Capítulo 426: Como Gelo (1/4)

『 Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Elteriel – Note 』

Essa era uma situação completamente diferente de Olho da Geleira, onde bastavam quatro pessoas para bloquear todo o caminho. Aqui, estávamos em um espaço aberto por todos os lados. A área que a linha de frente precisava bloquear havia se ampliado, enquanto o número de defensores no esquadrão havia diminuído.

“Eu, Jun e Goblin.”

Nós éramos os únicos três tanques de verdade que restavam. Além disso, uma das pernas de Jun estava paralisada, dificultando o uso de toda a sua força.

“Rickerburn, Kaislan, Ravien, Amelia…”

Lutadores de curta distância foram espaçados para ajudar a formar a parede. Claro, havia muitos buracos para chamar isso de uma parede propriamente dita, mas reclamar sobre isso não resolveria nada. Escolhemos a melhor opção que tínhamos disponível. Agora só restava ver como isso iria se desenrolar.

Shaaaaaa!

Uma névoa negra se espalhou em todas as direções, cobrindo o espaço entre nossos dois grupos. Isso era obra do mago negro do outro lado. Embora a névoa tivesse alguns efeitos de debuff, seu propósito real era provavelmente obscurecer nossa visão.

“A visibilidade era de cerca de um metro.”

Meu corpo de guerreiro estava em alerta máximo devido ao campo de visão limitado.

— Gruhhh… — Vários monstros mortos-vivos emergiram das trevas, mostrando os dentes e balançando as garras. Estas eram invocações cortesia do sacerdote de Karui. Jogar números contra nós era inútil em Olho da Geleira, considerando o caminho estreito, mas aqui não era o caso.

Smash!

Eu balançava meu martelo para todos os lados, empurrando os monstros que se aproximavam. Foi então que…

— Senhor…!

Whip!

No momento em que o aviso de Erwen alcançou meus ouvidos, com um breve sussurro, uma lâmina afiada emergiu das sombras para atacar meu pescoço.

Khak!

Eu reagi mais devagar que o normal por causa da visibilidade limitada, mas ainda consegui bloquear com meu escudo. Um segundo depois, uma luz branca emanou do ponto acima do meu coração.

Whooom!

A princípio, fiquei confuso, mas logo entendi o que estava acontecendo.

Era um buff de um dos sacerdotes, uma habilidade que não tinha muita utilidade no jogo, exceto aumentar seu atributo de Espírito.

“Ela usou isso para melhorar nossa visibilidade? Isso é esperto.”

Eu me peguei rindo.

Shaaaaaa!

A luz branca que florescia do meu coração empurrou a escuridão para longe, permitindo-me ver cerca de três metros à frente. Claro, a escuridão preenchendo os espaços vazios permanecia. Eu mal conseguia distinguir Sven Parav e Amelia à minha esquerda e direita.

Khak!

Eu talvez não pudesse ver seus rostos na escuridão, mas as luzes brilhando em seus corações eram vívidas enquanto se moviam com eles, como vaga-lumes deslizando pela escuridão.

— Ahhhhhh! — Eu repeli uma lâmina que voava em minha direção com meu escudo e balançava meu martelo selvagemente, verificando as luzes flutuando ao meu redor o tempo todo.

Shaaaaaaaaa!

O tremeluzir turbulento indicava batalhas ferozes. Embora nos tornassem alvos fáceis para o inimigo, também eram um sinal de que nossos camaradas ainda estavam vivos e lutando. Era uma evidência que sustentava nossa fé uns nos outros.

Flechas foram disparadas, afastando a escuridão.

Partículas de luz caíram do céu e se infiltraram em meu corpo.

Stab!

Quanto mais a luta se arrastava, mais feridas se acumulavam em meu corpo.

A mulher que se apresentou como Seis disse — Você está muito mais fraco do que antes.

Isso porque eu não podia usar 【Fortaleza de Ferro】 agora. Mesmo que o Modo Bárbaro Elemental (Terra) estivesse ativado, minha capacidade de bloquear auras estava significativamente reduzida. Isso não era tudo. Eu nem tinha o bônus de Força que vinha com a 【Gigantificação】. Não podia usar 【Swing】, minha única habilidade de ataque, ou 【Olho da Tempestade】, que pegava os inimigos de surpresa e me permitia mantê-los sob controle.

No entanto, como eu sempre dizia: — E daí? — Sorri e acrescentei — Se você realmente acha que estou mais fraco, então me mate. Mas eu nunca vou cair.

Eu estava decidido quanto a isso. Lutas como essas eram vencidas por quem ainda estivesse de pé no final.

— …Você confia tanto assim em seus sacerdotes?

Bem, ela não estava errada em assumir que era de lá que vinha minha confiança. Se não fossem as curas que chegavam enquanto falávamos, teria sido difícil para mim aguentar.

“Por que você está zombando? Que mulher estranha.”

— É errado confiar nos meus companheiros? — Dungeon and Stone era um jogo de equipe, afinal.

Bang!

Desferi meu martelo na direção do som alto. No entanto, não senti a sensação inconfundível de um crânio sendo esmagado pelas pontas dos meus dedos.

— Você parece impaciente para alguém que confia em seus camaradas.

“Ugh, você realmente fala muito.”

— Você está ansioso? Porque sou a única que está lutando contra você agora?

Era óbvio o que ela estava tentando fazer, me provocar para revelar a menor das fraquezas. Se não fosse por isso, não haveria razão para essa mulher fria como pedra continuar tagarelando. O problema era que estava meio que funcionando.

Whoom!

Eu balancei meu martelo novamente, mas minha dúvida e ansiedade não diminuíram. Onde estavam todos os outros? Eu tinha certeza de que mais inimigos viriam até mim. Achei que tornaria as coisas mais fáceis para meus companheiros se eu pudesse enfrentar todos eles.

— Aaagh! — Em meio aos sons de armas se chocando, um grito alcançou meus ouvidos.

— Bjorn Yandel, você é o último.

A quem pertencia aquele grito?

— Porque eu já sabia que você não cairia facilmente.

O inimigo? Ou um aliado? Eu não tinha como saber.

— Então espero que você não seja derrotado até o…

Forcei minha cabeça quente a esfriar. Não era como se eu pudesse ir até lá e verificar agora. — Behelaaaaaah!

Eu só tinha que ter fé e fazer meu trabalho.

O arcebispo que o acolheu em uma idade jovem disse — Você não tem mais pais. Seu único pai é Tovera, o sol brilhante. Apegos mundanos são insignificantes para um agente de Deus, então abandone seu coração humano. De agora em diante, seu nome é Jun.

Jun, um ex-inquisidor da Igreja de Tovera, havia assim abandonado seu antigo sobrenome, Arshen. Desde aquele dia, ele viveu a vida não como um ser humano, mas como uma besta, também conhecida como um agente de Deus.

— Deve ser feito. Você também é um homem.

Ele se castrou de desejos e recitou orações.

— D-Dói…!

— Parece que seu coração humano ainda persiste.

Ele passava por treinamentos que beiravam a tortura todos os dias.

— Você pode se levantar de novo. Enquanto a luz do sol estiver com você.

Houve momentos em que ele desejou se deixar desmoronar, mas a luz do sol o curava à força. Quando se tornou adulto, Jun havia se tornado algo que não podia mais ser chamado de pessoa. Não havia espaço para dúvidas. Ele apenas fazia o que a igreja o instruía a fazer em nome de seu deus.

“Por que…?”

Não houve um catalisador particular. Foi um dia comum. O céu estava nublado, mas a luz do sol ainda parecia quente em sua pele. Naquele dia, Jun Arshen estava olhando para o céu sem expressão quando questionou suas crenças pela primeira vez.

“Estou certo?”

Foi uma pergunta que demorou a chegar. Olhando para trás, ele não sabia por que essa dúvida surgiu subitamente naquele momento. Talvez a família de três que ele viu na rua naquele dia tivesse parecido tão radiante. A única coisa que ele sabia com certeza era que sua vida como besta terminou naquele dia.

— …O-O quê?! Como você pôde fazer uma coisa dessas?!

Ele deixou sua posição como inquisidor e voltou a ser um membro comum da igreja. Embora tenha feito as coisas na ordem inversa, foi apenas então que ele se desiludiu com a forma como a igreja era administrada. Ele não odiava seu deus. Aquela pergunta, que veio a ele como uma revelação naquele dia nublado, havia sido a primeira vez que ele sentiu a presença de Deus tão intimamente. Se algo aconteceu, foi que isso só fortaleceu sua fé.

“Eu… não tenho certeza.”

A frustração prevaleceu sobre a raiva. O peso dos pecados cometidos em nome de Deus finalmente começou a pressionar seus ombros. Parecia que uma vida comum estava fora de seu alcance, mas, como resultado, Jun ansiava por isso ainda mais. Isso provavelmente explica o porquê.

— Vou pedir uma última coisa a você.

Jun Arshen aceitou uma última missão do arcebispo, agora cardeal, antes de encerrar oficialmente seu relacionamento profissional. Como ele genuinamente acreditava que essa missão era para o bem do mundo, ao invés de criar pecadores inexistentes como ele havia visto a igreja fazer no passado, ele pensou que poderia usá-la para expiar seus pecados de alguma forma.

E isso o trouxe até este momento.

Baaang!

— Punição.

Talvez isso fosse uma forma de punir uma criança tola que havia interpretado mal a vontade de Deus e sido manipulada por aqueles influenciados por corações humanos distorcidos. Sim, houve momentos no começo em que ele pensou assim. Mas ele sabia mais agora. Se isso fosse uma punição, estava errada.

— Você… está errado.

Mesmo que ele tivesse se libertado da vida bestial que estava vivendo, isso não estava certo.

— Aaaaaagh!

— C-Como eles chegaram aqui?!

A luz em seu coração se apagou, a luz daqueles que desejavam correr em direção ao futuro.

Swip.

Sua perna direita paralisada não permitia que ele avançasse, mas…

Swip.

Jun arrastou a perna e, mesmo que seus movimentos fossem trêmulos e parecessem que ele poderia cair a qualquer momento, cambaleou para frente pouco a pouco.

Swip.

Enquanto fazia isso, ele percebeu algo. Elas podem ter parecido apenas palavras vazias, mas era verdade que aqueles que desejavam avançar podiam avançar, independentemente das circunstâncias.

Swip.

Se não fosse por aquele homem, eu nunca teria descoberto isso.

Nesse momento, um som veio de trás dele. — Jun! O-O que você está fazendo?!

Periton Eriabosti era uma mulher que, ao contrário dele, provavelmente havia vivido uma vida muito brilhante e realizado justiça pura e imaculada. 

Ela lutava para sobreviver pelo bem de seu filho amado.

E não era só ela. — Barhatun Wiar! — O mago barbudo tinha uma esposa amada.

O velho que perdeu seu filho tinha um desejo acalentado há muito tempo.

A anã acreditava em uma causa firme.

O que Rickerburn disse antes da batalha começou a ecoar em sua mente. — Isso está me deixando mais miserável quanto mais eu ouço. Se eu tivesse que escolher a pessoa mais insignificante aqui, seria eu.

Ele estava errado.

“Das dezoito pessoas ainda vivas agora… não, das trinta pessoas que começaram essa jornada, a mais insignificante de todas era provavelmente… não, definitivamente… eu.”

Jun percebeu naquele momento o papel que ele tinha que desempenhar.

— Volte para cá, rápido!

Nascido apenas com os nomes de seus pais em suas costas, ele se tornou um inquisidor, depois se perdeu e chegou até aqui. Tudo o que ele viu, ouviu e sentiu nessa jornada de vida estava levando a este momento.

— Só estou fazendo o que preciso fazer.

Isso foi como uma revelação. No momento em que ele percebeu, sua mente clareou. Não havia mais medo. Nem sequer lhe ocorreu que este momento era uma provação. O fato de que uma de suas pernas não se movia parecia ainda mais uma razão para ele permanecer exatamente aqui, neste local.

— Em pensar que também havia um tanque aqui.

— Ele não consegue usar a perna.

— É por isso que ele está aqui atrás?

— Acabe com ele, rápido.

Os inimigos e suas auras ardentes correram em uníssono em sua direção. Jun levantou seu escudo.

Kak-kak-kak!

Duas adagas perfuraram o escudo.

Fush!

Duas adagas perfuraram seus pulmões. No entanto, não havia dor. Pela primeira vez na vida, ele se sentiu grato pelo treinamento rigoroso que recebeu quando criança.

O poder de Deus habitava em seu corpo. Ele realmente sentiu que podia realizar qualquer coisa naquele momento. Ele soltou um grito, embora pudesse não ser um grito apropriado para um paladino.

— Behelaaaaaah!

Ele não poderia pagar por todos os pecados que cometeu, de qualquer forma. Então, talvez, desta vez, estivesse tudo bem. Sim, talvez estivesse tudo bem soltar um grito porque ele queria soltar um grito.

— Precisamos ajudar o Jun!

O sacerdote, o mago e o arqueiro na linha de trás atrás dele usaram seus talentos para começar a ajudá-lo o máximo que podiam. Apesar disso, a chama de Jun se apagou rapidamente.

Tling.

Seu escudo caiu de seu braço quando seu tendão foi cortado.

Shing, shing, shing!

Adagas cortaram seu torso. Jun já não pensava em bloquear ou desviar desses golpes. Ele apenas se concentrava em se manter de pé e firme. Enquanto observavam isso acontecer, a Ordem da Rosa trocou comentários incrédulos.

— Ele deveria ter morrido desse ferimento há muito tempo.

— Mas por que ele não cai?

— Já desperdiçamos três minutos. Acabem com ele logo.

Os ataques se tornaram mais intensos.

Shing!

O sangue no chão formou uma poça e a mente de Jun ficou em branco. Ele não sabia por quantos minutos ficou de pé. Seu senso de tempo estava distorcido e os rostos dos inimigos estavam borrados, mas uma coisa era clara.

Shaaaaaa!

As luzes balançando na escuridão… aquele homem estaria entre elas.

“Bjorn Yandel.”

Mesmo neste momento, ele provavelmente estava avançando passo após passo, fazendo o que tinha que fazer.

— Clã… — Disseram que iam formar um de volta à cidade? Jun não tinha medo da morte, mas sentiu um súbito arrependimento. Quando a ideia foi mencionada pela primeira vez, ele não disse nada, pensando que não era seu lugar, mas… — Parecia divertido… — Definitivamente teria sido.

“O palácio, Noark, e as inúmeras outras instituições que nos abandonaram… Mesmo que todos tenham se voltado contra nós…”

Fush!

Uma lâmina afiada perfurou seus pulmões. Jun intuiu que sua chama havia se extinguido completamente. Seu ambiente barulhento ficou em silêncio e sua visão escureceu. A luz oscilante à distância desapareceu, deixando uma marca semelhante a uma mancha atrás de seus olhos.

Shaaaaaaaaa!

A escuridão recuou e seu ambiente foi preenchido com uma luz que parecia não muito diferente de um pai vindo saudar a criança que finalmente completou sua missão. Uma luz quente que envolveu seu corpo inteiro.

— Haha… — Jun riu. Mesmo que isso fosse apenas uma alucinação que ele estava vendo antes de morrer, mesmo que isso fosse apenas uma esperança e fé vãs… — Salve-me… desta minha errância¹…

Não puna este pecador tolo com chicotes. Por favor, abrace esta alma cansada…

Era o momento pelo qual ele ansiava há tanto tempo.

Não havia estratégias ou táticas a serem encontradas. Apenas uma série de lutas para sobreviver.

Kwaaang!

A batalha corpo a corpo estava cheia de explosões, o choque de armas, gritos e urros. Era tão caótica que eu não ficaria surpreso em ouvir o nome de qualquer um tanto na lista de sobreviventes quanto na lista dos mortos, e ela se arrastou por quem sabe quanto tempo.

Shaaaaaaaaa!

A névoa ao nosso redor começou a se dissipar. Não poderia ser porque o mago negro já tinha ficado sem mana, no entanto.

“Alguém matou o mago negro? Bem, acho que vou descobrir em breve.”

Logo, a névoa se dissipou completamente e minha visão voltou ao normal. A primeira coisa que vi foi uma mulher franzindo o cenho à minha frente. Um cavaleiro estava balançando sua espada vigorosamente ao longe, onde as fileiras traseiras do inimigo estavam reunidas, e vi que era Melend Kaislan. Perto dele, um corpo magro e vestido com uma túnica estava inclinado para a frente, sem cabeça.

“Quando ele chegou lá? Eu não esperava isso, mas é ótimo.”

Olhei para a esquerda e para a direita. Não houve mortes na linha de frente, mas todos pareciam estar em péssimas condições. A pior era Ravien. Ela afirmava que lutava bem com os punhos, mas sem sua espada, ela parecia destruída.

Tudo bem, ninguém morreu ainda. E quanto à retaguarda? Acho que foi de lá que veio o grito anterior. Pareceu que alguém também gritou os nomes dos meus ancestrais.

Não podia ter certeza. Havia tanto barulho ao redor.

Hush.

Aproveitei a distância temporária entre a mulher e eu e rapidamente olhei para trás. Apesar do que eu esperava, a retaguarda parecia a mais debilitada. Três membros da Ordem da Rosa estavam bem na frente deles. Um corpo jazia no chão. Meu coração parou no momento em que vi isso, mas era um membro da Ordem.

“Jun os deteve.”

Consegui ver Jun em pé na frente da linha de trás para protegê-los. Assim que o avistei, lembrei-me da conversa que tivemos antes da batalha começar.

— Você… quer que eu me esconda na retaguarda?

Ele não parecia gostar do meu pedido, mas o convenci de que a verdadeira batalha começaria assim que voltássemos à cidade e que eu precisaria de sua força fora do labirinto. Ele assentiu relutantemente.

Ele nem consegue andar direito e está tão destruído…

Soltei um suspiro agudo quando vi o estado em que Jun se encontrava. Seu corpo estava encharcado de sangue, e seria difícil encontrar um ponto nele que não estivesse cortado em pedaços. Ele provavelmente decidiu que não era o momento de se proteger por causa do futuro.

“Se não fosse por ele, a retaguarda teria sido aniquilada.”

Embora a percepção me deixasse tonto, também trouxe um certo alívio. Graças ao espírito de luta de Jun, a linha de trás conseguiu matar um dos membros da Rosa.

Tum!

Percebi a discrepância um momento depois.

— Por que…? — Jun ainda estava de pé, embora não estivesse segurando um escudo. — Onde está a sua luz?

Diferente dos outros membros do nosso esquadrão, a luz dele não estava acesa. E, ao contrário do meu coração que batia forte, minha mente forneceu uma resposta imediata à minha pergunta.

“Então, ele está morto.”

Eu não fui o único a perceber tarde a morte dele. Os membros da Ordem que lutavam contra Jun também perceberam que ele estava morto e correram para atacar a retaguarda, mas suas adagas não alcançaram o alvo.

Clang!

Amelia e seu clone se moveram assim que ela viu o que estava acontecendo e desviaram as duas lâminas.

Seis olhou ao redor para os membros mortos de sua ordem, seus olhos sem emoção. — O dano é maior do que eu pensei — ela murmurou.

Hush.

Ela imediatamente impulsionou-se para frente e correu, mas não em minha direção, seu alvo.

“Filha da…!”

Ela foi para outro lugar, de volta para a retaguarda, onde Amelia mal conseguia defender sozinha.

— Senhor…!

O grito de Erwen serviu como um sinal para seguir Seis. Eu sentia que agora podia ler a mente dessa mulher.

“Aquela desgraçada já deve ter percebido que eu não posso usar minhas habilidades ativas.”

Eu era um tanque bárbaro cujas habilidades ativas estavam seladas. Claro, meu corpo era resistente graças à Elementalização, mas em uma briga de muitos contra muitos, eu não era uma grande ameaça. Enquanto isso, o desempenho do meu esquadrão estava abaixo do esperado. Com base nisso, Seis deve ter decidido que era mais eficiente me deixar de lado e se concentrar em outras coisas do que ficar aqui tentando me manter sob controle.

— Erwen! — Assim que gritei por ajuda, a energia espiritual foi disparada contra nossa inimiga.

O objetivo era parar o avanço de Seis.

Whip!

Seis pulou agilmente para fora do caminho e fez um giro no ar, o que significava que a flecha havia cumprido seu objetivo. Não perdi a oportunidade de diminuir a distância, e disparei ordens enquanto fazia isso. — Erwen, mude o atributo.

— Para qual?

Quando disse o atributo que queria, a mudança começou imediatamente.

Shaaaaaa!

O atributo não era água, fogo, terra ou vento. Era o principal atributo da Espírito de Sangue.

Uma escuridão espessa e sinistra se espalhou sobre minha pele.

Este era o Modo Bárbaro Elemental (Trevas), Modo de Dano Extremo.

1. Condição do Errante; Aquele que anda sem destino certo.⤶