Como esperado, ela foi capaz de ver o rosto de uma pessoa severamente distorcida. Desta vez, a escrita na parte inferior do retrato era claramente visível.

    [Primeiro Patriarca Merwin, Thistle Merwin]

    — A família Merwin era conhecida por ter uma longa história, mas é bom ver os retratos listados.

    Alvin olhou lentamente ao redor dos retratos com um pouco de admiração. Fidelis também moveu seus passos para olhar os retratos nos quadros. Quando finalmente chegou ao fim, ela viu um rosto familiar. Ela podia sentir Alvin olhando para ela. Fidelis pegou a vela e colocou-a na face do último retrato. Estava mais despedaçado do que qualquer outro retrato, mas podia dizer quem era.

    — Sahra…

    Seus olhos vermelhos, cabelos brancos e aparência arrogante se assemelhavam a ela no passado. Ao contrário de outros retratos, não havia nenhuma escrita na parte inferior. Com cuidado, ela estendeu a mão e tocou no retrato de Sahra.

    — Huck, Fidelis, sangue!

    Sangue vermelho manchava as pontas dos dedos. Enquanto Fidelis, cujo corpo enrijeceu, olhou para o retrato com olhos perturbadoramente trêmulos, sangue e carne começaram a pingar do local da pintura. Alvin e Astin pararam de respirar ao mesmo tempo.

    O sangue escorreu pela parede e atingiu Fidelis, começando a molhar os pés. Sangue quente e misterioso envolveu seus pés. O cheiro repugnante de carne podre emanava do sangue e irritava o nariz.

    Quando ela estremeceu, houve um barulho. Fidelis levantou a mão para cobrir o nariz e a boca. A sensação de medo que ela havia esquecido há muito tempo começou a torcer todo o seu corpo.

    Por mais que estivesse com Alvin, era muito diferente de Hakan e Iseult, que eram tranquilizadores. Não havia mais pessoas fortes que matassem fantasmas para ela.

    As lágrimas que haviam parado voltaram a brotar. Os arredores estavam de alguma forma tão quietos, mesmo com a energia inquietante. O som de sangue quente pingando não permitia que ninguém tivesse pensamentos normais. Alvin pegou a mão de Fidelis e a puxou para longe do quadro.

    Caminhando sobre o fluxo interminável de sangue, Fidelis curvou os dedos dos pés. O toque era tão assustador.

    — Ei, vamos sair daqui.

    — Parece uma boa ideia!

    Assim que ouviram a resposta de Alvin, eles se viraram sem hesitar, mas seus corpos, que mal haviam se movido, pararam novamente quando algo translúcido se aproximou através do véu da escuridão.

    Kip, Kip.

    À medida que algo se aproximava cada vez mais, o chão parecia gritar. Fidelis, sem saber, deu um passo para trás.

    “Merda!”

    Quando seu calcanhar tocou a poça de sangue, arrepios subiram por todo o seu corpo. Parecia um Gremlin. Os passos daquela sombra não pareciam parar.

    Ao sentir o odor repugnante que exalava e a transparência cada vez mais próxima, Fidelis e Alvin apertaram as mãos vigorosamente. Astin já estava muito atrás. A sombra na frente dela também não era normal. O rosto de Astin enrugou, os monstros correndo até eles seguindo uma linha.

    [Você está… com frio ?]

    Com um estalo da língua, Fidelis fixou os olhos no jovem transparente que vinha da frente.

    [Frio …? Frio…? Parece que está… um pouco… quente.]

    Ele não conseguia manter o corpo reto, então tropeçou e começou a repetir as últimas palavras.

    [Está… com calor?]

    Suas palmas ficaram suadas e os arrepios cresceram ao longo de suas costas. O pulso começou a flutuar sem parar e a respiração era irregular e exalada. Seus músculos estavam rígidos e ela não podia escapar.

    [Você é… muito fraca. Da próxima vez… você, você, você, você, você, você, você!]

    Torcendo o pescoço de maneira incomum, ele gritou e correu a uma velocidade aterrorizante em direção à Fidelis.


    Foi antes de Beth se encontrar com Fidelis e seu grupo. Ela se atreveu a matar Chess e Lurie e usou o sangue como trampolim para uma caminhada tranquila pelo corredor.

    Seguindo secretamente Beth, que parecia relaxada, Pecua a observou. Beth se arrastou pelo corredor escuro. Ela parecia relaxada, embora não piscasse, mesmo quando um fantasma apareceu do nada.

    — Isso é ótimo também.

    Pecua, que olhava secretamente para Beth, desapareceu lentamente. Andando em um ritmo constante, Beth apertou os olhos para dar uma olhada mais de perto em algo no final do corredor escuro.

    No entanto, ela não podia vê-lo, então ele deu um passo maior para diminuir um pouco mais a distância. À medida que a figura se aproximava gradualmente e ela podia ver sua figura, Beth parou de andar.

    Quando uma sensação estranha tomou conta de seu corpo, Beth não se aproximou. Pecua e Beth estavam cara a cara. Ninguém estava pensando em quebrar o contato visual primeiro.

    Beth examinou Pecua minuciosamente. Seu cabelo escuro, olhos vermelhos brilhantes, uma mancha na escuridão negra e sua aparência estranhamente misteriosa de alguma forma o tornavam irreal.

    Nenhum dos candidatos tinha esse rosto, nem nenhum deles emitia uma energia tão escura. Parecia bem diferente dos que ela conheceu até agora. Aquilo não estava certo. Beth agarrou o punho da espada por reflexo.

    Pecua sorriu gentilmente para Beth, que estava vigilante. O corredor vazio foi preenchido com a voz aguda de Pecua e rapidamente desapareceu.

    — Você não precisa ficar tão alerta.

    Com passos firmes, quando Pecua se aproximou de Beth, ela manteve os olhos nele e recuou um passo de cada vez.

    — Não venha. Se você tem algo a dizer, é melhor dizer daí.

    Pecua simplesmente parou de andar, ouvindo as palavras do aviso que ela despejou, seus olhos erguidos furiosamente.

    — Sim. Irei falar daqui, certo. Vai ser chato se você fugir antes disso.

    Seu rosto sorridente olhou para ela de uma forma complexa.

    — Faça um contrato comigo, Beth Delphine.

    Seus ombros se ergueram quando o seu nome saiu em seus lábios vermelhos.

    — Não há nenhum risco para você.

    — Você não está aqui porque eu pedi. Quem é?

    — Ah, minha apresentação está atrasada.

    O rosto estranho de Pecua, que grotescamente estreitou os olhos e ergueu os cantos da boca em direção às orelhas, causou arrepios por todo o corpo.

    “Pode um homem rir assim? Como posso me manter firme contra um sorriso desses? Como você pode me assustar apenas com uma expressão?”

    Todos os tipos de pensamentos passaram por sua cabeça. Ele não conseguia tirar os olhos dela, mesmo que ela parecesse tão descontente. Tomando uma abordagem relaxada de esperar para ver a aparentemente complexa Beth, Pecua deu outro passo em direção a ela. A vela na parede iluminou mais intensamente o rosto de Pecua.

    — Prazer em conhecê-la, meu nome é Pecua.

    Mantendo-se cauteloso, Pecua cobriu o rosto com as mãos, depois as retirou. A estranha expressão desapareceu como se nunca tivesse existido.

    — Você está se sentindo melhor agora? Você não tem medo de fantasmas, mas tem tanto medo do olhar que fiz.

    Pecua piscou zombeteiramente. Beth parecia prestes a fazer um comentário mordaz. Pecua passou calmamente seus olhos frios sobre Beth e abriu a boca novamente.

    — Sou da raça dos demônios.

    — …

    Beth não tomou sua palavra como verdade. Ela manteve sua guarda em cada pequeno movimento. Sorrindo o mais carinhosamente possível, Pecua deu-lhe um tapinha na bochecha.

    — Não fique tão alerta. Eu não vou te matar, e eu sou o diabo sem dúvida. Eu sou o diabo que amaldiçoou este lugar.

    Como Beth parecia não acreditar, Pecua abriu os olhos depois de tocar seu queixo com um pequeno pensamento. O corpo inteiro tremeu e Pecua que estava a sua frente desapareceu em um instante, antes mesmo de estar pronta para o combate.

    — Atrás!

    Beth tentou se virar rapidamente, mas sua mão grande foi mais rápida para agarrar seu pescoço e jogá-la contra a parede.

    — Crrrrrrrrr!

    — Olhe para mim, Beth.

    Com um gemido de dor, Beth conseguiu abrir os olhos que se fecharam com o impacto de bater na parede. Surpresa com a figura humana de Pecua diante de seus olhos, Beth respirou.

    Dois chifres negros se erguiam acima de sua cabeça e a pele era toda preta. Os olhos brilhavam com sangue vermelho e as longas unhas pretas eram afiadas o suficiente para rasgar uma pessoa apenas por tocá-las.

    — Você vai acreditar em mim agora?

    Ao mesmo tempo, Pecua torceu o pescoço como se estivesse se aquecendo. Um ruído surdo ressoou assustadoramente.

    — E-eu acredito em você, então agora… solte-me!

    — Oh, haha. Sinto muito.

    Ao mesmo tempo em que retirou a mão, Pecua voltou à forma humana que havia no início.

    — Cof cof!

    Beth, que estava engasgada, começou uma série de tosses, cerrou os dentes. Ela sentiu uma dor aguda em todo o pescoço.

    — Você está aqui para me incomodar?

    — Eu? Incomodá-la?

    Com escárnio naquele exato momento, ele franziu a testa para Beth. O alvo de Pecua era apenas Fidelis. Era uma obsessão estranhamente ruim.

    Pecua já havia olhado para Fidelis, que se sentia completamente diferente de Sahra. Mas pela primeira vez Pecua, um amante da diversão, não conseguia parar de provocar Fidelis.

    Não era mais sobre o problema de Sahra. Pecua, intrigado com a própria Fidelis, não podia perder um brinquedo divertido. Pecua era o diabo. Não é diferente de uma fera que se move apenas por instinto. O bom senso humano não se aplicava a ele.

    — Eu apreciaria se você liberasse essa maldição.

    — …?

    Os olhos de Beth se estreitaram quando Pecua murmurou palavras incompreensíveis.

    — Ninguém pode me vencer aqui. É o espaço que eu fiz. Mas…

    Um suspiro profundo veio de seus lábios entreabertos.

    — É por que já faz muito tempo? Eu não posso mais controlar a mansão.

    Pecua, que havia fechado os olhos e os apertou com força, abaixou a mão. Quando ele levantou as pálpebras, seus olhos estavam irritados.

    — Não consigo nem resolver a maldição.

    Era verdade. No início, tudo era controlável em suas mãos. Foi ele mesmo quem matou brutalmente todos os Merwins, incluindo Sahra, depois de trancá-los na mansão, incluindo pessoas, usuários, animais e plantas.

    Mas ele estava xingando muito forte? Ele poderia sair da mansão e trabalhar livremente, mas não poderia resolver a maldição desta mansão sozinho. A mansão ficou cada vez mais forte e Pecua ficou intocável, mas ele não se deu ao trabalho de detê-lo.

    A razão era simples. O controle estava fora de questão, mas seu poder era mais forte na mansão, então é claro que ele não precisava impedir que a casa ficasse mais forte. E se ele tivesse um sacrifício, ele sempre poderia liberar a oferenda.

    A palavra “maldições insolúveis” significa literalmente que elas não podem ser resolvidas por seu próprio poder. Ele teve que resolver a maldição apenas por causa da maneira como estava escrito na nota. Não havia outra maneira de resolver a maldição.

    Talvez devido à força gradual da mansão, a mana que Pecua convocou quando matou todas as pessoas na mansão, fez com que as pessoas que morreram lá e os animais se transformassem em fantasmas estranhos. Em outras palavras, eles ficam mais fortes com o passar do tempo.

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