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    Tradutor: MrRody 』 『 Revisores: Demisidi – Note – Nosoran 』


    Uma máquina que transforma monstros em pedras de mana. O que aconteceria se um humano fosse colocado ali?

    Eu ainda não tinha essa informação, mas…

    Dash!

    Quando vi Raven, empurrei o chão e disparei para frente. Só de ver Raven, que havia sido sequestrada, parada na esteira, já era suficiente. Essa máquina não estava apenas transformando monstros em pedras de mana.

    Zzzt.

    Felizmente, tirar Raven da esteira em movimento não foi muito difícil. Não havia nada prendendo ela no lugar. Bastou segurá-la pela cintura e puxá-la para baixo.

    — Raven! Raven! Acorda!

    Mas, por mais que eu a sacudisse pelos ombros, ela continuava com aquela expressão vazia, olhando para o nada. Como ela não acordou com as sacudidas, tentei dar leves tapas em seu rosto com a palma da mão, mas…

    — Ugh…

    O quê? Isso funcionou?

    Após confirmar que ela fez um som, aumentei a força dos tapas.

    Slap, slap.

    — Ugh…

    Smack! Smack!

    — P…are…

    Ela parecia estar voltando a si, começando a formar palavras completas. Talvez uma certa quantidade de dano fosse necessária para tirá-los desse estado de transe.

    Com isso em mente, bati nela ainda mais forte.

    — Raven! Raven! Acorda!

    Smack! Smack!

    — P-Para…

    Smack! Bam!

    — Eu…disse…para parar…!

    — …Você está acordada!

    Graças aos meus esforços, o brilho inteligente que Raven sempre teve voltou aos seus olhos.

    — Você está bem? E o seu corpo? Consegue se mover? Sente algo estranho? Onde estão os outros? Ah, você quer água?

    — …Água.

    — Ah, aqui. Eu vou segurar para você, então beba devagar.

    Como se estivesse colocando uma mamadeira na boca de um bebê, segurei a garrafa de água e inclinei para que Raven bebesse. Ela recuperou completamente os sentidos após beber um pouco de água. — …Obrigada. Por me salvar.

    — Sem problema, é claro que eu salvaria.

    — Minha mandíbula está um pouco rígida, mas acho que estou de volta agora.

    — Às vezes, uma boa surra é remédio suficiente.

    — Embora seja um remédio bastante amargo.

    Certo, ela parecia bem, já que conseguia fazer piadas agora.

    — Então, o que aconteceu? — Perguntei.

    — …É algo como controle mental. Depois que você entrou naquele lugar, todos nós perdemos a consciência pouco tempo depois.

    — Então você não lembra de nada?

    — Bem, não exatamente. Não é como se eu estivesse completamente inconsciente… — Raven então começou a explicar lentamente tudo o que viu, embora fosse através de uma lente turva que fazia parecer que ela tinha sonhado com tudo aquilo. — Parecia que eu estava completamente bêbada e algo mais estava controlando meu corpo.

    Quando toquei naquela pedra estranha e perdi a consciência, Raven e meus outros aliados também desmaiaram ao mesmo tempo, e ficaram parados, atordoados. Então, em algum momento, criaturas voadoras chegaram do céu e levaram meus aliados pelo rio até o templo.

    — Então, parecia que eu estava apenas esperando por algo. Enquanto estávamos reunidos em um lugar, começamos a ser levados para algum lugar, um por um. E finalmente, chegou a minha vez…

    — Um por um.

    — …Perdão?

    — Vocês foram levados para algum lugar, um por um…?

    Meu coração afundou. No entanto, Raven não parecia entender por que minha expressão havia ficado tão séria.

    Suspirei. — Pode ser mais rápido se eu mostrar a você.

    Segui na direção para onde Raven teria sido levada na esteira, em direção à máquina que transformava monstros em pedras de mana.

    Flash!

    Com cada flash de luz, os monstros eram transformados em pedras de mana do tamanho de um punho.

    — O q-que é isso…? — O rosto de Raven empalideceu quando ela percebeu qual teria sido seu destino nessa situação, se eu tivesse chegado até um segundo tarde demais. Ela também entendeu por que minha expressão havia se endurecido. — Então todas aquelas pessoas levadas antes de mim foram… — Ela se interrompeu antes de terminar a frase.

    Eu também me preparei e confirmei algo que precisava saber. — Raven. Antes, quantas pessoas… foram levadas?

    — Não sei o número exato… mas pelo menos uma dúzia.

    — Quem eram eles…?

    Ela franziu a testa enquanto tentava puxar cada nome de sua memória. Mas, em algum momento, ela de repente parou de falar.

    Ba-dum!

    Meu coração ameaçou afundar. Depois de ter vivido tantas tragédias na vida, meu inconsciente havia percebido.

    Eu sabia o motivo pelo qual a Raven ficou em silêncio.

    — …Fale. Quem era?

    Ao ouvir isso, os pequenos lábios da Raven se abriram, e meu pressentimento se tornou realidade. — Srta. Emily Raines…

    “Maldição.”

    Meu coração bateu mais rápido.

    Ba-dum!

    Embora o coração seja um órgão que deveria fornecer sangue igualmente a todas as partes do corpo, por algum motivo, parecia que todo o sangue do meu corpo estava se concentrando na minha cabeça.

    — Ela foi a última a ser chamada antes de mim…

    Em outras palavras, eu cheguei tarde demais.

    Tentei me acalmar o máximo possível e verificar tudo que podia. Sim, nem estava confirmado que algo ruim tinha acontecido com Amelia. — Os outros membros… onde eles estão?

    — Eu não sei. Minha memória está falha… Só me lembro que era uma área larga e retangular…

    Embora eu tenha concluído que precisava salvar os outros membros primeiro, Raven infelizmente não sabia como chegar lá.

    “Isso significa que vou ter que vasculhar todo o prédio no final…”

    O problema era essa esteira. Se ela continuasse a funcionar, outras pessoas se machucariam enquanto eu tentava encontrá-las.

    Desci com o martelo nela. A esteira fez um som de rangido, destruída pelo golpe físico, antes de parar.

    Beep! Beep! Beep!

    Drones começaram a se aproximar da área com sirenes estridentes. Pensei que teria que parar de ser o bárbaro invisível e enfrentá-los, mas por algum motivo, os drones me ignoraram e foram diretamente para a esteira danificada.

    — Parece que… eles estão tentando consertá-la? O que você quer fazer?

    — Vamos deixá-los por enquanto. — Eu tive a sensação de que destruir os drones aqui seria apenas uma perda de tempo. Outro drone provavelmente voaria para cá para consertar a bagunça.

    “Em vez disso, é mais eficaz aprender quanto tempo esse reparo vai levar.”

    — Raven, me siga por um momento.

    — Uh, para onde você está indo?

    — Preciso entender que tipo de lugar é este.

    Me movi com Raven, seguindo pela esteira. Pouco depois, outra esteira em funcionamento apareceu, e essa esteira estava transportando caixas cheias de pedras de mana para algum lugar.

    — Mas… mesmo sem precisar destruir as esteiras, outras pessoas não viriam para cá se continuarmos esperando?

    Parei. — Bem, esse é outro método.

    — Ah… então você não tinha pensado nisso.

    Por mais calmo que eu tentasse ser, não era fácil. A raiva vive em todas as pessoas.

    — O que está feito, está feito. Verifique o entorno. Talvez possamos encontrar uma maneira de salvar as pessoas que já desceram por aqui.

    — Sim…

    Enquanto seguíamos a esteira que carregava as caixas, encontrei o lugar onde as caixas estavam sendo reunidas. Três máquinas desconhecidas estavam estacionadas ali, e uma garra estava presa ao teto, parecida com as que você veria em um jogo de pegar bichinhos. Ela pegava as pedras de mana e as colocava nas máquinas.

    Depois que a pedra de mana descia pelo funil, algo preso ao teto brilhava, e quando a luz desaparecia, algo era criado na área central além do vidro transparente.

    Era um monstro, um monstro que tinha características de goblins, orcs e ghouls. Era um terror que eu nunca tinha visto antes no labirinto.

    — O que é isso? Eu…

    — Vamos saber se seguirmos — disse impacientemente.

    Depois que o monstro foi criado pela máquina, ele foi colocado em outra esteira e levado para outro lugar, e seguimos com cuidado. Fazendo isso, aprendemos a estrutura exata da fábrica.

    Flash!

    O monstro criado viajava pela esteira para entrar novamente no sistema, apenas para se transformar de volta em uma pedra de mana. Mas, por algum motivo, dessa vez não era uma pedra de mana, e sim três.

    Flash!

    Depois de se dividir em três, as pedras de mana chegaram novamente à máquina misteriosa, onde foram transformadas em um goblin, um orc e um ghoul…

    “Que merda é essa?”

    Após esse processo, os monstros foram guiados pelos drones, empurrados para o edifício acima e colocados em uma cela.

    — Isso… está apenas se repetindo para sempre?

    — …Parece que sim.

    Eu estava ainda mais confuso do que quando não sabia nada sobre este lugar.

    Onde estávamos? Qual era o motivo para esse processo aparentemente sem sentido ser repetido indefinidamente?

    No entanto, isso me deu um pouco de esperança. — Se isso é o que está acontecendo aqui… pode ser que os outros ainda estejam a salvo.

    — …Vamos torcer para que sim.

    — De qualquer forma, parece que o reparo está quase terminado.

    Depois de voltarmos para a fábrica, a esteira que eu havia destruído estava quase reconstruída. Considerei destruí-la novamente…

    — Vamos tentar meu plano. Nem sequer sabemos onde as outras pessoas estão presas.

    A pedido da Raven, porém, me contive.

    — Eu ficarei aqui e salvarei as pessoas que aparecerem. Sr. Yandel, você deveria ir procurar por eles. Não seria mais eficaz assim?

    Sinceramente, considerando o que poderia acontecer no futuro, isso era muito mais seguro. Mesmo que eu não encontrasse onde meus aliados estavam presos, poderíamos salvar mais deles.

    Bem, não era como se o plano fosse infalível.

    — Pode parecer seguro agora, mas algo perigoso pode acontecer com você enquanto eu estiver fora — argumentei.

    — Isso é verdade…

    — Ficarei com você. Posso me sentir seguro deixando você aqui depois de acordar mais umas dez pessoas.

    — Ah… isso pode ser melhor.

    Com isso decidido, nos posicionamos ao lado das esteiras e esperamos que mais aliados aparecessem.

    Uma hora, duas horas, três horas…

    Enquanto continuávamos a esperar por horas a fio, trocamos informações.

    — Então, no momento em que você segurou aquela pedra, você também perdeu a consciência?

    — Sim. Mas quando acordei, aquela pedra não estava em lugar nenhum, e já tinham se passado dez dias.

    — Você sente algo diferente em seu corpo?

    — Ainda não.

    Depois de ouvir tudo do meu lado, a expressão da Raven ficou séria, mas ela não conseguiu me dar muitos conselhos.

    — Então, você sabe o que é aquela pedra?

    — Não, eu também não sei. Mas…

    — Mas? — insisti.

    Raven fez uma pausa por um momento antes de continuar. — Você sabe o que é um homúnculo?

    — Sei. É aquele monstro de oitavo nível. — Além disso, seu habitat principal era a Floresta da Bruxa, no terceiro andar, e como eles não estavam restritos a essa área e apareciam em vários lugares, eu já havia lutado com eles várias vezes.

    No entanto, Raven balançou a cabeça em resposta. — O que eu quis dizer é se você sabe o que é um homúnculo na alquimia.

    — Se for isso, não sei.

    — Homúnculos na alquimia são a criatura artificial original… Para ser preciso, eles são ‘humanos’ criados artificialmente.

    — Quero dizer… suponho que os homúnculos que você vê na Floresta da Bruxa realmente se parecem com humanos.

    — Se considerarmos apenas as aparências, sim. Mas, considerando como a pele deles derrete quando andam, eles estão provavelmente mais próximos de slimes do que de humanos.

    — Certo, mas o que você está tentando dizer?

    — Não muito. É só que estou começando a duvidar da própria natureza das ‘pedras de mana’. Vimos como os monstros foram transformados em pedras de mana e essas pedras de mana foram transformadas em outros monstros.

    — E daí?

    — Eu apenas tive um pensamento de repente. Se a lendária Pedra Filosofal existisse, ela poderia ter uma natureza muito semelhante às pedras de mana…

    Eu me perguntava o que ela estava tentando dizer, mas era apenas o devaneio de uma maga. No entanto, talvez não fosse certo simplesmente descartar isso como um devaneio…?

    “Pedras de mana…”

    Aquilo mexia com minha mente, como uma pena que se recusa a ser capturada e gira no ar, fora do meu alcance.

    — Hã…?

    Mas então, os olhos de Raven se arregalaram. Rapidamente verifiquei o que ela estava olhando, apenas para ver um aliado descendo pela esteira.

    Era o leal cavaleiro com quem eu havia trabalhado na Expedição da Rocha de Gelo.

    — É Sir Melend Kaislan!

    Assim que o vi, corri até ele, tirei-o da esteira e fui dar tapas em suas bochechas.

    — Espere!

    Raven me deteve antes de puxar um item de seu subespaço. Então, o nome daquela coisa…

    — Coroa de Flores da Angústia?

    — Sim. Achei que isso poderia ajudar a recuperar a mente dele.

    Hmm, isso parecia plausível… — Mas já temos um método comprovado, não?

    — Isso é verdade, mas ainda consigo sentir o gosto de sangue na boca, sabia?

    — Ah…

    Me perguntei se as bochechas dela estavam mais inchadas que o normal.

    Concordei com a cabeça e deixei que ela fizesse o que queria. Raven colocou cuidadosamente a coroa de flores na cabeça dele, e depois de algum tempo…

    — Ugh…

    Kaislan voltou a si.

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