Capítulo 51
— Descreva os cinco para mim.
— Hakan Declan não precisa ser explicado. Todos o conhecemos, então vamos seguir em frente.
Com os lábios cerrados, ele assentiu. É raro não conhecer Hakan Declan. Para quem se interessava por poder, não era fácil não conhecer alguém que tinha poder.
Não dá para não conhecer quem ascendeu à posição mais alta em uma idade jovem.
Embriagado por sua posição, ele o amaldiçoou como um garoto sem modos, mas Astin continuou explicando sem saber.
— Em primeiro lugar, Iseult Swaldgar. Não é tão poderosa quanto Hakan, mas é bastante forte. Como é minha noiva, eu cuidarei dela, então não precisa se preocupar.1
Embora fosse sua ex-noiva, Astin apresentou descaradamente Iseult como sua noiva. Sem dizer muito, Elland fez um gesto para continuar.
— O próximo é Alvin. um aluno de Iseult, um garoto que tem talento para a magia.
— Garoto?
— Sim.
Agora que pensava nisso, lembrava de ter visto um garoto incomumente pequeno antes de entrar.
— Alvin só fica ao lado de Iseult, então não precisa se preocupar.
Ele disse isso, mas não queria deixar Alvin, que era o que mais incomodava na mansão, sozinho. Ia aproveitar a confusão e se livrar dele de alguma forma.
Não importava se Alvin era mais jovem ou não. Astin não perdoava ninguém que o irritasse.
— Zion é um mago da cidade, mas…
— Não pare, continue falando.
Tudo o que sabia sobre Zion era que ele era um mago talentoso, porque estava desesperado para evitar que ele ficasse ao lado de Iseult. Dizia-se que só aprendeu magia por causa de Iseult, mas não sabia com certeza.
Astin só viu Zion ser repreendido por Iseult, então decidiu que não seria tão forte. Claro que era uma ilusão de Astin.
Zion era um espadachim. Suas habilidades eram tão incríveis que não podia ignorar a sugestão de ser um explorador para a família imperial.
Mas desde que conheceu Iseult, deixou a espada de lado com muita facilidade. Isso porque gostava mais de ver Iseult do que segurar uma espada.
Todos o impediam com o olhar, mas Zion não se importava. Queria ela. Não importa o que dissessem, Zion se apaixonou por Iseult o suficiente para desistir da espada. A espada podia ser empunhada a qualquer momento, mas se não segurasse Iseult, parecia que não conseguiria pegá-la novamente se a perdesse.
Felizmente, ele tinha talento para a magia e ficou com Iseult sob o pretexto de aprender magia com ela.
A razão pela qual não abandonou a magia, mesmo depois do compromisso de Astin, foi que queria ficar com ela. Como tal, Iseult era a pessoa mais preciosa para Zion.
Mesmo sem querer saber, ele percebia isso. Astin, que sentia uma sensação de crise, desconfiava tanto dele que o odiava.
— Não sei mais. Não somos próximos.
— Quem é o último?
— Harold, o mago das trevas. Ele é especializado em maldições, tem muito conhecimento, mas sua magia de ataque não é boa.
Depois de ouvir as informações de Astin, a única coisa com a qual tinha que se preocupar era Hakan Declan. Quando ouviu sua explicação, o que disse sobre Hakan não parecia muito útil.
Ele já tinha ouvido o nome de Iseult Swaldgar, mas Astin disse que cuidaria dela, então foi excluída do ataque.
Além disso, a pessoa que realmente tem uma foice é Hakan, então ele só precisava derrotá-lo. Embora nunca tivessem tido um confronto adequado, Elland acreditava em sua própria força. Era o mais velho dos candidatos e tinha vivido uma vida difícil.
Ele estava cheio de confiança e dizia: “Minhas habilidades não são tão baixas a ponto de perder para um novato que ainda não viveu metade da minha vida.” Sabia que Hakan era forte sem precisar enfrentar, mas acreditava que não seria melhor que ele.
— A personalidade de Hakan não o deixa pedir ajuda a ninguém. Poderemos lutar 1 a 1.
— Essa é a informação mais útil que você disse.
Elland mostrou um leve sarcasmo. As sobrancelhas de Astin se moveram em resposta.
— O que diz?
— É um desperdício, diz a mesma coisa.
Harold balançou a cabeça enquanto amassava a nota que encontrou e a jogava no chão. Quando a encontrou pela primeira vez, as primeiras pistas que viu saíram imprudentemente, e agora só saíam as mesmas pistas. Quase esqueceu de contar quantas vezes já tinha jogado a nota fora.
— Tenho que abrir todas as portas do corredor para encontrar o último lugar?
Era quase impossível encontrar e abrir todas as portas que não estavam nesta espaçosa mansão.
Ele suspirou profundamente e olhou ao redor dos arredores escuros. Era realmente amplo. O corredor era espaçoso e o teto e o chão estavam muito distantes. Era uma mansão enorme que deixava qualquer um boquiaberto.
— Vamos procurar uma pista e abrir todas as portas que suspeitamos ser a certa, Reese.
Enquanto Fidelis estivesse ao seu lado, estaria disposto a percorrer a espaçosa mansão e abrir uma a uma as portas que pareciam ser as que precisavam. Enquanto Iseult parecia sorrir acenando, Fidelis sorria na frente.
— Há muitos jogos desse tipo onde você vivia, Fidelis?
Enquanto caminhava, Alvin perguntou, já que de repente ficou curioso, inclinando a cabeça para o lado. Como Alvin, ela manteve a cabeça para o lado, fez contato visual com ele e riu, então as orelhas dele ficaram vermelhas. Hakan, que não perdeu isso de vista, franziu levemente as sobrancelhas, e Iseult disse com seriedade.
— Acalme-se. É só como o amor passageiro de uma criança.
Na verdade, Fidelis não sabia responder porque nunca tinha jogado o jogo. Fidelis abriu a boca depois de pensar no que falavam nas creches e escolas.
— Sim, havia muitos. Ouvi dizer que há muitos tipos de jogos de terror, desenvolvimento de personagens, culinária, etc.
— Incrível!
Ela seguiu em frente, falando sobre a Coreia. Apesar de terem vagado dessa maneira, Iseult disse que já estavam na metade da mansão.
Fidelis ficou pálida com suas palavras. Enquanto caminhava de mãos dadas com Iseult e Hakan, Fidelis caiu de repente. Fidelis, cujo coração estava prestes a afundar, gritou.
— Argh!
— Reese!
Hakan e Iseult, que seguravam Fidelis e davam as mãos por reflexo, evitaram que ela caísse. Os chinelos que usava caíram no chão.
O som dos chinelos rolando pelo chão, que era bastante alto, foi ouvido com atraso. Hakan estava prestes a levantar Fidelis, que tinha os olhos fortemente fechados.
— Reese?
Chamou-a com cuidado quando não reagiu. Fidelis olhou para os dois chorando.
— Quem-quem agarrou meu tornozelo, quem me agarrou…
Suas mãos frias e assustadoras agarraram seu tornozelo com força e não soltaram. Por um momento, Fidelis levantou um pé livre e o direcionou para a mão que segurava seu tornozelo.
Crack!
Fidelis soltou um grito silencioso. Ficou arrepiada por todo o corpo. Rapidamente, ela levantou os pés com toda a força que pôde, mas o que sentiu nos pés descalços era algo pegajoso. Hakan soprou um vento forte feito de mana em seus pés.
Foi então que algo se cortou. Ao mesmo tempo, Iseult e Hakan agarraram Fidelis e a colocaram no chão normal. Fidelis, que se sentou no chão como se suas forças tivessem sido aliviadas, começou a murmurar.
— … é uma mansão velha… s-seria estranho que o chão estivesse bem… certo?
Quando Fidelis disse uma bobagem com as pupilas tremendo, Iseult deu um tapinha suave nas costas de sua irmã. Algo ainda apertava seus tornozelos. A mão de cor vermelho escuro, claramente visível com veias azuis, era repugnante o suficiente para que Fidelis visse.
Hakan se apressou a retirá-la de Fidelis antes que ela visse, perguntando-se se ela se surpreenderia novamente. Zion olhou ansiosamente para Fidelis e perguntou.
— Está bem, senhorita Fidelis?
— Sim, mas, o que foi isso?
Fidelis olhou para seu tornozelo. Os tornozelos brancos de Fidelis só tinham marcas de inchaço vermelho, como para mostrar que alguém os segurava com força, mas nada mais.
Sentindo-se estranha com o fato, Fidelis inclinou a cabeça, e Hakan a abraçou suavemente e a colocou de pé. Os pés de Fidelis voltaram a se sentir vazios porque os chinelos caíram no chão.
— Quer que eu faça uns sapatos?
Quando Chester olhou para seus pés vazios, Fidelis se sentiu encantada e satisfeita.
— Que materiais seriam bons?
Ao entrar na sala aberta passando por Chester, que olhava ao redor, Hakan trouxe uma cortina azul marinho que estava espalhada pelo chão e a jogou. Chester, que estava coberto de cortinas cheias de poeira, odiou sua provocação.
— Está sujo!
Ele rapidamente jogou as cortinas no chão e fez facilmente os sapatos. Desta vez, eram uma espécie de sapatos fofos.
— Esta cortina é grande e grossa, então fiz de tecido macio. Experimente.
Quando Chester colocou os sapatos nos pés dela, Hakan se ajoelhou e os colocou em Fidelis. Um toque suave e macio envolveu os pés. Fidelis, satisfeita, agradeceu a Chester.
— Obrigada.
— De nada.
Interpondo-se entre Chester e Fidelis, Hakan sorriu carinhosamente e tocou suavemente sua bochecha.
— Eu também vou ter que carregar você.
— O quê?
— Teria sido perigoso se você caísse. Não é perigoso se eu te abraçar.
Não estava mal que os dois fizessem isso, mas parou ao pensar em Pecua, que podia aparecer a qualquer momento.
Fidelis poderia estar muito mais estável em seus braços. Não podia odiar seus braços amplos e quentes. Mas não precisava dar essa carga, além de já ter sapatos.
Quando Fidelis tentou expressar sua negativa, desta vez, Iseult a olhou com olhos preocupados.
— Sim, abrace minha irmã.
— Iseult, me dê um abraço!
Quando Zion falou claramente, Iseult pressionou o pé sobre ele. Fidelis olhou timidamente para Zion, que estava gritando.
Então Hakan, que estava atrás de Fidelis, a abraçou por trás.
— Não posso te abraçar? Fique tranquila em meus braços, Reese.
O rosto de Fidelis ficou vermelho com um sussurro perto de seus ouvidos com uma voz doce. Podia sentir o toque suave dos lábios nas orelhas.
— Ah, hum, oh…
Fidelis, que não sabia como reagir, acabou fazendo sons estranhos. Atrás dela, uma voz agradável e grave chegou.
- O cara não supera, tem mais é que se lascar mesmo[↩]
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