─ Bem, Hakan.

    ─ Sim.

    ─ Por que você não pergunta?

    O olhar de Hakan, que estava examinando a sala, parou e encontrou os olhos de Fidelis.

    ─ O quê?

    ─ De repente, eu estou melhor?

    ─ Achei que você teria problemas se eu perguntasse. Não quero colocar Fidelis em apuros.

    Ele tocou um pouco a bochecha branca de Fidelis e começou a olhar ao redor do quarto novamente. Abriu o guarda-roupa e levantou a cama com facilidade, sem medo de ver o fundo.

    Enquanto isso, Fidelis olhava para a janela. Hakan, que percebeu a direção do olhar dela, bateu com o punho na janela como se fosse um show, mas apenas um som oco foi ouvido e não fez nem mesmo uma pequena rachadura.

    ─ Bem, por que…

    ─ Sinto que ainda tenho alguns sentimentos persistentes de ter escapado dessa maneira. A única saída é resolver a maldição.

    Explicando gentilmente, ele começou a procurar no quarto. A janela estava limpa, embora, pelo seu punho, você pudesse perceber o contrário.

    ─ Sua mão está bem?

    ─ Sim, obrigado pela sua preocupação.

    Hakan, que sorriu alegremente, abriu todas as gavetas da escrivaninha antes de sair com Fidelis nos braços, depois de confirmar que não havia nada lá. As mãos de Hakan, que estavam sujas por ter vasculhado a sala, foram limpas.

    “Entendo.”

    Fidelis ficou surpresa ao descobrir que agora estava limpa, exceto por um ferimento no pé.

    ─ Hakan também fez isso?

    Apontando para seu pijama, mãos e pés limpos, ela perguntou.

    ─ Sim, mas, infelizmente, não posso curar o ferimento.

    ─ Obrigada por isso. Muito obrigada…

    Hakan ajeitou carinhosamente o cabelo dela atrás das orelhas, Fidelis não sabia mais o que fazer além de agradecer.

    ─ O quê? Foi você quem me fez mexer tanto.

    ─ O quê?

    Em vez de responder a Fidelis, Hakan sorriu calorosamente com os olhos, Fidelis inclinou a cabeça para o lado, olhando para ele.

    ─ Onde você acha que isso fica? Você veio aqui só para ter um relacionamento?

    Dino, que abriu a porta com cuidado, espiou levemente e cerrou os dentes ao ver de longe as duas pessoas amigáveis. Dino olhou para as costas de Hakan e Fidelis, sem esconder a cara de desaprovação.

    ─ Hakan, esse desgraçado é perigoso.((quem disse isso foi fidelis)

    Depois de acidentalmente avistar os dois por trás, Dino continuou a segui-los e a examinar a situação. Ele tentaria capturar os dois se tivesse a chance.

    Mas Hakan também não era fraco. Dino esperou que Hakan matasse aquela mulher, mas ele parecia não ter intenção de fazer isso, ao contrário dele. Pelo contrário, ele estava ocupado cuidando dela.

    Assim que entrou, Dino já havia matado dois participantes, o que o encantou e estava procurando por mais vítimas. Era hora dele esconder seus rastros antes que Hakan o pegasse.

    De repente, algo em forma de caveira apareceu e ele parou para olhar para Hakan e Fidelis.

    Em um determinado momento, ele pensou que Hakan iria resolver o problema, mas a mulher em seus braços desceu e começou a correr em direção ao esqueleto com as pernas trêmulas.

    Ela quebrou o esqueleto e pegou a foice. Dino sorriu diante da situação ridícula. Não acreditou que ela estava correndo em direção a um fantasma com uma arma grande, com um rosto assustado.

    ─ Ela está louca?

    Ele estava prestes a se virar, olhando para o andar destemido de Fidelis, mas parou quando viu algo.

    ─ Essa foice não é uma ferramenta para acabar com a maldição?

    Com os olhos brilhando maliciosamente, ele decidiu observar um pouco mais eles. Se aquela foice era realmente uma ferramenta usada para resolver a maldição, ele tinha que tirar isso deles de alguma forma. Ele decidiu segui-los da melhor forma possível.

    Hakan entrou na sala com Fidelis em um braço. Dino esperou por eles, mantendo uma certa distância. De qualquer forma, o teletransporte era inútil aqui, então o grande Hakan de repente não se moveu para lugar nenhum.

    ─ E aquela coisa de cabelos brancos.

    Dino franziu a testa e murmurou com uma voz cheia de irritação. Sinceramente, ele não entendia o comportamento de Hakan.

    Ele não se interessava por homens ou mulheres e era conhecido por sua natureza cruel de matar sem nem mesmo piscar um olho. Ele nunca teve ninguém ao seu lado.

    Certa vez, ele disse que a magia era a única maneira de quebrar a maldição dessa mansão, porque ele se sentia como se estivesse no palco de uma peça. Hakan nunca sorria daquele jeito e era tão louco que diziam que ele mataria qualquer um que olhasse para ele.

    Mas como se todos esses rumores fossem falsos, ele parecia olhar com carinho para a mulher de cabelos brancos em seus braços.

    Dino não conseguia acreditar, pois já havia testemunhado o temperamento de Hakan muitas vezes. Ele esfregou os olhos e olhou para ele novamente.

    ─ … louco. Não pode ser.

    Dino não sabia que era um olhar afetuoso. Mas ao vê-los se abraçando e andando daquela maneira, enquanto pensavam nisso e naquilo, Hakan e Fidelis saíram da sala.

    Dino parou de pensar e olhou para eles novamente com um suspiro. Hakan parou de andar e se virou rapidamente.

    Dino, que não conseguiu evitar, imediatamente encontrou os olhos de Hakan. Um arrepio frio o percorreu junto com o olhar de advertência que Hakan lhe lançou. Todo o corpo de Dino começou a tremer.

    “Sim, aquele cara era assim… além de toda crueldade.”

    Dino ficou sem fôlego, não conseguia nem piscar por causa do homem que o prendia com o olhar. Hakan manteve os olhos fixos nele e abriu a boca.

    ─ Não deixe ninguém saber se você tem alguma pista.

    ─ Nem mesmo Hakan?

    Com sua voz inocente, Hakan desviou os olhos de Dino e olhou carinhosamente para Fidelis, como se ele nunca tivesse lançado um olhar de morte para ninguém.

    ─ Sim, nem mesmo eu.

    Hakan, que falava gentilmente, olhou novamente para Dino.

    ─ Não sabemos que tipo de inseto está ouvindo.

    O olhar amargo de Hakan começou a lhe tirar o fôlego. Como se estivesse prestes a morrer, Dino forçou seu corpo imóvel a evitar o olhar dele e fugiu.

    ─ Ele saiu correndo.

    ─ O que? O que?

    Fidelis olhou por cima do ombro de Hakan e arregalou os olhos, e ele a ajeitou em seus braços.

    ─ Nada.

    Dino, que estava fugindo de Hakan, tropeçou e rolou no chão. Respirando com dificuldade, ele mordeu os lábios, pois era tão estúpido.

    Depois de bater com o punho furioso no chão, ele tirou uma poção preta dos braços. Dino, olhando para a poção, recitou com uma voz irritada.

    Por que você achou que nunca teria o que merece?

    Dino cerrou os dentes e colocou a poção negra de volta em seus braços. Os olhos de Dino estavam tingidos de loucura.


    Enquanto caminhavam pelo corredor, dava para ver. Uma grande estátua de um menino no meio do corredor e obras de arte caras com figuras e paisagens estavam penduradas na parede.

    Esculturas e cerâmicas também estavam lindamente expostas, mas algumas estavam horrivelmente quebradas e caídas no chão.

    Com uma atmosfera sombria que parecia produzir algum terror à primeira vista, Fidelis apertou o braço em volta do pescoço de Hakan. Hakan se aproximou da estátua coberta de sangue e a quebrou sem hesitar. Então, o sangue começou a pingar da estátua horrivelmente quebrada.

    ─ Heiik!

    Quando Fidelis arfou de surpresa, Hakan começou a rir. Fidelis engoliu as lágrimas em seu coração devido aos vários medos com os quais ela nunca poderia se acostumar.

    Fidelis estremeceu porque tinha acabado de pensar na foice e que ela estava correndo em direção ao esqueleto, o que era uma loucura para ela.

    Era outra coisa se acostumar com isso e estar determinada a resolver a maldição.

    ─ Você está com medo?

    ─ Oh, não. Nem um pouco.

    Quando ela disse isso, fingiu ser forte, seu pescoço estava rígido, Hakan soltou um som de riso. Ele encontrou algo em uma estátua quebrada e sangrando, então se abaixou e pegou.

    Era um bilhete ensanguentado. Hakan abriu o bilhete e o leu. Fidelis não perguntou, mas Hakan, que já havia lido tudo, abriu o bilhete e o mostrou a ela.

    ─ Você me disse para não mostrar uma pista a ninguém.

    Em seu desejo de sair rapidamente, Fidelis olhou para o bilhete sem saber, e Hakan lhe mostrou o bilhete mais perto dela.

    ─ É isso que eu quero que você faça, Fidelis, e quero mostrá-lo a você.

    Fidelis agradeceu a Hakan pela gentileza e leu o bilhete sem hesitar.

    Ela queria sair dali o mais rápido possível, então o melhor que ela poderia ter era mais uma pista. Não importava o quão sem vergonha ela fosse, Fidelis queria resolver a maldição mesmo que isso causasse problemas, pois era bom para ele e para ela resolver a maldição da mansão.

    [Existe uma pessoa, no momento em que ela grita de dor…]

    Foi assim que o bilhete terminou.((extremamente confuso, mas no original só tem isso tbm)

    ─ Talvez esteja acontecendo alguma coisa, então vamos descobrir.

    ─ Está aqui?

    ─ Bem, pode estar em outro lugar.

    Hakan passou pelas decorações sem problemas. Ele não sentiu nenhuma relutância porque se concentrou no som penetrante.

    […faça isso].

    ─ O quê?

    ─ Hmm?

    ─ O que você disse?

    Quando Fidelis perguntou sobre o barulho estranho, Hakan parou de quebrar a cerâmica e abaixou a cabeça. Não havia mais o som que ela supostamente havia ouvido. Fidelis tocou sua orelha sem perceber.

    ─ Devo ter ouvido mal, o som de coisas se quebrando.

    ─ Vou fazer isso de novo.

    Segurando-a com mais força, Hakan começou a quebrar os enfeites novamente.

    [Pare!]

    ─ Ah!

    Ouvi uma voz alta e digna como se o salão inteiro estivesse falando. De qualquer forma, Hakan, que parecia calmo, não parou de quebrar a cerâmica.

    As obras de arte penduradas na parede começaram a chacoalhar. Fidelis, olhando para ele com olhos ansiosos, chamou Hakan em voz baixa.

    ─ Ha-Hakan…

    ─ Não se preocupe, eu estou aqui. Você pode me abraçar mais forte se tiver medo.

    Ele sussurrou suavemente, e Fidelis pressionou sua bochecha contra o corpo de Hakan. O toque da bochecha de alguma forma fez seu estômago vibrar.

    Mas ela não odiou aquilo. Pelo contrário, era uma sensação boa, e Hakan não se preocupou em impedir Fidelis de fazer isso.

    Enquanto isso, as obras de arte que estavam constantemente penduradas na parede estavam caindo no chão com força.

    Quando a pintura bem na frente de Hakan e Fidelis também caiu no chão com força, Fidelis pressionou sua bochecha ainda mais contra o corpo de Hakan.

    Hakan riu sem perceber. Ao vê-o assim, Fidelis queria olhá-lo novamente. A julgar pelo riso que ele soltava nessa situação, os psicopatas parecem ter razão.

    Não importa o quanto você seja ousado, essa situação não era motivo para rir. A menos que você seja louco.

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