Capítulo 338: A Ilha de Jeju e o Ataque à Caverna Demoníaca (2)
Desde que o acampamento Árvore do Mundo fundou sua ‘Força Aérea’ com os dirigíveis capturados, estavam aos poucos aprendendo habilidades de navegação.
O dirigível precisava de uma quantidade de mão de obra condizente com seu tamanho, então Inho selecionou pessoas confiáveis, entre os jogadores estrangeiros, que participaram da guerra recente.
Sungwoo planejava mobilizar três dirigíveis e sessenta e cinco jogadores para esta operação.
— Não temos muito tempo. Vamos começar.
Assim, os dirigíveis do acampamento Árvore do Mundo partiram em alta velocidade para o sul.
A Ilha de Jeju era a maior ilha da Coréia, e também ponto turístico. Contudo, Sungwoo nunca tinha ouvido falar dela depois que o mundo se tornou um jogo. E isso aconteceu não apenas no acampamento Árvore do Mundo, mas também em todos os grandes grupos dentro do servidor coreano.
Como não era um lugar que afetasse suas vidas diretamente, eles não tinham motivos para prestar atenção.
— Temos poucas informações sobre a Ilha de Jeju.
Quando o dirigível Árvore do Mundo estava voando sobre o Mar do Sul, Inho reuniu e relatou o máximo de informações possível que encontrou.
— É um pouco estranho, mas se você olhar para o boletim da comunidade local, quase ninguém mencionou a Ilha de Jeju.
— Então, há poucos sobreviventes lá? Ou é governado por monstros como a Coréia do Norte ou a Amazônia1?
— Não é. De acordo com as informações fornecidas pela Empresa de Assassinos, definitivamente há um grupo de sobreviventes organizado lá. Mas há um problema.
— Qual seria?
— Diz-se que um grupo extremista, que adora monstros, domina a maior parte da Ilha de Jeju. Meu palpite é que eles estão controlando a Ilha de Jeju. Estão até mesmo impedindo as pessoas de postar artigos sobre a Ilha no boletim da comunidade.
Sungwoo também teve um palpite de que algo problemático iria acontecer.
— Sungwoo, temos que considerar que eles podem interferir em nossa busca. Não acho que esse grupo extremista que adora monstros será capaz de fazer um bom julgamento.
Sungwoo assentiu. Se eles controlam a Ilha de Jeju, escondendo-a do mundo exterior, vão reagir à aproximação de um grupo externo.
— Se nos encontramos, diremos a eles que partiremos assim que terminarmos, mas se ficarem no nosso caminho, vamos nos livrar deles. E sim, eu estou falando sério.
Por enquanto, não podia se dar ao luxo de agir com prudência e cautela. Se alguém estivesse em seu caminho, Sungwoo não teria escolha a não ser matar sem qualquer hesitação.
De repente, uma parte da Ilha de Jeju começou a aparecer no horizonte. Eles tinham uma boa visão de lá pois o dia estava sem nuvens.
— Oh, esse é o Monte Halla! Oh, pensando bem, não é sua cidade natal, mana Jisu?
— Sim, isso mesmo.
Respondendo à pergunta de Hanho, Jisu olhou pela janela.
— Uau, então você está voltando para casa depois de muito tempo, né? Acho que deve ser estranho.
— Bem, eu não sinto falta desse lugar.
Ela sempre se absteve de falar sobre sua família e cidade natal. Sungwoo nunca perguntou, assumindo que ela poderia ter um relacionamento problemático com sua família.
— Hahaha, é a primeira vez que visito a Ilha de Jeju. Eu gostaria de ter vindo aqui para passear em tempos de paz…
Embora Hanho estivesse longe de ser perspicaz, não perguntou mais sobre, sentindo que ela estava desconfortável com suas perguntas.
No momento a Ilha de Jeju ficou mais visível, algo começou a aparecer através das janelas da ponte.
— Algo está se aproximando vindo da Ilha de Jeju!
Assim que a equipe de observação relatou, houve tumulto dentro do dirigível.
— Há cerca de vinte objetos voadores não identificados se aproximando de forma ampla!
— Às armas, vamos lutar
Quando Inho gritou, os jogadores no convés e nas torretas começaram a se mover rapidamente.
Logo, todas as armas estavam apontadas para o inimigo. Como já haviam lutado, se acostumaram com o que deviam fazer.
— Uh? Mas… O que diabos é isso?
Pareciam uma mistura de águia com cavalo, ou seja, Hipogrifo. Estavam manobrando no ar, com uma velocidade absurda, cercando a frota da Árvore do Mundo.
— Devemos atacar?
A equipe de controle de armas perguntou e Inho olhou para Sungwoo.
Mas Sungwoo balançou a cabeça e disse: — Esperem.
— Uh? O líder deles está apontando para baixo com o dedo. Parece ser um sinal para nós pousarmos.
Mas Sungwoo balançou a cabeça novamente e disse: — Não precisamos pousar. Diga a eles para diminuirem a altitude e descerem em nosso convés enquanto estivermos pairando.
Como o acampamento Árvore do Mundo não tinha nada a temer, Sungwoo não tinha intenção de obedecer às suas exigências. A ordem de Sungwoo foi entregue aos oficiais do convés e o contramestre do Mensageiro enviou um sinal para a unidade Hipogrifo pousar.
Sungwoo olhou para o céu pela janela da ponte. Eles circularam sobre o Mensageiro por algum tempo, como se estivessem descontentes com a exigência de pouso.
— Eles estão descendo!
Logo, alguns hipogrifos mudaram de direção e começaram a descer em direção ao convés do Mensageiro.
— Alguns deles pousaram no convés.
Armado, Sungwoo saiu para o convés. Ele estava apenas pensando em sugerir algo a eles.
— Todos, afastem-se!
Enquanto os jogadores do convés se dispersaram para a esquerda e para a direita, cinco animais gigantes pousaram em um canto do convés. Eles dobraram suas asas gigantescas, bufando.
— São dez, ao todo.
Nesse no meio dos animais, estavam jogadores armados com bestas e lanças.
‘Esses caras estão loucos.’
No momento em que Sungwoo olhou para seus rostos, imediatamente viu algo estranho neles. Todos tinham as pupilas dilatadas.
Um cara que parecia ser o líder deles estava diante de Sungwoo.
— Você cruzou nosso santuário. Eu o advirto para virar e voltar com essa coisa estúpida antes que seja tarde demais.
— Santuário?
— A partir daqui, este lugar é o reino do deus que dorme em Baeknokdam, o lago da Montanha Sagrada.
Inho bufou como se soubesse que isso iria acontecer. Sem dúvida, eram adoradores de monstros que supostamente ocuparam a Ilha de Jeju.
— Nós não nos importamos. Não estamos aqui para fazer nenhum mal. Apenas deixe-nos ir, sem entrar no nosso caminho, então iremos embora assim que terminarmos nosso trabalho — disse Sungwoo com firmeza.
Era um ultimato que havia planejado com antecedência, contudo a expressão do oponente ficou ainda mais severa.
— Droga, parece que você não entendeu o que eu disse. Eu disse que este é o lugar onde adoramos nosso deus. Você acha que isso é como um pedágio onde você pode passar livremente?
Desta vez, Inho deu um passo à frente e disse: — Ei, vocês não sabem quem nós somos? Vocês nunca nos assistiram em seus telefones celulares ou na transmissão da comunidade?
— Nós jogamos fora essas coisas demoníacas há muito tempo. Quem quer que seja, é melhor saírem daqui agora. Parece que você está possuído pelo demônio…
Quando ele deu essa resposta absurda, Inho caiu na gargalhada.
— Hahaha… é isso. Agora eu sei o porquê.
Inho entendeu o porquê de não haver menção à Ilha de Jeju no boletim da comunidade.
‘Cara, esse cara deve estar drogado e possuído por alguma coisa. Seria o mesmo poder de lavagem cerebral do general Chongong, do Exército da Revolução Vermelha?’
Mesmo que o mundo desmoronasse e as pessoas achassem difícil manter a sanidade, ele não deveria falar besteira se realmente fosse de um mundo civilizado.
Naquele momento, alguém perguntou: — Você é a Jisu?
— …
— Você é a Jisu, certo? Você se lembra de mim?
- É oficial, eles consideram a Amazônia um país.⤶