Capítulo 79
A cena da Marquesa que vi depois de tanto tempo ainda estava lá.
O labirinto de jardim que percorri para encontrá-la ainda era desafiador, e a porta de entrada, extraordinariamente grande e colorida em comparação com outras aristocratas, ainda era enorme e parecia me esmagar.
Aqui sempre me sentia intimidada, tinha que vigiar meus olhos e fingir ser simpática e obediente diante da família de Mikhail, mas agora os nós que se formavam dentro de mim estavam se desfazendo aos poucos.
Sim, era como jogar um jogo destrutivo para aliviar o estresse.
— O que você está fazendo? Você está louca?!
A voz da mãe de Mikhail saiu como um raio, soou vagamente, mas nem mesmo chegou aos meus ouvidos porque a ira era a única coisa em minha mente neste momento.
“Aqui não tem muito.”
Enruguei os restos do vaso que acabara de lançar e quebrei.
— Juvelian!
Depois de me chamar com voz tensa, deixando a Sra. Hessen para trás, segui diretamente para o closet deste segundo andar.
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— Princesa Floyen?
As criadas que me reconheceram me detiveram, mas as empurrei e abri o armário.
Eu encontrei.
Era um lenço de pele de raposa prateada, uma peça preciosa que comprei porque a esposa do Marquês algum dia expressou que queria tê-lo.
“Como você faz para ser tão bonita agora?”
Enquanto olhava assim, um sorriso surgiu em meu rosto. Tive muita sorte. Achei as tesouras bem a tempo!
— Princesa!
As criadas tentaram me parar, mas foi só por um momento.
— Fiquem atrás se não quiserem sair machucadas.
Elas recuaram quando fizeram contato visual comigo.
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Logo o som do rasgo das peles e dos tecidos ressoou no quarto. As criadas estavam assustadas, mas eu não podia me contentar com isso. Tirei do armário a bolsa, o chapéu e tudo o mais que comprei aleatoriamente. Cortei tudo loucamente com as tesouras.
Uau, uau. Eu me senti cada vez melhor à medida que me livrava da ânsia de destruição que fervilhava com as roupas rasgadas.
“Oh, me libertei de todo o estresse.”
Então, ouvi um chamado atrás de mim.
— Ei! O que diabos você está fazendo?
Virei a cabeça e a Marquesa me olhava com o rosto pálido.
— Já te disse. Vim limpar o que comprei para você.
— Quem vai usar isso? Você realmente perdeu a cabeça? Você está louca?
Ignorando os gritos dela, cortei a bolsa de couro de leopardo com as tesouras. Então, ela ficou ainda mais pálida e disse…
— O que você está fazendo? Vamos, parem a Princesa.
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Suas instruções me alcançaram e eu olhei para as criadas. Eu levantei um canto da boca em espanto.
“Tenho certeza de que me comporte direito aqui.”
Eu não sinto a necessidade de me irritar com pessoas mais fracas do que eu. Esses dias tenho vivido tranquilamente, mas minha personalidade, que viveu como uma valentona, ainda não se acalmou completamente.
— Sim, me parem se tiverem coragem. A menos que tenham medo das consequências.
Vi as criadas surpresas com meu aviso estridente enquanto levantavam as tesouras.
“Sim, para ser sincera, acho que não vão se aproximar.”
Acho que perdi a cabeça.
Quando os empregados não conseguiram mais me alcançar e ficaram à distância, a mulher elevou a voz.
— Essas coisas! O que estão fazendo? Vamos lá. Vocês não podem parar?
Sorri novamente para a esposa do Marquês e lhe lancei um olhar amigável.
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— Não se preocupe. Estou limpando o que comprei para você antes.
— O quê, algo assim…
Foi quando ela estava cambaleando com o rosto branco e cansado. Alguém se aproximou com passos apressados.
— Juvelian! O que você acha que está fazendo?
— Giselle!
A irmã de dezessete anos de Mikhail.
Seu rosto encantador, mas não tão bom em caráter, iluminou o rosto da Marquesa e eu também contive uma risada.
“Oh, finalmente apareceu a favorita do Marquês.”
— Giselle, vamos, largue isso!
Giselle hesitou diante da insistência de sua mãe.
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“Você não é louca, né?”
A imagem de Juvelian rasgando suas roupas com o brilho de seus olhos azuis não era normal para ninguém, mas Giselle logo se recompôs.
“Não, essa não é a Juvelian.”
Em primeiro lugar, Giselle não entendia por que os rumores sobre ela eram ruins. Isso porque Juvelian sempre agia como uma tola quando falava de seu irmão.
— Giselle, desculpe. É minha culpa, então por favor, mantenha isso em segredo para Mikhail.
Juvelian sempre foi discreta. Giselle frequentemente a menosprezava por ser fácil.
“Vendo você em casa, ainda está cheia de sentimentos persistentes, não é?”
Giselle abriu a boca indignada.
— Juvelian, você não pode parar? O que meu irmão pensaria de você.
Como sempre, ao dizer isso, Juvelian hesitou. Giselle revirou os olhos e riu.
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“De qualquer forma, você é tão estúpida. Acho que é porque cresceu sem uma mãe.”
Foi quando Giselle lembrou do que sua mãe lhe disse uma vez. Juvelian explodiu em risadas.
— Pu, ha, ha, ha, ha…
Giselle ficou rígida e olhou para Juvelian com uma risada louca.
— O que, o que? Por que você está rindo?
Quando Giselle ficou delicada, Juvelian encarou Giselle, que parou de rir. Logo os lábios vermelhos de Juvelian se curvaram abruptamente.
— É tão estúpido que não vale a pena responder.
Giselle ficou distraída com o murmúrio de Juvelian.
Logo, no entanto, Giselle, que sabia quem era o grande prêmio de que Juvelian falava, começou a tremer de desprezo.
“Juvelian acabou de dizer que sou estúpida?”
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Exceto pelo Duque, Giselle, a filha mais nova do Marquês Hessen, não tinha nada a temer na vida. Claro, havia a grande Imperatriz e Juvelian na hierarquia, mas seu status não era presente, e Juvelian sempre se curvava diante de Giselle.
Por isso, ela acreditava que não tinha nada a perder com Juvelian. Não, ela acreditava que merecia sua atenção, e essa complacência fez com que essa garota imatura levantasse a mão para Juvelian.
— Como você se atreve a me chamar de estúpida!
No entanto, Juvelian não se limitou a se deixar ser esbofeteada.
— O que, o que? Solte essa mão?
A força do aperto de pulso que a segurava não era tão forte quanto parecia. Giselle olhou para Juvelian, envergonhada.
— Solte-a!
Nesse momento, Juvelian soltou a mão dela.
— Isso é realmente loucura? Eu não vou fazer nada!
As bochechas da garota ficaram vermelhas quando Juvelian a colocou em seu lugar sem que ela recuperasse o bom senso. A dor furiosa em seu rosto era a primeira vez que Giselle a experimentava. Ela olhou para Juvelian porque não podia acreditar no que havia acontecido.
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Com olhos tão frios, Juvelian era muito estranha.
— Se meter no trabalho de uma Princesa por causa da Marquesa.
Sua voz prepotente e ao mesmo tempo áspera a fez duvidar se era realmente Juvelian.
“Estou com medo.”
Diante da primeira humilhação e pressão, Giselle, sobrecarregada, começou a chorar. Enquanto observava o confronto entre sua filha e Juvelian, a Marquesa apertou os dentes e a encarou fixamente.
— Juvelian! Você realmente está fazendo isso para fingir estar conosco?
Diante das palavras da Marquesa, Juvelian respondeu com um sorriso de orelha a orelha.
— Você deve estar certa. A esposa do Marquês foi a primeira a se perder.
A esposa do Marquês respondeu, como se estivesse confusa.
— O que? Do que você está falando? Eu me perdi primeiro?
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Coloquei a palavra que me levou a essa luta feroz em sua boca.
— Você foi a primeira a tocar em minha gente.
Diante das minhas palavras, a esposa do Marquês falou com a testa franzida.
— Quando toquei em sua gente? Seus amigos nunca entraram em contato com você.
Ao dizer isso, ela me deu razão e disse às criadas do Marquês, que nos encaravam, torcendo a boca.
— Você, não… Disse que eu bati na criada?
Ela disse isso com um tom irritado.
Para essa pessoa, as pessoas que servem não são seres humanos, mas eu sou pior do que os objetos ou a roupa que ela esmaga.
— Haha, que surpresa! Você fez um escândalo tão ridículo por supostamente bater em uma criada?
Ri em vão ao ouvi-la.
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Não importa quão ruim eu seja, vivi minha vida reconhecendo que os criados de minha casa eram humanos. Eles cuidaram de mim desde que eu era criança. Ela me olhou, sem resposta, e firmemente acreditou que eu estava intimidada.
— Juvelian, me perdoe agora. Então vou deixar você esquecer isso.
Nunca aconteceu, então é muito tentador, mas aquelas palavras foram devoradas em primeiro lugar.
Apenas Deus pode transformar em nada o que já aconteceu, e desde o momento em que ela tocou minha pessoa e a mim, ela já era minha inimiga.
— Se você se desculpar primeiro com minha criada, eu vou pensar sobre isso.
Talvez ela tenha se sentido insultada por minhas palavras sinceras, mas ela se contorceu.
— Que confusão, você chama isso de resposta? Se você não tivesse feito um espetáculo tão ridículo desde o início, eu a teria aceitado como nora.
Cortei as palavras da Marquesa e zombei.
— Não acho que você esteja pronta para aceitar uma rufia como nora. Como você pode me manejar quando estou assim tão louca?
— Você vai se arrepender.
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A mulher tremeu de raiva, talvez pensando que não poderia mais se comunicar comigo. Esse comentário me fez sorrir e dizer.
— A única coisa que lamento é não ter valorizado minha vida enquanto estava com aquele homem.
— O que? Aquele homem? O quê, o quê?
Talvez distraída pelo fato de eu ter chamado seu precioso filho de “aquele homem”, mas a Sra. Hessen jogou sua bolsa no chão.
— Você está retirando o dinheiro da indenização de lá?
A bolsa, que voou na minha direção, mudou de curso.
“Como assim de repente muda de direção?”
De alguma forma, me senti estranha, então franzi a testa enquanto olhava ao redor.
“Bem, a janela está aberta.”
Nos aproximamos da janela? No momento de agonizar, ouvi a voz da esposa do Marquês.
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— Vou garantir que você pague pelo que fez hoje. Juvelian Eloy Floyen!
Houve uma risada. No final, perguntei-me se o que tentei fazer foi em vão, no entanto, enquanto ela fosse minha inimiga, não tinha que me salvar.
— Eduque bem seus filhos, Sra. Hessen.
Ao ouvir minhas palavras, ela me olhou com desdém e elevou a voz.
— Você, superfic—
— E compre o que quiser a partir de agora com seu próprio dinheiro. Não venda seu filho sujando as mãos e fazendo negócios.
Quando saí do quarto com essa palavra, ouvi uma reprimenda vindo atrás de mim.
“Ah, daqui em diante você estará cansada.”
Por um momento, quando saí pela enorme porta principal, ri de repente.
“Mas lá dentro está tudo bem.”
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Embora não tenha conseguido quebrar a porta principal, senti-me à vontade, talvez porque agi com liberdade. Ao sair para o jardim com passos leves, alguém me chamou pelas costas.
— Juvelian!
Virei a cabeça inconscientemente e franzi a testa.
Mikhail me olhava com o rosto abatido.
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