Ela não tinha escolha a não ser se mexer para sobreviver. Achava que tinha forças suficientes para continuar, mas sua mandíbula estava tremendo, seu rosto estava lacrimejante e suas pernas não tinham força.

    Quando mal conseguia mover as pernas, cerrou os dentes e deu um passo à frente, fazendo com que a tela flutuante desaparecesse.

    Tlim!

    「Ela está 100% saudável fisicamente. 」

    “O… o jogo começou?”

    Fidelis, que estava olhando ansiosamente ao redor, pegou uma vela da parede.

    Não era uma boa luz, mas era melhor do que nada.

    ─ Fantasma, se você estiver por aqui, por favor, nunca saia. Volte para o seu esconderijo.

    Ela estava à beira das lágrimas e sussurrou sem perceber que, em algum momento, começou a xingar. Ela teve que falar sozinha para se acalmar. Fidelis olhou para a porta mais próxima e virou a cabeça sem hesitar.

    A maçaneta da porta estava endurecida e tinha uma cor marrom que a fazia parecer enferrujada, e Fidelis não tinha coragem de girar a maldita maçaneta.

    “É melhor seguirmos em frente.”

    Enquanto ela se afastava da porta, distanciando-se o máximo possível, ouviu o som de uma porta velha se abrindo atrás dela.

    “Tenho que ficar calma.”

    A porta se abriu lentamente, e Fidelis parou e se endireitou até sua altura máxima, ao mesmo tempo em que ouvia a porta se abrir.

    Ela sentiu os passos de alguém atrás dela. Uma gota de suor escorreu por suas costas. Fidelis fechou os olhos como se estivesse prestes a perder toda a calma e, depois de abrir os olhos, começou a gritar e a fugir.

    ─ Eu estou fora, eu estou fora, eu estou fora, eu estou fora!

    Sem olhar para trás, Fidelis correu sem reservas pelo corredor escuro, olhando para frente. Seu cérebro, que já estava paralisado de medo, não a impediu de pensar que gritar atrairia outros fantasmas.

    Ela olhou para frente e viu um pequeno espaço atrás da escada. Fidelis entrou correndo e prendeu a respiração.

    ─ Ha, huck.

    Fidelis, que já havia perdido o fôlego há muito tempo e afundado no chão, pulou como um peixe fora d’água quando ouviu um barulho.

    Enquanto tentava sair correndo pela escada, Fidelis percebeu tardiamente que a luz da vela havia se apagado, fez beicinho e chorou.

    Ela segurou a vela como se fosse sua última esperança e tentou sair cautelosamente por baixo da escada, mas de repente caiu de joelhos no chão sem perceber.

    ─ Ah!

    「A corrida consumiu energia, Você está 21% fisicamente saudável. 」

    Ao mesmo tempo, uma longa barra horizontal com espaços vazios chamou sua atenção. Havia um espaço muito pequeno preenchido em vermelho e, em cima dele, estava escrito “21% de resistência”. Parecia mostrar sua condição física atual.

    Fidelis suspirou, olhando para o espaço quase vazio preenchido de vermelho. Não parecia ter sido uma corrida longa, mas sua resistência estava quase no fundo do poço.

    Sem escolha a não ser descansar, Fidelis saiu da escada e olhou em volta. Quando viu que não havia nada lá, ela desceu as escadas e se sentou.

    O rosto e o pescoço dela estavam úmidos de suor frio, então ela puxou o cabelo para trás. Fidelis puxou a calça para cima e sacudiu o joelho que havia caído no chão.

    Ela olhou ao redor em busca de luz e ficou feliz ao ver que o ferimento não era profundo.

    ─ Estou ficando louca.

    Ela só ouviu um barulho na porta, mas estava morrendo de medo. Era a primeira vez que fugia sem olhar para trás. Sua mente e seu corpo estavam exaustos.

    Ela estava perdida em seus pensamentos, quando viu que sua barra de sangue já estava 80% saudável, e Fidelis se levantou em vez de enchê-la até o fim. Era bom andar assim porque sua energia seria restaurada pouco a pouco.

    Enquanto se afastava, as extremidades dos dois corredores se transformaram em escuridão. O primeiro lugar onde Fidelis acordou não era mais visto.

    Para ser honesta consigo mesma, era quase o mesmo corredor, Fidelis teve uma sensação estranha de correr novamente sem olhar para trás. Segurando a vela que havia sido apagada, ela a moveu em direção ao fogo de outra vela que brilhava perto dela para dar vida ao fogo.

    — Eu gostaria de ter uma lanterna ou… não, melhor ir para casa antes disso.

    Quando a vela voltou a brilhar, ela se sentiu mais relaxada. Caminhou com cautela, mantendo-se atenta à porta que passava. Era porque ela estava com medo de que a porta se abrisse novamente. Então, os passos de Fidelis pararam de repente.

    — E se eu entrasse no quarto?

    Se ela abrisse a porta e entrasse no cômodo, haveria uma pequena janela, e através dela ela poderia adivinhar em que andar estava.

    E se fosse um andar térreo, não haveria problema para Fidelis abrir a janela e pular para fora.

    Fidelis chorou ao ver seu pijama rasgado. Talvez porque seu suor estivesse secando, seu corpo estava começando a sentir o ar frio, ela estava tremendo de frio. Ela estava sem sapatos, percebeu que estava descalça, pois estava muito assustada para ver isso antes.

    Havia uma mancha escura em seus pés e um pequeno arranhão.

    Mas agora era assustador demais para se preocupar com isso, e Fidelis, tentando afastar seus medos, sacudiu os pés.

    “Já que se trata de uma mansão, não deveria haver pelo menos roupas adequadas ou chinelos?”

    Como a própria mansão dos mortos era descrita como uma mansão, não pareceria estranho que houvesse uma ou duas dessas coisas. Fidelis, olhando em volta com os olhos embaçados, parou em frente à porta mais limpa e tentou abri-la, mas ela não abria com um simples clique.

    Pensou em arromba-la e força-la, mas no momento em que um barulho alto saísse, ela poderia ser a primeira vítima se algum fantasma que estivesse por perto ouvisse o som.

    O objetivo de Fidelis era sobreviver e deixar a mansão o mais rápido possível e voltar à realidade, para que não fizesse nada perigoso. Ela iria se esconder como uma covarde.

    “Eu não sei se alguma porta pode ser aberta, mas…”

    Dessa vez, ela tentou abrir a porta ao seu lado, mas também não abriu. Ela começou a girar a maçaneta em um gesto rápido, esperando que ninguém aparecesse. Tentou abrir as portas sucessivamente, e a sétima porta conseguiu se abrir com um clique.

    — Huhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh… isso me dá arrepios mesmo que abra….

    Seu coração, que estava calmo, recuperou o vigor e começou a bater. A primeira porta aberta parecia aterrorizante, muito menos acolhedora. Depois de várias respirações curtas e profundas, Fidelis olhou em volta e engoliu.

    ─  Se houver um fantasma, espero que você não apareça…

    Ela abriu a porta gentilmente, com cuidado, e entrou, sentindo o ar frio em seus pés descalços, como se tivesse medo de morrer se soltasse um som.

    — Estou entrando, eu disse que estou entrando!

    Enquanto empurrava a vela para a frente, Fidelis chorava tristemente, conseguindo se acalmar e dar forças a si mesma.

    — Argh! A gente consegue! vamos lá!

    Fidelis, que estava fazendo muito barulho, ficou em silêncio. Gritar daquele jeito era como chamar um fantasma. Ela se afastou novamente, olhou em volta e ficou parada por um tempo.

    Quando nenhum som foi ouvido por um longo tempo, Fidelis voltou para o quarto com cuidado, estendeu a vela e olhou para dentro.

    Teias de aranha estavam caindo de todos os cantos do teto, e a tábua de madeira no chão perdia força e rangia toda vez que Fidelis andava.

    A cama havia desaparecido há muito tempo, e as paredes estavam mais secas e escuras, com vazamentos de águas sujas desconhecidas.

    Havia um cheiro ruim no quarto, como um cheiro de carvão, como uma ferida antiga. As cortinas que cobriam as portas de vidro que davam para o terraço estavam abertas há muito tempo, e a luz da lua que entrava pelas portas de vidro aumentava a escuridão do quarto.

    Lá fora, estava tão escuro que nada podia ser visto, exceto a lua. A mansão dos mortos era muito grande, portanto, havia muitos cômodos e muitos lugares onde você poderia se perder.

    Na verdade, Fidelis correu olhando para frente e chegou a um lugar onde não sabia onde estava.

    “Uh, estou presa neste jogo mesmo.”

    Fidelis, tão satisfeita e temerosa, olhou lentamente ao redor da sala espaçosa. Nenhum som foi ouvido, e Fidelis, que confirmou que não havia nada em particular, caminhou em direção à porta de vidro.

    Rangido, rangido, rangido.

    “Toda vez que pisava, ficava apavorada com o barulho do piso, então sentia que meus olhos se encheriam de lágrimas novamente. Quando olhei para o lado da escrivaninha desmoronada no canto, uma lanterna ligeiramente quebrada havia sido jogada aleatoriamente no chão.”

    Pela primeira vez, o rosto de Fidelis se iluminou. Ela rapidamente pegou a lanterna e a acendeu usando uma vela.

    「Você adquiriu um item, uma lanterna.」

    Mais uma vez, ela percebeu que estava realmente no jogo, porque o item que tinha lhe foi descrito. Ela se sentiu mais à vontade para olhar ao redor com mais brilho, cheirou e parou de repente enquanto se dirigia para o terraço.

    — Vou ter de fechar um pouco a porta por um momento.

    Se ela mantivesse a porta aberta assim, nunca saberia quem entraria e ficaria atrás dela.

    “Vou ter de deixa-la um pouco aberta.”

    Quando ela se virou e se dirigiu para a porta, Fidelis gritou para a figura que estava em frente à porta, sem saber quando havia chegado.

    — Aah!

    Na frente da porta estava o fantasma, cheio de cicatrizes de queimaduras, balançando de um lado para o outro, de cabeça baixa. Que surpresa, Fidelis começou a derramar lágrimas que já haviam parado, e até começou a soluçar.

    — Oh, hic… hic, hicc!

    “Eu deveria ter saído daqui antes… eu não deveria ter entrado!”

    A fim de manter a boca fechada e não ofender o fantasma tanto quanto possível, Fidelis se manteve ocupada olhando ao redor da sala para encontrar um buraco para escapar.

    Fidelis, incapaz de escapar pelo corredor devido às suas pernas trêmulas e ao fantasma que bloqueava a porta, ficou encantada ao ver a porta de vidro atrás dela que dava para o terraço. Sem virar o corpo, andando para trás, ela moveu suas pernas rígidas o máximo que pôde em direção à porta de vidro.

    Quando sentiu o toque frio do vidro em suas costas, ela abriu a porta com cuidado, mas a porta que estava bem fechada não se abriu. Pensou que a porta estava trancada, então olhou para o trinco, mas ele não estava trancado.

    Ela havia sido trancada pela própria mansão. O plano de pular pela janela e escapar estava arruinado.

    “Espere, a porta é de vidro. Acho que posso quebra-la.”

    Fidelis, não querendo perder nem um pouco de esperança, fechou os olhos e bateu com os punhos contra o vidro, mas o vidro não se quebrou.

    Mais alguns golpes fortes não mudaram os resultados. O corpo de Fidelis começou a tremer mais do que antes, pois confirmou que não havia saída.

    O fantasma, que estava bloqueando a porta, não ficou parado e entrou na sala. Uma pele vermelha queimada e deplorável pousou no chão. Ao mesmo tempo, o coração de Fidelis sentiu como se tivesse caído no abismo.

    — Meu Deus.

    Fidelis queria olhar para trás e desmaiar, ela não conseguia nem mesmo se lembrar de seu nome em momentos como esse.

    Mantendo-se o mais longe possível do fantasma que se aproximava lentamente, Fidelis também se afastou e o fedor na sala fluiu em sincronia com o fantasma.

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