravitacionais.  

    Não — por um tempo, a pedra apenas observou. E pensou. Lembrou-se das pessoas de carne, que pilotavam cascos de metal por dentro. Uma coisa menor, controlando uma coisa maior.  

    E a pedra teve uma ideia.  

    O sistema a proibira de absorver massa diretamente, forçando-a a crescer apenas através de níveis. Mas nosso herói não era de seguir convenções e regulamentos quando um caminho mais direto se apresentava.  

    Primeiro — ela experimentou.  

    A pedra parou os três anéis concêntricos de asteroides ao seu redor, pausando aquela dança eterna por um breve momento. Então pintou um poço profundo de gravidade em sua própria posição, um buraco profundo, e sentou-se bem no fundo.  

    E as outras pedras começaram a cair. Agrupando-se. Coletando-se.  

    Até que a pedra ficou coberta por uma vasta camada de rocha, estendendo seu tamanho em cem vezes. E isso parecia… certo. Como algo que fazia sentido.  

    Mas, ao se mover, a camada também se deslocava, seguindo como um cobertor solto de seixos.  

    Não um escudo de ferro.  

    A pedra percebeu que, composta por pedaços soltos assim, era algo muito frágil, não como os trajes forjados em ferro das coisas de carne. Mas…  

    Mais uma vez, observou o meteoro gigante à frente. Aquele serviria muito bem.  

    E assim, a pedra finalmente acelerou para frente, voando em direção àquela superfície irregular. Mas não acelerou demais, moveu-se devagar.  

     

    Velocidade Atual: 18,2 m/s  

     

    Porque a pedra não queria esmagar o meteoro em pedaços. Ele precisava permanecer inteiro, em uma única peça, para o plano da pedra funcionar. Um plano simples, o mesmo que sempre teve. Aumentar massa. Aumentar diâmetro.  

    E pousou na superfície. Em uma superfície dura, sólida como rocha. Uma muito parecida com a sua, embora a composição exata fosse um pouco diferente.  

    Como poderia entrar?  

    Lembrou-se novamente dos dois trajes de metal, especialmente do outro. Pois, embora não tivesse sido útil na batalha, ele tinha um formato muito distinto preso ao seu braço direito. Uma ferramenta de um antigo traje de mineração.  

    Uma broca.  

    A pedra focou em sua [Pele de Diamante], desta vez tentando criar algo… diferente. Não um revestimento por toda parte, apenas em um ponto. Reuniu todo seu Qi, enviando-o não para a superfície, mas para logo além. Formando uma ponta de diamante, estendendo-se para fora da pedra como o poderoso chifre de um unicórnio.  

    Apontou a broca para o [Meteoro do Apocalipse] e, mais uma vez, fez algo diferente, algo novo. Usou [Transferência de Energia], mas não fez a mesma conversão de energia cinética de sempre.  

    Não — ela criou rotação.  

    A pedra começou a girar, a broca pressionada contra o gigante, e começou a perfurar. Pedra era eterna, mas diamante também, e assim a broca avançou.  

    Sem pressa. Sem correria.  

    Calmamente. Metodicamente.  

    A broca esmagou pedaços de rocha em pó, que a pedra então teve que remover, usando [Chuva de Meteoros] e pequenos canais de gravidade. De vez em quando, precisava recuar, deixando o pó esmagado escorrer para fora, e então voltava para dentro.  

    E logo, muito logo, a pedra alcançou o centro do meteoro.  

    Parou a broca, deixando os fragmentos de diamante formados pelo Qi desaparecerem, e focou seus sentidos. Focou seu domínio.  

    Porque, no fim, qual era a diferença entre a pedra em que estava agora e ela mesma? Por que a pedra tinha uma centelha, e o [Meteoro do Apocalipse] não?  

    Reuniu seu domínio, o grande limite que se estendia, e começou a comprimi-lo. Porque ele se encaixava perfeitamente sobre o meteoro, como uma luva bem ajustada. Mais e mais. Até a própria superfície do meteoro gigante, quase rompendo as costuras.  

    E então começou a infundir toda a região com Qi, assumindo o controle.  

    A pedra sentiu vasos de Qi brotarem e se espalharem pelo meteoro, como pequenos cabos de eletricidade, cobrindo-o por completo. E, gradualmente, sua consciência se expandiu.  

    Podia sentir o corpo maior de rocha. Não como seu, mas como um anexo. E estava firmemente fixado dentro.  

    Em seguida, a pedra pintou um poço profundo de gravidade no buraco que cavara e deixou pedra e pó caírem de volta, selando a entrada. Então tentou ativar [Pele de Diamante]. Uma casca brilhante se espalhou.  

    E cobriu todo o asteroide, por maior que fosse. Até mesmo o buraco por onde a pedra havia entrado.  

    A pedra sentiu sua nova massa — maior do que qualquer uma que vira no topo da montanha.  

    Então — com um esforço de gravidade — deu ao corpo inteiro o mais leve empurrão. Desviou seu curso.  

    E um planeta foi salvo.  

     

    Missão de Defensor Galáctico Concluída!  

    Parabéns!  

    Experiência bônus concedida!  

    Experiência ganha!  

    5.000 / 20.000 xp  

     

    A pedra não ficou muito satisfeita com a falta de subida de nível, mas, por outro lado, não precisava da ajuda do sistema para crescer. Nem para aprender novas habilidades.  

    Crescera muito ao se unir à pedra maior e assumir o controle dela. Aprendera a fazer isso sozinha, apenas praticando sua manipulação de Qi.  

    Sentiu sua nova forma, mais conectada do que antes, e deu outro leve empurrão. O mais sutil possível.  

     

    Alerta de Defensor Galáctico!  

    Classe 10 [Meteoro do Apocalipse] () atingirá [Planeta Terra] em 220 anos!  

    ERRO_ISTO_É_VOCÊ  

    FALHAS DE XP INFINITO ESTÃO DESATIVADAS PARA [Sem Nome]  

    NÃO ELEGÍVEL PARA RECOMPENSA DE MISSÃO  

     

    Sim, a pedra ajustou o curso de volta para onde estava—não porque tentara enganar o sistema para ganhar experiência infinita (embora isso tivesse sido bom), mas porque esta forma era digna. Esta forma era grande. Com esta forma—ela crescera o suficiente para desafiar seus inimigos, para alcançar o fim de sua missão.  

    Mas havia crescido apenas dois de seus três números-chave. Uma solução verdadeira ainda precisava daquele toque final, e nosso herói não era um mero [Meteoro do Apocalipse] sem vida.  

    Usou [Transferência de Energia] e começou a acelerar. Não apenas massa e diâmetro, mas velocidade também.  

    E um número começou a diminuir.  

    O antigo, aquele que acompanhara por tanto tempo, mas um novo também. O novo diminuía devagar — muito devagar. Porque não era fácil acelerar tanta massa nova. Mas… ele também começou a diminuir.  

     

    Missão:  

    Destruição do Planeta: 220 anos  

     

    E, eventualmente, mudou, após muito tempo acelerando.  

     

    Missão:  

    Destruição do Planeta: 219 anos  

     

    Sim, este número também estava diminuindo agora, mais rápido do que deveria. E a pedra ressoou dentro de sua nova casca, antecipando um grande retorno.  

    Antecipando o fim de sua missão. Aquela estátua de jade, estendendo a mão para ela.  

    Agora, era realmente a hora.  

     

    Missão:  

    Altitude Atual: 14.959.787.069.100m  

     

     

    Status Completo:  

    [Sem Nome]  

    Título(s): Finalizador de Linhagens, Emboscador Paciente, Flagelo dos Demônios, Grão-Mestre da Cultivação de Portas Fechadas, Defensor Galáctico  

    🗿  

    HP: 144/144  

    Mana: 0/0  

    Nível: 11  

    Experiência: 5.000/20.000  

    Classe: Meteorito  

    Subclasse: Cultivador 8  

    Raça: Pedra Gnaisse  

    Ouro: 100%  

    ESTATÍSTICAS  

    Diâmetro (d): 9,23m (10km)  

    Massa (m): 1.069.226kg (maior)  

    Nível de Energia (E): 10.000 MW  

    Temperatura do Núcleo (T): 4.000K  

    Tamanho do Domínio (d): 10,0km  

    HABILIDADES  

    Colidir  

    Direcionar  

    Transferência de Energia  

    Ponto de Pivô  

    Ponto de Pivô: Estilingue Orbital  

    Apenas uma Pedra  

    Meditar  

    Pele de Diamante  

    Cultivo Roubado  

    Chuva de Meteoros  

    Parente da Pedra  

    Lançador de Gravidade

     

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