Enquanto Fidelis ainda estava abraçada a ele, Hakan a abraçou e sorriu quando ela enterrou o rosto em seu ombro.

    “Isso é loucura, o que devo fazer?”

    Hakan não sabia o que fazer com a linda garota que o abraçava. Ele a segurou com firmeza e depois a soltou, vendo Fidelis nervosa observando-o.

    ─ Eu já volto.

    Ele sorriu ainda mais, como se não estivesse preocupado, vendo Fidelis se surpreender ao ver como a faca parou bem acima dela.

    ─ Hakan!

    Hakan sorriu ainda mais alegremente para tranquilizá-la, já que Fidelis estava horrorizada ao ver uma faca parar bem acima de sua cabeça.

    ─ Não se preocupe, tenho um escudo.

    ─ Ah!

    Só então Fidelis deu um suspiro de alívio e, depois de olhar para ela mais uma vez, continuou caminhando para frente.

    Então uma sombra negra apareceu atrás dela, olhando para as costas de Hakan do lado de fora do quarto e rapidamente derramando líquido negro aos pés dele. Quando a surpresa Fidelis virou a cabeça, seus olhos encontraram um homem.

    Nome: Dino

    Características: Assassino (alvos principais: mulheres)

    Ao ver a janela translúcida, ela franziu a testa e leu as palavras “Alvos principais: mulheres”.

    Fidelis soltou um breve grito de surpresa diante do repentino e grande buraco negro, sem tempo para reagir. Dino sorriu ironicamente quando a viu desaparecer rapidamente no buraco negro.

    Passaram-se apenas alguns minutos antes que Fidelis fosse transportada para outro lugar. Dino caminhava pelo corredor.

    Ele não conseguia encontrar onde Hakan estava, para o constrangimento de sua promessa de não deixá-lo ir. Era fácil encontrar pessoas com detecção de mana, mas Dino não se atreveu a fazê-lo.

    ─ Maldição.

    Dino praguejou, movendo-se pelo chão para acalmar seu corpo ainda tremendo.

    Foi nesse momento que ele estava espiando e pensando no que fazer. Quando ouviu um leve som de pessoas conversando. Hakan e Fidelis entraram no campo de visão de Dino, que esticou o pescoço ao som. Dino sorriu para os dois por trás.

    Ele tirou o líquido negro que guardava. Desta vez, ele seguiu cuidadosamente a situação para não ser notado de forma alguma.

    Ele parecia de alguma forma satisfeito, matando repentinamente um monstro como um verme.

    Hakan, que demorou a sair como se estivesse fazendo algo no quarto, tranquilizou Fidelis, que estava tremendo de alguma forma.

    Enquanto se esgueirava, sem fôlego, os olhos de Dino se estreitaram quando Fidelis virou o rosto e fez contato visual com Hakan.

    ─ O que é? Não é ela, certo?

    Ele percebeu apenas olhando as cores dos olhos que eram semelhantes, mas claramente diferentes.

    ─ E ela está vestida de maneira diferente.

    Fidelis usava apenas um pijama fino, ao contrário daquele elegante vestido. Dino viu seus pés brancos descalços, conseguindo reconhecê-la.

    ─ É por isso que ele estava segurando ela em seus braços.

    Dino franziu a testa, lembrando de uma mulher com cabelos brancos. Era Dino, que não estava familiarizado com sua roupa, trazendo à mente um incidente no início dos voluntários.

    A mulher o olhou de cima a baixo, proferiu palavras amargas e o envergonhou na frente de todos. Dino apertou os dentes diante da situação que voltou à sua mente.

    Ele não podia fazer nada sobre isso, então Dino riu amargamente, pensando que tinha que matar aquela mulher que se parecia com ela e aliviar sua raiva.

    Dino, que os seguiu com paciência, finalmente aproveitou a oportunidade. Quando Hakan deixou Fidelis sozinha na frente do quarto, Dino correu em sua direção e jogou a poção negra no chão.

    Se eles fossem usados do lado de fora, poderiam se mover para onde quisessem, mas não sabiam para onde iria desde o interior. Mas quando entravam juntos, eles se moviam para o mesmo espaço.

    Assim que Dino se movesse com ela, ele estava pronto para brincar com a garota e matá-la. Como os outros que ele matou.

    Por um momento, Fidelis o encarou com raiva e Dino se sentiu sujo.

    Mas também naquele momento, Fidelis, que foi sugada pelo chão, soltou um grito baixo. Olhando para trás com os sapatos nas mãos, sentiu vergonha ao ser arrastada pelo buraco e ser vista por Hakan.

    ─ Ah!

    O rosto de Hakan empalideceu e ele tentou correr até ela, mas acabou perdendo-a. Seus olhos tremiam violentamente quando não viu Fidelis.

    Dino lidou com a situação com calma, tentando apreciar o momento, mas suas pernas ficaram rígidas novamente quando cruzou olhares com Hakan.

    Dino, que demorou para retomar a consciência, tentou escapar pelo corredor quando percebeu que o buraco negro havia desaparecido, mas Hakan agarrou sua cabeça com força e a bateu na parede.

    ─ Seu desgraçado.

    Uma voz áspera saiu de Hakan.

    ─ Ótimo!

    Dino, que perdeu tempo tentando seguir Fidelis e escapar, lutou contra a mão de Hakan. Hakan segurou a cabeça de Dino com força e não o soltou, ao contrário, Dino gritou de dor por causa do aperto forte.

    ─ Argh!

    ─ Cale a boca antes de perder a língua. Você só tem que responder o que eu pergunto.

    Os olhos de Hakan brilhavam intensamente no corredor escuro. Uma energia sanguinária muito diferente da que estava com Fidelis começou a aparecer.

    Sua força oculta começou a surgir. Apesar de sua força, Dino não conseguiu adotar nenhuma postura defensiva e começou a ofegar.

    ─ Deveria ter te matado então.

    Sua voz entre dentes soava como a de um predador enfurecido. Hakan levantou Dino fazendo-o flutuar e seus pés não tocarem o chão, e perguntou com calma e indiferença.

    ─ Para onde você a mandou?

    ─ Ah, para.

    Os olhos de Hakan se estreitaram e suas mãos se apertaram.

    ─ Argh!

    ─ Não quero um grito, quero uma resposta.

    ─ Não, não sei!

    Os olhos de Hakan, olhando para Dino com a cabeça inclinada, não tinham piedade. O corpo de Dino começou a tremer como se estivesse experimentando um frio intenso nos olhos de Hakan.

    ─ Parece que você não tem um grande amor pela vida.

    Enquanto murmurava casualmente, cortou sua mão que caiu no chão.

    ─ Argh!

    ─ Vou fazer isso.

    Cortou os gritos de dor de Dino e abriu os lábios com frieza.

    ─ Sua boca só deve se abrir para dar uma resposta.

    ─ Ah, pa-pare.

    Não havia nada de bom em irritar o louco naquele momento. Dino apertou os dentes o máximo que pôde e engoliu o grito.

    “Deveria ter ido com ela antes!”

    Dino apertou os dentes e lamentou, mas já era tarde demais.

    ─ Mais uma vez. Onde ela está?

    ─ Não, não sei…

    ─ Diga.

    Ele jogou o cabelo para trás. Quando Hakan voltou seu olhar para a outra mão, Dino exclamou surpreso.

    ─ Bem, eu realmente não sei! Deve estar em algum lugar desta mansão, mas não sei a localização exata! Estou dizendo! Me salve!

    O olhar de Hakan, que estava direcionado para seu pulso, virou-se para o rosto de Dino.

    ─ Eh, tudo está um caos aqui, então mesmo que eu faça coordenadas, estaria em uma posição completamente diferente!

    Ele sabia disso. É por isso que Hakan não usou a teletransportação. Ele não sabia onde iria cair. As palavras de Dino eram sinceras e Fidelis ainda estava em algum lugar desta mansão.

    “Descalça, sozinha.”

    ─ Tenho que ir e abraçá-la, ela está chorando de novo.

    Quando Hakan pensou em Fidelis, que caminhava aterrorizada com os pés descalços feridos, sentiu que o sangue estava sendo drenado de seu corpo.

    “E se alguém a encontrar primeiro? E se alguém a machucar?”

    A raiva aumentou por si só. Dino gritou enquanto o aperto crescia. Foi só então que Hakan se afastou, fazendo com que Dino caísse e suas pernas relaxassem gradualmente.

    ─ Huh, ah.

    Ele segurou a mão cortada de Dino, que chorava no chão, e o encarou friamente.

    ─ Você deve estar doente.

    ─ Saia.

    ─ Acho que as que você matou com suas mãos serão piores do que isso.

    Dino parou diante do murmúrio indiferente de Hakan. Quando Dino, chorando, olhou para Hakan com ansiedade, ele olhou para o lugar perto dele.

    As mulheres estavam a certa distância de Dino, seus corpos estranhamente contorcidos e rangendo.

    Lágrimas de sangue escorriam por seus rostos, e o cheiro podre vibrava em seus corpos. Eles estavam flutuando em um lugar, incapazes de se aproximar da aura cruel e feroz de Hakan.

    [Vou… vou…]

    [Me dê, me dê, vou cortá-la também…]

    [Dói, dói, dói…]

    Hakan agarrou Dino pelo pescoço e o levantou.

    ─ Você escolheu e matou apenas os mais fracos que você, não sei do que está falando.

    Hakan ficou em silêncio por um momento como se estivesse preocupado e logo abriu a boca.

    ─ Oh, um perdedor, um idiota doente e estúpido.

    Seus olhos desdenhosos se fixaram no rosto de Dino.

    ─ No entanto, não mato ninguém.

    Hakan, que o tratava abertamente como um inseto, fez Dino se encher de raiva acrescentando sem se importar.

    ─ Você deveria tentar o mesmo.

    Quando Hakan tentou jogar Dino para os mortos, que estavam cheios de energia, Dino o agarrou e sacudiu a cabeça.

    ─ Oh, não! Não! Por favor, me salve!

    Hakan, que riu perplexo, o apertou pelo pescoço.

    ─ Por que eu faria isso? Você não teve piedade dos mortos em suas mãos.

    Um olhar desdenhoso caiu sobre Dino sem hesitação, e Hakan o lançou para eles. A sala encheu-se com os gritos de Dino.

    ─ Ahhhhhhhhhhhhh! Me salve!

    Hakan estava perdido em seus pensamentos enquanto observava Dino, cujos braços estavam quebrados e os olhos vivos perfurados. Ele pensou que o fantasma na mansão foi feito pelo diabo. Mas as vítimas que morreram pelas mãos de Dino perambulavam pela mansão.

    Em outras palavras, o diabo ainda poderia estar vigiando este lugar. Caso contrário, não poderia haver vítimas que morreram pelas mãos de Dino, que não haviam vivido muito tempo nesta mansão que foi amaldiçoada por décadas.

    Mas a ideia de Hakan não durou muito. De qualquer forma, tudo que ele tinha que fazer era encontrar Fidelis e resolver a maldição aqui. O resto não era problema dele.

    Seja lá o que for, ele não teve escolha senão detectar e encontrar o maná de Fidelis. Ele fechou os olhos e concentrou sua mente. Ele podia sentir o maná de Fidelis de uma grande distância.

    Felizmente, se eles não tentassem sair, o maná não parecia confuso. Enquanto se apressava, Hakan levantou os sapatos de Fidelis, fazendo-os flutuar levemente.

    Então as chamas se ergueram e queimaram os sapatos.

    ─ Não preciso disso.

    Era hora de Hakan voltar atrás.

    Ajude-me a comprar os caps - Soy pobre

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 100% (1 votos)

    Nota