— Bem, e essas notas?

    — Significa que não consigo resolver sozinho, mas sei como fazer. Tudo na nota é verdade, então você não precisa duvidar.

    Sorrindo, Pecua lembrou-se da infância de Fidelis. A garota que se parece com Sahra. Quando Pecua viu a jovem Fidelis parecida com Sahra, sua raiva explodiu. Sim, foi então.

    Pecua decidiu descarregar sua raiva renovada na garota. A princípio, era para provocá-la por causa de sua aparência, que era quase igual à de Sahra. Não havia como a garota ser inocente.

    Foi um trabalho que começou meio por raiva e meio por diversão. Ele não queria acabar matando-a tão facilmente como fez com Sahra, usando métodos comuns. Então, o que ele inventou foi enviar Fidelis para uma dimensão diferente e depois decorar a mansão na forma de um jogo popular lá. Mandá-la para outra dimensão, francamente, foi improvisado.

    Também foi uma coincidência que ele assistiu a um jogo lá. Pecua, que via Fidelis nas horas vagas, gostava da modalidade de jogo de sobrevivência popular naquele mundo. Pecua decidiu usá-lo. Era grosseiro, mas ele foi capaz de imitá-lo.

    “Esse era o problema novamente.”

    Tanto as habilidades quanto os itens foram definidos para que Fidelis não o aborrecesse morrendo cedo, mas por algum motivo, ela nunca achou as habilidades e os itens limitantes. Ela teve muita sorte, apenas por ser uma boa garota.

    Pecua sofreu uma dor de cabeça porque ele não conseguia mudar nem as habilidades e itens que havia definido anteriormente devido ao poder mais forte da mansão. Não era divertido apenas evitá-lo. Felizmente, a maneira de resolver a maldição chegaria a Fidelis de alguma forma.

    Em uma situação cada vez mais chata, Pecua decidiu intervir indiretamente nela. Hakan e Iseult, junto com Fidelis, eram poderosos o suficiente para protegê-la. Não deveria ser assim.

    Tudo o que ele queria era que ela sofresse, não fosse protegida e mimada. Ele tinha que manter os três separados. Para isso ele usaria Beth na frente dele.

    Para causar uma bagunça.

    — A razão pela qual eu vim aqui, nunca morri e permaneci vivo é porque eu odeio ver você.

    Beth sabia que ele não estava falando sozinho. Ela não sabia se estava falando com alguém, mas Beth não se incomodou em perguntar quem era. Pecua também não quis dizer nada a Beth. Murmurando para si mesmo, Pecua voltou ao assunto.

    — Ajude-me. Então eu vou te mostrar como resolver a maldição. E eu vou ajudá-la a resolvê-la..

    —  Como posso acreditar nisso?

    Sob a vigilância implacável de Beth, Pecua abriu a boca para seduzi-la.

    — Então eu vou te mostrar como resolver a maldição primeiro. O que você diz?

    — Vou ouvir e julgar.

    — Está bem. A forma para resolver a maldição é…

    Quanto mais ela ouvia as palavras sussurradas de Pecua, que sorria, menos alegria havia no rosto de Beth. Uma pequena comparação com as notas que encontrou tornou tudo ainda mais certo.

    Ele não estava mentindo. Era uma oportunidade para se livrar de todas as coisas irritantes de uma vez, e também foi a única chance de finalmente ter a recompensa em suas mãos. Beth não tinha intenção de perder esta rara oportunidade.

    — Tenho certeza que não é mentira. Mas acho que não tenho que fazer isso.

    Um olhar desconfiado caiu sobre Pecua.

    — O quê? Não é divertido quando eu faço tudo sozinho.

    Pecua balançou a cabeça com uma carranca exagerada, como se estivesse fazendo essa pergunta. De alguma forma, ele se sentiu animado.

    — Então, o que você quer em troca de eu liberar a maldição?

    Pecua sorriu alegremente como se estivesse esperando essa pergunta.

    — Tudo o que eu quero é que você a corte para liberar a maldição.

    Pecua, com um sorriso presunçoso, colocou palavras pretensiosas na boca.


    Pecua franziu o cenho para Beth, que se esgueirava atrás de Fidelis. Ele estava disposto a matá-la se esta fosse a única alternativa. O que deveria fazer? Beth parou de andar quando ele estendeu a mão, tocando seu queixo.

    “O que é?”

    Ao olhar para Beth, ela ergueu o rosto e piscou para Pecua. O rosto de Pecua se iluminou. A luz brilhante vazou de um lugar quando ela acenou com a mão.

    — O que é aquela luz ali?

    No momento certo, Beth apontou para o lado surpresa. Mas todos a ignoravam cuidadosamente, olharam para frente e continuaram. Uma veia apareceu em sua testa.

    — Talvez seja onde a luz filtra de acordo com a nota.

    Beth apertou os lábios para se certificar de que mantinha sua raiva sob controle e não parecer estranha. Fidelis e seu grupo discordaram brevemente.

    Parecia que não havia nada a perder verificando de qualquer maneira, mas o problema era que a pessoa que descobriu primeiro foi Beth. Iseult, que estava preocupada, se virou.

    — Você entra primeiro.

    — Claro.

    Beth, sorrindo para si mesma, abriu a porta sem hesitar e entrou. O lugar que parecia um grande salão brilhava diferente de outros lugares. Não era uma pequena luz de uma vela, mas literalmente uma luz brilhante.

    — Olha, não há nada de errado… ei!

    Beth olhou para trás, falando com confiança, e chamou Fidelis e companhia, que a deixou sozinha e marchou para a frente.

    — Ah, peguei vocês…

    Apenas Iseult, que estava furiosa, virou-se e entrou no salão. Zion perseguiu Iseult.

    —  Eles não estão vindo?

    — Não fale comigo.

    Entrando no salão, Iseult começou a examinar os arredores. Zion revirou os olhos incessantemente ao seu lado. Poderia ter sido descoberto por acidente, mas se o assunto é Beth, é diferente.

    Ela poderia estar escondendo alguma coisa. Com as ações de Iseult, Beth apertou os lábios e grunhiu, fingindo estar relaxada, se sentou em um canto e esperou. Pecua olhou calmamente para Iseult. Não importa o quão forte ela fosse, ela não poderia vencê-lo. A mesma coisa acontece com Hakan.

    “Se eles deixarem este espaço, eles podem não saber, mas Hakan poderia me vencer.”

    Suas habilidades eram muito fortes, mas aqui no reino de Pecua, Hakan não podia exercer plenamente seu poder. Em suma, nesta mansão, Pecua era um deus. Claro, ele não podia controlar a mansão em si. Depois de uma longa busca no salão, Iseult saiu para o salão e chamou Fidelis.

    — Vem cá, Reese!

    Enquanto Iseult sorria e gesticulava alegremente, Hakan abraçou Fidelis e entrou no salão. Uma luz brilhante envolveu o salão enquanto o sol se punha.

    — Este é realmente o lugar descrito na nota?

    — Não tenho certeza.

    Iseult murmurou. Fidelis olhou para a foice atrás dela e seu pulso. Ela deveria se apressar e puxar o pulso para fora antes que Iseult notasse. Não seria doloroso o suficiente para fazê-la gritar.

    É quase certo que as pessoas apontadas na nota eram ela e Iseult, que eram da mesma linhagem de Sahra. Quando ela viu a mão dela com os punhos cerrados, as veias azuis se destacaram contra sua pele pálida.

    Ela pensou que poderia usar a foice para desenhar uma linha de sangue em seu pulso, dar 40% de seu sangue como está escrito na nota e depois curá-la rapidamente com o colar. É perigoso, mas ela não conseguia pensar de outra maneira.

    Antes disso, era questionável se Iseult e Hakan levariam o processo tranquilamente. Mas ela não queria cortar o pulso de Iseult. Se Pecua interferir no plano e as coisas saírem do controle, ela não tinha certeza se conseguiria lidar com as consequências.

    Aconteça o que acontecer, Fidelis queria conseguir acabar com isso e ter os que a fazem se sentir bem. Não apenas Iseult e Hakan, mas queria dar um fim nisso. Ao olhar para Iseult, ela lhe deu um sorriso profundo. Com um sorriso nervoso, Fidelis estreitou os olhos.

    — Não, por favor, não.

    Pela primeira vez, Fidelis dirigiu uma voz aguda a Iseult. Hakan e Zion naquele momento pareciam olhar entre ela e Iseult nas palavras de Fidelis, que eram bastante inflexíveis.

    — Eh? O que quer dizer?

    — O que estou pensando agora.

    — O que você está pensando agora?

    — …

    Quando Iseult perguntou e respondeu como se não soubesse, Fidelis apenas mordeu o lábio. Quando Iseult baixou os olhos, seus longos cílios desenhavam uma sombra. Uma voz um tanto fria fluiu pelas cordas vocais de Iseult e penetrou em Fidelis.

    — O que estou pensando agora, minha irmã também está…

    Fidelis, que se sentiu apunhalada, baixou o rosto. De alguma forma não teve coragem para olhar para Iseult.

    — Minha única irmã. Minha irmãzinha, Reese, que eu mais amo no mundo.

    Iseult, que costumava chamá-la pelo nome com ternura, aproximou-se de Fidelis e pegou-lhe na mão.

    — Mesmo se eu morrer, eu nunca vou deixar você machucar um único fio de cabelo seu.

    Fidelis agarrou seu pulso quando Iseult disse isso e tentou segurar a foice atrás dela. Com os olhos marejados, Fidelis falou em um tom muito determinado.

    — Isso é o mesmo para mim.

    Surpresa com a voz claramente diferente, Iseult piscou e olhou para Fidelis. Nenhuma das duas voltou os olhos para o encontro direto da outra.

    — Farei isso!

    Iseult amava Fidelis de maneira infantil. Ela começou a rir e sorriu, corando até as bochechas e sorrindo alegremente como se estivesse de bom humor. Desde que se reencontraram, Fidelis se comportou como um adulto. Ela esbarrou em uma parede invisível e ficou visivelmente desconfortável.

    Ela entendia isso. Era compreensível para uma família que estava separada há muito tempo e achava que estava sozinha. Ainda assim, ela não podia deixar de sentir amargura no canto de seu coração. Mas ela estava sendo boba. Iseult sentiu pela primeira vez a parede grossa entre ela e Fidelis desmoronar.

    Fidelis, que parecia tão distante apesar de estar perto, de repente se aproximou. Até o modo teimoso de manter os lábios apertados e nunca recuar era encantador. Sentia saudades disso.

    Zion continuou abrindo e fechando os punhos enquanto olhava para o rosto feliz de Iseult. Iseult estava vazia mesmo quando sorria, mas agora, quando olhava para ela, estava cheia. Zion riu inconscientemente.

    — Por que ri?

    Assim que ela fez uma cara séria e olhou para Zion, ela perguntou e ele fez uma careta.

    — Por que? Fico feliz em ver você sorrir!

    Zion cheio de dor, resmungou.

    [O… lha]

    [Você é idiota?]

    — Não!

    O envergonhado Zion estava ocupado bloqueando a boca de Edu e Essie que gritavam “idiota, idiota” lá de baixo.

    — Não vou machucar nem a ponta do meu cabelo.

    Ela tinha o colar, para que pudesse se tratar rapidamente, mesmo se ela se machucasse.

    — Existe uma maneira de evitar se machucar, então acredite em mim.

    Iseult estava em agonia. Claro, ela confiava em sua irmãzinha, mas ela estava nervosa. Não conseguiria ver com seus próprios olhos se algo ruim acontecesse. Ela olhou para Hakan.

    — O que vai fazer?

    — Estou disposto a acreditar em tudo que Reese diz.

    A firme crença abalou o coração de Iseult.

    — Exceto em situações em que coisas perigosas podem acontecer.

    Seu coração trêmulo parou de repente. Hakan sorriu alegremente a constrangida Fidelis.

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