06 / Almalogia
— Bom…dia! — Sora exclamou para si mesmo, abrindo os braços.
Ele levantou da cama com rapidez, espreguiçando de pé. Respirou fundo, tentando tirar todo o sono do corpo. Acompanhado de um bocejo, ele abriu as janelas. A luz do sol, quentinha e reconfortante, entrou por todo o quarto e bateu diretamente na sua pele, bem junta de uma leve brisa. Seus olhos se incomodaram, mas não demorou muito para se acostumar. Sora puxou com força o ar fresco e expirou.
Aquilo era maravilhoso, mas a vista era melhor ainda. Do seu quarto, conseguia ver todo o bairro preenchido pelos edifícios góticos típicos de Kaditta, suas ruas bem arborizadas com arbustos e árvores alinhadas em praças circulares e no meio de rodovias. Bem ao longe era até mesmo possível ver as muralhas. E ele sorriu.
Suas últimas manhãs foram assim também. Fazia quatro dias que aquele quarto lhe fora dado. Era simples: uma cama encostada na parede com janela, uma escrivaninha ao lado e um armário paralelo a ela. Todos de madeira. Acima da escrivaninha tinha algumas prateleiras, mas não eram preenchidas por nada além de uma pequena pérola colocada bem no meio sobre uma pequenina almofada. Sua decoração de parede era apenas um calendário e um relógio. Da porta, havia ainda uma entrada para a direita para um pequeno banheiro.
Tudo era incrível, agora ele tinha até mesmo roupas novas e uma cama fofa! E devia tudo a Alucard e Aisaka. No dia seguinte ao incidente do ataque, Sora foi inscrito na Escola Militar de Defesa Sobrenatural. Ele não soube como, mas na virada do dia já estava com um quarto reservado inteiramente para si nos dormitórios da escola. Suas aulas começaram naquele mesmo dia.
— Ah, é hoje! — Verificou no calendário. O dia atual estava marcado com um círculo vermelho e uma nota bem em cima: ‘meu aniversário!’. — Hm, vou ter que dar outro jeito pro bolo desse ano…
O garoto tirou a roupa e pôs seu uniforme. A camisa era branca e a calça era de um azul bem escuro. O blazer, do mesmo tom da última peça, foi vestido de forma meio desajeitada. A gravata vermelha, no entanto, foi amarrada com exatidão.
Estava com o uniforme pronto. Olhando para o seu reflexo no espelho, Sora sorriu.
“Até que tô bonitão.”
Ele olhou para a escrivaninha. A única coisa em cima dela era uma maleta escolar do mesmo tom azul do uniforme. Essa foi a terceira coisa que Sora recebeu do casal, além da chave do quarto e as roupas novas. Pegando a maleta, ele saiu pela porta do quarto.
Os corredores do dormitório eram brancos com um tapete azul-marinho estampado com símbolos dos quais o garoto não fazia ideia do que significavam. Não que realmente se importasse.
Sora desceu pelas escadas com murais nas janelas com mais símbolos que ele não entendia e chegou até o térreo, quando a luz do sol bateu no seu rosto. O pátio principal era a céu aberto com um chão ladrilhado. No centro, tinha uma estátua que Sora já tinha visto antes: era o mesmo cavaleiro da estátua frente ao palácio. Mais do que estátuas ou murais, o que mais tinha naquele cenário era um mar de azul: centenas de alunos andando pelos corredores.
— Hey, dia, Sora! — disse uma outra voz por trás dele. Sora conhecia aquela voz. Era energética, mas não tanto quanto a sua.
— Álli! E aí! — respondeu, virando para trás. O dono da voz era um garoto loiro de olhos verdes, um pouco mais alto que Sora.
Álli foi a primeira pessoa que falou com Sora no primeiro dia de aula. Não demorou nada para que virassem amigos. Tudo que Sora sabia sobre ele é que ingressou na escola pela prova de inscrição e que morava em Kaditta com os pais. No primeiro dia, ele disse que fez isso por querer ajudar a defender a nação. Era um humano comum.
— E o que você tá achando da escola até agora? — Álli disse enquanto andava rumo ao prédio das salas de aula.
— No primeiro dia me deu um nervoso, mas é daora. Bem diferente de quando minha mãe me ensinava!
— É claro que seria diferente né… Ainda é difícil de acreditar no que você disse de nunca ter frequentado uma escola e mesmo assim estar aqui. Ah, agora que notei, mesmo morando sozinho você sempre tá com a gravata arrumada. Será que… Sora, você tem namorada, é? — Álli tentou provocar.
— Nah, só aprendi porque a tia me ensinou a colocar!
— A sua tia?
— Não, não. A tia!
A feição de Álli mais pareceu um ponto de interrogação.
[ • • • ]
A Escola Militar de Defesa Sobrenatural é a única escola militar do país. Alunos que cursam a escola estudam por apenas três anos, como alternativa ao Ensino Médio. A educação padrão de Nikuma é conhecida por ter uma fortíssima base e acompanhamento desde o ensino primário, portanto, jovens que ingressam nesta escola recebem aulas próprias modeladas para que sigam a carreira militar. Além da grade curricular padrão, os alunos recebem aulas de: legislação, política, primeiros socorros, teoria do combate com treino prático e autodefesa. Os alunos ainda podem optar por matérias opcionais como enfermagem e mecânica.
— Portanto! — Uma voz grossa e rouca ecoou pela sala de aula, penetrando na mente de cada um dos vinte alunos. O tenente da divisão do Oeste, o homem conhecido como “O Veterano”, codinome: Falcon.
O homem tinha evidentes rugas no rosto; marcas da idade, mas que não desfavoreciam sua presença ou porte. Seus cabelos grisalhos e longos caíam sobre suas costas. Suas sobrancelhas grossas e pontudas deixavam a impressão de sempre estar bravo. A barba era grande o bastante para ser quase impossível de ver a sua boca e o monóculo no olho esquerdo lhe oferecia um bom charme. Alunos diziam que ele estranhamente lembrava uma coruja. Este homem também era o principal professor-chefe e coordenador geral da escola.
— Vocês não são meros alunos. Lembrem-se disso: o que temos nesta sala são aqueles que, no futuro, protegerão a nação! Todos que entraram aqui, fizeram porque quiseram, logo, não esperem que eu pegue leve em qualquer coisa! — continuou o mestre.
— Sim, senhor! — A resposta da sala veio em coro.
Sora repetia os mesmos movimentos e falas dos demais, com o corpo enrijecido atrás da carteira. Ele não sabia se estava fazendo as coisas do jeito certo nos últimos dois dias, mas o fato de até então não ter levado uma bronca era um bom sinal.
— Sora, você não é um robô, relaxa! — Álli, do seu lado, deu uns tapinhas nas costas.
— Mas ele disse que não ia pegar leve, né? Então vou ficar assim!
— Eu acho que foi só um modo de dizer…
Ouviu-se alguns burburinhos a mais na sala até que o professor chamou a atenção para ele de novo.
— Todos podem se sentar… Pois bem, em teoria, essa deveria ser a primeira aula de vocês sobre Almalogia. O que sabem sobre esse campo de estudo? — O senhor pegou um marcador sofisticado e escreveu a palavra no quadro branco.
Em resposta, uma garota levantou a mão. Era ruiva, com o cabelo bem alaranjado, longo e caindo pelos seus ombros em ondas. Suas orelhas, mais pontudas do que as de um humano, davam suporte para algumas mechas. O uniforme da escola lhe cabia muito bem, como se a roupa fosse destinada a ser vestida única e exclusivamente por ela.
— A palavra é sua, senhorita Yunni Heartz.
— Almalogia é, nada mais do que a etimologia diz, o estudo sobre a alma dos seres conscientes. É um campo de estudo que visa compreender a complexa estrutura das nossas almas. — a garota disse, séria e precisa. Não havia um pingo de hesitação na sua voz, como se fosse uma mensageira que sempre cumpre com seu trabalho de forma perfeita e sem desvio. Ela esbanjava confiança.
— Hmm, uma boa definição — disse o professor, desenhando um mapa mental a partir da palavra no centro do quadro — mas para entendermos melhor do que se trata a alma, precisamos voltar aos conceitos mais antigos. Estou ciente de que nem todos aqui estudaram no país, portanto, passarei as informações mais importantes. Àqueles que já estudaram isso em anos passados, apenas encarem como um momento revisional.
— Ah, de novo isso? — Foi o que alguns alunos falaram. Mais burburinhos começaram.
Sora tirou uma pequena agenda da sua pasta e pegou uma lapiseira. Ele começou a anotar, apressado. Álli curioso, olhou por cima. Verdade seja dita, não conseguia entender os garranchos do outro.
— As civilizações de algumas décadas atrás acreditavam que a alma era separada do corpo, mas graças a preservação e reconstrução de textos de séculos passados e estudos avançados contemporâneos, sabemos que o nosso ser: corpo e alma, são intrinsecamente unidos. Por conta disso, a Almalogia é um campo que caminha junto da biologia, psicologia e antropologia. Entender o corpo, a mente e as nossas relações sociais são passos essenciais no estudo da alma, o que nos leva para o despertar Mabda. — O professor escreveu o termo em um balão separado, circulando-o repetidas vezes. — Quero que alguém me explique sobre isso. Vamos lá, todos devem saber.
O homem virou para a sala. Muitos levantaram a mão, mas dentre todos, o que mais chamou a atenção do professor foi o menino novo de cabelo branco, balançando a mão energeticamente.
— Senhor Sora Akatsuki, se não me engano. Pois bem?
— Mabda é quando a gente para de brigar com a gente mesmo! Foi o que a minha mãe me disse! — o garoto respondeu, com confiança. Alguns alunos olharam com estranheza.
— Hm… certo. — O professor arqueou as sobrancelhas, mas logo voltou-se para o outro lado da sala. Foi uma resposta satisfatória.
— Senhorita Heartz, de novo, por favor?
A garota se levantou novamente. Diferente de quando Sora falou, toda a sala foi consumida pelo silêncio quando ela se levantou.
— Mabda é um estado despertado no qual é possível externalizar a alma. Ao estudar, viver e compreender a natureza do nosso ser, a alma ressoa com o conjunto de corpo e mente e traz para fora uma capacidade sobrenatural diretamente ligada a sua característica mais forte como pessoa — Heartz disse com a confiança de uma autoridade. Sua palavra soava como se fosse lei, uma princesa ditando seu discurso.
— Corretíssimo. Pois bem! — Com um sinal de mão, o instrutor pediu que todos se sentassem e virou de costas para a sala, escrevendo no quadro. A garota ruiva se sentou, sem mudança de expressão. Alguns garotos mais distantes a admiraram.
— Ué, mas eu não acertei também? — Sora sussurrou para Áli, do seu lado.
— Han, bem, talvez? Acho que ele queria uma resposta mais completa… — O amigo forçou um sorriso.
— Simplificando o que a colega de vocês disse, o estado Mabda é alcançado ao entender a sua essência. Por tal, alcançar o Mabda e liberar seu poder é algo que vem diretamente do autoconhecimento. Conhecer-se é a chave para liberar o poder — o instrutor continuou.
Sora estava ouvindo o professor e anotando tudo aquilo que via, mas naquele ponto, sua mão travou no papel.
Ele sabia disso. Era verdade, tudo que o senhor estava falando. Então o que ele não conhecia sobre si mesmo?
Mais cochichos foram ouvidos. O garoto sentiu os olhares voltados para si. O que eles falavam, não sabia, mas uma sensação fria subiu pelo seu corpo quanto mais notava que olhavam para ele. Era esquisito. Algo parecia agitado na sua barriga e um peso caiu sobre os ombros. Era a mesma sensação do primeiro dia de aula, que teve logo depois que se apresentou. Os olhares eram os mesmos daquele dia.
Talvez não tenha sido uma boa ideia dizer abertamente para toda a sala que ele não tinha poderes.
“Eu tinha que ter mentido…mas o tio Alucard disse que era feio mentir…”, pensou.
O professor olhou por um momento para Sora e depois pigarreou, tomando a atenção de todos de volta para si, terminando de escrever.
— Apesar desse fenômeno, muitas raças possuem suas próprias características e, por vezes, habilidades sobrenaturais inerentes à sua biologia. Estas, nós chamamos apenas de “poder da carne”. À mérito de curiosidade, anjos são conhecidos por sua capacidade de vôo e curar pequenos ferimentos, enquanto demônios fortalecem seus corpos através da manifestação de seus chifres, assim como nossa ilustre capitã Nobléte.
“Mas mesmo assim, eu…”, Sora pensou e seu olhar pesou. Não quis continuar. Balançou a cabeça negativamente e deixou de lado o pensamento. Seu sorriso usual voltou para a face.
— Sora, tá de boa? — Álli cutucou o seu ombro.
— Ah, sussa! — Ele voltou a anotar, depois de dar um joinha.
[ • • • ]
As aulas passaram rápido. Entre aulas de geografia, física, Almalogia, intervalos e almoço, o dia se foi.
Sora subia as escadas para o último andar do prédio de dormitórios. Seu passo era mais lento agora, bocejando um pouco. Despediu-se de Álli logo antes, já que este morava no térreo.
“Caramba, mas o que diabos é essa tal de eletrodinâmica? Ele parecia estar falando língua de anjo…”, sua cabeça foi às nuvens enquanto subia as escadas. Sendo franco, ele não conseguiu absorver muito das aulas fora Almalogia.
O garoto de cabelo branco virou à esquerda para o corredor do seu quarto, mas não avançou mais. Não tinha como passar.
— Sora Akatsuki, né? — disse aquela voz firme como a de alguém da realeza. A entonação deixava claro que ela já sabia que estava certa, falou apenas porque quisera.
Yunni Heartz, representante da classe 1-A e herdeira da família Heartz, uma família rica de empresários composta principalmente por elfos. Lá estava ela, barrando o seu caminho, sempre em pose, com um sorriso debochado nos lábios. O cabelo ruivo, longo e esvoaçante era com toda certeza, sua maior beleza. Aquela garota parecia ter saído diretamente de um conto de rainhas e princesas. A forma como cada palavra era dita e cada gesto era feito por ela o fazia crer que de fato ela era o ideal de aluna da mais alta hierarquia. Sora entendeu o porquê de todos os meninos ficarem quietos quando ela se levanta.
Yunni estava acompanhada de mais um garoto e uma garota, ambos da mesma idade. Sora teve a certeza de que esses dois eram alguns dos que ficaram olhando para ele e cochichando durante as aulas. O menino também carregava um copo de água.
— Sora?
— Ah oi, sou eu mesmo! — Ele voltou para a realidade e acenou, com um sorriso. Aproximou-se e estendeu a mão para um cumprimento, mas a resposta não foi a esperada.
A ruiva ergueu uma das sobrancelhas, olhando-o de cima para baixo. Ela não iria apertar aquela mão. Jamais.
E riu, junto com os outros dois acompanhantes.
— Ei, você não acha que eu vou te cumprimentar, né? — O sorriso debochado cresceu.
— Ah, minha mãe dizia que todo mundo fica mais contente quando é cumprimentado… — Sora estranhou. Não entendia aqueles três, especialmente aquela garota. Foi estranho como, assim que ela abriu a boca de novo, toda a magia por cima da sua beleza foi embora.
— E de novo fala da mamãe! — a outra menina disse, rindo baixo.
— Queria saber quando foi que essa escola decaiu tanto pra aceitar isso. — Yunni contorceu o rosto.
— Ué… — era difícil entender o que eles diziam. Estavam atrás de alguma coisa? Tinha feito algo de errado? Ele lembrava de ter sido gentil com todo mundo, então certamente não tratou ninguém mal.
— Diga, ‘Sorinha’, o que você pretendia quando se inscreveu nessa escola? — Yunni se pronunciou, levando uma das mãos até a cintura.
— Ah, eu quero aprender muita coisa e treinar pra ser um policial muito forte! — Sora respondeu com brilho nos olhos; aquela era a única verdade para ele. Por um momento, a menina não pareceu estranha. Ele até gostou do apelido. Mas o brilho sumiu, tomado por uma estranheza ainda maior, quando os três na sua frente começaram a rir novamente.
Que desconforto.
— Impossível, né? Você, que não tem nada, desse jeito aí? Tá, eu preciso pedir desculpas ao diretor porque nunca que a escola teria te aceitado na inscrição! — a garota se aproximou e circulou Sora. — Você trapaceou, não foi? Só pode ter sido!
— Quê? Não, eu entrei por recomendação da tia Aisaka! — Sora curvou as sobrancelhas e logo depois arregalou os olhos. Droga, Alucard o fez prometer não falar sobre isso na escola.
— Aisaka?! A capitã Aisaka Nobléte?! — disse a outra garota mais afastada, perplexa.
— Oi? A capitã Nobléte te recomendou? — Os olhos de Yunni mudaram, por completo. Era nojo. — Me surpreende você sequer ter a permissão para falar o nome dela, quem dirá sujar a imagem dela com mentiras.
— Mas é verdade, a tia…
A expressão da garota se distorceu. O sorriso debochado desapareceu. Enquanto a feição dela era preenchida apenas pelo desgosto, a estranheza de Sora dava lugar à apreensão.
Yunni pegou o copo de água da mão do garoto atrás dela e logo o líquido foi jogado para cima de Sora. Agora a sensação fria era real, mais do que nunca, com seu uniforme molhado.
— Pô, Yunni, a minha água! — reclamou o menino. Ela não se importou em responder.
Como se despertasse com um banho gelado, Sora rangeu os dentes.
— Ei, sua maluca!! Por que fez isso?! — Sora reagiu, pulando para cima dela, mas seu corpo bateu de frente em uma parede de vidro e caiu no chão.
O quê? Era um Mabda? Tinha uma parede invisível entre os dois. Desde quando isso estava lá?
Sora ouviu mais risos, em uníssono, como dois pequenos demônios rondando sua mente sem intervalos. Entretanto, Yunni não estava rindo, pelo contrário, ela ficava cada vez mais séria à medida que se aproximava dele. Não havia mais nada daquele tom angelical sobre ela, apenas o que indicava pura tirania.
— Você trapaceou pra entrar aqui, eu sei. Ninguém aqui aceitaria uma pessoa como você… e nunca mais fale da capitã Nobléte sem conhecê-la, seu lixo. Você é só uma formiga, nada mais do que isso. Sério, acha mesmo que é capaz de fazer alguma coisa aqui? — disse ela, passando ao lado dele, poupando os seus olhos de olhar para a figura patética parada ali.
Os três passaram por ele e desceram as escadas, sumindo nos corredores.
Sora não reagiu mais. Ele estava com raiva, mas acima disso…
Seus olhos estavam vidrados no chão, porque enquanto eles passavam, pensou: aquelas palavras que ela disse, o quão certas elas podiam estar?

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